Histórias Cruzadas escrita por Ana Lynassimo


Capítulo 1
O Começo de tudo


Notas iniciais do capítulo

Well guys, é nossa primeira fic em conjunto e realmente espero que gostem.



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Ângela

Acordei na hora do almoço, dando de cara com a "belíssima" visão do idiota que eu chamo de irmão deitado sem camisa no sofá.

Tive uma ideia espetacular e fui até a área de serviço, enchendo uma bacia com água. Ao voltar a sala, joguei toda a água em meu querido irmãozinho.

Ele caiu de cara no chão, me fazendo gargalhar.

Ikuto - Vadia - dou-lhe um olhar irônico e o provoco

Ângela - Que peninha do Ikuto - ele me faz um gesto mostrando o dedo do meio - Queridinho, cuidado quando ficar dando seu dedinho por aí. Ah, e a propósito, não estou interessada.

Ele se levanta e coloca o braço por cima do meu ombro, rumando até a cozinha e me arrastando junto.

Ouço meu celular tocar e sorrio quando vejo o número de Nathaniel. Atendo o telefone e ele me chama para ir ao cinema mais tarde. Aceito e vou a cozinha, onde meus pais estão arrumando a mesa. Sento ao lado de Ikuto e começo a comer em silêncio. Depois de alguns minutos em silêncio, meu pai anuncia :

Rick - Amanhã a irmã de vocês chega

Ikuto e Ângela - Diana ? - nosso pai assente

Ângela - Nós vamos buscá-la no aeroporto ? - novamente ele assente e voltamos a almoçar em silêncio

Peço licença e vou em direção ao meu quarto. Me visto com roupas simples e quando chego à porta, lembro-me de algo e grito

Ângela - Ikuto ?

Ikuto - O que ? - ele grita de volta

Sigo a voz e o encontro no quarto ouvindo música

Ângela - Me empresta seu carro ? - ele sorri malicioso

Ikuto - Hm.. Deixe-me pensar... - o interrompo impaciente

Ângela - Sim ou não ? - ele me ignora e continua

Ikuto - Será que devo emprestar meu carro para minha irmãzinha menor de idade sair com o "amiguinho" ? - o encaro com uma expressão séria, ele sorri e estende a chave do carro - Não vou precisar mesmo

Ângela - Vai ficar em casa ? - ele nega com a cabeça

Ikuto - Não, vou sair com uns amigos

Ângela - E não vai precisar do carro ?

Ikuto - Parks vai passar para me buscar - responde entediado

Assinto e vou até a garagem, ligando o carro e dirigindo para a casa do Nathaniel. Vejo ele de longe e abro a janela do carro acenando. O garoto loiro sentou no banco do passageiro e sorrimos juntos, eu coro e ele também. Dirijo para o cinema enquanto conversamos sobre a escola.

Ao chegarmos compramos ingressos para um filme de romance policial, já que tanto eu quanto Nathaniel gostamos desse gênero.

Depois que o filme acaba saimos de mãos dadas, comemos em uma lanchonete e depois o deixei em casa, mas antes de entrar ele volta correndo e se aproxima do carro

Nathaniel - Ângela, espera

Ângela - Oi ?

Ele pega algo no bolso e me entrega um colar com metade de um coração, escrito a palavra "Best". O olho confusa e ele cora, mostrando o chaveiro que ele tem, mas com um pingente com outra parte do coração de meu colar, só que com a palavra escrita "Friends"

Nathaniel e Ângela - " Best Friends" - falamos em coro

Ele cora e me inclino sobre o vidro do carro, dando um beijo em sua bochecha e corando logo depois. Nos despedimos e eu me afasto com o carro, vendo-o entrar em sua casa enquanto acena. Aceno de volta.

Ao chegar em minha rua, vejo a placa de vende-se ser retirada da casa ao lado da minha. Sorrio ao pensar que terei novos vizinhos

Ery

O jatinho acabara de pousar em Amoris City, minha nova cidade. O sr.Foster, vulgo "papai" me obrigou, pois segundo ele seria mais confortável para mim. Até parece. Se bem conheço ele, foi para seu "brinquedinho" não fugir. Eu não aguento mais essa minha vida, nem sei por que ela continua existindo. Eu já deveria ter acabado com ela, mas nunca consigo.

Minha única alegria é passar o tempo com o Kentin, meu melhor amigo desde pequena. Ele sempre me apoia, ele é como um irmão para mim. Quando vou na casa dele me sinto como se lá fosse minha verdadeira família. Seus pais são divorciados, ele vive com o pai e a madrasta. Os dois são super amáveis comigo, a única experiência de amor que eu já senti. Eles também estão se mudando para a mesma cidade, o Kentin insistiu muito (fofo !) . Nunca conheci minha mãe, ela morreu em meu parto. Talvez seja por isso que meu pai me odeie tanto. Mas não adianta ficar chorando no leite derramado. Os meus seguranças levaram minhas malas até um carro preto de luxo , totalmente blindado.

O motorista me guiou até minha nova prisão, ops, quero dizer, casa. Durante o percurso nós passamos pelos pontos principais da nova cidade, inclusive meu novo colégio "Sweet Amoris". A cidade era bem pacata e parecia ser amistosa. Ele estacionou em frente a uma grande mansão, toda de tijolos brancos com um grande quintal. Havia uma fonte na frente, daquelas que jorram água. Nada de tão magnífico para mim, de qualquer forma ia odiar passar meu tempo lá. O meu pai veio me receber, para óbvio, manter as aparências.

