A melhor derrota de Son Goten escrita por Branvermelha


Capítulo 11
Preparada


Notas iniciais do capítulo

A luta começa kkk



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LUTA (1)

Os três híbridos aguardavam a chegada da filha de Kuririn. Goten ainda sobre a rocha cujos contornos eram semelhantes a um felino e Pan e Bra sentadas lado a lado em uma pedra com forma de pedra mesmo. Cada um deles envolvido demais em seus próprios pensamentos para se importar que houvesse começado a neblinar.

O Son evitava olhar para a Briefs. Infelizmente, o fato de estar evitando não queria dizer que vez ou outra ele não acabasse cedendo à tentação e desse uma olhadinha discreta para a moça.

A brisa que soprou no rosto do rapaz era gelada, porém o mesmo puxou a gola da blusa como se estivesse com calor. As mãos suando... A boca ficando seca... “Que droga está acontecendo comigo?”,ele pensou se estranhando. Ora, a Bra era só uma menina! O ki dela muitas vezes menor se comparado ao dele! Ou seja, não existia razão alguma para ficar nervoso, certo? Exceto que ela é nova demais para ele, é a irmã mais nova de seu melhor amigo e, por último, mas não menos importante, é filha de Vegeta! Por que a filha de um cara como o Vegeta tinha que ser tão... “... Vem cheirar o meu chulé, eu não lavo mais o pé... (8)”, Goten lutava fervorosamente para readquirir o controle de seus pensamentos.

Enquanto isso, Bra mantinha o olhar fixo sobre a ponta de suas botas. Ela estava centrada em bloquear os sentimentos os quais estavam fazendo seu coração bater mais rápido. Como podia definir uma combinação de sensações como medo, ansiedade, calor e curiosidade?

Estou nervosa para o combate e só isso”, a menina mentia para si mesmo, pois ela sabia bem do pressentimento que estava tendo. De que algo interessante ia acontecer. Mais interessante do que a sua vitória.

A Briefs não conseguia entender essas sensações, porque, afinal, nunca as teve antes. E daí se ela percebeu o filho de Kakarotto a analisando de cima a baixo? Centenas de garotos já fizeram isso e a maioria de forma bem mais descarada. Será que ele... Gostou do que viu? “Porcaria...!”, xingou mentalmente ao sentir o rubor aquecendo e dominando sua face.

– Que foi? – Bra perguntou irritadiça para colega ao seu lado a observando. - Nunca me viu não?

– É só que você está com as bochechas rosadas – Pan comentou nervosa. – Me deixa ver se você está com febre.

A morena levantou o braço e pouco antes de tocar na testa da amiga, esta afastou sua mão com uma tapa.

– Não toque em mim – A Briefs disse com um tom mais ríspido do que pretendia. Podia está irritada consigo mesma, mas não era justo descontar em Pan que não tinha culpa de nada. Sentiu-se mal.

– De-desculpa, Bra. Eu pensei... – A menina de cabelos pretos não completou a frase, pois a sua colega acenou com a cabeça, dispensando o seu comentário.

– Esqueça. Eu estou bem – Bra comunicou usando um tom sério, porém mais equilibrado. A ansiedade lhe consumindo.

– Sentiram? – A voz do meio-sayajin ecoou no local.

As duas híbridas então sentiram.

Era o ki de Marron se aproximando ao sul.

Bra observou Goten se colocar de pé e prendeu a respiração quando ele também olhou para ela. Para os olhos dela. Naquele momento, um sorriso apareceu nos lábios dele.

Preparada? – O Son perguntou com aquela expressão risonha que era típica dele.

Não!”,A Briefs ponderou invadida por uma vontade enorme de sair correndo. Contudo, como bela atriz que era, respondeu e transpareceu algo totalmente diferente.

– Claro. E você? Está pronto para mim? – Ela indagou com a voz aveludada e toda charmosa. Até deu uma piscadinha para ele. Seu sangue azul despertou.

O híbrido riu, passou a mão no cabelo e fez menção de que ia responder algumas vezes. “Fud&%...”.

Pan segurou um risinho subindo a gola do casaco a fim de esconder a boca. Sabia que aquele flerte fazia parte do plano, entretanto nem por isso deixava de ser inacreditável e, sobretudo, uma graça.

Ok. A morena não resistiu e fez “um legal” com a mão esquerda de maneira cautelosa para que apenas a sua amiga o visse e esta, por sua vez, sorriu internamente com seu talento. Isso pode ser considerado talento, né?

