Dragões: os guardiões da terra (livro 1) escrita por SpyroForever


Capítulo 22
Aulas de... dragologia?


Notas iniciais do capítulo

Capítulo que eu gostei de escrever.



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Após alguns minutos de comemorações eu olhei para Esmeralda e ela olhou para mim.

“Até sei o que está pensando. Você quer saber mais sobre nós agora, certo?”

Eu assenti sorrindo para ela.

“Então entre na minha cabana. Eu fico mais a vontade lá.” Ela diz indo para sua cabana.

“Tudo bem... Draco, vá brincar com seus amigos que eu ficar um pouco com Esmeralda, está bem?”

“Tá pai! Vamos Hadaliel! Vamos chamar o Argus!” Draco diz correndo.

“EI DRACO! ESPERA! Esqueceu que estou com a pata quebrada?” Hadaliel grita para Draco mancando.

“Voe então seu molenga!”

Eu ri um pouquinho e entrei na tenda. Esmeralda já estava deitada enrolada em torno de se mesma e olhando para mim.

“Venha William. Deite-se aqui junto de mim.”

Eu sorri e fui até ela. “Obrigado.” Eu agradeci me sentando no chão e encostando minha cabeça na barriga dela.

“Disponha por isso. Então... o que você quer saber?”

“Basicamente quero saber tudo!”

“Hahaha! Você é bem curioso, William. Mas creio que não poderei responder tudo, pois tem coisas sobre mim que nem eu mesma sei.”

Eu arregalei os olhos. “Uau! Sério?! Magnífico! Então primeiro... mhhh... Draco disse que a saliva de vocês tem propriedades cicatrizantes.”

“É verdade. E anti-bactericidas também. Geralmente nós lambemos nossos machucados devido isso. Porém, não é tão eficaz quanto um cicatrizante químico, claro.”

“Entendo... Então por isso que Draco quis lamber seu machucado envés de deixar enfaixado... Pois eu não tinha um cicatrizante na minha mochila. E ele levou vários tiros nas asas. Como é que as asas dele não furaram?”

“Nossas asas são muito fortes mesmo! Você não tem ideia de como são fortes. Quase nada pode penetrá-las. Nós a usamos como escudo, inclusive. Esse é um dos motivos do qual conseguimos voar.”

“Como vocês conseguem controlar os elementos?”

“Sabia que você iria perguntar isso! Bem... Os dragões e os humanos são espécies reversas. O humano é pura ciência e os dragões são magia. Claro, há ciência em nós também, mas nós temos a magia a nosso dispor. Cada dragão tem uma parcela de energia elemental, mágica, em si. Essa magia é retirada dos elementos naturais e não naturais do mundo.”

“Naturais e não naturais?”

“Os elementos naturais são os da natureza: terra, água, fogo, ar, gelo, ferro... e os não naturais são os raros que são criados a partir da ciência ou emoções: medo, tecnologia, atração, tristeza, ácido, veneno, química... Todos esses elementos são cheios de um certo teor de magia. Por isso, quando Draco, por exemplo, está perto de fogo ele se sente mais forte e quando está na água se sente mais fraco, pois a energia encontrada é maior ou menor.”

“Fascinante! Atração? Como assim?”

“É um elemento bem... sujo. Baseia-se em... por exemplo... Eu sou desse elemento. Eu posso entrar na sua mente e fazer você ficar... atraído por mim e deixar de me atacar para fazer tudo que eu quiser. Mas só funciona com machos, no caso de o dragão que utiliza é fêmea e em fêmeas se o dragão usuário for macho. Mas se o dragão alvo for homossexual então será... uh... por exemplo. Um dragão macho usa seu elemento atração em outro dragão macho sendo que esse é homossexual.”

“Tá. Entendi. Então, assim, os bissexuais são os mais... sensíveis a isso, certo?”

“Sim. E também não é eficaz apenas para dragões. Um dragão pode utilizar o elemento atração em qualquer espécie.”

“Estranho mas tudo bem... Seus órgãos são iguais aos de um réptil?”

“Basicamente igual. Nós somos muito parecidos com os crocodilos em nossa estrutura óssea, a não ser que somos bastante maiores, e temos pescoços compridos. Também a nossa pélvis é mais larga pois nossas pernas são muito grandes. Nossos órgãos crescem conforme nossos corpo, então, no meu tamanho, o meu coração é maior que a sua cabeça em dobro. Nossos pulmões precisam ser muito grandes mesmo, pois geralmente caçamos debaixo da água. E também, eles nos ajudam a usar a maioria dos nossos elementos, pois vários deles precisamos de fôlego para usá-lo.”

“Entendi. Mhh...” Eu comecei a passar minhas mãos em Esmeralda, sorrindo. “É gostoso ficar deitado com você. Você é tão quente.”

