Pov’s Violetta

–Leon... Eu preciso que me conte a verdade. –Eu disse com um tom de suplica.

–Que verdade? –Ele perguntou confuso.

–Quem você é realmente? Qual é a sua história? Quem é Lara? –Eu perguntei e Leon abriu um sorrisinho calmo.

–Passado é passado... -Ele disse enquanto limpava algumas lágrimas minhas, eu iria retrucar, mas fomos interrompidas por duas criaturas que chegavam com um pedaço de pizza nas mãos.

–Desculpa interromper o “casal”, mas eu não estava aguentando mais esperar, enquanto vocês ficavam se agarrando. –Disse Marco rindo.

–Caramba Leon, beija tão mal assim? A coitada da Violetta está até chorando. –Maxi disse rindo, e Leon fechou a cara.

–Não precisavam ter medo de nos interromper, não é Leon? Afinal, não estávamos fazendo nada demais. –Eu disse e Leon me olhou confuso, eu de alguma maneira estava irritada com ele, não sei por que, mas meus sentimentos por Leon são meio bipolares.

–Tem razão, não estavam fazendo nada demais, apenas estavam se engol....-Maxi foi interrompido por uma cotovelada de Marco.

–Para de ser indelicado Maxi. –Marco disse em um sussurro, mas foi possível ouvir. Ficamos todos em um silêncio extremamente desconfortável.

–Então vamos comer? Eu sou um ser humano e preciso ser alimentado. –Disse Leon tentando descontrair, e por incrível que pareça deu certo, eu soltei um risinho fraco, meus sentimentos bipolares por ele vão acabar me matando.

–Tenho minhas dúvidas se você realmente é um ser humano. –Eu disse rindo.

–Eu sou uma espécie evoluída. –Ele disse convencido.

–Evoluído aonde? –Maxi indagou olhando Leon da cabeça aos pés.

–Dá para parar de me “checar”? –Leon perguntou indignado, mas ele ria bastante. –Eu sei que você sempre teve uma forte atração por mim, mas eu amo outra pessoa. –Leon disse olhando de soslaio para mim.

–É...É vamos comer. –Eu disse corada, os garotos praticamente atacaram a pizza, povo esfomeado.

–Que tal um brinde? –Maxi propôs.

–Um brinde com o que? Com as pizzas? –Leon perguntou rindo.

–Sim! Faremos um brinde de pizzas. Ergam suas pizzas. –Maxi disse e fizemos o que ele pediu, mas é claro que todos riam.

–Que amanhã, o nosso ultimo show, seja o melhor de todos. –Maxi disse. –E que a nossa fuga dos idiotas do FBI dê certo.

–Que quando o fim disso tudo chegar, jamais esqueceremos que fomos os “quatro cavaleiros”. –Leon disse.

–Jamais esqueceremos que somos como uma família. –Marco disse, eu tinha pena dele, ele era tão solitário, e agora ele finalmente tinha uma família.

–Nunca esqueceremos que por um breve momento, conseguimos realizar nossos sonhos. –Eu disse e assim fizemos um brinde de pizzas.

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Fechei os olhos e tentei controlar minha respiração pesada. O “fim” havia chegado, eu estava á alguns instantes do meu ultimo show com os “Quatro Cavaleiros”, eu tinha medo, e eu assumo isso.

Eu não sabia se o “Olho” era real, eu temia pelo que ocorreria depois disso tudo. Mas eu sabia que eu não seria presa. Como grandes ilusionistas, digo isso sem o mínimo de humildade, nós sabemos como realizar truques seguros, tive uma conversa com Leon, e ele me fez entender isso.

Eu não sabia se era isso que eu realmente queria, talvez o fim dos “Quatro Cavaleiros” não fosse algo que eu quisesse, eu gostava dessa vida, afinal eu estava realizando meu sonho, eu havia me tornado uma ilusionista famosa.

–E se tudo o que estamos fazendo for em vão? Digo, e se realmente não existir o “Olho”? –Maxi perguntou.

–Seguiremos nossas vidas. –Leon respondeu.

–Que vida? –Eu retruquei e Leon me olhou triste.

–Se o “Olho” não existir, nós teremos que nos explicar para á policia, e se não quisermos ser presos, teremos que revelar nossos truques, com isso podemos declarar uma decadência em nossa carreira de ilusionistas. –Leon disse triste. –Mas, ao menos seremos livres, e com sorte conseguiremos voltar ao ramo dá mágica. –Ele disse “mágica”, estranho para um ilusionista durão que se recusava a ser comparado á um mágico.

–Não seja pessimista, quem sabe não conseguimos reerguer nossas carreiras, e no futuro voltaremos a ser grandes ilusionistas. –Disse Marco.

–Apenas estou sendo realista, mas acho que não devemos discutir sobre isso agora, temo um show para fazer. –Leon disse.

–Tem razão, vamos. –Disse Maxi que foi seguido por Marco.

–Violetta, você disse que não tinha uma vida antes disso tudo começar, eu também não tinha uma vida, nunca tive. –Leon disse.

–Não estou entendendo aonde você quer chegar com isso tudo. –Eu resmunguei e ele riu.

–É que eu acho, que nós dois......Poderíamos construir uma vida juntos. –Ele disse sorridente, eu fiquei calada e quando eu iria responder, Maxi nos chamou.

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O Show seria no terraço de três prédios, sim é estranho, mas era possível pular de um terraço para o outro. Não seria exatamente um show, desta vez não exibiríamos grandes truques, era mais uma despedida do público.

