Sabia que Draco ficaria muito triste em saber quem havia morrido. Ahhh... Sim... Ficará desolado, mas se ele fosse souber, que soubesse por mim.

“Errr... Daphine... me desculpe por não pedir para você antes... hehe” Draco estava dizendo para Wendy quando eu me aproximei.

“Não se preocupe com isso seu bobo! Dês de que vocês dois se amem...”

“Filho? Eu... preciso te falar uma coisa!” Eu estava realmente muito triste.

“O que foi pai? Por que está triste?” Draco se aproxima de mim.

Eu o abraço com lágrimas nos olhos. “Draco.... Argus morreu!”

Pude perceber que Draco ficou imóvel, nem me abraçou também. “O.... O que? Não! C... Como?!” A voz de Draco começa a ficar falha.

“N... Nós estávamos batalhando juntos e... ele entrou no mundo das sombras, e atiraram uma tocha na sombra que ele estava. Ele sumiu. Desapareceu nas sombras.”

Draco começou a chorar. “Não! Argus! Nãoo!”

Eu o aperto mais, começando a chorar também. Podia sentir que Draco estava muito acabado. “Calma Draco. Calma! Agora ele está com o pai dele, esqueceu?”

Draco chorava, emitindo apenas ruídos me apertando. Doía um pouco, mas eu não reclamei, pois sabia que Draco estava sofrendo muito mesmo.

“O... O... O... Onde está o pai real dele?”

“Enfermaria. Foi gravemente ferido. Está consciente, pelo menos...”

“Eu tenho que ir vê-lo.” Draco diz e para de me abraçar.

“Quer que eu vá junto, filho?”

Draco apenas mexe a cabeça dizendo que não e começa a andar.

Visão de Draco.

Para todo lugar que eu olhava eu via a sombra de alguma coisa e ficava cada vez mais triste. Meu coração doía e lágrimas saiam de meus olhos em cascata enquanto eu andava.

Todos que passam pelo meu lado tentavam me botar para cima, mas ninguém conseguia. ‘Não é possível que ele tenha morrido! Não ele! Sofreu tanto e agora que estava tendo felicidade, ele.... Não!’ Eu pensava e meu coração apertava em meu peito.

Depois de alguns minutos eu chego à enfermaria. Haviam bastante dragões e humanos lá, feridos e sangrando. Vários estavam com feridas grandes abertas. Até que eu vi Fear.

Ele estava completamente acabado. Além de completamente ferido, não parava de chorar um segundo. Suas lágrimas desciam pelo seu pescoço e se misturavam com o sangue que escorria de suas feridas.

Eu me aproximei dele, ainda chorando. “Fear.”

Ele olha para mim e fecha os olhos. “Meu filho! Por que ele?”

Eu subi na maca com cuidado e abracei o pescoço dele. “Calma Fear... P... Por favor! Você está muito machucado para ficar chorando desse jeito.”

“Eu fui tão injusto com ele durante meses! Fui um idiota! Meu filhinho! Não! Não pode estar acontecendo isso! Por favor, Draco! Diz que ele está vivo!”

Eu olho para ele e não resisto, desabando em choro, junto com ele. “Não Fear. V... V... Você não foi não.”

“Pare de mentir para tentar me fazer melhor. Eu sei o que fiz! Não dei carinho para meu próprio filho! Fiz ele pensar que eu o odiva! Eu... Sou um monstro, como você disse.”

“Fear... O que importa é que você deu muito carinho antes que ele partisse! Não fique assim. Ele não vai gostar de te ver assim.”

Fear começa a respirar fundo, tentando parar de chorar. “Meu filhinho Meu Argus... Por que ele? Ele não está morto. Eu sinto isso no meu coração!”

Nesse exato momento eu começo a pensar. “Você estava no lugar quando aconteceu?”

Fear assente. “Eu vi a sombra dele desaparecendo.”

‘E se ele conseguiu escapar?’ “Onde foi?”

“Eu te levo lá.”

“NÃO! Você está muito machucado e...”

“Eu não sou uma criança, Draco! Isso aqui não é nada.”

“Tem certeza?”

“Tenho sim. Mas... por que quer ir lá?”

“Um palpite... Uma vez Argus me falou sobre seu elemento... Ele me disse sobre o desaparecimento caso a sobra que ele estava desaparecesse, mas, ele disse que era muito difícil isso acontecer, pois ele se move muito rápido dentro das sombras. E eu também tenho uma dúvida...”

“Você acha que ele está vivo?”

“Acho que sim...... Espero que sim!”

Minutos depois, Fear me leva para o lugar onde vira Argus pela última vez. Estava cheio de corpos de demônios e... infelizmente, eu vi o corpo de um humano também.

“Onde foi exatamente o lugar?”

“Exatamente onde você está...” Fear diz com os olhos ainda vermelhos devido chorar muito. “Qual era a sua dúvida?”

“E se eu refazer a sombra que ele estava?”

Fear arregala os olhos. “Nunca tinha pensado nisso antes! Mas como?”

“Jogo de iluminação!” Eu fico um pouco para o lado do local e faço pegar fogo do meu lado, fazendo sombra no local certo.

Eu estava certo! Ele estava vivo!

Assim que a sombra apareceu, Argus pulou para fora da sombra, arfando como se estivesse sem ar.

Fear arregala os olhos olhando para Argus. “Filho!”

Argus olha para ele e pula em seu pescoço, o abraçando e chorando. “Pai! Eu... Eu pensei que iria morrer!”

Argus o abraço em resposta, começando a chorar novamente, mas agora, de felicidade.

Eu também não resisti. Comecei a chorar também.

Argus olhou para mim e me abraçou. “Obrigado Draco! Muito obrigado! Mas... como você sabia?”

“Foi um palpite meu...”

“Eu tinha esquecido de falar isso para você. Mas a sombra não pode ser causada naturalmente, tem que ser propositalmente para poder ressurgir. E... graças a ti, eu estou vivo! Mais um pouco lá e eu faria parte das sombras!”

EU o abracei forte também. “Argus... que bom que está vivo! Estou tão feliz! Mas... vá ficar com seu pai. Ele estava sofrendo muito pensando que você estava morto. Falou que queria ter dado mais carinho para você.”

Argus olha para Fear e sorri, balançando a cabeça. “Não! Ele me deu carinho! Muito carinho! E, se eu tivesse morrido, estaria feliz, pois saberia que você me ama!” Argus diz e pula em Fear novamente, lambendo bastante seu rosto.

Fear o lambe também, sorrindo como eu nunca o vi antes. “Obrigado!”