Falling in Love escrita por Susannah Grey


Capítulo 2
Capitulo 2


Notas iniciais do capítulo

Oiee!! Estou de volta!! Esse ficou um pouco grandinho, estava inspirada! :D E depois de muita insistencia estou de volta!!! Estou muito feliz!! Tem quase 3 dias que eu postei a fic e já tive 33 acessos, 3 acompanhamentos e 3 comentários!! Não é a toa que 3 é meu número da sorte...
Bom, não vou ficar prendendo vocês... Espero que gostem... Boa leitura!!



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Senti um nó na garganta quando uma lágrima ameaçou cair. Peguei os papeis que ele me entregava e olhei. Era a confirmação de pagamento de passagens aéreas para os Estados Unidos, uma passagem, um passaporte e mais alguns papéis. Antes de abrir olhei para o meu pai, ele olhava em meus olhos, não consegui identificar o que ele estava sentido. Seus olhos eram um misto de preocupação, ansiedade e alegria.

Ele estava muito feliz com essa proposta, dava pra notar mesmo por baixo de toda aquela sua preocupação comigo e com minha reação. Voltei meus olhos para a papelada que tinha em mãos, deixei de lado a confirmação e a passagem e peguei o passaporte, abri-o e lá encontrei minha foto e uma folha já carimbada com a autorização da viagem. Respirei fundo, e deixei o passaporte de lado, foi quando notei alguns outros papéis comecei a ler e me espantei ao perceber que era meu visto já aprovado para ir morar em outro país.

Meu pensamento voltou-se imediatamente para meus amigos. O que seria de mim sem eles? Será que eu faria novos amigos em outro país? Tudo bem que eu soubesse falar inglês, o maior problema não era esse, e sim o fato que sou muito fechada e não consigo fazer amigos tão facilmente. O que Isabelle diria quando soubesse? E o Liam? Fui despertada dos meus pensamentos quando meu pai quebrou o silêncio da sala.

– O que você acha? Se você não gostou eu posso ligar pra ele e dizer que não quero mais e...

– Não, tudo bem. - interrompi ele. Esse era o seu sonho, e não seria eu a destruí-lo. - Como será a faculdade? Já fiz o vestibular daqui.

– Você terá que estudar mais um ano na escola. Lá são quatro anos de ensino médio, você está apenas terminando o 3°, creio que não será problema, já que você gosta tanto de estudar. Já temos uma casa, é um pouco menor que essa mas podemos nos acostumar. O terreno é maior, já que você gosta de natureza. Sua mãe já tem ofertas de emprego, e vamos antes pra ela poder decidir em qual hospital irá trabalhar. - imaginei que ela não ficaria muito tempo sem trabalhar, ela era uma ótima neurocirurgiã, muito conhecida por todo o Brasil.

– Vou poder voltar as vezes pra visitar meus amigos? - perguntei

– Claro, sempre que quiser, se nos avisar com antecedência e você não estiver em aula.

– Tem mais alguma coisa que devo saber? Vou me encontrar com Belle e Liam no shopping daqui a mais ou menos meia hora.

– Você não precisa levar todas as suas roupas, a casa já está toda mobiliaba e com algumas peças, o restante quando você chegar você vai com sua mãe ou até mesmo sozinha na rua comprar. Essa casa vai ficar fechada pra quando voltarmos pra visitar ou quando eu tiver de resolver algumas coisas nas empresas daqui.

– Tudo bem pai. Posso ir agora? - tentei parecer despreocupada e até mesmo descontraida, mas eu estava me segurando por dentro para não chorar. Desde pequena aprendi a esconder melhor meus sentimentos para não chatear ou preocupar meus pais, ou até mesmo pra não me meter em problemas com a imprensa.

– Pode sim. Qualquer coisa estarei aqui, viu? - seus olhos verdes estavam banhados em alegria. - Dá um abraço em seus amigos por mim.

Assenti e saí. Peguei meu celular e mandei uma mensagem pra Isabelle.

