Mistletoe - One-shot escrita por Winger


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem :)
(Leiam ouvindo a música "It's Time" do Imagine Dragons ou "Mistletoe" do Justin Bieber)



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A neve caía vagarosamente naquela noite de 25 de dezembro, imitando a velocidade dos passos de Lily. As ruas de Londres trouxa estavam cheia de crianças fazendo guerras de bola de neve, famílias unidas andando juntas e, o que mais lhe incomodava, casais de namorados irritantemente apaixonados aproveitando um ao outro nos bancos das praças.

Os enfeites de Natal tornavam tudo mais. bonito. As árvores de Natal estrondosas, os pisca-piscas que muitas vezes formavam desenhos extraordinários e piscavam em uma ordem perfeitamente harmônica, e ainda haviam as guirlandas distribuídas nas portas dos estabelecimentos.

Para muitos, o Natal era uma data mágica. As brigas existidas há anos se esvaíam, a discórdia desaparecia, a harmonia tomava conta e os corações apaixonados começavam a bater em um só ritmo.

Mas não era assim para Lily.

Pelo menos não esse ano.

E ela tentava repetir insistentemente para si mesma que isso não se devia ao fato de que esse ano James Potter não lhe mandara nada.

Deixe-me explicar: todos os anos, o garoto sempre mandava uma espécie de presente de Natal para a ruiva, e a mesma mensagem sempre o acompanhava; um pergaminho, onde havia escrito apenas um direto e simples:

Feliz Natal”.

Mas dessa vez as coisas foram diferentes. Ele enviara apenas um pergaminho, e nele não havia a mensagem de sempre.

“Estou lhe esperando aqui para seguir a tradição: beijá-la.”

Lily não admitiria nem sob tortura, mas sentia falta. Falta de suas insistências irritantes. Falta de suas tentativas de roubar um beijo da ruiva. Falta de tudo. Falta de James. E agora ele estava em algum lugar, esperando-a. E dessa vez ela queria correr atrás dele. Ela não ligava. Não mais. Queria abraça-lo, e dizer: Eu senti sua falta. Mas não podia. Não podia simplesmente porque era incapaz de decifrar que tipo de código era aquele.

Ela já não aguentava mais andar. Suas botas já estavam cheias de neve, e suas mãos estavam totalmente dormentes por causa do frio. Se ao menos achasse algo que pudesse aquecê-la de verdade. Se ao menos pudesse achar alguém que pudesse fazê-lo.

E foi então que ela viu.

Viu um casal de namorados totalmente apaixonados. O garoto segurava a garota pela cintura, e eles discutiam alegremente sobre algum assunto em comum. A garota ria, enquanto o garoto fazia algum tipo de gracinha. E então ele a virou para ficarem de frente, e tirou algo de seu bolso. Ele levantou o objeto acima dos dois, e a olhou rindo. Ela sorriu um sorriso imenso, e em seguida o beijou. E então Lily pôde perceber o que era; um visgo.

E tudo fez sentido.

“Estou lhe esperando aqui para seguir a tradição: beijá-la.”

Tradição. Beijo.

A Praça dos Visgos.

O lugar mais sagrado de toda a época do Natal. Vários visgos distribuídos pelo ar pendurados em linhas de nylon, e Lily tinha certeza que aquele mesmo lugar já havia sido usado várias vezes como pretexto para muitas trocas de beijo. E ela sabia o que aconteceria se ela fosse atrás de James.

E por mais incrível que pareça, ela não ligava.

Muito pelo contrário, ela queria aquilo.

E foi por isso que ela parou de andar e se virou para seguir uma direção totalmente oposta, em direção à Praça dos Visgos.

E as lembranças foram inevitáveis.

“- Au! – ela esbarrou em um menino sem querer. – Você não olhar por onde anda?

– Ora, cale a boca! – ela brigou. – Será que você não viu que foi sem querer?

– Não sabia que você era cega!

– E não sou, mas posso te deixar assim com o meu punho! – estourou.

O garotinho dos olhos castanhos-mel e cabelos naturalmente bagunçados engoliu em seco e se afastou.