Ela riu um pouco e se enrolou mais em mim, colocando sua cabeça no meu colo. Eu sorri e abracei sua grande cabeça.

Ela riu ao seu abraçada e olhou para mim. “Você realmente adora dragões, uh?”

“Muito, muito, muito! Vocês são fantásticos. Por que se esconderam por tanto tempo?”

“Pois os humanos são seres com muitos medos, e esse medo por coisas novas fazem de vocês seres perigosos para nós. Antes não havia necessidade de nos mostrarmos, pois dávamos conta dos demônios sozinhos. Mas agora não conseguimos mais. Foi muito bom saber que... a maioria de vocês foi bastante receptiva conosco. Agora, talvez, se conseguirmos derrotar os demônios, os humanos e os dragões possam viver juntos.”

Eu coloquei minha cabeça na de Esmeralda. “Desejo que sim.”

“Os dragões e os humanos costumavam ser felizes juntos. Isso antes da era negra. Foi quando os demônios surgiram e se passaram por nós, destruindo cidades e matando pessoas.”

“Então foi isso que aconteceu realmente na era negra?”

“Sim. Foi daí que a igreja começou a nos chamar de demônios. Não os culpo, foi tudo um mal entendido. Maldito demônios. Conforme os anos se passavam os humanos foram se esquecendo de nós. Foi até que bom, pois se não estivessem se esquecido, iriam querer nos matar ainda. Mas tudo está bem agora. Dragões e humanos juntos novamente, trabalhando juntos.”

“Uau... que história incrível. O que é que você geralmente fazem para passar o tempo.”

“Dormimos, brincamos, ficamos com nossos pais. Gostamos de companhia, sabe. Não gostamos muito de ficar sozinhos.”

“Acho que ninguém fica. Draco disse que vocês não machucam seus filhos quando os pegam com a boca. Como?”

Esmeralda levanta sua cabeça para mim e abre a boca, mostrando seus dentes. “Se nós quisermos, podemos fazer nossos dentes entrarem em nossas gengivas quando mordemos algo, assim não machucamos. Estenda seu braço.”

Eu hesitei um pouco mas estendi minha mão. Esmeralda avançou com sua boca e me mordeu. Eu vi seus dentes entrando em suas gengivas conforme ela apertava seu maxilar em meu braço e arregalei os olhos. “UAU! Que... demais!”

Ela me solta e sorri. “Viu? É por isso que não machucamos nossos filhos. Nós podemos parecer ferozes e perigosos por fora. Mas somos muito carinhosos com quem amamos.” Ela diz lambendo meu rosto. “Nossa William... Seu gosto é delicioso!”

“Não vem com essa de novo não, Esmeralda. Não quero ficar todo ensopado novamente.”

Esmeralda olhando para mim e coloca sua cabeça em meu colo novamente. “Como queira.”

“As vezes você parece um animal.” Eu digo coçando a cabeça dela.

“Gostamos de agir assim. Conforme nossos elemento nossa personalidade muda um pouco. Os de fogo, como eu, somos mais... calorosos. Gostamos de receber carícias e de dar carícias.”

“Percebo isso bastante com você e Draco.”

“Os de terra são os mais brutus. Gostam de brincar e correr, mas se cansam rápido. Os de eletricidade porém... Nossa. São hiperativos. Correm, pulam, voam, brincam e não se cansam. Tem o costume de falar tão rápido que ninguém entende. Os de água e gelo são calmos e se dedicam bastante em sua inteligência, por isso a maioria dos nossos estrategistas são dragões de água ou gelo.”

“Nossa. Então a personalidade dos dragões são separadas pelos elementos?”

“Basicamente. Os nossos elementos são os seus signos.”

“Existe tipos de sangues para vocês?”

“Sim. Os mesmos que os seus. Portanto, um dragão de sangue tipo O+ pode doar para um humanos que o sangue O+ é compatível. Mas acho que para doar para um dragão iria precisar de vários humanos doando.”

“Verdade. Haha. Mas eu daria.”

“Sei que daria. Você se importa bastante conosco, uh? As vezes tenho medo de você abdicar de tudo por nós... Nunca faça isso, ouviu?!”

Eu olhei para ela e beijei sua cabeça .”Somente por você ou por Draco.”

“Haha. Seu fofo. As vezes tenho vontade de te lamber até você ficar totalmente molhado.”

Eu não me sentia muito confortável com aquilo, mas queria fazê-la feliz. “Vá em frente.” Eu disse sorrindo para ela.

Ela estranhou e olhou para mim. “Uh? Você está dizendo que eu posso te por na minha boca?”

“Quero ver como é.”

“As vezes sua curiosidade me assusta, William. Mas... você já sabe como é, lembra?”

“Mas naquela hora eu não queria. Você tinha me pego de surpresa.”

