Me Apaixonei Por Uma Estrela escrita por Nataly Souza


Capítulo 40
Capítulo 39


Notas iniciais do capítulo

"Os pequenos detalhes são sempre os mais importantes." (Sherlock Holmes)



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– Henry Montez, não é? Boa escolha. Ele é um cara muito legal. – Stuart falava comigo, mas olhava para o rapaz isolado.

– Sim, eu sei. – eu não estava confortável falando sobre a minha paixão por um cara de uma boyband para dois completos desconhecidos. – Bom, acho que vou indo. Não quero perder o show. Obrigada. – enquanto falava caminhava em direção à porta.

– Tchau, menina. Boa sorte com o seu amor. – Stuart sorria para mim, nem parecia aquele homem que há pouco tempo nem olhova em minha direção quando entrei na lanchonete. Sorri de volta.

Estava quase saindo de lá, quando me virei para dar uma última olhada para o rapaz isolado. Ele estava me olhando e antes que eu pudesse sair disse:

– Hm, você não gostaria de beber alguma coisa? – Aquela voz, aquela voz. Eu conhecia. Só não conseguia lembrar de onde. Droga!

– Você está falando comigo? – apontava o dedo para a minha própria direção, enquanto tentava lembrar de onde conhecia a sua voz.

– Bom, acho que sim. A não ser que Stuart também queira beber algo. – ele falava ironicamente e isso me fez sorrir. Olhei para Stuart que me deu um sorrizinho e acabei indo em direção ao rapaz isolado. Assim que cheguei em sua mesa ele me fez um sinal com a mão para eu me sentar. Sentei. Por um tempo ficamos em silêncio enquanto Stuart trazia uma garrafa de água sem gás para mim. Tentava olhá-lo para saber se o reconhecia de algum lugar, mas o excesso de casacos mais um gorro com o capuz do agasalho por cima da cabeça não me permitiu ver alguma coisa. Tentei olhar para suas mãos, não sabia como reconhecer alguém pelas mãos, mas mesmo assim algo me dizia para olhar para as mãos do rapaz isolado. Primeiro olhei para a mão direita. A que segurava o copo de whiskey, porém não encontrei nada ali que pudesse me lembrar alguém. Depois me virei para a mão esquerda dele, mas antes que eu pudesse vê-la Stuart colocou a garrafa de água na frente, o rapaz percebeu o que eu estava tentando olhar e tirou a mão da mesa, colocando-a dentro do bolso de um dos seus mil casacos que estava usando.

– Aqui está sua água, mocinha. – disse Stuart.

– Obrigada. – sorri

– Vocês querem mais alguma coisa? – perguntou Stuart olhando para nós dois. O rapaz isolado olhou para mim e ao ver que eu mexi a cabeça negativamente disse a Stuart que estávamos bem e que qualquer coisa chamavamos ele. Mais uma vez aquela voz me intrigou. A cada nova palavra sabia que eu o conhecia.

Ficamos sem falar nada, enquanto eu tomava minha água e ele bebia o seu whiskey. Fiquei olhando-o por um bom tempo, mesmo sem conseguir ver muita coisa, imaginava o quanto ele era bonito, mas também o quanto estava magro, pois até com o tanto de casacos que ele usava ainda assim parecia pequeno demais e frágil. Ele me pegou o olhando assim que levantou a cabeça. Depois olhou para a minha mão e apontou com a mão direita, ainda não havia tirado a esquerda do bolso, para a minha água.

– Você não bebe? - A voz.

– Não. – disse eu olhando para a minha garrafinha.

– Por quê? Não gosta? – Caramba. Eu conhecia essa voz.

– Ah, porque eu me prometi que não beberia. Nunca. – disse eu dando de ombros.

– Algum motivo específico? – pelo tom de voz dele, ele parecia mesmo interessado na conversa.

– Bom, meus dois avós morreram por causa da bebida, tive um tio que bebia demais e dava muito trabalho para a minha vó materna e conheço muitos amigos e familiares que vivem em função do alcoól, então decidi que já tive muitos exemplos ruins para querer beber. – Ele ficou um tempo em silêncio, sem dizer nada e depois colocou seu copo de whiskey de lado e chamou Stuart.

– Pois não? – Stuart agora parecia brincar de garçom conosco. Eu ri.

– Hm, você poderia me trazer uma garrafa de água igual a da... – ele parou por um tempo, me olhou e – perdão, qual é o seu nome?

– Luna. – respondi.

– Sim, sim. Igual o da Luna, por favor. – Stuart assentiu e foi pegar a água do rapaz isolado.

– Não está mais a fim de beber? – perguntei.

– Na verdade, eu adoro beber, mas por respeito a você irei beber água. – sorri, aquele menino que mal me conhecia estava bebendo água por minha causa, porque eu não gostava de beber.

– Bom, obrigada. – afirmei meio perguntando.

– Não há de quê – mesmo sem conseguir ver o seu rosto, pude perceber que estava sorrindo.

Stuart colocou para tocar uma música do Elton John chamada Nikita, era velha, muito velha na verdade, mas minha mãe escutava tanto em casa que eu acabei gostando. Comecei a cantarolar o refrão e o rapaz isolado acabou reparando.

– Você conhece essa música? – ele me perguntou curioso.

– Sim, minha mãe costuma a ouvir algumas músicas como essas e eu acabo gravando as letras das que gosto.

– Legal! Nunca conheci alguém da nossa idade que gostasse de Elton John – ele ficou pensativo por uns tempos e depois disse algo baixinho, não consegui entender, mas eu ouvi algo como: “muito menos ela”.

– Desculpa, não ouvi o que você falou. – me inclinei um pouco mais perto dele para tentar ouvir melhor. Ele se inclinou em minha direção, chegando perto do meu ouvido.

– Esquece, besteira. Quer dançar? – ele voltou para trás e agora o seu rosto estava mais perto do meu, mesmo sem conseguir ver totalmente seu rosto, pude ver que ele tinha uma barba por fazer e ele ria, uma risada tão gostosa e tão barulhenta quanto a do Henry. Sorri e assenti. Ele pegou minha mão e levantamos, indo em direção ao lado vazio da lanchonete. Ele colocou suas mãos em minha cintura e eu minhas mãos em seu ombro e dançamos ao som de Nikita do Elton John.

Oh Nikita you will never know, anything about my home

I'll never know how good it feels to hold you

Nikita I need you so

Oh Nikita is the other side of any given line in time

Counting ten tin soldiers in a row

Oh no, Nikita you'll never know


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Notas finais do capítulo

Sugestões/Críticas/Elogios: mnatalycs@hotmail.com

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Te vejo no próximo Capítulo,

xx



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