Hello, Goodbye escrita por Vitor Matheus


Capítulo 3
1x03 - I Hate You... or I Love You?


Notas iniciais do capítulo

Hey, voltei!

Antes de mais nada, queria agradecer à Gabrielle Castro e Alice Oliveira por terem favoritado a fic. Acreditem, este capítulo foi feito para vocês :D

Este é um capítulo bem grande. Eu estava com um bloqueio criativo na mente, mas consegui fazer um ótimo capítulo. E o final dele foi a parte que eu mais gostei, particularmente...

E boa leitura :)



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POV Rachel

Passamos uma semana lendo nossas falas. E todos os dias aquela peste fez o favor de se sentar ao meu lado. Claro que ninguém se incomodava, já que éramos os protagonistas do filme. Mas eu não ia rebaixar meu nível de elegância por causa do Finn. Não ia.

Toda vez que nós nos víamos, era sempre um breve e curto “Oi”, ou então só conversávamos sobre a reunião mesmo. E depois um breve “até amanhã” forçado, pois já estava claro que eu o odiava desde aquele descuido da semana passada, e que ele me odiava só porque eu fui mal-agradecida. Tá bem, aí ele tem toda a razão. Mas só aí.

Na semana seguinte, nós iríamos começar a gravar o filme. Assim que cheguei, fui rapidamente para o meu camarim rever minhas falas e incorporar a Katie, minha personagem. Coloquei o figurino, que incluía um óculos quadrado importante para aperfeiçoar o visual de uma jovem publicitária, e quando eu estava saindo do camarim, Finn estava na porta.

– E então? Preparada para ser obrigada a falar comigo? - Ele provocou.

– Eu vou apenas incorporar minha personagem, e você faz a sua parte. Mas não provoca.

– Então, tá. Só quero deixar claro que depois desse filme, nunca mais vou olhar na sua cara.

– Legal, eu digo o mesmo. - eu disse, já caminhando rumo ao cenário, que era um escritório de publicidade. Marley, Santana, Ryder e Jake já estavam lá.

– Vem cá, cadê a Kitty? Ela faz parte da cena! - Artie reclamou antes de gravarmos. Estava claro que ele não gostava de atrasos nas filmagens. Ótimo, Cassandra vai reclamar comigo todo dia por isso.

– Estou aqui! Me desculpem, é que eu tive uns problemas com o cabelo. Vamos logo! - Kitty apareceu por trás de Artie, e então já estávamos prontos. Me posicionei no meu lugar, e Finn veio logo atrás de mim, já que a minha primeira cena era com ele. Enquanto Artie conferia se tudo estava pronto, ele sussurrou:

– Eu soube que vai ter uma cena de beijo no filme. E parece que é com a gente.

Arregalei os olhos, surpresa com a bomba que ele jogou. Eu não acredito!

– Ah, muito legal isso. Além de ter que olhar pra sua cara, vou ter que te beijar.

– Mas é só um beijo técnico. Que mal tem nisso?

– Tudo pronto! Luz... - Finn se afastou para o seu lugar. - Câmera... - Me posicionei ao lado de Kitty e Marley, pronta pra gravar. - Ação!

– Katie, eu soube que seremos todos dispensados na noite de ano novo. Feliz? - Linda, a personagem da Marley, falou comigo.

– Estou mais do que feliz! Estou quase conseguindo realizar o meu sonho. Falei com os produtores da noite de ano novo da Times Square, e talvez eu possa cantar uma música!

– Ai, que bom! Saiba que estarei lá na frente, só gritando de alegria.

– Sabe, Linda, você é uma grande amiga.

– Ah, então eu não significo nada pra você? - Ariana, a personagem da Santana, apareceu e falou comigo.

– Você também, né! Agora, se me dão licença, eu preciso trabalhar. - saí de perto das meninas e logo Blake, o personagem do Ryder, veio até mim.

– Srta. Katie, o patrão te espera.

– O que foi que eu fiz agora?

– Não faço a mínima ideia. Parece que alguém vai ter que trabalhar, ou coisa assim...

Fui até o escritório do Austin (Finn), e continuei 'encarnando' a Katie.

– Sente-se, Katie. - Me sentei, e logo ele começou a falar. - Bem, o problema é que o nosso escritório vem enfrentando algumas... crises. E não podemos parar de trabalhar. Mas como já dei folga a todos os outros, nada mais justo do que chamar a melhor funcionária para fazer publicidade na noite de 31 de dezembro.

Ficamos paralisados por um tempo, já que ele tinha mais coisas pra dizer. Só que o Finn simplesmente não disse mais nada!

– Finn, ainda era a sua vez. - Corrigi.

– Não era nada. Você tinha de reclamar. - ele retrucou.

– Mas estava no roteiro que você tinha de falar mais! - gritei, e então Artie cortou a cena. Deu pausa de 5 minutos e então tive tempo para reclamar mais.

– Finn, aposto como você não leu o roteiro. - ele já estava indo ao banheiro, mas o parei antes. Ele se virou, fez aquela cara de “É mesmo?!” e ainda falou mais:

– Tá bem, e daí se eu não li? Pela lógica, era a Katie que tinha que falar. Ela deveria ter dito algo como “Não! Não! É noite de ano novo, tenha bom senso e me deixe de folga! Tenho sonhos a cumprir”! - ele falou me imitando. Claro que eu não gostei daquilo e dei um tapa naquela cara sarcástica dele.