Que comece o show, o último show....

Pov’s Federico (Gente essa é a narração mais importante que o Federico já fez, ele narrará o show).

–Chegue mais perto, bem perto. Quanto mais perto você vê, mais fácil será engana-lo. –Disse Leon. Eu estava com um esquadrão de policiais do FBI inteiro ao meu lado. Assim que os “Quatro cavaleiros” apareceram sobre o terraço de um prédio, os policiais foram até eles.

–Federico. –Me chamou Ludmila. –Os policiais estão indo para o lado errado e você sabe. –Ela disse. –Vem por aqui.

Ludmila me puxou para a entrada de outro prédio.

–Estamos aqui para fazer uma rápida despedida, queríamos agradecer a vocês todos que nos apoiaram. Graças a vocês nós realizamos um sonho. Nos tornamos os “Quatro cavaleiros”.....-Em um piscar de olhos eles sumiram e foram parar em um outro prédio.

–Óóóó. –Disse a plateia surpresa.

–Talvez vocês estejam perguntando como fazemos esses truques? Isso infelizmente não deve ser revelado. –Ouve mais um estalo, e agora os “Quatro cavaleiros” estavam no prédio central.

–Mas nós achamos que tínhamos que recompensar vocês de alguma forma. –Disse Maxi, o mesmo estalou os dedos e um enorme barulho tomou conta do local. Começou a cair dinheiro sobre a plateia, como todos os seus últimos truques.

–Temos que pegar eles. –Eu disse para Ludmila.

–Espera! –Ela gritou, Ludmila pegou um dos dinheiros que caiu e sorriu.

–O que foi? –Eu perguntei.

–Isso é dinheiro.......dinheiro falso. –Ludmila disse estática. –Eles não roubaram?

–Não sei. –Respondi.

–Eu sou Violetta.

–Leon.

–Maxi.

–Marco.

–E nós somos os “Quatro cavaleiros”. –Ao dizer isso os quatro sumiram, só pude ouvir a polícia do FBI gritando, e fazendo a ultima tentativa de pegar os “Quatro Cavaleiros”.

–Já era, eles escaparam outra vez. –Disse Ludmila frustrada.

–Você fez um bom trabalho Ludmila, gostei de ter você como parceira. Mas agora eu preciso resolver algumas coisas. –Eu disse e saí correndo.

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–O que vai ser de mim agora? Tenho mais um caso fracassado no FBI. –Disse meu chefe, seu nome era Tomás, ele era um ser humano ridículo, egocêntrico que não sabia o que fazer da vida, e por incrível que pareça ele era meu superior.

–Eu tenho uma hipótese sobre os “Quatro Cavaleiros”. –Eu disse a ele. –Primeiramente eles não são ladrões, e nós fomos medíocres ao persegui-los.

–Eles roubaram...-Eu interrompi Tomás.

–Não roubaram. O primeiro truque, aquele dos 3 milhões de dólares de um banco em Paris, foi a maior farsa do “Quatro Cavaleiros”, porém foi um truque ótimo.

Os quatro cavaleiros foram até Paris, e se infiltraram no cofre, não sei como, mas eles se infiltraram no cofre. Queimaram o dinheiro, sim eles queimara 3 milhões de dólares.

Depois eles forçaram aquele estrangeiro Brako a ir ao show deles. Eles hipnotizaram Brako antes do show, foi tudo uma armação, Brako seria o escolhido, Eles estudaram Brako, eles estudaram a “vitima” deles, eles sabiam que o banco de Brako era em Paris, foi por isso que eles foram até lá e queimaram o dinheiro. Porque assim aqueles 3 milhões de dólares iriam desaparecer. Parece algo surreal, mas não é.

O segundo truque eles usaram dinheiro de verdade, mas não foi roubo. A plateia tinha sido roubada, e os “Quatro cavaleiros” devolveram o dinheiro que lhes pertencia. Apenas um ato de justiça, que pelo meu ponto de vista foi extremamente correto.

O truque de hoje, não foi um truque, eles apenas jogaram dinheiro falso sobre a plateia. E o teletransporte deles de um prédio para o outro foi apenas um bom aparelho tecnológico, eles reproduziram hologramas deles próprios, parecendo assim que eles se locomoviam de prédio para prédio.

–Confuso? –Eu perguntei a Tomás.

–Muito. –Ele respondeu.

–Isso é pelo seu grau de incompetência. –Eu disse e Tomás não se estressou, ele sabia que era verdade. - Você leu os relatórios que eu te mandei? Sobre haver um quinto cavaleiro? –Eu perguntei.

–Sim, mas pelo que eu entendi, vocês não descobriram que é o quinto cavaleiro. –Ele respondeu.

–É aí que você se engana. O quinto cavaleiro estava bem em baixo do seu nariz, mas vocês olharam de perto, bem perto, e quanto mais perto você vê, mais fácil será engana-lo. –Eu disse e Tomás arregalou os olhos.

–Você? –Ele disse e eu ri.

–Pense o que quiser. –Eu disse e me retirei.

Irei atrás dos quatro cavaleiros. Meu nome é Federico, assumi uma sociedade secreta chamada o “Olho”, enviei uma carta para quatro ilusionistas desconhecidos e os tornei grandes ilusionistas. Enganei o FBI inteiro.

Meu nome é Federico, e eu sou o quinto cavaleiro.....