Entre Segredos e Bonecas escrita por Lize Parili


Capítulo 87
Faça. Apenas faça!


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem deste capítulo, tem uma surpresinha nele...



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#16/03#

Enquanto as duplas comemoravam o final do concurso, Nathaniel organizava alguns papéis no grêmio. Trabalhar o ajudava a dispersar os pensamentos, mas naquele dia estava difícil não pensar no que havia ouvido. Ele estava tão preocupado com Castiel que esqueceu do Lysandre e da amizade que ele e Sol tinham.

Emília não se cansava de tecer elogios ao platinado e sempre que estava junto dele um sorriso enfeitava seu rosto.

Ao contrário de Castiel, Lysandre era gentil e sedutor, e ao contrário dele, não tinha receio de expor seus sentimentos. Se Lysandre sentisse alguma coisa por Emília não ia pensar demais, como ele; ia se arriscar e deixar as coisas acontecerem; ia se dar uma chance.

— Por que eu não consigo dizer a ela o que sinto? — perguntou-se, largando a pasta suspensa que tinha na mão sobre a mesa, espalhando as fichas de formandos daquele ano que estava dentro dela, colocando as mãos sobre eles. — Por que é tão difícil te dizer que eu gosto de você, Sol? — fitando a pequena foto de uma das fichas e que um dia no início do semestre ele mesmo tirou. Até quando arrumava os documentos ele a buscava. Ele não imaginou que aquela garota tão perdida, em pouco tempo, ia arrebatar seu coração.

— Se você me desse ao menos um sinal... Alguma coisa que pudesse me dar a certeza... — Sua insegurança conseguia se sobrepor aos seus sentimentos.

— Ah, droga. Eu vou acabar enlouquecendo! — disse em voz alta, recolhendo os documentos e guardando de volta na gaveta, tendo seu momento de reflexão quebrado pela batida na porta.

— Nath. Você está ai? Posso falar com você?

O coração dele acelerou. Seria aquilo um sinal? Mas de quem? Dela? Dos anjos? Ou do capeta querendo ludibriá-lo? Ele respirou fundo, fechou a gaveta e foi até a porta, destrancando-a.

— Oi, Sol. O que você quer?

— P-Posso entrar? — perguntou. Desta vez era ela quem estava com medo de ver a porta se fechar sem que pudesse entrar. Mas para sua alegria, Nathaniel nunca lhe daria as costas. Ela entrou na sala do grêmio e ele encostou a porta.

— Por que não está na confraternização com o resto do pessoal? — perguntou para tentar quebrar o gelo, pois Nathaniel não lhe deu a atenção que ela estava acostumada a ter dele, que continuou arrumando os documentos no arquivo, apesar de ter feito aquilo. Na verdade ele estava com as mãos nas pastas e o pensamento em Emília, tentando criar coragem para se arriscar, antes que a perdesse para outro, ou pelo menos sondar sobre ela e Lysandre.

— Eu não me senti a vontade para isso depois do que aconteceu. — disse, fechando a gaveta devagar, sem nem mesmo saber quais pastas estava vasculhando.

— Mas você não teve nada a ver com aquilo e todo mundo sabe. Ninguém o está culpando! — contou Sol, parando atrás dele, cujo coração acelerou e o ar sumiu por uma fração de segundo quando ela tocou seu ombro. Sol o desconcertava.

— Como você pode ter tanta certeza que eu não sabia que a Ambre ia fazer aquilo? Além de uma dupla, nós também somos irmãos? — questionou, virando-se de frente para ela, que com um sorriso lhe respondeu:

— Porque eu tenho certeza absoluta que você nunca faria algo desse tipo!

Ouvir Sol dizer aquilo e com um sorriso fez acender no coração do loiro uma fagulhazinha de esperança, insuficiente para fazê-lo expor seus sentimentos, mas o suficiente para fazê-lo lhe dar atenção.