"Me encontra no shopps daqui a 20 minutos, tenho uma péssima notícia pra dar, fala com o Liam também.. :/"

Respirei fundo e subi para o meu quarto. Decidi tomar um banho antes de sair pra me encontrar com Isabelle e Liam. Peguei minha toalha e entrei no banheiro, eu fazia as coisas sem nem perceber, quando dei por mim estava sentada embaixo do chuveiro chorando com a água morna caindo sobre a minha cabeça. Levantei e terminei meu banho. Eu teria que ser forte por Isabelle e Liam, eu não tinha a mínima idéia de como eles irim reagir a essa notícia, principalmente Liam que, segundo Isabelle, guardava uma paixão secreta por mim, mas para o azar dele, eu o considerava apenas como um grande amigo. Sequei a ultima lágrima que insistiu em cair, fechei o chuveiro, me enrolei na toalha e fui para meu closet pegar uma roupa pra sair.

Peguei um short jeans preto meio folgado e uma blusa tomara que caia rosa bebê, calcei uma sapatilha rosa, penteei meu cabelo e balancei um pouco pra ele secar mais rápido, peguei minha bolsa e fui conferir o resultado no espelho. Estava bonita, se não fossem meus olhos vermelhos de tanto chorar. Resolvi usar um pouco de pó e lápis para esconder ou pelo menos disfarçar a vermelhidão. Saí do closet e peguei meu celular que estava em cima da cama, acendi a tela. 2 chamadas perdidas e 3 mensagens. Desbloqueei o celular enquanto descia as escadas e olhei as chamadas, ambas eram de Isabelle. Peguei minhas chaves de casa.

– Pai, to indo me encontrar com Izze! - gritei enquato abria a porta da frente

– Fale pra o Sr. Bones te levar e ficar por lá mesmo te esperando. Não demore muito fora! - ele grita de volta do escritório

Assim que saí de casa o Sr. Bones estaciona o carro no fim da escadaria da minha casa. As vezes me pergunto como ele parece adivinhar quando eu vou sair, ele está sempre lá. Espantei esses pensamentos de minha mente e simplesmente agradeci quando ele abre a porta do carro pra que eu entre. Quando ele deu partida no carro abri as mensagens, as três eram de Isabelle.

"Péssima notícia? Isso tem a ver com sua conversa com seus pais ou sobre onde vc vai passar suas férias? Olha, se for pq vc vai viajar pra longe nas férias não se preocupe, ainda vamos nos ver ano que vem (passamos na mesma facul lembra?) Aah, e falando nisso, já deu a notícia pros seus pais que vc passou em primeiro lugar pra medicina na UFMG?"

Uma lágrima caiu e eu sequei-a na mesma hora. Pedi para que o Sr. Bones me levasse para o shopping, ele manobrou o carro e saiu. Depois de tudo o que tinha acontecido eu não tive tempo de dar essa notícia para os meus pais, eu tinha prestado vestibular na semana anterior sem meus pais saberem, eu queria fazer uma surpresa, e tinha visto o resultado hoje de manhã na escola. Eu, Isabelle e Liam tínhamos passado em medicina na melhor faculdade de Belo Horizonte, e sexta melhor do Brasil, ela tinha passado em décimo lugar de vinte vagas, e Liam tinha passado em sexto.

Decidi esquecer esse assunto, não deixaria minha admissão numa faculdade atrapalhar os planos dos meus pais. Eu estava mudando de país e iria pra um lugar onde ainda estaria no colegial. Eu já tinha aceitado essa ideia, mas me lembrar de tudo que estava deixando de lado fazia meu coração apertar. Me contentei em pensar na felicidade dos meus pais e abri a outra mensagem.

"Já liguei pro Liam, ele disse que encontra a gente lá... Não quer adiantar o assunto da notícia não? To curiosa..."

"Agora to preocupada, vc não tá respondendo e nem chegou ainda, isso não eh normal... O que aconteceu?"

Olhei no relógio, eu estava vinte minutos atrasada, entendi o porquê que minha amiga estava tão desesperada. Ri comigo mesma com o fato dela me conhecer tanto. Tratei de responder logo antes que ela pirasse.

"Oooie amiga, desculpa a demora.. Perdi a noção do tempo no banho... Já estou chegando.."

A resposta veio quase na mesma hora.

"Pensei q tivesse sido abduzida... Tudo bem então, estamos na praça de alimentação, em frente ao Bob's..."

Minha amiga é a única que consegue me fazer sorrir quando estou triste, outra lágrima ameaçou cair, mas prendi logo o choro. Pouco tempo depois Sr. Bones para o carro na entrada do shopping, eu mandei ele tirar a tarde de folga e ir me pegar quinze para as cinco, já que meu pai mandou voltar pra casa cedo. Saí do carro e ele partiu. Olhei pro shopping, respirei fundo, tomei coragem e entrei.

