Capítulo IX – All right

Gina Weasley

Ok, tudo bem eu estava ouvido coisas e a vadia da Karen não estava grávida, ela não podia. Ela não podia estar grávida do Harry, não mesmo. Eu só queria que ela sumisse da minha casa e nos deixassem em paz, Harry e eu estávamos ótimos sem ela.

Eu só estava indo tomar um copo de água, quando ao passar pela sala onde ambos estavam e ouvi ela dar a notícia para Harry, perdi a sede o mesmo momento e voltei para o meu quarto o mais rápido possível fechando a porta para que ninguém me visse daquela maneira, naquele estado em que me encontrava.

Lembro-me de um conselho que meu pai havia me dado quando eu ainda era apenas uma garotinha inocente e não entendia nada de amor, ele me disse: “Gina querida, se um dia for chorar por um homem não deixe que ele perceba, vá para seu quarto e chore o quanto quiser, se descabele, quebre as coisas... Mas, antes de sair de lá, lave o rosto, retoque a maquiagem e sair com um sorriso no rosto.”, e foi exatamente o que eu fiz.

Voltei para a cozinha e tomei minha água como se eu não houvesse ouvido nem uma parte da conversa, e então Harry entrou e ao seu lado estava Karen, com um sorriso vitorioso nos lábios.

— Querida, temos uma notícia maravilhosa para te dar. – disse na maior cara de pau.

Harry olhou-a e em seguida para mim, com um claro pedido de desculpas nos olhos, fingir não notar e coloquei o copo na pia, virando para eles em seguida.

— Então diga, qual é. – pedi neutra.

— Harry e eu teremos um bebê, não é ótimo? – sorriu batendo palmas no ar.

— Coitado! – levei a mão na boca.

— Perdão? – indagou ela confusa.

— Coitado do bebê, merecia uma mãe melhor, não? Mas, nem tudo é perfeito. – dei de ombros e saí, indo para o jardim e quando cheguei perto da minha árvore favorita ouvi passos atrás de mim.

— Gina, posso falar com você? – não precisei virar para ver que era o Harry, aquela voz eu reconheceria sempre. – Devo-lhe uma explicação...

— Na verdade, não. Não deve explicação nenhuma a mim. – disse ainda de costas. – Não temos nada.

— Eu sei, mas me sinto na obrigação de dizer a você. – disse – Eu não sabia que ela estava grávida, não fazia ideia. Na verdade, ela sempre me disse que não poderia ter filhos...

— É, mas parece que ela pode. Tanto pode que está com um dentro de si, e você é o pai. – disse virando-me para ele. – Mas, não importa.

— Não importa? Como não importa? Não pode desistir de nós assim. – protestou.

— Eu? Desistir de nós? – repeti incrédula – Eu nunca desisti de nós, desde antes de eu entrar de Hogwarts sempre pensei em um futuro onde nós seriamos felizes juntos, só que não dá mais. Ela está grávida, Harry. Grávida! Não entende? – eu quase gritava – Não existe mais um futuro onde ficaremos juntos, não dá mais. Acabou o restinho de esperança que havia dentro de mim.

— Não diga isso. – pediu.

— É sério Harry, não dá mais. – repeti – Eu estou exausta de tanto se sacrificar por nós...

— Eu me sacrifico por nós dois, se for preciso... – interrompeu-me.

— Você não entende? Não quero que se sacrifique por nós, por mim, por ninguém. Você vai ter um filho agora, e é por ele que precisará se sacrificar, precisa ficar com ela. Ele precisa crescer com um pai ao lado dele e você, mais do que ninguém, sabe do quanto uma criança precisa do pai ao seu lado para crescer.

— Vamos arrumar um jeito, Gina, você vai ver.

— Não! – gritei – Você precisa ficar com ela.

Ele olhou para mim estático e triste, como se eu houvesse dado um tapa em sua cara, mas ele não sabia o tapa que eu havia levado com aquela notícia. No entanto, ele voltou para a casa de cabeça baixa e me deixou um pouco sozinha.

— O que aconteceu? – Rony apareceu.

— Nada, não. – dei um fraco sorriso para ele.

— O que aconteceu? – indagou como se eu não tivesse dito nada.

— Bem, digamos que Harry e eu... Não temos mais jeito. – suspirei olhando por onde ele havia sumido.

— O que? Como assim “não temos mais jeito”?

— É a Karen, ela...

— Não vai deixar aquela loira oxigenada atrapalhar vocês, vai?

— Ela está grávida. – terminei.

— Não acredito!

— Nem eu, mas é a verdade. – lamentei – E não vou pedir para Harry ficar comigo e deixar o filho crescer sem um pai ao lado, seria injustiça com a criança. E ela já vai sofrer muito com a Karen como mãe, e não ter pai ainda... Seria imperdoável.

— Gina, eu não sei o que dizer... – disse-me triste. – Você e Harry nasceram um para o outro.

— Parece que não. – ri fraco.

— Oh, Gina! – me abraçou, fazendo-me chorar. – Shiii, não chora, tudo vai ficar bem, você vai ver.