A Minha Seleção escrita por LeitoraApaixonada


Capítulo 12
Capítulo 12 - Xeque Mate


Notas iniciais do capítulo

Hey lindinhaaaaaass!!!

Saudades? É, eu também estava. Bom, como prometido, capitulo dia 28! E esse cap tá bem fofinho, se me permitem dizer. Nada como Anck (Zack e Angel) para melhorar as coisas não é?
Quem narra esse é o Zack!

Beijocass!!



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Depois do ataque não vi mais May a sós. Eu só podia contemplar ela, que ficava do outro lado da Sala de Jantar, que passava pelos corredores e que não me olhava nos olhos. May estava me evitando e isso doía.

– Xeque. – Chris me olhava superior. Isso não me incomodava, sabia que era de brincadeira. Ele não é dos que julgam pela casta. Mudei o meu rei de lugar e olhei para Chris esperançoso. Ele negou com a cabeça e sorriu de lado. – Xeque Mate. Aonde você está com a cabeça?

Suspirei alto.

– Não sei. Acho que só não estou afim de jogar hoje.

– Isso é muito estranho. Você sempre ganhava de mim quando a gente jogava a tipo, um dia atrás. – Chris tinha a mão no queixo, pensativo. Uma coisa que eu havia notado é que ele é muito curioso, nada passa despercebido pelo loiro sentado em minha frente.

– Chris pare de bancar o detetive. Só não estou afim de jogar. – ele riu, chamando a atenção de alguns selecionados que estavam sentados nas cadeiras perto da mesa de Xadrez que estávamos jogando. Quase todos os meninos estavam aqui e depois da ultima eliminação tudo tem ficado mais estranho. A única convivência que não mudou foi a minha com Chris, a gente tem se aproximado cada vez mais.

Com relação as selecionadas tudo tem sido no mesmo. A não ser a um imprevisto que aconteceu ontem a noite. Pelas fofocas que andam correndo pelos corredores do castelo parece que o Príncipe Peter fez uma surpresa para uma selecionada. As meninas estão loucas para saber quem é a sortuda, mais até agora nenhuma menina se pronunciou. Quem quer que seja quer guardar segredo sobre ser a favorita do Príncipe.

– Senhor Zack Tyler. – um empregado que tinha o uniforme diferente do resto estava parado na porta, procurando pelo meu sinal. O que será que ele queria comigo? Me levantei, recebendo um olhar de Chris. Cheguei perto do empregado, que me guiou para fora do Salão dos Homens. As portas foram fechadas antes dele falar alguma coisa. Mais para a minha surpresa ele só apontou com a cabeça para as minhas costas. Olhei para trás e vi Angel parada sorrindo.

Ela estava... Diferente. Não só diferente mais de calças. Uma coisa estranha para Princesas. Parecia uma roupa especial para fazer alguma coisa que eu não me lembro agora... Algo parecido com um esporte.

– Obrigada Franz. – ela desviou o olhar do meu para a do criado, que se distanciou de nós em alguns segundos. – Então, o nosso passeio de cavalo ainda está de pé? – Claro! Roupas especiais para andar de cavalo.

– Preciso responder que sim Angel? – ofereci o meu braço para ela, que o pegou sorrindo.

***

Andar de cavalo é uma das melhores coisas que eu já fiz na minha vida! Serio, é como se você estivesse voando no chão. Nada se compara ao o que você sente quando o cavalo aumenta o ritmo. E tudo é ainda melhor com Angel ao meu lado.

Ela é incrível. Anda de cavalo melhor do que qualquer pessoa que eu já vi e não deixa de ser ela mesmo por um segundo se quer. Aquela menina que eu vi no nosso primeiro encontro, caída no chão e rindo, é a menina que anda comigo de cavalo agora.

– Quer parar um pouco? – perguntou levantando um pouco a voz pois estávamos um pouco longe um do outro. Angel anda bem rápido no cavalo e é meio difícil de acompanhar o seu ritmo.

– Claro! Vamos sentar ali? – apontei para a base de uma árvore que tinhas folhas rosas. Cerejeira é o nome dela se bem me lembro. Angeline respondeu guiando o seu cavalo para a árvore. Fiz o mesmo, mais como eu estava mais perto cheguei primeiro. Amarrei o meu cavalo em um galho e me virei para Angel. Ela ainda estava chegando com o cavalo, então me posicionei para ajuda-la a descer. Peguei na cintura dela, a deixando no chão com o maior cuidado do mundo. Quando olhei para ela novamente, percebi que estávamos muito próximos. Próximos até demais para falar a verdade. Eu podia beija-la só dando meio passo para frente. – Desculpe. – me separei dela na mesma hora.

