Secrets Of Angel escrita por Emily christina


Capítulo 4
Conhecendo a casa.


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, espero que gostem desse cap. Ah, e eu mudei a capa da fic como vcs viram, espero que tenha ficado melhor, comentem o que achou do cap, é mto importante p mim.



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– Não acredito! - Ele freou o carro de um modo que se eu não estivesse de cinto iria definitivamente ter voado pra fora.
– O que foi isso? Você quer me matar? - Perguntei mas ele não falou nada. Ele me encarava perplexo como se tivesse acabado de ouvir alguma tragédia.
– Vai me contar o motivo disso ou vai esperar que eu tente adivinhar? - Perguntei, por que diabos ele não falava nada?
– Eu.. achei que tivesse dado um jeito nele..- Ele sussurrou mais pra ele do que pra mim.
– Como assim? será que da pra me explicar? - Falei irritada, havia muitas respostas que eu gostaria de ouvir.
– Você não lembra dele? - Ele perguntou parecendo surpreso.
– Não, eu deveria? - Perguntei mas ele não respondeu, então continuei. - Eu vi ele em uma loja do shopping e tive e impressão de que conhecia ele, mas não conseguia me lembrar de onde. - Falei e ele olhou pra mim.
– Você não se lembra do que aconteceu.. sexta? - Sussurrou, eu não entendia o motivo de ele falar tão baixo, não havia mais ninguém ali além de nós, quem poderia nos ouvir?
– O suficiente. - Falei.
– Você não se lembra dos três caras que eu estava discutindo? - Perguntou, ainda estávamos parados, e eu não achava uma boa ideia ficarmos parados na estrada vazia e escura, perto de uma floresta, em plena 1h46 da madrugada.
– Lembro, mas não da aparência deles, além do mas estava escuro, acho que devo ter batido a cabeça muito forte. - Falei, minha cabeça não doía mais igual estava doendo quando eu estava no banheiro vomitando, eu não sentia meu corpo tão cansado, nem minha voz estava fraca.
– Eu não posso te contar, mas devo. Afinal você é quem está correndo perigo agora. - Ele falou sério, senti meu corpo se arrepiar, que tipo de perigo eu estava correndo? e por qual motivo? Eu não tinha feito nada de errado.
– P-perigo? - Perguntei gaguejando, minha voz agora também estava baixa.
– Jack. Jack é o nome do cara em que briguei, foi ele quem te empurrou, foi ele quem você encontrou no shopping. - Ele disse e só ai lembrei "Não é minha namorada Jack, não faça piadas" Harry havia dito isso na noite de sexta-feira. Então era por isso a sensação de que ele era perigoso, era por isso que eu tinha a impressão de que conhecia ele, porque conhecia.
– Por que ele está atrás de mim? - Perguntei, ele parecia pensar.
– Não é está só atrás de você. - Falou, e então lembrei "Charly!" Claro, ele estava com ela hoje, então ele também esta atrás dela, mas a pergunta é: Por que?
– Por que ele está atrás de nos duas?
– Duas?
– É, de mim e da Charly, por que? - Perguntei e ele virou os olhos.
– Não está atrás da Charly! - Ele disse, de quem mais seria?
– Esta atrás de quem então? - Perguntei e ele ficou em silêncio por alguns segundos, depois me olhou sério e falou:
– De mim. - Ele disse e então escutei um barulho, olhamos pra trás e vi alguma coisa entrando na floresta, o mesmo arrepio me percorreu.
– O que foi isso? - Perguntei sem tirar os olhos da floresta.
– Temos que sair daqui. - Ele disse e ligou o carro. Me senti aliviada quando estávamos mais longe dali.
– Você não pode me deixar sem saber, por que ele está atrás de mim? - Perguntei de novo quebrando o silêncio, eu estava tremendo, não sabia se era o frio ou o meu medo.
