Everything Can Change escrita por Isa Pevensie Jackson


Capítulo 12
O quê significa isso?


Notas iniciais do capítulo

Gente olha a novidade!
Pov da Susana!
Espero que gostem!



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Acordei com o despertador. Podia ver a mancha causada pelas lágrimas no meu travesseiro. Não pude evitar. Por quê? Por quê ele estava fazendo isso comigo? Por quê eu sou tão burra? Chega! Isso ia acabar hoje. Eu ia acabar de uma vez com essa porcaria que é o meu namoro com o Caspian. Ele não merece nenhuma das minhas (muitas) lágrimas. Me arrumei mais do que o habitual( roupa da Susana: http://www.polyvore.com/cgi/set?id=112550082&.locale=pt-br ) e desci para tomar um suco. Encontrei Pedro sentado à mesa e minha mãe falando ao telefone. Ela sorria e corava, às vezes. Estranho. Me dirigi até o Pedro e sentei ao seu lado, pegando o suco em seguida. Ele me avaliou.

– O que deu em você para estar tão arrumada?

– Quero que o Caspian se arrependa de tudo. Cansei de bancar a idiota. Vou terminar com ele hoje.

– Você tem certeza? A Estela falou com ele ontem.

– É eu sei, mas... – respirei fundo e continuei – acho que não foi o que ela esperava.

– Ah. Bom, eu acho que você tem toda a razão. Ele não te merece mais.

– Que bom que me apoia, Pedro.

Tomamos o resto do café em silêncio. Ou quase isso, já que a minha mãe de vez em quando ria ao telefone. Eu e Pedro nos entreolhamos. Suspeito. Mas não tivemos a chance de perguntar o que era, porque já estava na hora de ir para a escola.E eu parecia londrina quando se trata de horários. Puxei o Pedro e mandei ele levar a gente logo pra escola. Ele me encarou, mas por fim fez o que eu mandei. Bom menino.

Quando chegamos na escola, ficamos esperando a Estela chegar. Tudo bem, ELE ainda não havia chegado. Não demorou muito para o porshe azul de Estela cruzar a entrada. Podíamos ver as mechas azuis (?) balançando com o vento. Pedro só faltava babar ali mesmo. Eu ri. Era bom vê-lo apaixonado pra valer. Não conseguiria garota melhor que a Estela. Também não demorou para ela se aproximar da gente. ( roupa Estela: http://www.polyvore.com/cgi/set?id=112554588&.locale=pt-br )

– Oi Pedro, Su. – ela cumprimentou, dando um beijo no Pedro depois. Ela me olhou melhor. – Quem é você e o que fez com a Susana Pevensie?

Eu ri – Nem mudei tanto, ta bom? Foi só um upgrade.

– Já sei o que vai fazer. Boa idéia. – então ela olhou para a entrada – se vai mesmo fazer isso, eis a sua chance.

Me virei e vi o Caspian saindo do carro dele. Uma massa de emoções se formou em mim. Meu coração ainda disparava perto dele, mas a raiva era bem maior.Ele parecia tranqüilo. Babaca. Andei até ele.

– Caspian. Precisamos conversar.

– Oi Susie. – respondeu, aproximando-se para beijar-me, mas eu virei o rosto – O que houve?

– Como você pode ser tão cínico? Semana passada você mal olhou na minha cara. Ficou “matando a saudade” da Liliandil. E agora acha que é simplesmente chegar perto de mim, me beijar e tudo ficará bem?

– Susie eu.... – ele tentou

– Não me chama mais de Susie! Você não tem mais esse direito. Acabou Caspian, eu cansei. Cansei se ser feita de idiota. Você pediu uma chance, eu dei, e você jogou-a fora. Me esquece.

Ele tentou me segurar, mas eu fiz força e consegui sair dali. Pelo canto do olho, pude ver aquela nojenta da Liliandil chegar e ir “consolar” o Caspian. Ignorei. Se ele queria ela, que fizesse bom proveito. Chamei a Estela e o Pedro e fomos juntos para dentro do prédio da escola. Discretamente, olhei para as mãos deles, que estavam entrelaçadas. Eu precisava arranjar um novo amigo, não queria ficar o tempo todo segurando vela e atrapalhando. Entramos na sala, e, para a minha sorte, no lugar que seria do Caspian, estava sentado um menino loiro de olhos castanhos. Estela gritou:

– Michael? O que você ta fazendo aqui?