— Eu nunca faria nada para te prejudicar, Sol. Você é... — titubeou sem coragem para dizer "importante para mim!" — uma garota legal. — Ele estava a ponto de se deixar tomar pela inércia que os acometia sempre que estavam juntos e sozinhos.

— E-Eu soube que Castiel e você conseguiram o 2º lugar. Parabéns! — comentou afastando-se dela, indo em direção a mesa do grêmio. Ele precisava se movimentar, do contrário ia começar a dar bandeira e ele ainda não se sentia seguro para se expor. Para ele estava cada vez mais difícil ficar perto dela sem a querer.

— Sim. Mas só porque você não participou. Todos que comeram o que você preparou disseram que estava muito bom. — comentou, encostando-se à mesa de reunião do grêmio, afastada dele. Ela apertava a mesa com tanta força que até Nathaniel percebeu que ela estava nervosa. Ele teve um bom pressentimento. Aquela pequena fagulha de esperança virou uma pequena chama.

— E você, gostou?

— Sim. Eu teria votado no seu, com certeza! — disse, sem demagogias, ela realmente gostou, mais que sua própria sobremesa. Na verdade o fato de ter sido Nathaniel a preparar deu ao prato um sabor especial ao paladar dela. Sabor que ela achava que vinha dos temperos especiais que ele usou – segredos de Clara –, mas que na verdade vinha do seu sentimento por ele.

— Você está falando isso só para me agradar. — ele se aproximou e se encostou à mesa, ao lado dela, colocando sua mão sobre a dela, que sentiu um calafrio percorrer a espinha e o coração acelerar. Suas mãos gelaram e ela não sabia o que fazer, se corria dali, se ficava, se tirava a mão ou se abria os dedos para que os dele se encaixassem entre os dela. Nem se ela tivesse ficado horas se bronzeando sob um sol escaldante teria ficado tão vermelha. Por não parar de olhar o chão não viu que o rapaz ao seu lado estava igualmente rubro.

"Eu gosto de você, Sol. Como eu nunca gostei de garota nenhuma." Foram as palavras que ele quis dizer.

— Mas também deve ter gostado da receita do Lysandre. Vocês têm uma amizade "tão especial"! — foi o que ele disse, quase irônico, seguido de um pensamento: "Porque eu disse isso? Que idiota!"

— S-Sim. Eu gostei muito... mas... — respirou fundo — e-eu ainda prefiro a sua! — respondeu e por estar tão nervosa com tudo aquilo não percebeu a ironia sutil de amigo.

A chama avivou mais um pouquinho. Ele apertou a mão dela forçando-a a abrir os dedos – sem que ela oferecesse resistência – e assim que ela sentiu os dedos deles se entrelaçarem suspirou tão forte que foi inevitável Nath perceber. Ele não tirava os olhos dela, que não tirava os olhos do chão, sendo assim não viu o quanto os olhos dele brilhavam, nem quantas vezes ele engoliu saliva e umidificou os lábios passando a língua ou mordendo-os por estar com a boca seca pelo desejo que tinha de beijá-la, tampouco percebeu a veia de sua testa pulsar de tão rápido que seu coração batia por causa dela. Ao contrário dele que percebeu, viu e sentiu em seu coração cada reação dela.

Uma chama mais alta.

Um sinal? Talvez!

— Você gostou por que a minha estava mais gostosa... — respirou fundo — ou por que fui eu quem fez? — perguntou, apertando mais ainda a mão dela, como se quisesse, com aquilo, dizer a ela que resposta ele queria ouvir – na verdade a intenção era essa mesma.

Ela pensou em Melody, mas...

— P-Porque foi você quem fez! — foi o que respondeu. Sua boca obedeceu seu coração e não sua consciência, que naquele instante tinha saído para dar uma voltinha, bem longe dali.

Uma fogueira quente e abrasadora. Se aquilo não fosse o sinal que ele tanto queria, o que seria então?

Ele não ia titubear mais.

