Eu e Draco saímos de casa de novo. Peguei meu celular no meu bolso e mandei uma mensagem para meus amigos para irem ao parque.

Eu e Draco corríamos em direção ao parque, um pouco animados. Eu não tirava Esmeralda da cabeça. Procurava ela em todo canto, mas não conseguia encontrar ela aonde quer que eu olhasse. Draco percebeu que eu estava procurando algo.

"O que foi pai? Está procurando oque?" Pergunta ele correndo ao meu lado.

'Será que posso contar para ele? Acho que sim.' Penso. "Lembra quando eu meio que desmaiei no sofá hoje?"

Ele assentiu com a cabeça.

Nós dois paramos de correr e começamos a andar. "Então... Quando eu desmaiei eu ouvi uma voz na minha cabeça. Estava dizendo que teríamos de treinar pois algo está para acontecer. Era um dragão. Uma dragonessa, na verdade. ela disse que era minha guardiã. Que sempre estava perto de mim, me protegendo. Eu estava procurando ela."

Ele olha para mim e sorri. "As vezes, para você achar uma coisa, não deve procurar!"

Eu não entendi o que Draco quis dizer, mas ele parecia tão confiante...

Nesse momento um cachorro, acho que era um budder colie, se aproximou com medo de Draco e começou a cheirá-lo.

Draco olhou para o cachorro sem entender muita coisa. O cachorro ficou meio agressivo e começou a latir para Draco. Eu me assustei e fui tirar Draco de perto dele, mas quando eu me agachei para pegar Draco, ele rugiu para o cachorro. O cachorro disparou para o lado oposto chorando de medo. O rugido não havia sido tão forte, mas foi de fato muito inesperado. Eu fiquei assustado quando ele rugiu, mas depois nós dois começamos a rir do cachorro.

"Você é valente, filho! Muito bem!" Eu acaricio a cabeça dele e me levanto, pois estava de cócoras.

"Brigado!" Ele sorriu para mim e nós continuamos andando.

Minha casa era um tanto longe do parque, e quando chegamos meus amigos, Richard e Daniel, já estavam lá.

"Eae Richard, Daniel! Olhem quem eu trouxe para conhecer vocês!" Draco estava do meu lado.

Richard e Daniel ficaram totalmente paralisados ao ver eu com Draco. Eles haviam assistido aquela notícia, mas não faziam ideia que eu era o escolhido de Sidney.

"V... Você?!" Diz Richard olhando para mim assombrado.

"Exato! Encontrei ele ontem no lago do Joe! Vocês assistiram a notícia também, certo?" Os dois dizem que sim. "Vocês não sabem como eu estou feliz por achar Draco."

"Posso tocar nele?" Pergunta Daniel.

"Claro!" Responde Draco.

"Ele fala!" Richard se impressiona.

"Já disse que eles são seres racionais! Não é mesmo, Draco?"

Draco apenas sorri. Daniel chega perto dele e encosta a mão entre os chifres de Draco. "Uau! Nunca imaginei isso!"

"Fantástico, não? Eu sou o escolhido de Sidney... e agora eu devo treinar com Draco. Estou um pouco preocupado com o que vai acontecer. Do jeito que os dragões estão ressurgindo... Tão rápido. Sem qualquer manifestação antes. E também estão parecendo nervosos."

"Do que você está falando?" Pergunta Richard, chegando perto de Draco.

Draco se sentia uma celebridade agora, com os dois acariciando ele.

"Todos os escolhidos tem um dragão como guardião. Como se fosse um anjo da guarda. Ela falou comigo hoje, pela cabeça, quando aquela menina, Daphine, caiu na TV. Eu também caí naquela hora. Foi quando eu ouvi a voz dela. Esmeralda, minha guardiã."

"Ei Ei! Desculpa interromper, mas será que Draco gosta de música?" Pergunta Daniel, que sempre era desse jeito.

"Música?" Draco entorta a cabeça.

Daniel pega seu celular, meche de lá, meche de cá e coloca para tocar uma música de uma banda que eu gostava muito: Imagine Dragons. Ele colocou a minha música preferida, aliás: Radioactive.

Eu pude perceber que a pata de Draco começou a bater no solo no ritmo da música, por impulso. "Ele gostou!" Eu disse vendo que Draco estava realmente com os olhos fechados ouvindo com atenção cada palavra da letra da música.

Eu estava sorrindo quando uma coisa me chamou a atenção atrás dos meus amigos, em meio aos arbustos, uns 50 metros distante deles. 'O que é aquilo?' Pensei.

