Hello, Goodbye escrita por Vitor Matheus


Capítulo 8
1x08 - Love, Love, Love


Notas iniciais do capítulo

Hoje só tem amor na fanfic! Mas tem espaço pra perdões e reviravoltas na trama. Espero que gostem, eu A-D-O-R-E-I ter feito esse capítulo!

Uma ótima leitura e comentem no final :) A propósito, escutem a música "Tell Me That You Love Me" da Victoria Justice enquanto leem o capítulo. Recomendo também "All You Need is Love" dos Beatles na versão Glee!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/450424/chapter/8

POV Finn

Apesar de não ser a hora nem o momento, acabamos nos declarando meio que sem querer. Depois que eu revelei meu medo de perdê-la por dinheiro, Rachel simplesmente disse que me amava do jeito que eu era (e sou ainda!), e eu apenas retribuí o favor dizendo que a amava também. Aí vai uma retrospectiva:

– Mas quem disse que dinheiro importa pra mim? Finn, só quero que saiba que eu te amo do jeito que você é. E eu nunca me afastaria de você só por causa disso.

– Valeu, Rach. E... sério que você me ama?

– Com a maior das certezas, Finn. Desde que você me fez aquele pedido de desculpas. Eu não sabia, mas dentro de mim você já estava fincando raízes.

– Interessante, pois eu também te amo.

– Jura? - Ela perguntou, ajeitando os cabelos para o lado. Naquela hora tanto ela como eu já estávamos com um largo sorriso no rosto.

– E eu também me apaixonei por você desde aquele dia. Lógico que eu também não sabia direito o que sentia, mas tive essa certeza no nosso 'encontro'. - Respondi.

– Então prove. Diga que você me ama. De novo. - Ela sugeriu, se levantando de onde estava e ficando na minha frente.

Me levantei, a abracei bem forte e sussurrei no seu ouvido:

– Eu te amo, Rachel Berry. De um jeito que eu nunca poderia imaginar. - Nos soltamos, e depois eu voltei a falar: - Agora é a sua vez.

– Eu não preciso sussurrar no seu ouvido. Porque eu te amo de verdade, Finn Hudson. De uma forma inimaginável.

– Vem cá, Rach. - Puxei ela para perto de mim e então nos beijamos mais uma vez.

Confesso que estava sentindo falta daqueles lábios macios e sedutores, então aproveitei cada segundo daquele beijo e aprofundei ainda mais. Rachel já estava com suas mãos em meu pescoço, até que o ar se fez necessário e tivemos que nos separar.

– Mas... e agora? O que você vai fazer, Finn?

– Não sei. Talvez arranjar um emprego temporário. Claro que eu ainda tenho muito dinheiro, mas quero prevenir pra não remediar depois.

– Se você quiser, eu posso te ajudar a carregar as coisas do seu camarim.

– Acho que um homem como eu pode fazer isso sozinho, Rachel.

– Nada disso. Agora que eu sei que você me ama, quero te ajudar no que for preciso.

– Se quer me ajudar, me arranja um emprego. Ficarei agradecido pelo resto da vida.

– Tá, vou ligar pra Cassandra. Vai lá, Finn. Sei que vai ser difícil tirar suas coisas daqui.

– Então tá. Te amo, Rachel. - Eu disse, enquanto abria a porta. Antes de sair, a surpreendi com outro beijo e depois saí correndo pro meu camarim, retirar minhas coisas.

Infelizmente o canalha imprestável do Artie estava me esperando lá. De início não me importei, e tentei pegar minhas coisas. Bom, eu tentei, pois o Artie não me deixou em paz.

– O que você quer? Outras reclamações sobre seu caráter ou um pontapé? - Ameacei.

– Antes de mais nada, eu vim em paz. - Ele soltou um suspiro pesado e voltou a falar. - Pensei no que você disse. Sabe, sobre o roteiro ser uma droga e eu ser um canalha e tal.

– E... - Arregalei meus olhos e arqueei as sobrancelhas.

– Eu quero mudar, Finn. O roteiro, a minha vida... Só que a imprensa torna tudo isso impossível.

– Tá, mas precisava vir ao meu camarim e impedir que eu fosse embora?

– Precisava. Na verdade, precisa. Quero que você faça suas sugestões sobre o roteiro e eu aceitarei todas. E eu também vou pedir ajuda pra Rachel em questões... amorosas.

– Se você quer uma namorada, vai procurar a garota certa. Rachel é uma expert.

– Mas, e aí? Topa ser o roteirista desse filme?

POV Marley

Depois que Rachel e Finn se trancaram no camarim, não os vi mais. Já que as gravações estavam paralisadas por causa deles, resolvi ir pra casa. Mas Ryder veio e me segurou antes.