“Então tudo bem. Não te pegarei de surpresa agora. Você irá entrar em minha boca, certo?”

“Tudo bem. Parece meio suicídio. Hehe.”

“Você está morrendo de medo, uh?”

EU não pude esconder... Estava com muito medo. A boca de um dragão é cheia de dentes e... ela vive falando que me acha delicioso. E SE ELA ME ENGULIR?! Mas... acho que ela não faria isso. “Você não vai me... me engolir, né?”

“QUE?! Claro que não! Da onde você tirou essa ideia?”

“É que você sempre está dizendo que me acha delicioso e... eu pensei que você iria querer me comer.”

“Nunca! Você é como um filho para mim, William. E eu só estou fazendo isso porque você está pedindo. A primeira vez eu apenas estava brincando com você, querido. Não se preocupe com isso está bem?”

Com tudo aquilo que ela falou eu fiquei mais calma. “Tudo bem, eu acho. Então vai logo. Abre a sua boca.”

Visão de Esmeralda.

Eu sorri para William e comecei a abrir a minha boca. Percebi que ele ficou um pouco tenso ao ver... meu dentes, talvez? Pois é. Ele estava com medo. “Venha. Já disse para não ter medo. E mais. Só fecharei a boca se me pedir.”

Ele olha para o fundo da minha boca, respira fundo, e começa a se aproximar de mim. Ele encosta na minha mandíbula superior e eu riu um pouco. “Você está gelado.”

“O que você queria? Estou prestes a entrar na boca de um dragão!”

“Na minha boca, não de qualquer dragão. Eu me sacrificaria por você. Não lhe farei mal!” Com isso eu aproveitei que ele estava perto da minha boca e o lambi na lateral do peito.

Eu riu para mim e se agachou, ficando de quatro. Ele coloca uma das mãos dentro da minha boca, em cima da minha língua. Sentindo o doce gosto de William eu sorri. Ele estava um pouco mais salgado, por causa do suar, mas mesmo assim, era gostoso.

Conforme ele foi adentrando na minha boca ele foi ganhando mais confiança, até ficar inteiramente dentro. Eu fechei meus olhos, sentindo o gosto dele. “Deite-se, William.”

“Tem certeza? Parece desconfortável para você.”

“Você que pensa meu querido.” Eu digo para ele com um pouco de dificuldade enquanto me ajeitava no chão, deitando, como se fosse dormir.

Ele fica quieto por um tempo então se deita de costas em cima da minha língua. “Ahh... Isso é... é bom. Sua boca é quente como se fosse um cobertor na noite mais fria.”

“Quando as noites estão muito frias, os filhos dormem nas bocas de seus pais, onde é quente.”

“Sério? Nossa! Que estranho.”

“É habituação para sobreviver. Precisamos inventar coisas para sobreviver aos diversos desafios que a vida nos dá, sabe?”

“Sei sim. Regra da vida.” Ele diz se aconchegando na minha boca.

Eu ri um pouco. “Não disse que você iria gostar de ficar na minha boca?”

“É muito bom, apesar de ser muito molhado, é muito gostoso ficar aqui.”

Eu sorri um pouco. Minha mandíbula começou a pesar e doer. “Mhh... Minha boca está doendo, William. Você não sabe como é pesado ficar com minha boca aberta desse jeito.”

“Pode fechar. Acho que... acho que vou dormir um pouco.”

“Era tudo que eu queria ouvir. Eu estou ficando com sono também.” Eu disse fechando minha boca. “Vai ficar escuro, a não ser quando eu falar.”

“Tudo bem. Eu não estou mais com medo.”

“E... Recomendo você ficar debaixo da minha língua para não escorregar pela minha garganta, apesar de eu estar deitada.” Então eu ergui minha língua.

Ele rolou para frente conforme eu tirei minha língua debaixo dele. “Wow! Haha! Isso foi um pouco engraçado. Já pode abaixar a sua língua. Já me ajeitei.” Ele disse.

Assim que eu coloquei minha língua em cima dele eu sorri. Vi através da fenda da entrada da cabana que estava de noite. “William, está a noite.”

“Excelente. Então, se você não se importa, posso dormir aqui até amanhã?”

Eu ri. “É claro meu... filhotinho.” Eu disse e percebi que ele riu também. “Durma com os anjos meu queridinho.”

“Boa noite Esmeralda. Se Draco vier fala que... bem... eu estou aqui. Haha.”

“Tudo bem.” Eu bocejo e então coloco minha cabeça em cima das minhas patas, sentindo William na minha boca. Eu adormeci bem rápido, assim como William.

Eu adorei saber que William tinha gostado de ficar dentro da minha boca. Pode parecer estranho para os humanos, mas nós gostamos de fazer isso.


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Notas finais do capítulo

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