POV. Angie

Tudo estava desmoronando aos poucos. Agora que Federico havia me incentivado a viver um novo amor acontece isso com ele, eu estava a ponto de explodir. O doutor nos olhava aguardando uma resposta, olhei para German em forma de súplica, como se fosse para ele me socorrer, ele me entendeu e como está de "fora" do problema consegue pensar em uma alternativa melhor.

– Podem fazer a cirurgia - disse German passando segurança - As probabilidades de ele sair recuperado dessa cirurgia são maiores do que a falência correto? - perguntou curioso.

– Sim - afirmou o doutor - As probabilidades de sobrevivência são maiores que as de falência, mas devemos deixar tudo muito claro Sr..

– German, me chamo German - disse German - então podem fazer a cirurgia.

– Sra. Angeles, pode assinar? - questionou-me.

Apenas assenti e assinei o documento em cima de sua mesa. Agora nos restava aguardar o resultado da cirurgia, e espero que meu filho saia dessa. A noite seria longa ali, Naty chegou alguns momentos depois e pediu para ficar. German me fez voltar para casa para descansar, coisa que não queria, mas acabei cedendo porque estava há muito tempo ali sem comer e sem dormir e isso me faria mal.

Chegamos em casa e German foi super atencioso comigo.

– Qualquer coisa que precisar, estou a disposição Angie - disse com meio sorriso - Vou para casa, tenho que pegar a Lari na casa de uns amigos.

– Certo - disse com um sorriso torto - E Obrigado German por tudo, eu, nem sei como agradecer o que está fazendo por mim e pelo meu filho.

– Fique tranquila Angie - sorriu - Eu faço isso porque além de ser da minha família, eu te gosto muito - disse aproximando-se de mim.

– Ok, você é - ele não me deixou terminar e me beijou, eu estava frágil, estava sim, mas eu queria muito aquele beijo, esperei muito por ele, afinal, faziam meses que minha irmã tinha falecido, e eu descobri uma paixão, ou melhor um sentimento grande pelo German, não sei o que me deu, algumas vezes pensava Você está traindo Maria, Você está traindo Violetta. Isso não me saia da cabeça, mas eu correspondi, e por alguns momentos me senti feliz, e completa. Terminamos o beijo ofegantes. E eu ainda tentava entender o que aconteceu ali quando ele me despertou de meus pensamentos.

– Perdoe-me Angie, eu não queria abusar do seu momento triste. - Ele parecia arrependido - Eu não devia ter feito isso, isso foi um erro.

Eu o olhei com desgosto e não esperei dizer nada, adentrei na casa que tinha comprado recentemente, que era próxima a casa de German, e bati a porta com força em sua cara. Isso não é coisa que se diga quando dá um beijo em alguém, não mesmo. Eu já não estava bem por Federico e ainda juntou essa de German, e fiquei pior, como se pudesse ficar pior. Depois dessa só queria cama, fui até meu quarto e desabei.

–

POV. German

O que me deu para beijar Angie no momento mais frágil de sua vida? E ainda pior foi o que disse depois desse beijo, ela o esperava ha muito tempo, mas eu não estava pronto, então não lhe beijava, e agora, coloquei tudo a perder, com certeza não vai querer me ver por um bom tempo. Mas, eu não fiz certo mesmo, ela estava mal por Federico e eu beijá-la só piorou as coisas. Fui para casa derrotado pelo cansaço e pelos últimos acontecimentos, não consegui comer nada e fui para o meu quarto, a noite será LONGA.

–

POV. Vargas

Castillo estava péssima pelo estado de seu primo Federico, e percebi que ela não conseguiria ficar sozinha, Naty ficaria para ter notícias e prometeu avisar assim que as tivesse. Levei Castillo a sua casa e no caminho não trocamos uma palavra sequer.

– Castillo, você vai ficar bem? - perguntei me aproximando dela. Vi seus olhos marejarem e entendi que não.

– Vargas, pode dormir aqui? - falou num fio de voz - Eu..Eu... não vou conseguir ficar sozinha.

– Tudo bem Castillo, eu fico. Se é para te fazer bem, não me importo.

Entramos em sua casa que estava silenciosa, com certeza tanto seu pai como Lari estariam dormindo. Subimos até seu quarto e rapidamente deitamos em sua cama, a mesma me abraçou como se quisesse esconder-se do mundo em meus braços e como se isso fosse possível, e chorava amargamente, seu primo era importante demais para querer evitar o choro, não lhe disse mais nada, sabia que não seria o suficiente. Ficamos ali por algum tempo até adormecermos juntos.

–

POV. Camila

Broadway me perseguiu hoje o dia todo, eu lhe dei vários chega pra lá, mas ele não se toca mesmo, acha que depois de tudo que me fez, vou esquecer, e ficar com ele, coitado, só pensa, e hoje a Violetta não veio, que amiga ela é viu, Francesca veio mas estava mais pra lá do que pra cá, seu mundinho estava girando em torno de quem? Isso mesmo do Marco. Ela não parava de o encarar e isso estava estranho, no começo até pensei que ela queria vingar-se de Diego, mas depois vi que na verdade estava muito interessada no garoto, e o mesmo a retribuía os olhares, por vários momentos tive que chamar, ou melhor gritar seu nome para se concentrar em mim. As vezes ela me irrita, eu sou sim carente de atenção, mas isso porque tudo que vivi no passado me fez ser assim, a dor era minha companheira até descobrir a amizade de Fran, e agora ela meio que me troca pelos namorados. Tá bom estou exagerando, mas é por uma boa causa, não quero que ela sofra novamente, ela é uma irmã para mim. Estava muito distraída em meus pensamentos e então recebo um sms anônimo.

" Boa Noite Cami, por favor me encontre na praça em frente ao colégio amanhã às 16h garanto que não vai se arrepender, EU TE AMO a cada dia mais, e sei que pode parecer esquisito, mas não sei viver sem você.

Bye

Seu admirador Secreto"