Everything Can Change escrita por Isa Pevensie Jackson


Capítulo 26
Eu não resisto ao seu charme


Notas iniciais do capítulo

Gente, voltei.
Capítulo novo pra vocês!
Pov do Pedro



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Eu precisava urgentemente de um babador. Eu não conseguia para de encarar Estela com a boca aberta. Ela simplesmente ria. Ai senhor, por quê tão perfeita? Bom, pelo menos eu não estava mais subindo pelas paredes de desejo por ela. Estava um pouco menos intenso. Mesmo assim, acho que a nossa noite iria ser novamente interessante.

Bem, mudando um pouco de assunto, nossos pais estavam nos escondendo alguma coisa. Eles não tinham mostrado nada em público, mas estavam trocando olhares suspeitos. Só queria que eles nos contassem caso estivessem juntos ou coisa do tipo.

– ~-

Chegando na festa, pudemos perceber que era uma festa entre amigos para gente rica. Tipo, ouviam-se risadas, piadas, etc. mas as pessoas estavam vestidas formalmente. Eu entrelacei minha mão com a de Estela e nós entramos. Minha mãe estava de braço dado com Arthur. Nós seguimos os dois por um tempo, cumprimentando todos. Mas logo avistei uma pessoa desagradável. Daisy estava lá, com seus pais. Ela continuava a mesma. Usava uma roupa digna de uma prostituta. ( roupa Daisy: http://www.polyvore.com/cgi/set?id=125932253&.locale=pt-br )

Ela me viu e sorriu. Uma tentativa falha de ser sedutora. Então piscou. Eu fingi que não vi, mas a Estela não. Ela bufou e me puxou pra longe dali. Eu segurei uma risada. Ela não podia estar sentindo ciúmes da Daisy. Era só a Daisy!

Quando paramos, Estela passou os braços pela minha cintura e olhou em volta, conferindo se Daisy tinha nos seguido. Dessa vez, eu não seguirei o riso e Estela me olhou, brava.

– Está rindo do quê, Pevensie? – ela falou, irritada

– Da sua atitude. – respondi – Não acredito que está com ciúmes da Daisy.

– Por quê eu não estaria? Ela é sua ex-namorada, está vestida como uma puta e dá em cima de você descaradamente.

– Porque é ridículo, Estela! Ela é ridícula.

Ela me olhou, desconfiada, mas depois me abraçou, enterrando seu rosto no meu peito. Eu a abracei de volta. Ela estava tão cheirosa! Tão convidativa, que tive que me segurar para não atacá-la ali mesmo.

– Eu até entendo ela, Pedro. – Estela comentou – Você fica sexy de smoking.

– Fico, é? – perguntei, brincando

– Muito. – ela respondeu sorrindo, sapeca . Porém, seu olhar desviou-se para algo atrás de mim e seu sorriso sumiu.

Dirigi meu olhar para a mesma direção que ela e vi um cara sorrindo maleficamente para nós. Senti Estela entrelaçar a mão dela na minha, tremendo. Então ela me puxou novamente,até as mesas. Ela se sentou e colocou as mãos no rosto. Eu me sentei ao seu lado e passei o braço por sua cintura, confuso com a sua reação.

– Estela? O que houve? – perguntei

– O cara ali atrás. – ela respondeu – Esse é o Stefan.

Imediatamente eu entendi sua reação. Era o cara que a magoou no passado. Eu me enfureci. Minha vontade era voltar lá e quebrar a cara dele, mas me controlei. Estela ainda tremia, mas respirou fundo e se levantou.

– Bom, não me importa mais ele. Eu estou bem e feliz. E é isso que importa.

– Você está bem mesmo? – perguntei, preocupado

– Estou. Vem, vamos achar meu pai.

Eu a segui, segurando sua mão. Avistamos Arthur e minha mãe e andamos na direção deles. Só que Stefan se colocou no nosso caminho. Ele sorriu falsamente para Estela, que o encarava, o olhar frio.

– Estela. Que bom rever você, gata. – ele falou

– Stefan. – ela cumprimentou – Pena que eu não posso dizer o mesmo de você.

– Como assim? Você está sendo estúpida comigo, Estela. Depois de tudo, gata. Ou você esqueceu dos momentos prazerosos que passamos juntos? – ele continuou, dando ênfase em “prazerosos”

Meus punhos se fecharam. A raiva praticamente me consumia, mas eu me controlei ao máximo. Estela não parecia estar abalada.

– Ah, claro. Só pra você fumar deve ser prazeroso. – ela comentou, irônica

– Eu não me refiro as vezes que fumamos. – ele falou, sorrindo pra ela como se ela fosse uma idiota – Eu estou falando das vezes em que você estava nua na minha cama, gemendo meu nome, como uma vadia, que é o que você é!

Dessa vez eu não me controlei. Dei um soco na cara dele. Ele caiu e levou a mão ao rosto. Sua boca sangrava. Imediatamente, senti alguém segurar meus braços, tentando me impedir. Era a Estela. Ela levou a boca até a minha orelha e sussurrou:

– Não vale a pena, Pedro. Para.

Embora sua voz soasse trêmula, eu assenti e me controlei. Stefan lançava um sorrisinho irônico para nós. Idiota, desgraçado. Então levantou-se e saiu andando naturalmente. Eu abracei Estela e ela começou a chorar no meu ombro. Eu nunca a tinha visto ficar tão vulnerável. Nem mesmo quando o O’Conner tentou estuprá-la.

