- Me dá a espada!

-Vem pegar Stark! – ele disse saindo correndo.

- Idiota... VOLTA AQUI TARGARYEN DE UMA FIGA!

- Hahahaha não consegue me alcançar Mônica?

- Pague para ver!

- CRIANÇAS ENTREM! – disse a Septã do castelo anunciando na porta – Vai chover e... Mônica?! Que trajes são estes? Pensei que estaria com seu irmão aprendendo a cavalgar!

- Eu já sei disso á séculos! – disse cuspindo as palavras – Quero aprender a lutar!

- Perdoe-nos príncipe Cebola, ás vezes Mônica se esquece das boas maneiras. Vamos entrem! – então a Septã sussurrou para Mônica – E não quero ouvir nenhuma palavra sobre supostas lutas.

- Está bem... – disse bufando – Vou tomar um banho.

- Não faz mais que a sua obrigação.

“Não faz mais do que a sua obrigação! Bléé, Essa Septã ainda me paga!”. Mônica não gostava muito de sua tutora. Não gostava das aulas de etiqueta ou dança. Já estava com seus nove anos de idade, já era quase uma moça crescida. Sabia andar de cavalo desde os cinco anos, mas desde então ninguém nunca a ajudou a aprender a lutar. Seu pai Sousa Stark sempre teve orgulho dela, mas de uns tempo para cá não lhe dava muita atenção. Entrou no chuveiro e deixou as águas geladas levarem sua sujeira e sua raiva. Ela preferia assim, banho frio, como uma Stark deveria ser.

Saiu do banheiro já vestida com uma roupa de dormir quando ouviu batidas na porta.

- Entra... – murmurou com sono.

- Filha? – era seu pai – Tem tempo para mim?

- Sempre! – disse indo ao encontro dos braços do pai – O que faz aqui?

- O Inverno está chegando, precisamos sair do castelo do rei e voltar para Winterfell.

- Mas... Eu nem aprendi a lutar!

- Ainda com isso na cabeça? – disse o homem passando a mão entre os cabelos negros – Em casa veremos isso, esta certo?

Ela acenou com a cabeça e pôs-se a arrumar suas coisas. Não sabia o que arrumar então algumas criadas tiveram de ajuda-la. Logo já estava na saída do castelo dos Targaryen se preparando para subir em seu cavalo.

- Mônica! – disse o garoto se aproximando.

- Vai me devolver a droga da espada agora?

- Quando voltar a devolverei, até lá fique com isto. – disse lhe entregando um colar com a pedra mais branca que Mônica já havia visto na vida – Tenho um parecido, mas no anel.

- Agradeça! – disse Septã aparecendo do nada.

- Oh príncipe Cebola estou grata pelo seu nobre presente! – então a Septã a olhou com desdém e foi embora – Não aguento mais essa velha. Até mais Cebolácio.

- Ei! Já disse para não me chamar assim.

- Costume.

**

A estrada estava fria. Não um frio gostoso de se sentir, um frio de medo.

- Se esconda nas árvores Mônica. – Mandou seu pai – Os outros, me sigam.

- Mas... pai!

- Seja uma Stark.

Então foi o que fez. Ficou ali nas árvores esperando voltar a ouvir a voz do pai. Minutos se passaram, o que pareceram horas. Ela estava ficando com frio. Muito frio. Foi quando ouviu vozes.

- Os demônios do Gelo devem estar perto. – dizia uma voz masculina – Vamos voltar mãe.

- Do contra, silêncio! Se for verdade o que dizem, Sor Stark deve estar em apuros e sabe que nossa casa deve muito a ele.

- Já repetiu isso mil vezes mãe.

- Vamos então.

Ela se escondeu mais ainda. Não queria ser encontrada por desconhecidos mesmo conhecendo seu pai. Mas não teve tanta sorte.

- Quem é você? – perguntou o garoto que deveria ter onze anos – Uma Stark?

- Sou Mônica, Mônica Stark.

- Mãe! Encontrei uma.

- Não fale de mim como se eu fosse um objeto!

- Não importa.

Logo uma mulher de cabelos preto e alta apareceu na sua frente. Deu um sorriso amável e abraçou a pequena.

- Espero que goste do frio... – sussurrou no ouvido da Stark – Pra onde vamos é muito frio.

- Isso se ela não tiver medo da floresta Negra e... AI! Não precisava me bater!

- Meu pai vai voltar! Não vou a lugar algum!

- Silêncio! Eles podem ouvir.

- Quem?

- Os Demônios do Gelo querida – disse a mulher – Vamos para nossa casa, seu pai saberá onde procura-la.

- Se ainda estiver vivo você quer dizer e... AI MÃE! Para, isso dói!

- Isso é para aprender a não ser insensível.

Mônica estava com medo. Ouvira contos da Floresta Negra, e não estava nem um pouco ansiosa.