A primeira coisa que Marron fez ao pousar no local, foi se desculpar pelo pequeno atraso. A segunda coisa foi cumprimentar aos três meio-sayajins com um sorriso e um aceno de mão. E, para terminar, a terceira coisa que fez foi perceber o traje que a menina de cabelos azuis vestia. “Filha da mãe!!!!”.

– Eu vou ser a juíza – Pan se habilitou, até por que dentre os presentes, ela era a mais neutra e a menos envolvida nessa história toda.

– Certo. Mas e o Trunks? – Marron perguntou olhando para a Bra a qual indicou o Goten para lhe dar a resposta.

– Ele vai se atrasar, mas disse que não precisamos espera-lo.

– Ah tá. Bem... Então vamos lá! – A loira falou mais alto do que gostaria e abriu um sorriso fingido enquanto evitava fitar a Briefs ao mesmo tempo em que passava as mãos em seu cabelo. Seu belo cabelo loiro cumprido... “Realiza, Marron. Goten segue sendo um centena de vezes mais forte e rápido do que essa moleca. Seria preciso uma tonelada de sedução para derrota-lo assim”, pensava positivamente para se acalmar.

– Aham! – Pan pigarreou a fim de chamar a atenção dos três. Quando notou todos alertas, prosseguiu – Er... Vamos à revisão das regras. O primeiro a cair de costas no chão ou sair da área da arena, perde. Ah. É proibido apenas transforma-se em supersayajin. Essa luta é tipo um vale-tudo. Mmm... Acho que é isso. Alguém quer que eu repita? – A morena viu todos acenarem negativamente. – Então Goten e Bra podem ir para a arena propriamente dita. Marron e eu ficaremos aqui assistindo.

Goten assentiu e já voou para o local correspondente ao centro do campo.

Bra olhou zombeteiramente para Marron, colocou as mãos na cintura e deu uma reboladinha seguida de uma risadinha.

– Oh my kamisama. I’m so hot – A Briefs falou piscando inúmeras vezes os olhos de forma irritante. – Aprenda comigo, querida Pan.

Sim. Ela estava a tripudiar. Aonde fora parar o nervosismo? A ansiedade? As borboletas? Não sabia. Apenas sabia que estava curtindo ser assim... Muito Bulma.

Depois de jogar o cabelo para o lado em um movimento de cabeça charmoso, a caçulinha selou seu destino e também voou até o centro do campo onde o filho de kakarotto a esperava.

Com a Briefs já um tanto longe, Marron jogou no lixo toda a etiqueta e bufou de raiva.

Pan escondeu a boca com a gola do casaco de novo. Rir nesse momento não era o mais indicado. E ainda menos torcer pela Bra. Até por que, podia ser ela ali. E, na verdade, por pouco não foi.

Depois da aposta feita, do desafio lançado nesse mesmo lugar, dos treinos, das ideias loucas... Foi-se o tempo de premeditar. Era hora de agir.

Nesses três dias passados e até mesmo 15 minutos atrás, via-se uma Bra aflita, receosa, mas agora... A menina que encarava seu adversário tinha adrenalina demais no sangue para ficar ponderando em cima de detalhes.

Goten, por sua vez, fitava a garota a sua frente de forma desconfiada, pela primeira vez reconhecendo-a como... Perigosa? Exato. É isso que a irmã de Trunks é. Uma loba encoberta por pele de uma ovelha. Uma loba... Ele observava atentamente a Briefs flutuando no ar há uma distância de mais ou menos 15 metros. O cabelo preso em um jeitoso rabo de cavalo, as botas de cano alto quase na altura dos joelhos, as coxas roliças a mostra, o short tão curto que... Não, não. Olhar muito para essa parte não ia dar em boa coisa. Idem para o top. Encarar a menina nos olhos? Os grandes olhos azuis-turquesa. Não sabia o que era pior. Espere, ele sabia sim. Era o short. Ou o top. Os dois, pronto!

– Fiquem a vontade para começarem, ok?????!!!!!! – A voz de Pan ecoou alertando os dois híbridos.

Os olhos do Son brilharam. Teve uma inspiração para ofensiva rápida com desfecho rápido. Ia doer um pouco nela, mas ia passar logo. Não tinha outro jeito.

Bra viu quando o rapaz sumiu de onde anteriormente estava, mas, para muita sorte dela, também enxergou quando este tornou a aparecer em sua lateral e tentou lhe desferir um chute com potência suficiente para lança-la para fora da arena. Por pouco ela não conseguiu se desviar desse golpe.