– Opa, opa, vamos parar com as brigas? - Ryder se aproximou da gente e nos separou. - Estamos gravando um filme. Podem deixar as desavenças de lado e se tornarem bons amigos, pelo menos por um minuto?

– Não dá. Ele errou a fala, eu só estava corringindo ele. - justifiquei. Não foi o necessário.

– Mas também não precisava dar um tapa na cara dele, né! - Santana se intrometeu na conversa.

– Olha, eu acho que eu mesma posso tomar minhas decisões. Não tenho empregados pra cuidar da minha vida! Se ela fez isso porque eu errei a fala, ela é quem está certa. Mas o Ryder está certo. Não precisava do tapa. Logo no meu rosto perfeito! - Todo convencido, Finn falou aquilo. Estava quase dando uma voadora na cara dele, mas Santana me puxou com todas as suas forças e me separou do Finn, assim como Ryder fez o mesmo com o amigo.

– EU TE ODEIO, FINN! Eu te odeio. Você não sabe o que faz. Quase me atira na lama, se acha o “gatão de Hollywood” e ainda errou as falas de propósito! Ah, e vou falar mais: Estou quase desistindo dessa droga de filme POR SUA CAUSA! - Pensando bem, acho que eu não devia ter dito que o filme era uma droga. Artie ouviu tudo e cancelou todas as filmagens do dia.

– Viu o que você fez, Rachel? Você é uma desnaturada! - Finn me xingou com várias outras palavras que não são necessárias aqui.

Eu estava descontrolada naquele momento. O Finn me tira do sério toda vez que eu o vejo! Enfim, estava claro que eu não conseguiria ir sozinha pra casa.

– Santana, eu sei que nós mal nos conhecemos, mas será que você pode me levar pra casa?

– Mas meu carro está na revisão. Eu vou com o Jake.

– Sem problema, eu te levo também. Vamos, então? - Jake apareceu do nada e nos conduziu até o carro dele. Era um conversível branco. Me sentei atrás, e a Santana foi na frente com o Jake.

Em alguns momentos Santana dizia uma piada engraçada, e eu chegava a rir.

– Rachel, tem certeza que você está bem? - Ela me acordou pra vida. Nem percebi que já havíamos chegado na minha casa.

– Tô ótima, Santana. Valeu pela carona, Jake!

– Sem problemas! - Ele me agradeceu, e eu já estava quase fechando a porta quando Santana a empurrou.

– Vou ficar com você aqui.

– Não precisa, Santana. Sério...

– Vai por mim. Você precisa de companhia. - Sem saída, acabei deixando ela entrar. Ela se acomodou no sofá (até demais), e depois me chamou pra assistir Two and a Half Men. Enquanto a gente assistia, ela me perguntou:

– Por que você ficou tão estressada quando o Finn errou a fala dele?

– Não sei. Sabe, ele me tira do sério toda vez que eu o vejo. Dá vontade de avançar na cara.

– E tudo isso começou com um simples incidente na rua? Uau.

– Eu simplesmente o odeio, Santana. Apesar de... - já prevendo a besteira, me interrompi.

– Apesar de... Ah, então já sei o motivo de tanto estresse. - ela falou de um jeito que me deixou toda sem jeito.

– Do que você tá falando?

– Você sente uma coisa frenética toda vez que o vê, né?

– Não! - segundos depois, acabei admitindo. - Tá, eu sinto. Mas o que significa?

– Digamos que isso se chama paixão. Como você reagiria, Rachel?

– O QUÊ? Não, você está enganada. Totalmente. Eu não gosto do Finn. Pelo contrário, ele... ele me faz enlouquecer, sabe.

– Mas, cá entre nós, ele é um gato.

– Tá... ele é um gato, sim. Mas não sei se gosto dele. É confuso...

POV Finn

Ryder me levou pra casa, sabendo que eu não chegaria com uma sanidade perfeita no meu lar. Chegamos lá, ele pediu que eu me sentasse no sofá.

– O que você quer, Ryder?

– Saber por que você se irrita tanto com ela.

– Já disse, foi ela que começou.

– Eu não tô falando da discussão, inteligência rara. - soltei uma pequena risada, mas logo voltei à seriedade. - Soube por fontes próximas que enquanto vocês discutiam no estacionamento, você chamou ela de “linda”. É verdade?

– Foi uma loucura ter dito isso.

– Não foi, não. Quem sabe isso não é um sinal de que você... gosta dela?

– PIROU DE VEZ? Como eu vou gostar daquela chata, burra e linda?

– Você disse 'linda' de novo, Finn. - ele me fez perceber o fato. Chamei a Rachel de linda de novo. Qual é o meu problema?

– Não disse, não.

– Não adianta insistir, Finn. Cá entre nós, ela te faz enlouquecer, né?

– Com aquela beleza e inteligência atraente que ela tem, claro. - me toquei do que eu acabei de dizer e depois soltei a bomba. - Opa.

– Admita, Finn: você gosta da Rachel. - Ryder disse, pausadamente, para me conscientizar.

– Tá bem. Eu admito. A Rachel é especial porque não cedeu à mim. É confuso, sabe...


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Notas finais do capítulo

Capítulo bombástico, né?

Será que Rachel e Finn vão admitir para si mesmos que gostam um do outro? Será que Ryder finalmente vai chamar Marley pra um encontro? E por que Santana foi de carona com o Jake? É domingo, no Fantástico kkkkkk (brincadeira pra descontrair).

Não percam o próximo capítulo no dia 10 de Janeiro!