Não que eu não queira beijar ela. Angel é uma menina linda e tem muita personalidade, não é nada que eu pensei antes de entrar no castelo. Mais ainda havia May. Eu ainda a amava com todo o meu coração e duvido que um dia eu deixe de amar. Não depois daquele beijo e daquele olhar que ela me lançou.

Angel tinha o olhar vazio quando nos sentamos na grama. Ai que eu percebi a besteira que tinha acabado de fazer. A menina nunca havia tido contado com nenhum menino, então provavelmente não tinha beijado ninguém. E eu acabara de, de certa forma, “rejeitar” o beijo dela. Burro!

– Então... – a gente tinha assunto antes disso acontecer a agora um silencio constrangedor surgiu no ar. – Como era a sua vida antes dos selecionados chegarem?

– Muito diferente do que é hoje. – pensei que ela não fosse falar mais nada depois disso mais me surpreendi quando ela se pronunciou. – As vezes eu tenho vontade de acabar com tudo isso.

– Acabar com a Seleção? – perguntei esticando as pernas do mesmo jeito que Angeline estava sentada sobre a grama.

– Não só com a Seleção. Acabar com esse negocio de ser Princesa. Acabar com as castas e com todos esses ataques rebeldes. Eu queria meio que acabar com o meu jeito de viver. – ela me olhou com os seus olhos azuis depois de falar tudo isso e eu só conseguia ver uma coisa no seu olhar: Verdade.

– Pense pelo lado positivo. Quando você for rainha poderá fazer tudo isso.

– Duvido muito que um dia eu sente naquele trono. Meu irmão é o primeiro na linha de sucessão e ele não vai renunciar o trono. E também há Raul. Se meu pai quiser ficar mais tempo do que o previsto no poder ele poderá dar o trono a ele.

– Angeline, sinceramente, acho que você seria uma ótima Rainha. – concretizei serio. Angel me olhou nos olhos e virou seu corpo um pouco mais para o lado. – E também acho que seu pai é muito justo. Se ele te olhar como eu te olho terá certeza que a Rainha não poderá ser mais ninguém alem de você. Angel, você já se olhou no espelho? Nunca vi ninguém mais segura do que fala ou do que quer. Você é você mesma em todas as horas.

Suas bochechas estavam coradas e havia um sorriso tímido em seu rosto. Angeline estava realmente sendo ela mesma agora. E eu também. Só sou assim quando gosto mesmo de uma pessoa e acho que esse é o caso com Angel. Não é nada comparado com o que eu sinto com May, é mais para algo puxado para a amizade.

– Obrigada. Você é uma pessoa incrível Zack.

– Eu sei! – concretizei convencido. – Todas as meninas caem aos meus pés se você ainda não percebeu. Já viu como as selecionadas me olham? Dizem que olhar não tira pedaço mais acho que é mentira. – Angel ria antes de eu conseguir terminar de falar. Nada era mais engraçado do que a risada dela e isso me fez rir mais ainda.

– Você é terrível Zack. – verbalizou em meio dos risos. Antes de ela parar de rir consegui ouvir uma coisa épica para uma princesa. Ela havia feito barulho de porco? Quando percebeu isso parou do nada de rir e me olhou vermelha. Preciso dizer que isso me fez rir ainda mais?

– A sua risada é muito engraçada! – afirmei recolhendo as minhas pernas e as colocando mais próximas do corpo. Já estava ficando de noite e dava para ver perfeitamente o por do sol em meio de duas montanhas, era realmente uma visão linda.

– Pare de falar da minha risada! – ela estava vermelha e eu não consegui perceber se era de raiva ou vergonha. – Fale mais de você.

– Você já sabe a maioria. Alias, tenho certeza que a primeira coisa que você fez quando chegou no seu quarto depois da nossa entrevista foi pedir a minha ficha. Então, com certeza, você sabe tudo sobre mim.

– Você estava me espionando?! – gritou de repente. Me assustei com aquilo no começo mas depois cai na gargalhada.

– Claro! O seu quarto fica vinte e quatro horas sendo vigiado pelos mais competentes guardas desse palácio e eu, um simples cara de casta quatro, consegui te espionar. – revirei os olhos e continuei com a minha, ótima diga-se de passagem, atuação. – Falando em espionar, qual é aquela de ainda dormir com um ursinho de pelúcia?

– Você está mesmo me espionando! Seu cretino! – ela gritava e ria ao mesmo tempo. Não sei ao certo se ela estava acreditando, mais descido continuar.

– Tenho certeza que cretino foi o xingamento mais forte que você já usou na sua vida. Hey! Você pelo menos sabe o que quer dizer cretino?

