Aishiteru... escrita por YueHong


Capítulo 1
Capitulo Único


Notas iniciais do capítulo

Obrigada por estar disposto(a) a gastar seu tempo lendo este texto. Qualquer erro, crítica ou sugestão, estamos aqui.



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"Aishiteru..."

O japonês falou aquela palavra tão rapido que Yao pensou não ter entendido direito, até porque ele havia falado em sua língua o que dificultava a compreesão.

"Co-Como? Eu... Eu acho que não entendi..."

Kiku suspirou, estava tão nervoso, suas mãos tremiam, seu rosto estava corado, - Um belo tom de vermelho, o chinês chegaria a pensar- e não tinha coragem de olhar nos olhos de Yao, por isso preferia olhar para um ponto qualquer no chão, mas não podia guardar aqueles sentimentos por mais tempo. Mesmo que não fosse correspondido, mesmo que chinês o odiasse, ele tinha de dizer aquilo.

"Eu disse que gosto de você." Finalmente, levantou a cabeça e encarou o mais velho. "Eu... Eu disse... Eu disse que te amo."

Yao não pode deixar de ficar surpreso, seus olhos se arregalaram no mesmo momento que sua respiração quase parou e seu coração quase deu um salto. "Você... me ama...?" Naquele momento o chinês esqueceu de tudo, daquela festa de Natal idiota, - Da qual fora forçado a participar por um certo americano- de todas aquelas nações, da música que ainda poderia ser ouvida mesmo estando distante. Esquecera de tudo, a única coisa que importava era aquele japonês ali na sua frente.

Kiku apenas afirmou com a cabeça e voltou a encarar o chão. Não esperava que fosse se declarar a Yao naquela noite. Porém não pode se segurar ao ver Ivan segurando o pulso do sínico querendo forçar este a dançar consigo. Aquilo fora demais, afinal sempre tivera ciúmes do russo. Então, levantou-se da mesa onde estava com Feliciano e Ludwig, surpreendendo estes, e seguiu em direção aos outros dois, e pediu o mais educamente que conseguira para o chinês vir falar consigo. E agora estava ali, pagando o preço por agir sem pensar.

Yao não sabia o que dizer, não é como se não gostasse do japonês, apenas não tinha certeza se o amava da forma que este queria. Olhava pra ele pensando em tudo o que haviam passado, desde o primeiros dias depois de encontrá-lo na floresta de bambus, até nos dias mais terríveis da guerra. Yao ainda gurdava todas as lembranças consigo, de todos os momentos com aquele japonês. Sabia desde o dia que o encontrou que estavam ligados de uma maneira especial, por isso não hesitou em cuidar daquele menino como um irmão.

Irmão... Será que esta palavra estava realmente certa? Depois da guerra a relação entre os dois mudara, Yao não conseguia mais ver Kiku como um irmão, mas era estranho porque ainda queria estar perto, cuidar dele, como sempre fizera. A cada dia que passava, sua mente se enchia de pensamentos sobre o nipônico, e seu coração batia um pouco mais forte sempre que o via em alguma reunião... Sempre pensou que fosse apenas nervosismo.

Os anos foram passado, e parecia que as relações sino-japonesas começavam a melhorar. A cada dia se aproximavam mais, trocavam mais palavras e até mesmo mais olhares. A cada olhar Yao percebia que Kiku estava diferente, estava crescendo, estava ficando mais... Bonito. Ah, toda vez que pensava nisso um tom avermelhado surgia em sua face. Mas não era só a beleza física que atraía o chinês, era o jeito dele falar, -Uma voz tão melodiosa!- seu jeito tímido de sorrir , seu lado teimoso, determinado, tudo no japonês começava a lhe chamar a atenção. Não havia mais dúvidas.

Yao encarou o nipônico por mais alguns segundos, esboçou um sorriso ao vê-lo envergonhado, -Fofo- e aproximou-se . Assim que estava perto o suficiente, levou uma das mãos até o rosto dele, fazendo-o olhar para sí um tanto surpreso. Ah, aquele rosto estava tão lindo naquele momento. Aquele rosto é lindo!

O sorriso de Yao se alargou, quando ele acariciou o rosto de Kiku levemente com o polegar, fazendo o japonês corar mais. O chinês admirou-o. Admirou aqueles cabelos, aquela pele, aqueles olhos, aqueles lábios. Sim aqueles lábios rosados, tão perfeitos! Continuou a admirá-los, aproximando sua face da do nipônico, para supresa e até satisfação deste. Não perceberam, mas em poucos segundos, estavam há apenas alguns milímetros de distância um do outro. Kiku fechou os olhos sentindo a respiração de Yao contra seu rosto, era agradável. E Yao apenas o admirou mais, enquanto encostava seu nariz no do japonês, sentindo um leve arrepio de antecipação. Repetiu aquele movimento mais um vez, antes de finalmente encostar seus lábios nos do mais novo. Fora um leve toque, mas logo o chinês aproximou-se mais uma vez, tornando o toque um pouco mais intenso, mexendo os lábios sobre os de Kiku, movimento que fora correspondido e ficando mais intenso até que os dois asiáticos estavam envolvidos em um beijo. Um beijo casto que fora se trasformando a medida que o chinês abriu um pouco a boca e passou a língua sobre o lábio inferior do japonês que prontamente respondeu o ato, dando permissão para que o mais velho adentrasse sua boca e a explorasse avidamente. As línguas começaram a se entrelaçar no mesmo instante que Yao levou as suas mãos até a cintura de Kiku puxando-o para mais perto. E por querer estar mais perto, o nipônico envolveu o pescoço do chinês com os braços enquanto suspirava.

Aquele contato durou por mais alguns segundos, até que a falta de ar falou mais alto e os dois foram obrigados a separar seus lábios para enfim conseguir respirar. Ambos estavam um tanto ofegantes. Kiku fechou os olhos tentando recuperar o felêgo, enquanto Yao voltou a admirá-lo. Subiu a mão esquerda até o queixo do japonês, fazendo este abrir os olhos e olhar para si, e disse a única coisa que vinha na sua mente naquele momento.

"Wǒ ài nǐ..."


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Notas finais do capítulo

Aishiteru: Eu te amo, em japonês.
Wǒ ài nǐ: Eu te amo, em chinês.

Espero que não tenham se arrependido de gastar seu tempo lendo isso. Enfim, obrigada mais um vez por ler.



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