"Esqueça o pensar, Nathaniel. Faça! Apenas faça!" Era o que ele repetia em sua mente, enchendo-se de coragem. Ele queria dizer, embora tivesse medo do que poderia ouvir, e mais que isso, ele queria sentir os braços dela envolta do seu pescoço enquanto degustava o doce sabor de morango que aromatizava seus lábios levemente avermelhados pelo gloss.

"Esqueça o pensar, Nathaniel. Faça! Apenas faça!" Mentalizou, como um mantra que o encheu de coragem, levando-o a se colocar de frente para ela, que ainda fitava o chão, trêmula, apneica, taquicárdica. Ela desconfiou das intenções dele; na verdade ela queria que o desejo dele fosse exatamente o que ela estava pensando, e que ela também desejava, com toda sua alma. Se alguém dissesse o nome Melody naquele momento ela nem se quer saberia de quem estariam falando, tamanho seu desejo de estar nos braços de Nathaniel, que virou a mão soltando os dedos dele dos dela, para re-entrelaça-los novamente, desta vez tocando palma com palma, com os dedos voltados para baixo. Ainda cabisbaixa ela fitou suas mãos entrelaçadas. Sua vontade foi segurar firme a mão dele para nunca mais soltar, mas mal conseguia se mexer, só tremia.

Nath estava igualmente nervoso, apneico, taquicárdico, mas uma voz bem baixinha em sua mente não o deixou titubear daquela vez.

"Esqueça o pensar, Nathaniel. Faça! Apenas faça!" Ele era só impulso. Sua mão livre tocou a face dela, erguendo seu rosto, fazendo-a olhar para ele, que não teve dúvidas do que ia dizer e fazer, e principalmente, sentiu que seria correspondido, pois além do rubor na face de Emília, o brilho úmido em seus olhos alimentou ainda mais aquela fogueira que naquele instante queimava arduamente dentro dele.

"Esqueça o pensar, Nathaniel. Faça! Apenas faça!" Ele invejou Lysandre naquele momento, pois mil palavras vinham a sua boca e nenhuma conseguia sair dela. Sua mão acariciava o roso de Emília, que pensava em tocar a mão dele sobre sua face, apertar a outra entrelaçada a dele e até em pedir que a abraçasse e a beijasse, mas nada fazia. Ela nunca tinha passado por aquilo, ela não sabia lidar com aquilo.

A mente de Emília estava uma confusão só. Ela não conseguia pensar em nada que precisava ser pensado naquele instante, como na sua amiga Melody, por exemplo; mas pensava em tudo o que não precisava, como se o resto da sua vida dependesse daquele momento para existir, como se seu passado tivesse passado velozmente diante de seus olhos e nada do que viveu fosse tão importante quanto o que ela viveria em instantes. Quando foi que ela cresceu? Quando foi que ela começou a prestar atenção nos rapazes? Quando foi que ela se apaixonou pelo Nathaniel? Quando foi que ele se interessou por ela? Quando foi que ela trocou a sua boneca pelos segredos guardados à chave?... Quando foi que ela entrou naquela sala?... Ela estava perdida no tempo, sem saber se haviam passados segundos, minutos ou horas... Ela queria dizer que era louca por ele... Ela estava sem voz. Seria esta a tal tensão pré 1º beijo?

— Sol... E-Eu... — tentou ele dizer o que estava sentindo, sem conseguir eliminar o bolo que havia em sua garganta e que o impedia de falar. Por sorte não tinha nenhuma flor por ali, ou de certo ele estaria tendo uma crise alérgica, porque a sensação era a mesma, garganta fechada e falta de ar. — E-Eu...

"Nossa. Como é difícil!" pensou respirando fundo. Ele nunca havia se apaixonado antes. Sua vida sempre foi o estudo. Quando se arriscou em algo a mais que flertes e encontros sem compromisso cometeu um erro e este o perseguia todos os dias, como uma sombra que não o deixava esquecer que escolhas erradas geram consequências, além de mágoas. Ele jurou a si mesmo que só se envolveria com alguém novamente se tivesse certeza do que sentia por ela e vice versa. E desde então os livros foram sua companhia. No máximo uns flertes bobos que acabavam apenas nuns beijinhos numa sala de cinema, e ainda assim fazia um tempo, meses, talvez 4 ou 5, não lembrava ao certo, que ele não ficava com ninguém.