– Estela – ele disse surpreso – Também é bom te ver, prima – continuou, sarcástico

– Ai, deixa de ser gay, moleque. Quer saber, depois a gente conversa. – ela se dirigiu a mim – Susana, tudo bem se o Michael sentar com você hoje?

– Claro – respondi – Prazer, sou Susana Pevensie.

– Michael Yew, e o prazer é todo meu – respondeu beijando a minha mão.

Eu corei e nós nos sentamos. Caspian entrou acompanhado pela Sra. Vadia Júnior ( decidi chamá-la assim também) e nos encarou, a raiva se formando em seus olhos. Eu retribuí o olhar, o que fez ele recuar e procurar outro lugar para sentar, sem ao menos protestar.

– Por que aquele garoto me olhou com aquela expressão assassina no rosto? – perguntou Michael

– Não liga.É meu ex. Eu terminei com ele hoje.

– Você não parece triste. – observou

– Sei lá. Eu estou mas... Ao mesmo tempo, to aliviada por acabar com isso antes de virar corna. – ele fez menção de que ia falar algo, mas eu interrompi – eu te conto outra hora, ta bem? Vira pra frente.

O professor havia chegado e já começara a aula. Michael se mostrou um excelente parceiro. Era inteligente e me ajudava no que eu tinha dificuldade. Sorri. Talvez ele se tornasse um bom amigo.

O tempo praticamente voou, e quando me dei conta, já estávamos nos dirigindo à cantina para o intervalo. Eu, Estela, Pedro e Michael conversamos sobre assuntos banais. Pedro parecia ter gostado dele. Era engraçado o jeito como a Estela e o Michael se alfinetavam toda a hora. Pedro riu alto quando o Michael contou que o apelido da Estela quando pequena era “telinha”. Mas como a Estela não deixa barato, ela contou que o apelido do Michael era “ raio de sol”. Foi a minha vez de gargalhar. Era tão... infantil!

Disse a eles que ia rapidinho ao banheiro. Eles assentiram e eu fui. Quando estava saindo do banheiro, me deparei com uma cena nada agradável: Caspian e Liliandil praticamente se engoliam no corredor. Não consegui impedir as lágrimas que nasciam nos meus olhos. Sai correndo, sei lá pra onde. Então esbarrei em alguém. A pessoa me segurou. Olhei pra cima. Era o Michael. E ele viu que eu chorava.

– O que houve, Su?

– Eu.. eu.. só me abraça, ta?

Ele me envolveu com os braços e eu entendi porque o apelido dele era raio de sol. Seus braços eram quentes. Michael afagou meus cabelos, até que a minha respiração voltasse ao normal. Então eu me recompus. Olhei pra ele. Sua expressão era confusa e preocupada.

– Eu... eu vi o Caspian, meu ex, beijando a vaca da Liliandil.

Antes que ele pudesse perguntar ou mesmo falar algo, ouvimos um grito atrás de nós:

– O QUÊ? EU VOU MATAR AQUELA VADIA! – berrou Estela

Ela saiu a passos pesados dali. Pedro não tentou impedi-la. Eu também não. Não ia adiantar mesmo. Ela chegou perto do “casal feliz” e puxou Liliandil pelos cabelos. A mesma gritou de dor. Caspian não esboçou reação. Me encarava, petrificado.

– SUA VACA, VADIA, PROSTITUTA, BISCATE, PUTA, FILHA DE UMA DANÇARINA DE BORDEL, FALSA, SILICONADA! EU VOU MATAR VOCÊ!

Estela batia e socava a Liliandil, que nem teve chance de falar nada. Em poucos segundos uma rodinha tinha se formado ao redor. Olhei de novo para as duas, que se batiam. Parece que a Liliandil não era ta fraca, porque ainda não tinha desmaiado (nem morrido) com os tapas e socos da Estela. As duas rolavam e gritavam. Pedro se aproximou e puxou a Estela, que esperneava e gritava:

– EU SABIA! SABIA QUE ISSO IA ACONTECER! EU VOU MATAR VOCÊ, SUA DESGRAÇADA! CANSEI DE VER VOCÊ FAZER ISSO COM MEUS AMIGOS SUA PUTA! VADIA! VAGABUNDA!

Então ouvimos a voz do diretor Aslam atrás de nós.

– JÁ CHEGA! O quê significa isso?


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Notas finais do capítulo

E então?



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