– Eu também não sei. Mas vou descobrir. - Falou e tirou a jaqueta. Observei seus músculos, ele estava com uma regata.
– Toma, eu não estou com frio. - Disse e me deu a jaqueta sem tirar os olhos da estrada. Vesti. - Daqui a pouco vou ficar com uma coleção de jaquetas suas lá em casa. - Falei e ele riu. Era a primeira vez que o vi rindo sem ser sarcástico ou irônico. Era seu sorriso natural, e era incrivelmente lindo, seus dentes certos, suas covinhas aparecendo, ele era perfeito.
– Não tem problema, tenho muitas dessas. - Falou e eu também ri. Talvez pudéssemos recomeçar do zero.
– Olívio me disse que tinha sido mandado pra fazer algo comigo. - Falei e ele voltou com sua expressão seria, continuei. - Ele me disse que quem o mandou lá teria cuidado da Charly. Depois ela me disse que estava com Jack, então..- Ele me interrompeu.
– Jack o mandou lá. - Falou.
– Sim mas, por que? por que ele queria aquilo? - Me perguntei em voz alta. Eu sabia que Harry não teria as resposta, ou talvez teria mas não iria me contar nada. Comecei a me perguntar porque ele não me encarou e mandou outra pessoa?
– Talvez ele saiba de algo que não sabemos. - Falou.
– Como você sabia que eu estava ali? - Perguntei.
– O que? - Ele falou depressa, parecia nervoso.
– Você apareceu bem na hora.. como sabia? - Repeti.
– Chegamos. - Falou e só ai percebi que tínhamos chegado, o relógio marcava 2h00, a casa dele não era tão longe. Era enorme por fora, parecia uma mansão, não uma mansão de novela e filmes, uma mansão abandonada. Não tinha portão, a casa era de madeira, havia uma cadeira na beira da porta.
– Vamos? - Falou e desceu do carro, abri a porta e desci também.
– Não esperou muito ne? não é minha. - Disse abrindo a porta.
– Não é sua? - Perguntei e entramos. Ele acendeu a luz e eu vi que aquilo não era uma mansão, era uma casa grande, mas não uma mansão. A pintura da parede estava velha, havia um quadro com uma mulher de olhos azuis, a mesma da foto do porta-luvas dele, mas estava em forma de uma pintura. A casa tinha um corredor que levava até a sala.
– Vou te mostrar o banheiro, talvez você queira tomar um banho. - Falou trancado a porta. - Não tenho roupas..
– Posso te emprestar uma camisa, o seu short não está sujo nem nada, pode usar o mesmo? - Pergunto e eu assenti. Ele me guiou até o banheiro. Passamos pela sala que era.. diferente. Tinha um tapete enorme marrom, três sofás da mesma cor, uma televisão e um criado-mudo com um abajur acesso. As janelas também era de madeira, tinha cortinas pretas. O chão da casa era de madeira também. Subimos as escadas e havia um corredor que ligava aos quartos e aos dois banheiros.
– Eu costumo usar esse, fique a vontade, vou buscar a toalha. - Ele apontou pra um banheiro e saiu. Entrei e fechei a porta. O banheiro era grande. Tinha uma pia enorme com cremes de cabelo, sabonete e barbeador, o espelho estava rachado. A privada era da cor da pia, branca. Havia um tapete e um boxer, atrás dele tinha um chuveiro e uma banheira enorme. Parecia que tudo aquilo tinha sido abandonado, mas com os cuidados do Harry, arrumados.
– Aqui. - Ele falou me entregando a toalha.
– Valeu..
– Vou estar na cozinha preparando algo. Qualquer coisa me grita. - Ele falou e saiu, tranquei a porta atrás dele. "Gritar por que?" senti um certo medo. Tirei a roupa e a pendurei. Liguei o chuveiro quente e deixei a água cair. Ah como era bom relaxar.. Eu queria estar em casa, longe desses problemas. Queria dormir, beber um café quente, conversar com minha mãe. Será que ela estava me preocupada? Eu teria que voltar amanhã bem cedo. Depois teria escola, e contaria tudo pra Charly.