"Esqueça o pensar, Nathaniel. Faça! Apenas faça!" Era difícil demais para ele não pensar. Era algo como não ser o Nathaniel, assim como era difícil para Sol não deduzir, se precipitar; se fosse diferente não seria ela.

"Esqueça o pensar, Nathaniel. Faça! Apenas faça!"

"Para de pensar, Nathaniel! Apenas faça!"

Ele se aproximou mais, ao ponto de sentir a respiração dela em seu peito. Já que as palavras estavam tão difíceis de serem ditas, "que fiquem para depois" foi seu pensamento enquanto guiava seus lábios na direção dos dela, que aguardavam aquele beijo, aquele 1º beijo, entreabertos, morrendo de medo de não saber como corresponder, morrendo de medo do seu beijo não ser bom e ele não gostar, morrendo de medo de...

— EU PENSEI QUE ISSO AQUI FOSSE A SALA DO GRÊMIO, MAS PELO QUE VEJO É UM PONTO DE ENCONTRO!

... serem interrompidos. Eles estavam sendo observados desde que Nath se postou de frente para ela. Tudo desde então não durou mais que 5 ou 6 minutos, embora tenha parecido horas para aqueles dois.

Num segundo a inércia de Emília se quebrou, soltando a mão de Nath, escorregando para o lado, saindo da frente dele, tamanho susto que levou, pensando ser o inspetor ou o coordenador, pois de tão envolvida nem mesmo reconheceu a voz de seu empêcher[1], pois ele acabara de executar fria e cruelmente seu momento mágico.

— Meu santo Cristo! — foi a única coisa que Nathaniel disse, irritadíssimo. A voz do Castiel entrou nos seus ouvidos como uma enorme agulha de tricô de ponta afiada. — O que eu fiz para te merecer na minha vida, praga! — Sua vontade foi jogá-lo para fora da sala, trancar e porta e recomeçar de onde havia parado, mas Emília já havia cedido aos brados do ruivo, como sempre.

— Vamos, Emília! Temos que guardar nossas coisas para irmos embora. Ou você acha mesmo que eu vou fazer isso sozinho? — seu mau humor da manhã retornado e trazido com sigo a grosseria.

Emília ainda estava confusa, então nem ligou para a grosseria do ruivo, que a esperava na porta, como um leão de chácara. Ela foi até ele, deixando Nath para trás, sem dizer nada, mas pensando em tudo o que tinha acabado de acontecer, ou melhor, no que quase tinha acontecido.

Nath não estava entendendo mais nada. Tinha ou não tinha alguma coisa entre aqueles dois? Castiel mentira para Iris? Sol estava brincando com ele? Ela seria capaz de tal coisa? Ele iria enlouquecer com todos aqueles pensamentos. O coração dele estava apertado; um aperto que incomodava.

— Ah, só para constar. Ainda bem que você dedurou aquela cretina da sua irmã, CDF! E sorte dela que ela é uma garota! E não espere agradecimentos da minha parte!

Nathaniel não gostou da forma que o ruivo se referiu a Ambre, mas conteve-se. Além de saber que a irmã tinha feito por merecer, não queria perder o controle de si novamente por conta do Castiel. Não valia o risco.

— Eu não fiz por você, então não precisa gastar sua saliva. — respondeu igualmente irônico. Ao ouvi-lo Sol despertou do seu apagão, pois lembrou que não tinha lhe agradecido.

— Ah, Nath. Eu esqueci de te agradecer. Desculpa. — disse, voltando para perto dele, pegando do bolso sua pimentinha, dando a ele. — Nós ganhamos esta lembrancinha da prof.ª Nancy por participar do concurso...