– Seu idiota! – ela se levantou antes mesmo de eu consegui rolar para o lado. Tentei engatinhar para o lado contrario de onde ela estava parada mais não deu muito certo (tinha um formigueiro enorme lá!). Então resolvi correr mesmo.

Vinte minutos. Esse foi o tempo que Angel conseguiu correr atrás de mim. Nem preciso falar que eu já estava morto nos primeiros cinco minutos né? Mais ela não! Cada vez que eu pensava que ela ia parar o pique dela aumentava. Até que eu não aguentei mais.

– Tá! Você ganhou! – coloquei as mãos para cima em sinal de rendimento. – Não consigo correr nem mais um metro.

– Sabia que você era fraco! – ela estava suando, o que era muito incomum para uma Princesa. Acho que ela só notou o seu estava agora, cabelos desgrenhados e roupas amassadas. Colocou a mão na testa e se sentou. Sentei-me ao seu lado. – Minha mãe vai me matar quando me vir assim! Imagina as manchetes das revistas de fofoca “Princesa chega arruinada depois de um passeio com um selecionado”. Vão imaginar coisas sobre a gente Zack!

– Sinceramente? Que se exploda! Eu não quero nem saber. Podem imaginar o que quiserem sobre a gente. – como a expressão de Angel ainda não era das melhores resolvi fazer um pouco de graça. – Eles nunca vão saber que a gente foi para Narnia sendo filhos de Zeus.

Preciso dizer que ela caiu na gargalhada? Claro que preciso! Ela caiu na gargalhada. Sabia que Angel adorava ler e eu não achei piada melhor para fazer naquela hora do que essa. Aqueles livros eram simplesmente incríveis (e proibidos), cativantes (e proibidos), mega legais (e proibidos). Mais quem liga? Até a Princesa lê esse tipo de livro!

Ficamos conversando até o por do sol acabar. Depois alguns guardas vieram chamar a gente para dentro, falando que era muito perigoso ficarmos ao ar livre de noite. Quando chegamos na porta do castelo eles nos deixam sozinhos e eu pude ver o nosso estado.

Angel estava bem melhor que eu. Depois de perceber como o seu cabelo estava ela havia feito um rabo de cavalo que ficou muito bem com seus cabelos ruivos. Agora eu... Bom, minha roupa estava bem mais amassada que a dela e a minha calça, que ERA branca, agora está marrom. Pois é, preciso ir para o quarto imediatamente.

Angeline, por mais que eu falasse que não, quis me acompanhar atá o quarto. Dei até a desculpa que isso era coisa que o homem deveria fazer e não a mulher, então ela me pegou falando que estava de calças hoje. Bom, eu tive que aceitar.

– Foi muito legal essa tarde. – mais alguns passos e estaríamos na porta do meu quarto. Por sorte não encontramos ninguém, alem de empregados, no caminho até aqui.

– Concordo com você. Bom, eu já cumpri a minha promessa, agora quero que cumpra a sua. Quando vai me levar até a praia? – seus olhos transmitiam um desafio. E como eu não sou medroso logo soltei a resposta mais conveniente.

– Quando você tiver coragem de fugir comigo do castelo.

– Fugir? – sua voz estava falha e seu rosto ficou branco. – Mais eu não quero fugir.

– Não para sempre Angel. Só durante uma noite. Voltamos antes do amanhecer.

– Mais a caminhada daqui até a praia dura mais de uma hora. E eu não posso sair sem seguranças ou sem a permissão do meu pai porque...

– Já vi que vai amarelar. Tá com medinho é? – fiz voz de criança nessa ultima parte e ela revirou os olhos.

– Eu não sou mulher de amarelar Zack. Pode marcar o dia e a hora. Vamos até a praia. – ela estava convicta. Foi só eu falar que ela estava com medo...

– Tudo bem então. Boa noite, nos vemos no jantar.

– Adeus.

Então, assim que ela virou de costas um pensamento veio em minha cabeça. Na verdade não foi um pensamento, e sim um flashback. Eu estava sentado na poltrona de meu pai lendo um livro de criança, desses que são proibidos. E nessa historia que eu estava lendo havia alguma coisa de adeus.

Antes dela virar o corredor falei em voz alta:

– Não diga “adeus”, porque “adeus” significa ir embora e ir embora significa esquecer. Então, Angel não diga adeus, diga boa noite. – seus olhos me analisaram e um sorriso lindo se formou em seus lábios.

– Como eu não quero esquecer, boa noite.


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Notas finais do capítulo

Ahmmmmm!!! ~le enxugando as lagrimas~

Gostaram?? Comentem! Deixa a sua opinião!

Beijocas!!



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