Sr. Foster - Docinho, que bom que finalmente chegou - só o encarei revirando meus olhos - Você deve estar realmente cansada, não é mesmo ? Vem, vamos entrar. Quero lhe apresentar o quarto - isso já foi o suficiente para me fazer gelar. Se não entrasse no teatrinho, aquilo iria acontecer de novo. Engoli meu nojo por aquele homem e respondi

Érica - Não precisa papai - falei tentando parecer o mais amável que conseguia - Eu estou bem disposta, acho que vou dar uma volta pela cidade.

Sr. Foster - Tem certeza querida ? Você não conhece nada por aqui ainda.

Érica - Tenho papai. Eu vou ficar bem, sério. Eu vou indo - me virei e fui andando.

Sr. Foster - Não está esquecendo de nada mocinha ? Cadê o meu beijo ? - falou com uma voz que revirou meu estômago. Eu engoli seco e beijei sua bochecha, ele riu - Vá com deus pequena !

Sai andado o mais depressa que podia. Eu odeio esse homem, odeio com todas as minhas forças. Combinei de me encontrar com o Ken em frente a nova escola, já que nós dois sabíamos aonde era. Chegando lá, o vejo de braços cruzados, encostado no portão. Eu corro em direção a ele

Érica - Keen ! - disse o abraçando forte

Kentin - Ery !! Nossa como você tá linda hoje ! Mais do que já é - sorriu

Érica - Own Ken, você que é lindo. Já conheceu sua nova casa ?

Kentin - Mais ou menos, ajudei meus pais com as caixas e vim logo te ver.

Érica - Valeu Ken, quer dar uma volta para conhecer a cidade ?

Kentin - Claro !

Nós andamos, passamos por várias lojas, um parque, uma praia, .. A cidade era maior do que parecia ser, mas mesmo assim era pequena em comparação com a antiga. No final do dia estava muito quente, eu já estava um pouco ofegante, então subi as mangas da minha camisa, que era de manga comprida. O problema é que eu havia me esquecido das surras que meu pai havia me dado, meu braço estava completamente roxo, o que chamou a atenção do Ken, que mudou completamente suas feições, ficando completamente desapontado.

Kentin - Ah não Ery, você voltou com essa mania de se agredir ? Eu já não te falei para parar com isso ? - falou sério, meio brigando comigo

Isso infelizmente é totalmente compreensível. Kentin sabia absolutamente tudo sobre mim, menos sobre as agressões e abusos que meu pai me submete. Eu minto para ele dizendo que eu mesma faço isso, simplesmente porque tenho medo que meu pai faça algo contra ele se ele soubesse. Isso me faz mal, mas não tenho alternativas.

Érica - D-desculpa Ken, eu juro que eu não fiz por mal - falei cabisbaixa

Kentin - Mas é claro que eu sei disso ! Ery, me escuta - disse segurando meus braços com suas mãos - Eu te amo, tá me ouvindo ? Isso me dói, ver você se machucando e sofrendo. Nunca se esqueça que eu tô aqui, viu ? Você não precisa sofrer sozinha - algumas lágrimas correram em meus olhos e Kentin me abraçou forte. Ficamos assim por alguns minutos, até que nos separamos - Eu estarei sempre ao seu lado - sorrimos gentilmente

Um som de torpedo tocou no celular de Ken. Ele precisava ir para casa, seus pais haviam ficado preocupados com a demora. Ele se ofereceu para me acompanhar, mas neguei. Meu pai poderia fazer alguma coisa e com ele por perto seria pior. Meu pai tem bastante ciúmes do seu "brinquedinho".

Eu segui em direção a minha casa, mas olha que maravilha : eu me perdi no caminho ! Legal, se tem uma coisa que eu morro de medo é estar perdida sozinha, ainda mais em uma rua tão suspeita como a em que eu estava. Eu andava um pouco assustada, estava muito escuro e eu não via as coisas claramente. De repente, distraída, me esbarro em alguém.. No caso um garoto que tinha um leve cheiro de álcool.

Beleza, já não basta eu estar perdida e sozinha, tenho que ficar sozinha com um desconhecido, tem que ser um garoto. Eu tenho medo de ficar sozinha com rapazes ( menos o Ken, que é praticamente um irmão para mim) exatamente pelo que passo em casa com meu pai. Eu gelei naquele momento, logo comecei a lacrimejar e me encolhi, eu estava em pânico. O garoto se aproximou de mim e disse com uma voz que cheirava a um pouco de álcool, para melhorar a minha situação.

Ikuto - Perdida ? - sorria de uma forma bem sedutora

Érica - Sai.. - falei bem baixinho

Ikuto - O que você disse ? - ele riu

Érica - SAI DE PERTO DE MIM ! - berrei chorando desesperada.

Ikuto - Calma, eu não vou te fazer mal - ele pôs a mão em meu ombro - Eu posso te ajudar e ... - eu chutei o membro dele, ele xingou baixinho e eu sai correndo loucamente

Eu felizmente consegui sair daquele lugar e achei minha casa. Entrei de fininho para que o sr. Foster não percebesse e tentasse alguma coisa, felizmente minha tentativa foi um sucesso, eu encontrei meu quarto e me tranquei lá.

Tomei um longo banho no chuveiro, vesti um pijama e fui dormir, tentando me esquecer do que havia acabado de acontecer


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