Fui caminhando em direção a praça de alimentação ignorando os olhares e cantadas que recebia. Eu pensava em uma forma de contar pros meus amigos que nunca mais nos veríamos todos os dias quando cheguei na praça, ela estava parcialmente vazia, já que era terça a tarde, e logo eu encontrei meus amigos sentados conversando animadamente.

Por um tempo apenas observei de longe, antes de caminhar em direção a eles. Quanto mais me aproximava mais meu coração batia forte em meu peito. Pensei em parar e sair dali antes que eles me vissem e depois ligar dizendo que surgiu um imprevisto e não pude ir ou até mesmo não contar nada a respeito da mudança pra eles, mas não achei justo que eles não soubessem de nada. Teria que contar, uma hora ou outra. Cheguei na mesa deles e dei um beijo na bochecha de Liam, que estava sentado de costas pra mim.

– Cheguei, não precisam se matar, eu estou viva! - disse rindo, tentando disfarçar minha preocupação, não funcionou

– O que aconteceu? Você tava chorando? O que seu pai disse? - Isabelle perguntou preocupada, levantando, vindo até mim e me abraçando. Estar nos braços da minha amiga quebrou todas as minhas barreiras criadas pra não chorar, o choro veio tão rápido que eu nem percebi que já estava chorando até Isabelle me mandar sentar e Liam tentar enxugá-las.

– Ei, não chora. Quer nos contar o que aconteceu? Estamos preocupados com você... - a voz dele era tão tranquila, que consegui me acalmar um pouco e parar de chorar, ele secou as últimas lágrimas que caíram. - Vai nos contar? Do início? - assenti e olhando para minhas mãos comecei a falar

– Quando cheguei em casa minha mãe tava meio tensa e disse que meu pai queria falar comigo... - comecei a contar tudo o que aconteceu desde quando cheguei em casa até o momento que meu pai me deu a notícia. Eles ouviram sem me interromper e com muita atenção. - Ele aceitou a oferta, vou me mudar no próximo mês.

Fez-se silêncio na mesa. Ninguém se atrevia a falar nada. Levantei os olhos e olhei primeiro pra Liam que estava do meu lado, seus olhos mostravam o quanto ele estava desesperado e confuso, minhas lágrimas voltaram a cair devagar. Olhei pra Isabelle e percebi que eu não era a única que estava chorando, Isabelle já soluçava de tanto chorar.

Me levantei na mesma hora e fui para o seu lado e a abracei. Seus soluços aumentaram, minha roupa começava a ficar molhada com suas lágrimas, eu afagava seu cabelo e tentava consolá-la. Olhei pra Liam buscando ajuda, mas percebi que ele se continha pra não chorar também, estendi a minha mão que não estava no cabelo de Isabelle para Liam, ele a segurou, mas continuou com a cabeça abaixada. Escutei ele suspirar as vezes, tentando conter as lágrimas, mas percebi que ele deixava uma ou outra escapar.

Passamos muito tempo assim, eu tentando consolar Isabelle, que chorava desesperadamente repetindo várias vezes que não queria me perder, e Liam, que sofria em silêncio com a cabeça baixa. Eu me segurava para não chorar, prometendo várias vezes para os dois que eu voltaria pra visitar sempre que pudesse. Tinha se passado mais de uma hora quando Liam saiu sem dizer uma palavra e Isabelle começou a se controlar um pouco. Minha camiseta estava com a frente toda molhada, e Isabelle com os olhos vermelhos e inchados.

– Por que isso agora? Você é minha única amiga. O que vai ser de mim sem você?! - ela começa a elevar sua voz, num desespero incrível. Ver aquilo fez com que um nó se formasse em minha garganta, engoli em seco e tentei fazer com que minha voz saísse firme e confortadora.

– Hey, não fica assim. Você tem outras amigas, e não vai me perder pra sempre. Podemos nos falar todos os dias por vídeo conferência, você pode ir me visitar, eu posso vir pra cá... - falei suavemente prendendo uma mecha do cabelo dela, que tinha se soltado, atrás da orelha e secando mais uma lágrima que caía. - Você tem que ser forte, por você e pelo Liam, ele está sofrendo tanto quanto você. Agora vocês vão entrar na faculdade e terão de seguir seus caminhos sem mim... Mesmo eu estando por perto, não será a mesma coisa. O tempo cuidará de fechar todas as feridas que estão sendo abertas agora. Acredite, dói! E muito, não é pouco. Eu sei disso porque também estou sentindo, mas você é forte e vai superar!