– Vai ter volta, ruiva. – resmungou antes de se retirar da passagem do corredor do Expresso de Hoqwarts.”

Lily sorriu. Odiara James logo de cara, e ele também. Mas ele percebeu, primeiro que ela, que aquela briga de crianças escondia algo muito maior. Um sentimento muito maior.

“ – Me devolva meu livro, Potter! – a ruiva pulava tentando pegar o livro de Poções que agora encontrava-se na mão do moreno.

– Sabe, Lírio, - ele sorriu. – você é bem baixinha, Posso fazer isso o dia todo. Ao menos, é claro, que você aceite sair comigo.

– Nunca. – ela respondeu, tirando a varinha do bolso com um olhar vitorioso. – Accio livro!

Quando o livro veio até sua mão, a ruiva saiu de lá, arriscando-se a bater o cabelo para lhe deixar com um ar superior à James Potter.”

Mas então aconteceu. De primeira, ela não sabia se James estava realmente falando sério, mas ele estava. E muito

“- EU NÃO POSSO CORRER ATRÁS DE VOCÊ PARA SEMPRE, LILY! – ele gritava.

– ENTÃO NÃO CORRA! – ela gritou de volta. – EU NUNCA PEDI PARA VOCÊ FAZER ISSO!

– Ótimo. – ele a olhou intensamente. – Você vai sentir falta de mim, Lily. Mas eu nçao vou estar lá. Quem vai correr atrás de mim é você. – ele declarou, antes de virar-se e sair.”

Ela lembrava de ter dado uma risada desdenhosa diante daquilo tudo. Mas foi questão de horas até ela sentir falta de todos os convites, todas as implicâncias, todos os elogios... E James não descumpriu sua promessa. Em nenhum momento foi atrás dela de novo. E não estava errado: ela estava indo atrás dele.

Estava indo atrás dele porque precisava dele. E dessa vez não tinha medo de admitir.

Dizem por aí que as pessoas somente dão valor ao que tem quando o perdem. Lily nunca tinha visto um ditado tão verdadeiro.

E quando ela viu James parado lá, esperando-a, foi como se todos os seus problemas tivesse desaparecido. Não somente seus problemas, mas o restante do mundo ao redor deles, somente James, os visgos acima deles, e a menina dos cabelos de fogo. James finalmente a viu, e sorriu. Sorriu como nunca sorrira antes. Lily não estava diferente.

Os pés dos dois se moveram ao mesmo tempo. Uma hora estavam andando, e no segundo seguinte estavam correndo, um ao encontro do outro.

E quando finalmente se tocaram, mergulharam em um abraço terno.

– Senti sua falta. – ele murmurou.

– Eu também. – ela admitiu quando eles se separaram.

James a encarou incrédulo.

– Está falando sério?

Ela riu.

– Estou. – eles abraçaram-se novamente, mas não se separaram dessa vez. – Eu realmente senti sua falta. Você não veio mais atrás de mim.

– Bem, não engane-se. – ele a olhou nos olhos. – Se você não viesse hoje, eu iria atrás de você.

– E sua promessa de nunca mais correr atrás de mim?

– Às vezes as pessoas quebram promessas em nome do amor.

– Não vai ser preciso quebrar nenhum promessa agora.- ela disse, sem desviar os olhos.

– Bem, chega de promessas, então. – ele olhou para cima, onde os visgos se encontravam, e a olhou novamente. – Que tal apenas seguirmos a tradição?

– Adoro tradições.

Ele sorriu, antes de envolvê-la pela cintura e a puxar para mais perto.

– Eu também. – sussurrou, antes de puxá-la para um beijo.

E enquanto os dois estavam envoltos, os destino olhava para a cena, rindo, e comemorando por ter conseguindo, mais uma vez, juntar duas pessoas totalmente improváveis. E pela magia do Natal ter agido novamente.

Afinal, o que o amor junta, nenhum homem é capaz de separar.


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Notas finais do capítulo

E então, gostaram?
Se quiserem ler minha fic dos marotos, aí está o link:
http://fanfiction.com.br/historia/442151/Who_We_Are

Deixem reviews, tudo bem?

Beijos!
Camila R.