CAPÍTULO 9 – E AGORA?
BELLA PDV
– Acorda Bella, já está tarde.
Acordei com minha mãe me chamando. Era o dia de voltar para casa. Se fosse ano passado, eu já estaria de pé com tudo pronto esperando ansiosamente todos ficarem prontos para podermos ir, porém, esse ano era diferente. Não que eu não quisesse voltar pra casa, eu sentia saudade de meus amigos e de meus animais de estimação, mas eu sabia que as coisas seriam bem mais complicadas entre Edward e eu quando voltássemos para Phoenix. Levantei com a maior desanimação que se possa imaginar e fui tomar banho.
Vesti-me, tomei café da manhã e nada de Edward aparecer. Aquilo estava me deixando louca, pois talvez nunca mais o visse, mas não queria pensar naquilo. Fechei os olhos e pensei em Edward, pensei em nós juntos e um sorriso começou a brincar em meus lábios, então senti duas mãos cobrindo meus olhos, e pela reação de minha pele, soube logo quem era.
– Edward! – não me contive e o abracei com força. Ele retribuiu meu abraço. – Eu pensei que ia ter que ir embora sem te ver!
– Calma meu amor- ele sentiu o desespero em minha voz e procurou me deixar calma – Eu estou aqui, calma.
– Bella! – minha mãe me chamou- Bella vem aqui.
Me “soltei” de Edward e fui até minha mãe, contra minha vontade.
– Vamos Bella, o ônibus chegou, nós temos que ir.
Mas já?
– Espera só um pouco mãe, eu já estou indo.
Corri para Edward e o abracei com força novamente, ele não entendeu, mas retribuiu meu abraço com força.
– Eu já tenho que ir, o ônibus já chegou. – falei, me contendo para não chorar.
– Tudo bem, Bella, amor, não fique assim, isso não é uma despedida oficial – ele me beijou na testa e minha mãe me chamou de novo, soltei Edward e fui para o ônibus.
Quando o veículo começou a se mover, eu percebi que era muito burra. Nem ao menos um beijo de despedida eu dei em Edward, e agora não sabia mais quando ia vê-lo novamente.
O caminho de volta para casa foi totalmente diferente do que era normalmente. Eu sempre voltava para casa feliz da vida, mas agora eu estava com o ar de quem estava indo para um funeral.
Eu já havia passado mais tempo longe de Edward, mas agora era diferente, eu sentia saudades dele porque eu sabia que demoraria até que nos víssemos novamente, talvez isso nunca mais tornasse a acontecer... Sacudi a cabeça e pela segunda vez afastei aquele pensamento de minha mente.
UMA SEMANA DEPOIS
A semana tinha passado lenta e rápida ao mesmo tempo. Eu estava alheia ao que me acontecia e sentia muita falta de Edward. Eu já sabia que nós íamos nos separar por um tempo e até pensei que estava preparada para isso, mas estava enganada. Já haviam se passado duas semanas, e eu nem ao menos tinha ouvido a voz de Edward. Não trocamos telefone, ou email, estávamos totalmente longe um do outro...
– Jake, vai mudando a TV pra ver se tem uma coisa melhor passando.
Eu estava assistindo TV com Jake na sala. Minha aparência estava horrível: Camisão de mangas compridas (estava frio), short e um rabo de cavalo mal feito. Mesmo vendo TV não parava de pensar em Edward. Então...
– Jake- me levantei de repente – você ouviu?
– Ouvi o que? – perguntou meu irmão.
– Nada, esquece- jurava que tinha ouvido a voz de Edward. Estava ficando maluca. Fechei os olhos e fiquei lembrando nossos momentos em Forks.
– Bella? – ouvi Edward me chamar e ainda de olhos fechados falei:
– Jake, pede para a mãe marcar uma consulta no psicólogo, eu estou ouvindo vozes...
– Bem, isso é um sinal que você não está surda – respondeu meu irmão e eu não pude deixar de rir – E se eu fosse você – ele continuou – abria os olhos para ver quem está na sua frente.
Abri os olhos e não acreditei no que vi. EDWARD!
Não me contive e o agarrei com força, só o larguei quando ele disse que eu estava prestes a matá-lo asfixiado.
– Vou para o computador – falou Jacob e não pude deixar de sorrir para ele.
– Como você chegou aqui? Quem te disse onde eu morava?
– Seu irmão. Nós saímos e ele disse pra eu aparecer por aqui qualquer dia desses.
CARALHO, COMO EU AMO MEU IRMÃO!
Olhei para Edward. Ele estava lindo, com uma roupa simples, mas tudo ficava bonito nele, e então em lembrei de como estava vestida.
– Não olhe pra mim! – exclamei de repente, dando um susto em Edward.
– Por que meu amor?- Edward perguntou.
– Por que eu estou horrível!
– Mas isso é impossível- disse Edward.
Ele sorriu e foi se aproximando de mim lentamente, até que nossos lábios se tocaram. Foi somente um selinho, mas me fez voltar à vida. E eu senti seus braços ao redor do meu corpo.
E os dias foram se passando e Edward ia à minha casa algumas vezes, eu só sei que quando eu percebi, estávamos namorando com a permissão dos meus pais.

Aquilo era muito estranho, pois eu nunca havia namorado. Meu pai, mesmo tendo dado permissão para que namorássemos, foi bem antigão: Edward só podia ir lá em casa às terças, quintas e finais de semana, das seis até as oito da noite. ARG! Mas eu não reclamava, agradecia a Deus que Charlie tivesse dado permissão, eu pensava que ele só me deixaria namorar com uns trinta anos! Kkkk

Edward estava sendo bem paciente, o que provava que ele realmente sentia algo por mim. Apesar de ele ser um ‘pegador de carteirinha’, nunca havia namorado sério uma garota, então estávamos aprendendo a fazer isso juntos (ooown que fofo *-*). Nossa sorte era que muitas vezes minha mãe e meu pai iam para a casa de minha avó, Maria, então ficávamos somente Ed, Jake e eu em nossa casa, aí meu querido irmão ia para o computador jogar e nos deixava a vontade.

Aquilo parecia um sonho, do qual eu não queria acordar tão cedo!