– Não, eu não quero te perder amiga! Por favor! - ela choramingava e falava numa súplica, o nó em minha garganta aumentou.

– Isso não é um adeus, ok? É apenas um até logo. E ainda temos até o final do mês pra aproveitarmos, ou você quer aproveitá-lo assim? Na praça de alimentação do shopping me encharcando toda com suas lágrimas? - eu disse sorrindo e apontando pra minha blusa, isso fez com que ela corasse e sorrisse um pouco. - Ótimo, foi o que eu pensei! Agora vamos atrás daquela peste que largou a gente aqui. E nada de choro, por favor! - completei assim que vi outra lágrima caindo de seus olhos. Ela assentiu e se levantou, me levando junto.

Começamos a procurá-lo por todos os cantos do shopping, nas lojas de roupas, de sapatos, de eletrônicos, farmácias, mercados, banheiros, já tínhamos dado uma volta inteira em todos os andares do shopping quando me lembrei de um lugar onde ele poderia estar. Parece que Isabelle pensou no mesmo lugar que eu, pois ela me olhou no mesmo momento e falamos juntas:

– O parque!

Saímos correndo de lá em direção ao parque que anos atrás tinha marcado nossas vidas, principalmente a minha e a de Liam. Chegamos à porta do parque e eu vi ele no fundo, em cima da ponte de um pequeno jardim que tinha para as crianças menores dali, ele estava olhando para o nada, pensativo.

– Vai falar com ele, eu espero vocês do lado de fora. - Isabelle disse me encorajando

Ela sabia o que tinha acontecido ali há três anos, entre o Liam e eu. Assenti e comecei a andar em direção a ele. O parque estava vazio, exceto por algumas poucas crianças aqui e ali que brincavam ou puxavam seus pais para algum lugar. Olhei pra trás só pra me certificar se Isabelle tinha mesmo saído ou se tinha ficado pra observar, encontrei seu olhar me incentivando e logo depois ela saiu. Meus passos ecoavam no silêncio que se formava ao me aproximar dele e da parte mais vazia do parque. Parei ao seu lado, apoiando os cotovelos no corrimão e olhando pro restante do parque, como ele estava fazendo, e o esperei se pronunciar.

– Lembra quando a gente vinha aqui? Quando éramos menores? - ele perguntou e eu assenti, me lembrava muito bem de todas as nossas tardes naquele parque, das nossas brincadeiras, jogos, zoações e até mesmo da nossa ultima tarde. - Eu ainda penso naquele dia, foi a melhor tarde da minha vida... - ele se vira e meus olhos se encontram com os deles.

Eu também lembrava, e muito bem. Foi o meu primeiro beijo. As lembranças logo vieram em minha mente.

Eu estava brincando com Isabelle, tínhamos 14 anos na época, íamos nos brinquedos que ganhávamos tíquetes pra trocar em doces, estávamos esperando Liam chegar. Estava na vez de Isabelle jogar, quando escutei o choro de uma criança, vinha diretamente de uma das partes mais distantes do parque, avisei pra Isabelle continuar jogando que eu iria ver uma coisa, ela apenas assentiu sem me olhar e eu fui em direção ao choro da criança.

Quando entrei na ala das crianças, vi uma pequena menininha sentada em uma ponte que passava por cima de um jardim, ela chorava muito e segurava o joelho próximo ao corpo, ela tinha caído e ralado o joelho. Me encaminhei até ela e me agachei, a menina parou de chorar um pouco e me olhou interrogativa.

– Oi minha linda, qual o seu nome? - perguntei docemente, estava encantada com a beleza daquela criança indefesa.

– É Clarissa, mas todos me chamam de Clary. - a menina disse com os olhos cheios de lágrimas.

– O meu é Emily, mas sou conhecida como Amy. Onde estão seus pais, Clary? - perguntei olhando em volta, não via nenhum adulto por perto

– Eles saíram, disseram que voltavam mais tarde. Me deixaram com a tia daqui.

– Que tia? - perguntei e ela apontou para uma mulher de mais ou menos uns 30 anos, ela era muito bonita, e assim que viu Clary no chão começou a vim correndo, peguei-a no colo. - Quantos anos você tem Clary?

– Tenho quatro, e a senhora? - sequei as últimas lágrimas dela, o que a fez sorrir abertamente.