– Shh. Fica calma Nutella. Acabou. – eu falei, tentando tranqüiliza-la.

– Desculpa por você ter ouvido isso. Não queria que você soubesse detalhes do que aconteceu entre mim e Stefan.

– Relaxa. Vai ficar tudo bem.

Ela assentiu, relutante. Depois disso, sorriu minimamente e eu a encarei, confuso.

– Pelo menos eu sei que você não tem medo de me defender.

– Estela, deixa de ser boba. – falei rindo – É claro que eu defenderia você. Eu te amo, esqueceu?

– Obrigada, Superman. Eu também te amo. Ainda mais agora.

Quando ela disse isso, segurei seu rosto e encostei meus lábios nos dela, dando-lhe um beijo. Foi praticamente um selinho, mas era pra ser só uma coisa fofa mesmo. Cara, eu estou mesmo muito apaixonado.

– ~-

Assim que a festa terminou, nós fomos pra casa. Estela provavelmente estava morrendo de cansaço, porque adormeceu no carro, apoiada no meu ombro. Chegando lá,peguei-a no colo e subi até o seu quarto, colocando-a na cama em seguida. Eu ia dormir em um outro quarto qualquer, mas ela acabou acordando e segurou meu braço.

– Fica aqui, Pedro. – ela pediu, manhosa

– Ok, eu fico. – cedi

Deitei-me do seu lado, abraçando sua cintura. Ela aconchegou a cabeça no meu peito e eu depositei um beijo em sua testa. Assim, abraçados confortavelmente, adormecemos.

Eu preferia ter ficado acordado. Meu “sonho” não foi nada agradável. Nele, eu olhava para a Estela. Eu sabia que era ela, mas não a reconhecia. Seus olhos transmitiam uma frieza doentia. As roupas, antes descoladas e bonitas, deram lugar a roupas desgastadas e sem graça. Ela parecia ter sofrido uma lavagem cerebral, porque alguém apontou para ela, rindo , e ela se encolheu, apenas ignorando.

Acordei num sobressalto. Que merda de sonho foi aquele? Tratei de tentar esquecê-lo, afinal era quase impossível isso acontecer com ela. Estela era tão segura de si, tão alegre, que não dava pra imaginar conviver com a Estela do sonho.

– Bom dia, Superman. – Estela cumprimentou, sorrindo e me assustando

– Bom dia Nutella. – respondi encarando seus olhos verdes.

Imediatamente, a imagem de seus olhos frios voltou a minha mente. Estela desmanchou o sorriso e me estudou, franzindo a testa.

– Pedro, você está bem? – ela questionou – Há algo errado?

– Eu... nada. – respondi – Foi só um sonho doido que eu tive.

– Hum. Quer compartilhar? – ela perguntou, ainda desoconfiada.

– Não, não. – respondi – Não é nada. Daqui a pouco eu esqueço.

– Tudo bem. Vamos levantar e tomar café?

– Vamos.

Nós nos trocamos e descemos. A cena que vimos, foi, digamos... estranha. Ou sei lá o que foi. O pai da Estela abraçava a cintura da minha mãe, enquanto ela abraçava seu pescoço. Ambos sorriam um para o outro o cochichavam. Estela e eu nos entreolhamos. Então pigarreamos juntos, chamando a atenção deles, que se soltaram.

– Acordaram cedo, hoje. – comentou o pai da Estela, aleatoriamente

– Sim, acordamos. – concordou Estela. Em seguida, continuou – Então, não acham que merecemos uma explicação?

Eu sabia que Estela também torcia por eles, mas era legal brincar um pouco. Embora, eu e a Estela estivéssemos sendo sinceros com relação a falta de confiança deles, já que estavam mantendo segredo. Ou tentando.

– Estela, minha querida, você já sabia que eu e Helena nos conhecíamos e que nos gostávamos. Então, no jantar de anteontem, eu me declarei pra ela e começamos a namorar.

– Não contamos porque queríamos ver se ia mesmo dar certo. – continuou minha mãe

– Tudo bem. Não estamos realmente bravos. Só achamos que merecemos saber de tudo. – falei

– Bom, então agora já está tudo esclarecido, não é? Satisfeitos?

– Sim, obrigado pai. – disse Estela – Ah, e felicidades ao casal. – completou rindo

Arthur sorriu e abraçou minha mãe, que estava completamente vermelha. Sorri também. Era bom vê-la feliz.

– Parabéns coroas! – falei

– Obrigado crianças. – agradeceu minha mãe – Ah, quase esqueci. Pedro, temos que ir ver sua tia hoje. Arthur, vai querer ir junto?

– Desculpa Helena, não vai dar. Tenho que resolver um problema com um hotel parceiro.

– Hum, tudo bem. Estela querida, vem com a gente?

– Não, obrigada Helena. Ainda estou um pouco cansada e quero entrar na piscina pra relaxar um pouco. Além disso, quero tentar falar com meus amigos de Londres, pra ver se eles vem pra cá me ver.

– Ok. Então vamos, Pedro.

– Sim, vamos.

Me despedi de Estela com um selinho, beliscando levemente sua cintura. Ela reprimiu um gritinho e me olhou feio. Eu apenas ri e sorri sarcasticamente para ela. Ela balançou a cabeça em negação. Fazer o quê se eu não resisto ao seu charme.


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Notas finais do capítulo

E então? Gostaram da aparição do Stefan?