Trouble escrita por Hanna


Capítulo 1
Chapter 1 - Blue Eyed Nightmare


Notas iniciais do capítulo

Primeira fanfic aqui no Nyah o/
Só posto mais se tiverem uma quantidade de reviews decentes. Não gosto de escrever histórias para leitores que não prezam o suficiente para escrever um simples "continua"
Espero que gostem!



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POV Percy

Aumentei o volume do rádio. Em poucos minutos, eu estaria na casa do meu pai, a milhares de quilômetros de Manhattan.

—Você sabe porque isto está acontecendo, não sabe, Perseu?— minha mãe perguntou, enquanto parávamos em um sinal vermelho.

Ela já tinha me feito aquela pergunta pelo menos três vezes só hoje, além de que depois de tantas horas de viagem, não estava realmente afim de conversar. Apenas murmurei um “aham” como resposta.

— Vai ser bom pra você ficar longe da movimentação. Espero que reflita bastante sobre o que fez durante esse tempo.

Soltei outro “aham”. Tínhamos acabado de passar pela placa da cidade, e pelo resto do trajeto, não foi dita mais nenhuma palavra. Cidade pequena, não demorou muito a partir de então para chegar ao nosso destino.

Minha mãe nem ao menos colocou o carro na garagem. Parou em frente a entrada principal da casa, pegou minhas malas no banco de trás, e com um beijo na testa e um aceno, foi embora.

Se eu estava abalado por ficar sem vê-la por um ano? Nem tanto. Caminhei a contragosto até a porta da casa e toquei a campainha. Quase que imediatamente, um homem alto, bronzeado, de olhos-verde mar idênticos ao meu, atendeu a porta. Meu pai.

Ele não estava muito diferente de como eu me lembrava. Talvez um pouco mais grisalho e com aparência cansada, mas tirando isso, o tempo não pareceu lhe afetar muito.

— P-Percy… É você mesmo? — ele me abraçou, gesto qual eu não correspondi.

— Quem mais seria?

— Você cresceu tanto. — ele sorriu, ignorando meu último comentário.

Desvencilhei-me do abraço, dando uma olhada rápida na casa por entre a porta.

— Considerando que a última vez que você me viu eu tinha 3 anos, é, eu cresci bastante. — revirei os olhos — Você vai me deixar entrar ou…?

Ele se afastou, me dando espaço para entrar. A casa parecia bem maior do que eu me lembrava, e também bem menos agradável. As paredes da sala costumavam ser azuis-claras, e agora eram brancas. Uma enorme prateleira de livros, substítuida por uma TV de tela plana. Até mesmo o aquário gigante perto da entrada que eu tanto amava quando criança, tinha sumido.

Subi a enorme escada de mármore. Meu pai se ofereceu para me acompanhar, mas eu recusei, alegando que ainda lembrava o caminho até o meu quarto. Era pequeno, já que eu usava ele quando era um bebê,e a decoração era bastante simples. Tinha uma cama de solteiro, dois criados-mudos e uma TV pequena na parede, além de algumas prateleiras e o meu armário.

Depois que terminei de guardar minhas roupas no armário, desci até o primeiro andar para comer alguma coisa, quando a campainha tocou. Nenhum dos “serviçais” do meu pai ou o próprio apareceram, então fui atender a porta. Do outro lado, estava uma garota de morena, olhos azuis, estatura média. Usava shorts detonados, uma blusa largona e seu cabelo estava preso em um rabo de cavalo. Parecia ter mais ou menos a minha idade.

— Quem é você? — ela perguntou, me examinando com aqueles olhos azuis elétricos.

— Me diga você. Eu moro aqui.

— Eu perguntei primeiro. — a garota arqueou uma sobrancelha. Facilmente irritável.

— Mas você quem está batendo na minha porta.

Ela bufou, derrotada.

— Sou Thalia. Eu moro aqui do lado.

— Nome estranho. — observei — Sou Percy. Então sou seu vizinho.

— Obrigada pela parte que me toca. Seu nome também não é muito normal.

Ela revirou os olhos. Definitivamente, facilmente irritável.

— Conheço o meu próprio vizinho. E você não é ele — ela continuou — Onde está o Sr. Jackson?

— Ele não está. — menti. Por algum motivo, não queria que aquela conversa monossílabica com a garota desconhecida acabasse — Caso esteja se perguntando, eu sou filho dele.

Ela abriu a boca como se fosse dizer alguma coisa, mas acabou calando-se.

— Então, você vai me falar porque está aqui ou não? — perguntei, encostando-me na parede.



Eu não costumava ser rude com as garotas. Apenas com as patricinhas sem cérebro, como a maioria das garotas de Manhattan, e as que batiam na minha porta e perguntavam quem eu era, como ela.

— Ah, certo. Meu pai me pediu para entregar isso para o Sr. Jackson — ela me entregou uma caixinha preta, que até então eu não tinha percebido que ela estava segurando — Espero que tenha a boa vontade de entregar.

— Vou pensar.

Os olhos da garota se encheram de fúria, era quase assustador. Ela levantou a mão, e por um momento pensei que iria me bater.

— Olhe — ela tentou se acalmar, respirando fundo. Fiquei aliviado; eu até podia ser um delinquente, ladrão, vagabundo, mas partir para a briga física com uma garota estava fora da minha jurisdição. — Eu não sei quem você é…

— Sabe sim. Meu nome é Percy, e eu sou filho do Sr. Jackson — a interrompi. Provavelmente não tinha ajudado.

— Melhor, eu não sei de que buraco você saiu…

— Buraco? Eu vim de Manhattan, okay? Esse lugar aqui que é um buraco.

Quando eu a cortei novamente, ela perdeu a paciência. Foi embora praticamente pisoteando o chão.

— SÓ ENTREGUE A DROGA DA CAIXA! — ela berrou, enquanto seu corpo desaparecia por entre as plantas.


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Notas finais do capítulo

Reviews?



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