– Tenho 14. - respondi quando a senhora chegava, Clary ficou animada no meu colo, querendo ir pros braços da senhora. - Aqui está ela. Ela caiu e estava chorando, vim fazer companhia a ela. - entreguei Clary para a senhora.

– Obrigada por isso, ela vive caindo, hoje é a primeira vez que se machuca. - ela vira e sai com Clary no colo, eu a escuto falar com ela enquanto sai. - Vamos fazer um curativo na perninha pra continuar brincando? - ela estava animada, gostava mesmo de cuidar de crianças.

– Ora, ora, ora... Quem diria que viveria pra presenciar Emily Johansson ajudando uma criança que nem conhece. - virei-me imediatamente ao escutar a voz do meu melhor amigo perto de mim, ele estava com uma cara de deboche no rosto.

– Cala a boca Liam! - me viro e começo a atravessar a ponte pra voltar à área dos adolescentes quando Liam me puxa abruptamente, o que fez com que eu me batesse em seu peito. Liam era mais velho alguns meses que eu, ele só tinha 15 anos e já era incrivelmente forte e alto, eu ficava no seu ombro por ser baixinha. Olhei irritada nos seus olhos. - Tá doido é?

– Sabia que você fica linda irritada? - ele pergunta com uma cara meio sexy, isso me assustou.

– Você bebeu só pode, você tá doido. - digo tentando me soltar. O que veio a seguir eu nunca imaginei que aconteceria nem em um milhão de anos. Liam passou seu outro braço ao redor da minha cintura e me puxou, colando nossos corpos e sussurrou em meu ouvido, me fazendo arrepiar com o contado de seu hálito quente em minha pele fria por causa do ar condicionado.

– Doido por você! - dito isso ele uniu nossos lábios.

Fiquei confusa no início, nunca tinha beijado antes, e Liam sempre foi o menino que todas as meninas corriam atrás, ele já era experiente nisso. Seus lábios eram quentes sobre os meus, fui sendo levada pela sensação desse beijo. Senti todo o meu corpo estremecer quando ele pediu passagem com a língua e eu cedi. O beijo era bom, quente. Ele me beijava delicadamente, como se tivesse com medo de me machucar de alguma forma.

Toda a minha sanidade e qualquer pensamento lógico tinham sumido. Era como se uma névoa tivesse coberto todos os meus pensamentos. Passei um dos meus braços em volta de seu seu pescoço e o outro levei até seu cabelo, meus dedos acariciavam seus cabelos sedosos. Ele começou a me beijar como se esperasse isso a muito tempo, como se tivesse ansiado pra sentir meus lábios.

Ele folgou os braços que estavam ao meu redor quando o ar se fez necessário, ele encostou nossas testas. Eu que tinha ficado todo o tempo com os olhos fechados resolvi abri-los. A minha sanidade voltou ao mesmo tempo em que corava, Liam estava olhando pra mim com um sorriso enorme nos lábios. Eu percebi o que tinha acabado de fazer, tinha beijado meu melhor amigo. O único homem que confiei todos os meus segredos. Recuei um passo me desvencilhando de seus braços. Seu sorriso foi sumindo aos poucos ao ver minha cara de espanto.

– Amy.. Desculpa, eu... - não escutei o que ele queria me dizer, saí correndo de lá na mesma hora, eu escutava ele gritando meu nome e sabia que ele estava correndo atrás de mim, mas eu não queria saber.

Tudo tinha se tornado um borrão. Passava correndo por entre as pessoas, saí correndo do parque e do shopping também, entrei no carro e pedi pra que o Sr. Bones me levasse pra casa. Ele me levou sem protestar ou fazer perguntas. Meu celular tocava sem parar, eram ele e Isabelle que tentavam me ligar. Eu estava apavorada, tinha beijado meu melhor amigo e tinha gostado?! Eu me sentia suja. Eu sabia que no futuro eu iria rir dessa minha reação, e foi isso que eu fiz com Isabelle quando ela foi pra minha casa naquela noite. Eu contei o que tinha acontecido e ela começou a rir de mim, o que me fez rir também.

Depois daquele dia nunca mais comentamos o que tinha acontecido e nem nunca mais fomos ao parque.


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Notas finais do capítulo

Iai, o que acharam? Mereço reviews, favoritações ou recomendações? Digam o que acharam, eu não mordo.. *-----*



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