(Edward Povs)
Eu estava em Forks novamente, era como se toda aquela dor estivesse de volta, era como se eu me recolhesse novamente para a escuridão, estava sentado na velha cadeira de balançar no canto do quarto dela, as coisas apesar de deterioradas, pareciam congeladas no tempo, a antiga colcha ainda cobria a cama, eu me lembrava que Charlie morrera de tristeza, pouco tempo depois do enterro de Bella.
Eu também me culpava pela morte dele, pois eu havia tirado-lhe a sua princesa, sua pequena menina, fora angustiante ver como Charlie definhava aos poucos, primeiro perdera o emprego, depois se entragara a bebida, e por fim morrera sozinho, e fora encontrado deitado no quarto de Bella abraçado com uma das peças de roupa dela.
Ainda me emocionava lembrar que por minha causa tantas vidas foram destruidas, e Carlisle me dizia que a culpa não havia sido minha, que todos fizeram suas escolhas, mas eu sentia que todas aquelas trágedias ocorreram pela decisão drástica que eu tomara após o incedente no aniversário de Bella.
Mesmo para um morto, com alguns séculos de vida, reviver emoções que estavam enterradas há tanto tempo era complicado.
A mochila preta dela ainda estava ali intacta pronta para nossa viagem após o seu aniversário, iriamos a Phoenix visitar Renne, mas então tudo começou a desandar, e minha melhor saída foi me retirar, pois sabia que do mesmo jeito, Bella ainda correria riscos se eu ficasse por perto.
Mas ao invez de protege-la aquilo a matara, primeiro espiritualmente, depois fisicamente, a dor da sua morte seria uma fardo que eu levaria eternamente.
Era como se eu ainda estivesse preso aquele dia fatidico, era como se tudo ficasse se repetindo em minha mente, me enlouquecendo, eu ainda nem sabia o que eu estava fazendo aqui de novo, eu já havia me prometido que não voltaria a Forks nunca mas, mas depois daquela conversa pertubadora comn Lucy, Bella seja lá quem ela fosse, aqui era o único lugar aonde eu me sinto perto dela.
Como sempre ainda chovia em Forks, subi na harley e pilotei em direção ao cemitério, durante todos esses 50 anos, não houve um dia sequer que eu não visitasse o tumulo dela, era quase como um ritual.
E depois de quase um mes sem aparecer por aqui, lá estava eu novamente parado em frente ao tumulo, no qual ela jazia, e a frase escrita na lapide, ainda tocava meu peito " E o leão se apaixonou pelo cordeiro".... Aquela frase me levava de volta há algum lugar do passado no qual fomos felizes, até eu estragar tudo com meu orgulho.
Me sentei em frente ao túmulo enquanto observava a lapide, e as flores recém colocadas, sinal de que alguém havia passado por ali, concerteza aquele cachorro imundo, mas nada daquilo mas importava, eu estava confuso com tudo que estava acontecendo entre eu e Lucy, perguntas se embaralhavam em minha mente.
A manhã passou devagar enquanto eu me indagava sobre a possibilidade real de Lucy ser na verdade Bella, mas como poderia se ela sequer lembrara de nós, sua amada família, se ela me achava um estranho, se ela nem sequer sabia quem eu era quando cheguei a Corks, sua única recordação era a morte de Bella, e a minha voz, tudo aquilo significava alguma coisa, mas eu ainda me recusava a acreditar na possibilidade, de Bella ter voltado, e se realmente era ela, o que ela queria, uma segunda chance, ou estaria ela repleta de ódio por eu ter deixado-a sozinha quando ela mas precisou de mim.