Sendo que, mal inspirou mais oxigênio para recuperar o fôlego perdido no susto, outra investida dele veio. Um soco de direita que lhe atingiria no ombro. A Briefs no puro reflexo posicionou o braço de forma a amparar o golpe o qual não veio como ela gostaria, pois ele agarrou seu braço usando uma força moderada, suficiente para mantê-la ali, não suficiente para machucar muito.

Ele então fez menção de puxá-la como impulso a fim de atirá-la com força para longe. Bra percebeu o que ele estava tentando fazer. Queria lhe pôr para fora do campo e assim vencer. Ela não permitiria isso! Por isso agarrou-se com a outra mão no braço dele de forma que quando ele fez o movimento de jogá-la, ela até girou, mas continuou no mesmo lugar, pois estava realmente segurado firme.

Bra quis aproveitar o impulso e tentou golpear usando a sola das botas o rosto do rapaz. Ele desviou e tentou acertar um chute nas costas da garota, mas esta pressentiu que não conseguiria desviar a tempo. Só deu tempo de ela se virar para ser atingida em cheio na barriga. Contudo, novamente ela não foi atirada para longe, porque tinha se segurado firme na perna dele.

Bra engoliu a dor o máximo que pôde. A pancada que recebeu fez lágrimas se formarem em seus olhos. “Meu kami, como dói...”.

Goten percebeu a dor da menina, pois ouviu um chorinho vindo dela. Não só percebeu como se sentiu péssimo. Sim, o chute para afastá-la doeria. Certo. Só que a dita não só se virou de frente para ele como também se agarrou em sua perna para não ser lançada e, portanto, tinha recebido a potência integral do golpe. Uma estratégia carregada de sacrifício.

Ela continuava agarrada na perna dele. Seu corpo tremia discretamente. Mas tremia. “Ah, cara...”.Goten se sentia horrível. Mal mesmo. Passou pela sua cabeça até desistir de tudo isso só para não correr o risco de machuca-la outra vez.

– Bra?! Bra?! – O Son chamou com um tom de desespero na voz. Ficou mais aliviado ao a ver mexer a cabeça e olhar para ele. Lágrimas nos olhos. Rosto vermelho. “Ah, cara...”.

– Estou bem, idiota – Bra disse com a voz meio chorosa e sem largar da perna do rapaz.

– Que acha de acabarmos com isso, hein? Fica empate e pronto, hein? – Goten perguntava realmente preocupado com a menina. Estava controlando a vontade de se ajoelhar frente a ela e implorar suas desculpas. Não queria mais lutar contra ela. Nunca mais.

– Mmm. Empate, é? – A Briefs questionou se soltando da perna dele e posicionando-se a menos de meio metro do rapaz.

O Son perdeu até o fôlego diante dessa aproximação inesperada. Dava até para sentir o perfume da pele alva dela. Até rubor se formou em sua face. Não conseguiu proferir palavra alguma.

Então a menina disse algo que o fez sair de seu estado febril.

– Não é o suficiente para mim – Bra disse sumindo e reaparecendo atrás do rapaz. Este ficou tão surpreso, tão confuso que não conseguiu desviar a tempo do chute que a moça lhe desferiu no flanco e nem dos raios de energia lançados em seguida.

Ela era fortinha. Ele tinha sentido os golpes. Mas nada demais. Eles apenas o afastaram dela mais uns 6 metros.

Goten encarou com um misto de incredulidade e raiva a sua bela adversária. Esta lhe lançava um sorriso travesso. Aquela vontade de desistir da luta? Desapareceu. Depois dessa, ele iria até o fim. Ok. Ia tomar mais cuidado para não machuca-la assim de novo, mas fora isso...

Ela havia se aproveitado do momento de fraqueza dele? É claro que sim. Aquilo era uma guerra. Vale tudo. Foi por isso que ela ficou de lado e anunciou:

– Hey, Goten! Dá próxima vez vê se acerta aqui – Disse dando umas tapinhas em seu quadril.

A menina riu como se tivesse acabado de fazer a maior travessura de toda a sua vida.

O rapaz ficou com mais raiva, entretanto, em vez de fechar a cara, ele sorriu de canto. Também sabia jogar...


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Notas finais do capítulo

O que o Goten fará?!
Só no próximo capítulo asausha

Ah! Estarei viajando, então ficarei sem postar nos próximos 3-5 dias :(
Beijos!



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