Parecia muito uma cobra. Era verde claro, chegando a brilhar com a luz do sol. Mas eu sabia que não era uma cobra porque eu não conseguiria ver uma cobra daquela distância. 'Talvez um crocodilo?' Eu estava começando a ficar muito curioso. Eu então comecei a ir em direção daquela coisa.

Draco sentiu quando eu coloquei meu pé ao lado dele e abriu os olhos para me ver caminhando. "Pai?"

"PAI?!" Exclamam Daniel e Richard juntos.

"Calma filho. Só estou querendo saber o que é uma coisinha que eu vi."

Os três ficaram olhando para mim enquanto eu me aproximava daquela coisa. Eu realmente não sei como eu vi aquela coisa verde no meio dos arbustos. Talvez porque era um verde mais brilhante? Talvez.

Conforme eu me aproximava ficava mais e mais nítido que era algum réptil, pois possuía escamas. Então eu finalmente cheguei. De fato aquilo era maior do que eu pensava. Tinha a largura de... uhhh... da minha mão aberta.

Como eu sempre fui curioso eu decidir tocar.

Nossa... Nunca esquecerei aquele momento!

Quando eu relei naquilo, ele se mexeu um pouco e eu ouvi a mesma voz de antes. "Olá Willian." Mas a voz não estava mais na minha cabeça. Eu virei um pouco a minha cabeça e vi duas esferas laranjas meio que flutuando, me fitando direto na alma.

Eu sorri de imediato, sabendo o que era aquilo agora. "Esmeralda!"

Quando falei seu nome ela saiu do seu esconderijo e se postou nas minhas costas com um único salto fantástico. Eu senti o chão tremer assim que ela pousou no chão atrás de mim. Eu me virei e lá vi ela, Esmeralda, minha guardiã.

Suas escamas eram verdes claro, o que deixava evidente o porquê do seu nome. Seu peito, barriga, ventre e inferior da cauda eram marrons, o que a ajudava a se camuflar com a vegetação. Possuía fácil uns 5 ou 6 metros de altura e uns 14 de comprimento. Era mais fantástica do que eu jamais imaginei.

"Uau! Mas você... Você é magnífica!" Não consegui me conter ao vê-la ali, na minha frente, com seu majestoso peito inflado para frente, imponentemente.

Ela deu uma pequena risada. "Obrigada pequenino." Sua voz era tão doce e sutil... Parecia uma mãe carinhosa falando com seu filho querido.

Todos no parque pararam o que estavam fazendo para olhar para Esmeralda. Realmente não tinha como disfarçar um dragão de mais de 3 toneladas em um parque público no meio da cidade.

Draco, Richard e Daniel estavam boquiabertos ao ver Esmeralda saltando para fora das árvores, quebrando alguns galhos. Draco logo correu para onde eu estava.

Esmeralda olhou para ele e sorriu. "Draco. Você será um forte e corajoso dragão quando for adulto. Não! Você já é isso!"

Draco sorriu para ela, percebendo o olhar amoroso de mãe dela.

"Agora Willian. Você me encontrou mesmo, quem diria!"

"Agora eu entendi o que Draco disse mais cedo. Ele disse: As vezes se queremos achar algo não devemos procurá-la."

"Exatamente! Muito sábio! Mas... eu realmente facilitei para você, pois tenho uma coisa para lhe dar." Esmeralda tinha uma grande bolsa prendida em sua pata dianteira direita. Ela abre a bolsa com a boca e retira uma coisa que eu não consegui reconhecer muito bem, já que estava dentro da boca de Esmeralda. Ela aproxima sua enorme cabeça de mim e abre a boca.

"Wow!" Eu exclamei em ver a gigantesca mandíbula dela aberta apenas alguns centímetros de mim. Qualquer outra pessoa teria ficaria aterrorizado, mas não eu! Eu amei aquilo. Enfim, eu vi o meu presente. Em cima da língua dela estava uma bainha com uma espada dentro. Estendi a mão e segurei na base da espada. A base da espada se encaixava perfeitamente na minha mão. Havia entalhes também. Quando fui levantá-la, percebi que ela era bastante pesada, então tive que usar as duas mãos. A bainha era da mesma cor de Draco, um amarelo meio pálido., com alguns entalhes em relevo no metal. Eu tirei a espada com cuidado da bainha fazendo um som de zunido metálico. Fiquei maravilhado ao ver aquele magnífica espada prateada com vários desenhos em sua lâmina. Seu fio era nitidamente fatal. Poderia cortar um homem ao meio como manteiga.

"Assim como Draco, Você também deverá treinar! E agora tem sua armar!"

"Obrigado Esmeralda! Muito obrigado! É magnífica!"

Ela sorri e assente.