Quando O Vento Selvagem Sopra. escrita por Anna


Capítulo 34
Trinta e Quatro.


Notas iniciais do capítulo

Olá, meus terráqueos. Como estão? Desculpem a demora, mas aqui está. Espero que não queiram me matar a partir de agora...enfim, boa leitura!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/451688/chapter/34

Jonathan é uma criança incrivelmente fofa.

Tenho visitado meu afilhado quase todo fim de semana desde que ele nasceu. Seus poucos cabelos já se mostram ruivos, e seus olhos são tão azuis quanto o dos pais. Ele tem bochechas tão grades que toda vez que o olha, tem vontade de morder.

Depois de sair da casa do ruivo em um desses fins de semana, aparatei diretamente em casa, tropeçando em uma das caixas que ainda estavam espelhadas pela sala. Mas não me culpe, com essa troca de setores do Ministério, tenho cada vez mais trabalho, mesmo isso sendo por opção.

Joguei a bolsa no sofá e fui para a cozinha, onde preparei panquecas para o jantar. Quando terminei de colocá-las em um prato, encontrei uma carta em cima do balcão.

‘’Hermione,

Ainda não acredito que está morando sozinha há dois meses. Foi muito tosco da sua parte, porque, afinal, você sabe ,muito bem que poderia ter ficado conosco. Você nunca foi, ou será, um peso para nós.

Luna está mandando ‘oi’, e dizendo que está com saudades. Quando vai vir nos visitar novamente?

Sei que não gosta muito de tocar no assunto, mas acho que merece saber. Harry esteve aqui esta semana, e ele não esta muito melhor que você. Eu sei muito bem como você está se sentindo Mione, mas não acha que vocês deveriam voltar a se falar? Ele, apesar de tudo, é seu melhor amigo.

Espero que nos vejamos logo.

Com carinho,

Gina Weasley.’’

Coloquei a carta em cima do balcão novamente e fui até a geladeira, tirando de lá o suco e a calda de chocolate. Servi um copo e fui para a sala, ligando a TV, enquanto comia e documentava os assuntos da reunião do dia anterior.

Quando terminei, lavei a louça e subi para meu quarto, ainda desorganizado. Joguei a bolsa em um canto e fui para o banheiro, tomar um banho. Deixei que a água corresse por um tempo, enquanto organizava meus pensamentos.

Já fazia um bom tempo que eu não via mais Harry, nem mesmo pelos corredores do Ministério. Mas, mesmo depois de tudo, eu não sabia se era melhor assim. Já faziam quase cinco meses e sonhos eram constantes. As vezes, pesadelos na escuridão, outras, apenas sonhos que pareciam lembranças, que me faziam acordar, muitas vezes, com filetes de lágrimas marcando meu rosto. Já havia um tempo que eu não tinha uma boa noite de sono e ainda me torturava por isso. Não era justo que ele ficasse todo feliz com sua nova namorada enquanto eu ficava aqui, sem dormir por algumas noites, apenas por culpa dele.

Suspirei mais uma vez e saí do banheiro, escovando meus cabelos molhados. Vesti o pijama e me dentei na cama, um livro em mãos. Amanhã organizaria o que falta na casa. Ela já estava fora de ordem há muito tempo.

Abri o livro na metade, e comecei de onde havia parado. Continuei a leitura até pegar no sono, algumas horas depois.




**** *** **** ****

–Tem certeza que quer brincar desse jeito?

–Duvido você me pegar, Potter. –saio correndo do quarto dele, descendo as escadas em direção à cozinha, um grande sorriso no rosto.

–Herms, Herms, você nunca aprende, não é mesmo? –ele diz, chegando na cozinha.

–Tente me pegar. –digo, aproveitando que ele dá o primeiro passo ao redor da mesa, vindo em minha direção, ao mesmo tempo que corro na direção contrária.

Subo novamente as escadas, correndo feito uma criança feliz, com Harry em meu encalço. Corro até nossos quartos, me escondendo no dele, esperando que Harry me procure no meu.

Fico em silencio alguns instantes, tentando controlar a respiração ofegante, e o vejo passar, entrando onde eu esperava que fizesse. Saio do quarto dele, apenas para que ele me peque pela cintura, me puxando para mais perto dele.

– O que é que você estava dizendo? –pergunta, aproximando seu rosto do meu.

–Para você me pegar.- digo, saindo de seus braços e correndo, mais uma vez, pelas escadas, enquanto riamos feito loucos. –Hey!

–Surpresa!

–Isso não vale! Me coloca no chão, faça isso ser justo!! –digo, me debatendo em seu ombro, onde ele me carregava, sorrindo.

–Justo? Você não foi nem um pouquinho justa comigo instantes atrás, e quer falar de justiça? –pergunta ele, ainda rindo.

–Sem graça. –digo, enquanto ele me coloca na cama.

–Sei que sim.

–Tem certeza que vai me deixar aqui? E se eu fugir? –pergunto, um sorriso maroto brotando de meus lábios.

–Você não vai. Sabe por que? Eu não vou deixar. –e então ele começa a me fazer cócegas, embora minhas tentativas de não rir ou me desvencilhar fossem em vão.

Nós continuávamos com as risadas, brincando por um tempo, até ficarmos cansados demais.

–Acho que eu venci mais uma vez. –Harry debocha, se deitando ao meu lado.

–Só porque eu estou despreparada.

–Claro que sim.

–Engraçadinho. Eu só estou despreparada, mas se quiser uma revanche, podemos fazer isso agora.

–Não, estou cansado demais para lutarmos agora. Que tal amanhã, senhorita despreparada?

–Que engraçado, Harry. Estou morrendo de rir.

–Hey, não fique assim, você sempre ganhava em Hogwarts, nada mais justo, não é mesmo?

–Não. –digo, fazendo uma careta.

–Okay.- ele ri.

–Ah, eu esqueci de lhe dizer. Rony está cada vez mais paranoico com a gravidez da Su. Ela me disse que acha isso muito fofo, mas que era para nós darmos um jeito nele.

–Eu imaginei que ele ficaria assim, quer dizer, é o Rony.

–Sim. –concordei, rindo.- Coitada da Suzana...

–Mas é por uma boa causa. Ela vai fazer o teste trouxa para saber se é menino ou menina?

–Sim, semana que vem. Mas ela acha que é um menino.

–Rony ficaria muito feliz por poder ensinar tudo sobre quadribol para ele desde cedo. –Harry comentou, pensativo.

–Não duvido que ele faça isso, mesmo que seja uma menina. –concordo, nos fazendo rir. –Teddy vai vir amanhã?

–Sim, Andrômeda vai trazê-lo. Ela está meio preocupada. Teddy começou a perguntar sobre os pais..

–Imagino como é difícil para ela, conversar sobre isso.

–Eu sei, mas ela terá que contar uma hora ou outra, não é?!

–Sim.- eu me aconchego em Harry, que passa o braço ao redor de mim. –Boa noite, Harry.

–Boa noite, Hermione.

***** ***** ****



Sento-me na cama, tentando deixar de lado o sonho do qual acabei de acordar. Vou até a cozinha e tomo um copo d’água, tentando relaxar.

Viro-me na cama várias vezes, sem dormir, minha mente viajando para os momentos recém lembrados, sem saber que, ao mesmo tempo, no lugar onde foram vividos, um moreno de olhos verdes encarava o teto, sorrindo bobamente com o sonho que tivera.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Comentem, favoritem... essas coisas. Até o próximo. =3



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Quando O Vento Selvagem Sopra." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.