Coincidências - Fremione escrita por Calíope


Capítulo 20
Vigésimo


Notas iniciais do capítulo

Dedicando o capítulo à Anna Diva, perfeita, linda que recomendou a fic ♥

Aviso: Retirem as crianças da sala antes de lerem, cenas inadequadas para menores de 16 anos. Obrigada. *PLIM*



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POV Hermione

Ver Fred tão fragilizado assim, me fez repensar meus atos. Fiquei parada na escada, assistindo ele se afastar. Peguei na maçaneta da porta do quarto de Ginny, o metal frio me acordou do transe que estava, e girei-a.

–Hermione? Eu ouvi você gritando. O que aconteceu?

Demorei um tempo para perceber que ela falava comigo.

–Um sapo, na cozinha.

–Só isso?

–Só.

–E por que está assim, tão estranha?

–Eu estou só cansada. Pelo visto, não sou a única.

Apontei para Luna, que estava desmaiada em seu saco de dormir. Ela dormia com a boca aberta, e uma linha de baba escorria pelo seu queixo.

–Acho que vou pegar um babador.

Ginny riu, mas eu não a acompanhei. Apenas esbocei um sorriso.

–Hermione, você está realmente estranha.

Fingi um bocejo.

–Só estou cansada, já disse.

Ela deu de ombros. Me deitei em meu saco de dormir, mas estava longe de conseguir dormir. Observei Ginny se deitar e apagar rapidamente, senti inveja. Minha cabeça estava a mil, imagens passando rapidamente, como um slide de fotos. Por que Fred gosta de mim? O que ele viu em mim, que as outras garotas de Hogwarts não têm? Bom, certamente várias coisas, mas nenhuma delas positiva, a não ser que você considere ser uma rata de biblioteca com cabelo de vassoura uma coisa positiva. Percebi que assim, não conseguiria dormir. Comecei a pensar em Vitor. Eu podia jurar que suas mãos macias, estavam passando pelos meus braços neste momento, deixando um traço de arrepios para trás. Um forte calor me abraçou, e durante um segundo, eu esqueci que ele tinha terminado comigo, esqueci de Fred, esqueci de tudo.

Olhei a minha volta, estava em Hogwarts novamente. Minhas pernas tomaram vida própria e começaram a andar por aí, mesmo eu não tendo a mínima ideia de onde elas me levariam. Reconheci uma série de quadros e imediatamente me dei conta de onde estava: corredor do sétimo andar. Parei bruscamente e apareceu uma porta à minha frente. Estiquei a mão para pegar na maçaneta e girei, dando de cara com uma sala que parecia ter saído de um filme pornográfico. Era toda vermelha, com uma cama no centro. Os lençóis de seda eram convidativos, e havia uísque de fogo numa mesa ao lado.

–Demorou bastante, linda.

Olhei para o lado, assustada por reconhecer aquela voz.

–O que foi? O que houve de errado?

Enfim meus olhos focaram um ruivo alto, sem camisa, apenas com uma calça de moletom azul. Observei seu tronco de cima a baixo, e tive que me segurar para permanecer quieta.

–Eu... Fred?

Ele sorriu e se aproximou de mim, pegando minhas mãos com uma delicadeza que nunca pensei que fosse ver em algum indivíduo do sexo masculino.

–Algum problema?

Ele se inclinou para beijar o peito das minhas mãos. Seus lábios gélidos contra minha pele ardente, me fez estremecer. Ele se aproximou mais, e me tomou nos braços com calma. Ergueu meu rosto e colou seus lábios aos meus. Eu não sabia definir que cheiro ele tinha, era algo como chiclete de uva. Sua língua invadia minha boca, em busca de espaço, e começamos a travar uma guerra pacífica ali mesmo. Ele se afastou rápido demais, me deixando ali, apenas a arfar. Me pegou nos braços fortes e me levou até a cama. Tornou a me beijar enquanto suas mãos, ágeis, tiravam minha camisa. Quando enfim conseguiu realizar a façanha, começou a beijar meu pescoço, deixando ali, marcas de mordidas e chupões. Eu estava paralisada, em meio às sensações que experimentava pela primeira vez. Ele aproximou sua boca da minha orelha, mordiscou meu lóbulo e em seguida, soprando seu maravilhoso hálito quente, disse calmamente:

–Eu te amo.

Eu devo ter feito algum barulho durante o sono, porque Ginny e Luna me observavam curiosamente, enquanto eu tirava da cabeça o sonho profano que acabara de ter.

–O que foi?

Elas pareciam sufocar o riso.

–Nada.

Luna se levantou e ficou de frente para o espelho.

–Oh Fred, me possua! Oh, mostre-me sua maior varinha! OH FRED!

Meus olhos se arregalaram e corri para tampar a boca da loira, que gritava a plenos pulmões.

–Cale a boca. O que é isso?

–Você praticamente teve um orgasmo, Mione. E ficava murmurando “Fred, oh Fred” o tempo todo.

Eu senti minhas bochechas mais quentes do que nunca.

–O quê? Eu não...

–Hermione, não negue. Nós vimos.

–Ou ouvimos.

–Calem a boca, vocês duas.

–Então, diga-nos, o que exatamente você estava sonhando?

Minhas bochechas esquentaram ainda mais, se isso for possível.

–Ah Merlin! Hermione estava tendo sonhos eróticos com meu irmão!

Ela e Luna começaram a rir e saltitar por todo o quarto.

–Shhhh! Eu não estava tendo sonhos eróticos com ninguém!

–OH FRED, ME POSSUA, PENETRE-ME COM SUA VARINHA! OOOOOH!

–Calem a boca!

–Só se você confessar. OOOH FRE...

–Tá bem! Eu tive um sonho “picante” com o Fred.

Elas trocaram sorrisos maliciosos.

–Então você gosta dele.

–Não! Quer dizer, eu não sei...

–Como assim não sabe, garota? Está mais do que claro que você gosta dele!

–Eu achava que não, mas depois do que ele me disse ontem... Ah, eu não sei.

Elas arregalaram os olhos e os maxilares quase tocavam o chão.

–O que ele disse ontem?

Percebi que tinha falado demais.

–Ah, nada demais...

–Hermione Granger, se você não me contar agora, eu faço a Luna voltar a gemer!

–Tudo bem! Ele me disse que realmente gostava de mim, e que não era uma mentira. E ele... Ele me beijou.

–AAAAAAAAAAAAAH MERLIN! Eu tenho a melhor cunhada do mundo!

Ginny e Luna se abraçavam, felizes. Faltava só começarem a chorar.

–Oh Ginny, nossa menininha cresceu!


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Notas finais do capítulo

A Sala Precisa V-O-L-T-O-U!