– Marley, precisamos conversar.

– Tá, mas tem que ser aqui no estúdio?

– Vamos lá pro meu apê. É seguro, coisa rápida.

– Tá bom.

Fui com ele até seu apartamento. Chegando lá, a situação não estava nada perfeita: tudo bagunçado.

– Seu apê já é meio démodé, e agora você conseguiu transformá-lo no guarda-roupa das Crônicas de Nárnia! Como consegue esse feito, Ryder?

– Não sabia que você achava meu cantinho démodé.

– Escondi esse tempo todo. - Me acomodei no sofá da pequena sala de estar, e ele se sentou ao meu lado. - E então, qual é o assunto?

– Aquele que deixamos em aberto. Nosso relacionamento.

Resolvi ativar meu “modo sonsa” pra evitar problemas. Ativando esse modo, pareço até uma burra recalcada.

– Claro, continuamos amigos. Como sempre, Ryder.

– Não esse relacionamento. Aquele onde duas pessoas comuns acabam se apaixonando.

– Agora você desligou meu “modo sonsa”.

– Não desvia do assunto, por favor. Será que eu tenho alguma chance?

– Você não teria há alguns dias atrás. Mas... é complicado, Ryder. Tem a imprensa, a família e tal...

– Ah tá, como se eu não tivesse falado com as nossas famílias para que elas fizessem pressão sobre nós dois!

– Então foi isso que aconteceu! Espera... - Minha mente ficou bem mais clara. - Então essa paixão não é de hoje?

– Não mesmo, Marley. E então... - Ele se ajoelhou aos meus pés e tirou do bolso uma caixinha.

– Se for casamento, eu me recuso! - E é por isso que eu me considero burra.

– Sossega, Marley. Eu só quero te pedir uma coisa... - Ryder abriu a caixinha e dentro tinha um cordão e um pingente em formato de coração. Do nada comecei a chorar. - Quer namorar comigo, Marley Rose?

– Não sei o que dizer... - Tentei enxugar minhas lágrimas, porém só vinham mais e mais. Meu melhor amigo estava me pedindo em namoro! Claro que eu também gostava dele, e eu sabia que com o tempo iria aprender a amá-lo. Então, pensando nesse e em todos os outros motivos, só pude falar uma palavra. - Sim.

– Sim?

– Sim, eu aceito ser sua namorada! Mas não me faça chorar de emoção, tô quase criando o Rio Tâmisa!

– Isso é tudo o que eu queria ouvir. - Ele então colocou o cordão no meu pescoço e surpreendentemente me beijou mais uma vez.

Não pude negar seu pedido, e correspondi ao beijo. Foi tão... Mágico, perfeito, do jeito que eu imaginava que seria, mesmo não sendo o primeiro. Estava tão intenso que o ar faltou, e tivemos de nos separar. Ainda ficamos nos encarando por um tempo, até que Ryder quebrou o silêncio.

– Só quero que você saiba que eu te amo, Marley. E sempre vou te amar.

– Eu... Estou sem palavras pra descrever o que sinto por você, Ryder. Mas eu também te amo. - Antes de mais nada, eu não queria magoá-lo, então disse isso. Claro que ainda me sinto confusa, mas é a vida.

– Então... Vamos assistir alguma coisa? - Ele voltou a se sentar do meu lado e ligou a TV. Ficamos assistindo “Revenge” até eu perguntar:

– Você acha que aquele problema com o Finn é tão sério assim?

– Bom, não é todo dia que se vê um ator chamando o diretor de 'canalha'. Talvez ele nunca se recupere diante da mídia. E a Rachel? Você sabe o que ela fez?

– Ela disse que não fez nada, pois aprendeu a ficar calada. Mas dava pra perceber que ela estava abalada com tudo o que aconteceu naquela reunião.

– Se bem que Finn realmente tem razão. Aquele filme estava uma porcaria. Tão sem sentido, e com histórias nada impressionantes.

– Também concordo. Como você acha que deveria ser o filme, Ryder?

– Deveriam reformar todo o roteiro e fazer algo mais romântico, emocionante e quem sabe, competitivo.

– Então você ainda não perdeu a mania por competições!

– É algo que de um jeito ou de outro será transmitido para os meus filhos. - Comecei a rir histericamente e dei um soco de leve em seu braço. Ryder retribuiu e logo estávamos rindo e nos beijando naquele sofá. Mas não aconteceu nada demais, tenham calma.

POV Rachel

Cerca de uma hora depois que o Finn saiu do meu camarim, eu já havia ligado para a Cassandra e consegui um emprego numa daquelas lanchonetes onde os garçons cantam no meio do expediente. Pagava o suficiente pra ele sobreviver. Assim que desliguei o telefone, Finn e Artie entraram no meu camarim sem aviso.

