Tempo Perdido escrita por Raposa


Capítulo 16
No sense


Notas iniciais do capítulo

Heeeyyyyyy, como vão???? Então, novo capítulo!!

P.S. Alguém lê mangá???



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P.O.V Ethan

Talvez seja a última vez que ando nesse corredor. Estava errado, completamente errado. Eu gosto da minha nova vida, e gosto da Casa do Brooklin, gosto de ouvir as conversas, os risos, mas acho que falta muito disso nesses dias. Não consigo mais encontrar muitas pessoas, tentei falar com Cassie mas, mas todo mundo disse que parecia que ela tinha ido embora ou coisa do tipo. Seria bom um pouco de informação, Félix quase foi morto ontem a noite por Uriah, eu acho que era isso que Félix disse para não conversar quando me apresentou a ele.

Usava um casaco grosso preto, uma camiseta do Nirvana, uma calça preta e os mesmos coturnos que sempre usei, uma mochila (também preta), um M16 atravessava o meu corpo, segurando o gatilho com uma das mãos e o cano com outra. Ninguém estava no corredor eram três e meia da manhã e partiríamos daqui a pouco, eu atrasado como sempre corria até o ponto de encontro.

Abri a porta de Uriah o mais rápido do que consegui ( o que não foi rápido, sabe, tentei abrir do lado errado).

– Ethan! - exclamou Uriah com entusiasmo. - Está atrasado. - É eu sabia disso. Todo mundo já estava lá. Todos usavam roupas pretas e Uriah sendo Uriah usava uma máscara do V de Vingança. Sara estava em um canto observando a espada de bronze distraída de tudo, Félix parecia terrível, seus cabelos negros estavam bagunçados, olhos vermelhos e seu pescoço mostrava marcas profundas de enforcamento, Julia lia um livro em um canto da cama de Uriah, Júlia/Hazel falava sem parar com Julia, bom, tentando falar com Julia que revirou os olhos e empurrou Júlia da cama.

– Eu percebi. - respondi caminhando até a varanda, comecei a olhar Manhattan, queria imaginar este lugar como Chicago, mas não conseguia, o seu cinzento com uma névoa densa parecia querer dizer algo. Cruzei os braços na barra de ferro, senti a presença de mais alguém ali, mas não virei os olhos para ver quem era.

– Então... Você é de Chicago...?

Ri baixo pelo simples som de uma conversa normal.

– Na verdade, nasci na Irlanda, mas, mudei para Chicago. - Assenti com a cabeça, depois neguei. - Para falar a verdade, graças aos deuses eu não peguei o sotaque.

– Só um pouco... - ela disse. - Você tem alguma banda favorita?

Dei de ombros. Na verdade , não sabia se tinha uma banda favorita, muitas que gostava já nem existem mais, Nirvana, The Smiths, The Beatles, Legião Urbana... Bom, e pelo menos uma vez, queria dizer um nome com algum artista vivo.

– Muse.

– Vinte anos de Madness. - (Notinha da da autora: "vinte anos de Madness" significa que o Muse tem vinte anos de carreira) ela respondeu. Olhei para ela com um sorriso bobo. E seus cabelos louros refletindo no sol, seus olhos azuis me olhando, nunca percebi o quanto ela era bonita. Ela sorriu para mim. - Compreensível. Parece mesmo que estamos todos enlouquecendo.

Ri e aplaudi para o nada apontando para ela.

– Vê Manhattam? Conseguem ver? Finalmente alguém que me entende que não está preso em mangás!! - ela riu. Ela ia responder algo quando Uriah (ainda com a máscara do V na cara) veio até a gente apoiando suas mãos em nossos ombros.

– Ótimo, grita mais alto, os deuses ainda não ouviram, pronto já shippo você dois. Hora de foder alguns malvados. Preparados? - ele perguntou.

– Desde hoje cedo. - respondi sem animação alguma.