— Vamos logo, Emília! — ralhou Cast da porta, sem paciência. Ele a arrastaria dali se pudesse, mas ele não era nada dela para tal feito. Na verdade ele estava, novamente, "fechando a porta", e não era a da sala do grêmio.

— Espera, Cast! — pediu ela, segurando-se para não gritar com o ruivo, lembrando do que disse Lysandre. — Se conseguimos participar e até ganhar o 2º lugar foi graças a ele, então me deixe pelo menos agradecer. — Cast apenas olhou para eles, cruzou os braços e fechou a cara.

"Um minuto" Foi o tempo que deu a ela em sua mente, passado isso ele iria embora, ou a levaria dali na marra; nem ele sabia o quê faria e nem o porquê estava se incomodando com aqueles dois juntos. Ele nem mesmo tinha falta de ar quando estava perto dela...

— Eu não sei se você ganhou, mas eu quero que fique com a minha.

— Não precisa. Eu só fiz o que era certo! Não espero agradecimentos por isso! — Ele pareceu meio seco aos ouvidos dela, que mesmo assim insistiu.

— Por favor, Nath. Aceite. — pediu com seu jeitinho dengoso de pedir as coisas, que até aquele momento apenas Lysandre conhecia, além de Maitê. — É o primeiro presente que lhe dou. — pegando a mão dele e colocando o saquinho com o pequeno pingente. Ele não resistiu e aceitou, não por ser um mino de agradecimento, mas por ser um presente dela, que para completar seu agradecimento teria lhe dado apenas um beijo no rosto, se não fosse o loiro ter ouvido uma voz soar alto em sua mente.

"FAÇA, NATHANIEL!"

Ele virou o rosto e os lábios de Sol que miraram sua bochecha acertaram seus lábios. Ele a teria segurado e transformado aquele selinho roubado num beijo "amorangado" e longo...

— Pronto, Emília. Já agradeceu como queria, agora vamos embora!

... se o ruivo não a tivesse puxado pelo pulso, levando-a da sala. Em choque ela não questionou, apenas assentiu com a cabeça e foi com ele, que não sabia se estava com raiva do atrevimento do ex amigo ou dele mesmo por estar incomodado com aqueles dois. Ela estava rubra, mas era de timidez, vergonha... excitação. Até sair da sala ela não tirou os olhos do loiro.

Nathaniel não sabia se ria, se dançava, pulava ou se gritava aos quatro cantos que era louco por aquela garota confusa e que conseguira tirar ele do seu normal. Ele nunca imaginou que um simples selinho roubado pudesse ter tanto significado para ele, até porque ele não era do tipo de roubava beijos das garotas. Suas mãos não paravam de tremer e suar. Ele estava eufórico, tomado por uma excitação que só fazia avivar a chama que naquela manhã era apenas uma pequena faísca. Seu coração havia sido tomado por uma labareda com sabor de morango.

Castiel não ter reagido com violência tendo ele presenciado tudo aquilo era a prova que ele precisava que não existia nada entre ele e Sol, mas sua reação diante daquilo o fez acreditar que o ruivo tinha interesse nela. Sol não ter reagido de forma negativa àquele selinho, tampouco ao que houve antes, o fez acreditar que não havia nada entre ela e Lysandre, mas não descartou a hipótese de haver interesse dele nela, e principalmente, o fez acreditar que ela não lhe era indiferente, que ela tinha sim interesse por ele.

— Ah, Sol. Agora que eu sei... Ninguém vai tirar você de mim! Ninguém! — prometeu a si mesmo, olhando para sua pimentinha, seu mais novo amuleto da sorte!

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Notas finais do capítulo

[1] Empêcher: Gíria francesa para Empata-foda. Também é usado o termo Bloque-bite. Vem da gíria de língua inglesa Cock-block

Se me matarem nunca saberão o que vai acontecer daqui para frente...rs

ps. Eu ri muito imaginando a cara de vocês...rs