– O que você ainda faz aqui, Finn? - Me virei pro Artie e voltei a falar. - E o que VOCÊ faz aqui?

– Calma, Rachel. Bom, eu ainda estou aqui porque... Eu não vou embora.

– SÉRIO? - Corri para abraçá-lo. Depois de um pigarro forçado de Artie, acabei me afastando. - Mas como você voltou?

– Finn tinha razão, Berry. O filme estava horrível e eu sou horrível.

– Pelo jeito alguém descobriu a América hoje. - Ironizei.

– Enfim, o Artie agora quer que eu reescreva todo o filme com a ajuda do elenco inteiro. - Finn explicou, e depois de ter matado uma mosca com as mãos, o que é relativamente impressionante, voltou a falar. - E esse cara aqui do lado quer que você o ajude a encontrar uma namorada.

– Vai ser uma tarefa difícil para Rachel Berry. - Ironizei de novo, e os dois se limitaram a um breve riso. - Difícil, mas não impossível. Na verdade, a “rádio corredor” já comentou que tem gente te olhando pelos bastidores.

– Jura? Quem é?

– Não sei se você conhece muito bem, mas é a Kitty.

– Espera aí. Como assim, a “rádio corredor”? - Artie interrogou. Agora ferrou, teriam que acabar com os papinhos pra sempre. Resolvi jogar a bomba.

– Todo dia, quando eu passo pelos corredores, vejo algumas atrizes e até os funcionários fofocando sobre a vida do povo do estúdio. Dia desses eu escutei uma dessas conversas e descobri que a Kitty tem uma queda por você desde que se formaram no colégio. Agora que se encontraram novamente, seus sentimentos voltaram. Claro que a Santana fez o favor de acabar com os sonhos dela dizendo que você tem um coração que é mais frio que a música da Paula Abdul.

– Tá, isso é um fato. Admita, Artie. - Finn se virou para o diretor e abriu um sorriso sarcástico, daqueles que só ele sabe fazer. Ele ainda vai me deixar doida de amores por esses sorrisos...

– Já que, como vocês dizem, a Kitty Wilde gosta de mim, acho que posso dar uma esperança pra ela. Será que dá pra me ajudarem a conquistá-la?

– Sinto muito, Artie. Mas eu já estou ocupada bancando o cupido para a Santana. - Respondi, contra a minha vontade. Claro que eu queria ajudá-lo depois de todo aquele papo, mas a vida é injusta logo comigo.

– Então eu vou te ajudar, Artie. Conheço mulheres mais do que a mim mesmo. - Finn se prontificou a ajudar o novo amigo.

– Conhece tanto que quase atirou uma na lama e terminou com outra três dias depois de iniciar o relacionamento. - Eu ironizei, me referindo a mim mesma e a sua outra namorada rápida, Nathalia Ramos.

– Dá pra focar em mim, pessoal? - Artie chamou a atenção de nós dois.

– Dá, mas agora eu tive uma brilhante ideia para o roteiro. E se a história fosse sobre um cara que quer conquistar o coração de sua colega de trabalho até a meia-noite da virada? É algo inédito, e ainda pode ser mantido o mesmo título!

– História apoiada, Hudson! - Artie deu um tapinha nas costas de Finn e logo os dois saíram do meu camarim. Antes que Finn fosse embora, o chamei:

– Espera, Finn!

– O que foi, Rachel?

– Só quero que você se lembre disso. - E então eu o beijei novamente. Dessa vez foi feroz, louco e intenso. Finn correspondeu na hora e depois nos separamos devido ao ar que faltou. E enfim voltei a dizer: - Pense em mim todo dia. Porque eu farei o mesmo.

– Como não deixar de pensar no amor da minha vida?

– Ai, que fófis! O casalzinho se acertou! - Santana apareceu e ironizou.

– De qual guarda-roupa* você surgiu, garota? - Eu rebati a ironia.

– Não importa, Berry. Pensei que você iria me ajudar a conquistar meu amor...

– É pra agora, querida. Se dirija ao seu camarim, já tô indo.

– Então a Santana está apaixonada?

– Pelo Jake Puckerman. Preciso ajudá-la. Mas saiba que eu te amo, Finn. - Dei um rápido selinho nele e saí correndo.

– Eu também te amo, Rachel! - Ele gritou pra todo o corredor ouvir. Louco, por sinal. Mas é o meu louco.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Deu pra perceber porque o título desse capítulo é "Love, Love, Love"? Acho que sim!

*Guarda-roupa: Para os desavisados, é uma referência às "Crônicas de Nárnia".

Kitty Wilde voltará com tudo no próximo capítulo, e Santana e Jake terão espaço! Aguardem até 14 de fevereiro!