Maldição Ruiva escrita por Master


Capítulo 4
Brigas.




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Dominique dera um sorriso falso para o dois na escada e arrastou James que estava com a aparência confusa para o sofá.

Lucy e Alvo se encararam e fizeram o mesmo, sentando-se no sofá oposto do deles. Os olhos da ruiva eram puro ódio, havia até se esquecido do que tinha ido fazer.

James por outro lado tentava buscar alguma explicação. Ele e Dominique eram namorados, sim, mas eles haviam dado um tempo antes de entrarem de férias, sabia que isso não iria estragar a amizade deles, pois, não era a primeira vez que "terminavam". Mas de todo modo, o que ela estava fazendo ali?

– Achei que vocês dois tinham dado um tempo. - Alvo falou mostrando sua melhor cara de tédio.

Dominique revirou os olhos.

– Onde estão seus pais James? - A loira perguntou mudando de assunto e entrelaçando sua mão a dele.

– Eles saíram. - James respondeu somente.

O silêncio dominou.

Lucy deitou-se no colo de Alvo que brincava com seus cabelos e sussurrava alguma coisa que ninguém além dos dois conseguia ouvir.

Aquilo irritou profundamente James.

Ele só não sabia o por que.

– E então White, o que faz aqui? - Perguntou Dominique irritada.

– Inicialmente vim dar uns pega no seu homem, mas ele não demonstrou interesse nem quando dormiu comigo e acordou confuso e agora só estou olhando pra essa sua cara de tonta. - Lucy respondera ironicamente.

Alvo riu e Dominique se levantou exaltada.

– Como é que é? - Dominique perguntou. - Você dormiu com essa... essa coisa ruiva? - A loira perguntou desacreditada apontando para a garota deitada.

Lucy se levantou com sangue nos olhos.

– O que? - James perguntou exaltado. - Não! Claro que não, quer dizer, não do modo que você está pensando.

Dominique arqueou as sobrancelhas.

– Então você dormiu com ela?

– Ah qual é loira falsificada, todo mundo sabe que James Potter é o maior pegador de Hogwarts, mas espera, você já sabia disso, por que você também vive dando pra todo mundo. - Lucy disse sarcástica e mal teve tempo de se defender da loira que pulava em cima dela.

James e Alvo rapidamente começaram a se intrometer, cada um puxando uma, mas acabavam sendo atingidos pelas unhas das garotas que se atracavam desesperadamente soltando insultos um pior do que outro.

James finalmente conseguiu segurar Lucy que se debatia e Alvo segurava a loira no mesmo estado.

– Por Merlin, se acalmem! - Alvo gritou e a loira parou de se debater e bruscamente se soltou do mas novo.

Dominique lançou somente um último olhar a James antes de sair as pressas.

O silêncio novamente voltou ao Dominique ter saído, nenhum dos três tinha coragem de falar nada. Lucy soltou-se se James e subiu sozinha.

Mas James não deixaria ela sair assim, aquela seria a última vez em que Lucy White faria algo em sua vida assim.

~~~~

Assim que Lucy entrou no quarto de hóspedes onde ela estava, entrei junto e tranquei a porta atrás de mim pare que Alvo não conseguisse entrar, mesmo que ele tivesse ficado imóvel quando eu subi atrás da ruiva.

Senti toda a raiva subindo através de mim, toda. Eu poderia aguentar brincadeiras, pois, eu já tinha feito até piores, mas aquilo?

Jamais!

– Qual o seu problema garota? - Falei baixo e certeiro.

Ela riu e minha raiva aumentou mais ainda.

– Qual é o meu problema? - Ela perguntou se aproximando de mim e colocou o dedo indicador na minha testa. - Qual é o seu problema?

Dessa vez quem riu fui eu e bati em sua mão para afastá-la.

– O meu problema é você! - Exclamei em alto e bom tom e ela deu um simples passo para trás.

Sorri com escárnio.

– Você gosta de fazer o inferno da vida dos outros? - Perguntei dando um passo a frente e ela para trás. - É divertido acabar com o namoro dos outros, nunca houve ninguém que você amasse?! - Perguntei por fim e ela já estava encostada na parede e eu quase a prensando. – É claro que não, sonserinas como você não amam, não é mesmo? - Sussurrei em seu ouvido.

Ela me empurrou bruscamente.

– Quem você acha que é pra falar de amor? - Perguntou ela irritada, mas pude perceber uma falha em sua voz, como se tivesse se segurando pra não chorar. - Sair pegando qualquer vagabunda é amor pra você? Então sim, sonserinos como eu, não amam!

Engoli a seco e a encarei.

– É ai que está a diferença, posso sim pegar qualquer uma, mas sei que um dia encontrarei a ideal, já você... - Apontei para ela. - Ah, como é mesmo o nome daquele seu namoradinho que você tinha no terceiro ao quarto ano? Brian Eaton, não é mesmo? - Perguntei com um sorriso presunçoso e vi sua face se contorcer. - Vocês terminaram, não é, o que aconteceu entre vocês, ele percebeu o seu tipinho e então...

Senti um forte ardor no rosto, forte o suficiente para me fazer lembrar de algo que havia esquecido e me senti um lixo.

A encarei e vi que ela tinha lágrimas silenciosas caindo de seus olhos e molhando seu rosto.

– E então ele morreu. - Ela completou a frase. - Era isso que você ia dizer?

Ela limpou as lágrimas com força exagerada e se aproximou de mim, que estava imóvel.

­– Não James, você esta errado, nós amamos sim, mas não pessoas como você.

E então ela saiu destrancando a porta e vi que ela desceu correndo.

Por um momento senti meu coração apertar e corri atrás dela, ignorando as perguntas de Alvo, abri a porta do hall de entrada, mas ela não estava mais lá.

Em questão de segundos, ela já tinha desaparecido.

E eu temi que dessa vez fosse para sempre.


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