– "hoje cedo"? Você foi quem chegou atrasado. - disse Uriah rindo de minha cara. Dei de ombros. Sara respondeu que sim, até que todos se reuniram na varanda. - Todos lembram do plano? - disse Uriah tirando a máscara do V e passando as mãos em seus cabelos. Todos assentiram. - Hazel, a nossa querida atriz, mestra da arte da confusão. Julia, os mapas são por sua conta, sei que sabe observar os mínimos detalhes. Félix, desculpa mais uma vez cara, Félix, você é o nosso ladrão. Ethan, nosso atirador. - e então um sorriso maroto alargou na cara de Uriah, ele subiu nas grades de ferro da varanda. Com o máximo equilíbrio possível estendeu os braços aos lados. - E eu serei a suposta isca, vejo vocês do outro lado. - e então tudo foi em câmera lenta. Vi os tênis de Uriah deslizando da grade e seu corpo indo para trás, mergulhando em sua suposta morte.

Fiquei paralisado. Vi tudo aquilo, não sei se eu podia me mover para ver seu corpo, gritar o seu nome, mas fiquei para lisado com as minhas mãos tremendo e as minhas pernas ficando sem forças. Mas vi que todos sorriam. Como podiam estar sorrindo? E vi Félix correr o mais rápido possível, segurando a mochila com uma das mãos e arma com a mesma, um sorriso selvagem estava em sua cara quando também se jogou da sacada. O que o diabos estava acontecendo?

Então Júlia subiu no para peito com medo de pular, só que Julia a empurrou antes dela puder pular.

– O que o diabos está acontecendo?! - perguntei confuso. Julia sorriu para mim e disse:

– Um portal. Lá embaixo, é melhor pular enquanto está aberto. - Sara do meu lado fez a mesma coisa, correndo com sua espada de bronze e mochila pulou. E então Julia, até sobrar eu, sozinho com medo de pular, queria que alguém me empurrasse logo. Então desliguei os meus pensamentos,apenas corri e pulei, mas bem na hora que pulei o meu pé bateu com força na quina do parapeito fazendo uma grande agonia percorrer minha perna enquanto caía gritando passando pelo portal.

Foi, literalmente, os piores cinco minutos da minha vida. Era meio que uma arei roxa em todas as direções, pelo menos depois de alguns segundos com os olhos abertos fechei-os rapidamente.

Abri os olhos quando não senti mais nenhuma movimentação, bom, na verdade senti a minha cara raspando no asfalto e aí abri os olhos para ver o que era.

– Puta merda, puta merda! Eu tô vivo! Eu tô vivo com a cara no asfalto!- disse rindo ainda no chão, aquilo me deixou tão feliz que me senti vivo novamente. Levantei o mais rápido possível e todos estavam lá me olhando confusos. - O que foi?

Júlia suspirou.

– Vivo, e idiota. - Ainda com um sorriso na boca dei de ombros.

– Agora precisamos achar um hotel. - disse Uriah. - de preferência um hotel onde tenha camas ou colchões para todos. - então sorriu. - Se é que me entendem.

Entendiamos. Uriah ajeitou o violão em suas costas. Coloquei o M16 no Duat antes que algum mortal percebesse algo estranho em minhas mãos. Uriah nos disse sobre um tal hotel.

–--

P.O.V. Narrador

Mais uma vez, jogaram Carter naquela mesma cadeira o aprisionando.

– Você é fraco, sabia? - provocou Carter ao homem. - Em vez de ver a pessoa que você escolhe para ser assassinada, você manda os outros fazerem isso.

O homem riu da fala fraca de Carter, mas logo o seu sorriso virou tão frio quanto qualquer coisa, aproximou-se de Carter, os homens de preto se estreitaram.

– Então está me dizendo que eu não consigo matar ninguém?

Carter sorriu.

– Você me ouviu.

O homem se afastou de Carter ainda o observando. Tirou um calibre trinta e cinco do cós do cinto e apontou para um dos seus ajudantes. O som da arma ecoou pela sala atingindo-o na cabeça entre os olhos uma sangue escuro começou a sair de sua cabeça e seu corpo caiu para frente. Um dos homens ao seu lado agachou-se ao lado do outro gritando o seu nome.

– Levante-se, Lahey! - brandou o homem corvo. - Ele está morto! Você não pode fazer mais nada! - Lahey levantou desastrado, uma lágrima escorreu do lado do rosto. E então o homem olhou para Carter - Quem é fraco agora?

Carter ainda em choque disse:

– Você.


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Notas finais do capítulo

E então???



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