Terminei meu banho e me enrolei na toalha, sai pra fora e vi a luz do quarto que ficava logo na frente acessa. A porta estava aberta e pude ver a camiseta na cama dobrada. "Acho que deve ser a blusa que ele vai me emprestar" pensei. Entrei no quarto e tranquei a porta. Me vesti e vesti a camiseta. Era preta, grande, e estava com o cheiro dele. Tinha estampa de um pássaro na chuva, achei linda. Ela ficava larga e grande pra mim, eu adorava isso. Sempre preferi roupas folgadas a roupas justas de mais. Pentei meu cabelo e desci as escadas.
– Harry? - Chamei ele. Eu não sabia onde ficava a cozinha. Então ele apareceu.
– Gostou da blusa? - Perguntou.
– Ah, sim, é linda. Obrigada. - Agradeci.
– Vem, fiz um chá pra você. - Falou e me guiou até a cozinha. Eu o conhecia a muito pouco tempo, mas era como se já tivesse sido amiga dele durante anos. De alguma forma, eu confiava nele.
– Sente-se. - Pediu e me serviu o chá. Me sentei na mesa e tomei. Ele também se sentou. Ele comia biscoito e bebia leite.
– Você quer? - Me ofereceu e eu peguei.
– Obrigada... - Não precisa agradecer, tenho mais desses naquele pote. - Ele apontou pro armário, mas não era por isso que eu estava agradecendo ele.
– Não estou te agradecendo só por isso, mas por ter me ajudado no banheiro com o Olívio, você ainda não me contou como, mas obrigada. - Falei e ele sorriu.
– De nada. Acho que agi mal com você, Agora vejo que você precisa de mim. - Falou, ele me encarava olhando diretamente nos meus olhos. Era impressionante como ele me olhava, era como se visse algo através dos meus olhos, de mim.. A luz estava apagada, e apenas o brilho da lua cheia iluminava a cozinha. O brilho da lua em seu rosto o tornava mais lindo. Seus olhos mais verdes, seus lábios avermelhados.
– Eu não sei o que pensar a respeito de tudo isso. Estou correndo perigo e nem mesmo sei o motivo. - Falei bebendo o chá.
– Logo mais saberá. Bom.. Está com sono? - Perguntou se levantando, era incrível como ele mudava de assunto sempre.
– Sim. - Falei olhando no meu celular, as horas marcavam 2h40. Pensei em ligar pra minha mãe, eu precisava ouvir a voz dela.
– Vou tomar banho. sobe e durma naquele quarto em que você se trocou. Eu já arrumei a cama. - Falou e eu subi. Entrei e liguei pra minha mãe, ela atendeu na quarta chamada.
– Filha? - Falou rouca, eu acabava de acordar ela.
– Oi mãe, desculpa te acordar. - Falei me deitando e apagando a luz.
– Não importa, você está bem? aconteceu algo? - Perguntou preocupada, pensei em contar tudo, mas ela jamais ia me deixar sair de casa outra vez.
– Não, eu to bem, por isso liguei. Estou na casa da Charly, chego ai umas 7h00 da manhã ok? - Falei e ela apareceu aliviada.
– Ótimo meu amor, dorme bem. Eu te amo.
– Eu também amo você mãe. - Falei e desliguei. Virei pro outro lado e peguei no sono, eu estava cansada de mais pra pensar em mais coisas.
Acordei no outro dia com meu celular despertando, era 6h30, me perguntei se Harry já havia acordado. Fui até o banheiro e lavei o rosto, peguei minhas coisas e desci as escadas. Ele estava na cozinha, pude sentir o cheiro de café.
– Bom dia. - Falei.
– Você já acordou? - Disse e me deu o café.
– Beba, vou te levar embora. - Disse e saiu da cozinha. Eu não sabia se aquele tipo de comportamento era bom ou ruim.
– Tudo bem.. - Falei. Eu não gostava de café, então disfarçadamente joguei na pia e lavei o copo.
– Já está pronta? - Ele apareceu na cozinha vestido.
– Sim. - Falei e ele saiu, o acompanhei.
– O carro está aberto, entre e me espera, eu já vou. - Ele disse e eu obedeci. Ele não parecia nada com aquele garoto gentil a algumas horas atrás. Voltou a ser aquele garoto frio de quando eu o conheci. Entrei no carro, o tempo estava frio e ventava. Coloquei o cinto e mandei um sms pra Charly. "Estou saindo da casa do garoto de fases." Escrevi e enviei, eu sabia que ela estaria dormindo, mas ela veria quando acordasse. Não passou cinco minutos e recebi um sms, era dela, cliquei e ele dizia:
"Que bom, quando estiver sozinha me avisa." Estranhei, Charly sempre abrevia as palavras e manda carinhas ou corações. Mesmo assim respondi:
"Tudo bem." Passaram dez minutos e Harry apareceu. "Até que enfim!" pensei. Ele trancou a porta e entrou no carro.
– Por que demorou tanto? - Perguntei enquanto ele ligava o carro.
– Nada de mais, apenas estava arrumando minha cama. - Falou colocando o cinto.
– Acha que consegue chegar na minha casa antes da 7h00? - Perguntei e ele não respondeu.
– O que foi Harry? - Falei.
– Não é nada com você. Sim, eu consigo. - Falou sério e dirigiu.
– Você dormiu? - Perguntei, talvez esse fosse o motivo do seu mau humor.
– Não, fiquei te vigiando. - Ele disse e eu me senti envergonhada.
– Não precisava Harry, você deveria ter dormido. - Falei sem jeito.
– Não dormi, agora me deixa dirigir por favor? - Falou seco. Preferi ignorar isso e fiquei quieta. Meu celular apitou e percebi que era mais um sms da Charly.
" Você tem alguma novidade?" ela perguntou. Eu deveria contar tudo pessoalmente mas tinha que dividir aquilo com alguém. Resumi tudo que tinha acontecido, toda a nossa conversa. Ela respondeu: ''uau, valeu por me contar amiga haha''
Mandei um coração como resposta. Fiquei esperando mais um sms do tipo "Rolou algo?" "Ele andou sem camisa?" "Como é o cheiro dele?" coisas que ela sempre fala, mas ao invés disso não recebi nenhum sms. Fomos em silêncio até chegar em casa.
– Obrigada mais uma vez. - Falei tirando o cinto.
– Qualquer coisa que ouvir ou ver, me conte imediatamente. Se cuida. - Ele falou.
– Tá..você também.- Falei e ele assentiu. Fiquei esperando algo, algo que eu não queria admitir, uma despedida.. Mas não teve nem mesmo um abraço. Percebi que estava perdendo tempo então desci. Acenei mas ele não olhou. Seguiu e foi embora. Entrei em casa e subi pro meu quarto. Olhei o quarto da minha mãe antes e ela estava dormindo. Coloquei um pijama e voltei a dormir. Eu estudo de manhã mas hoje entraremos às 15h00 por conta das provas. Fiquei pensando nele, fiquei relembrando o momento em que estávamos na cozinha, fiquei relembrando o olhar dele. De repente tudo pareceu mudar, ele voltou a me tratar mal, e eu não sabia o motivo de tudo aquilo. Desliguei meu celular e dormir de novo, pois ainda estava cansada e com olheiras.


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