Verdade ou Desafio 1 escrita por L B CULLEN, L B CULLEN


Capítulo 19
~ o baile [parte ii]




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Capítulo 19 -> O Baile [Parte II]

“Lá se encontrava uma menina loira vestida com um longo vestido, parecia uma princesa. Mas que era? Nunca saberia, a menina usava uma mascara que cobria o rosto por completo, a não ser pelos olhos verdes a mostra. A mascara tinha um pequeno sorriso.

-Te apresento Christine Daaé. – disse segurando o riso.

-Quem?

-Mais conhecida como Lílian Evans.”



-Uau! – exclamou Sirius impressionado.

-Foi o que eu disse quando vi o vestido.

-Por que o cabelo?

-Para ninguém a reconhecer. – Sirius olhou para a namorada.

-Por quê?

-Por que ela entendeu que nenhuma lágrima vale a pena.

-Por quê?

-Por que ela reconheceu que ela estava chorando por amor, não ódio ou desconfiaça. Apenas amor.

-Por quê?

-Você pergunta demais, Six.

-Six? – falou malicioso se aproximando dela.

-Six. – sussurrou.

-Hum... Sabe que eu gostei. Six. – a abraçou.

-Gostou? – o beijou na bochecha.

-Gostei, mas é melhor quando você fala. – falou próximo ao ouvido dela.

-Six. – disse com a boca colada ao ouvido dele, fazendo-o se arrepiar.

-Não faça isso, Lene. Estamos em um salão lotado e com você do meu lado eu não me responsabilizo pelo meus atos.

-Six. – sussurrou de olhos fechados. Seus narizes próximos.

-Lene. – falou em tom de aviso.

-Cala a boca e beija, merda. – exclamou fingindo-se de nervosa.

Ele apenas obedeceu.


*-*-*



-Por que você esta tão calado? – perguntou Kelly a James.

Eles estavam dançando. Ela pelo menos estava concentrada no parceiro, ele estava confuso. Aqueles olhos pareciam tão idênticos aos dela, mas ela não veio, foi o que Lene disse a Sirius. Não conseguia tirar os olhos dela desde que havia colocado os pés no salão.

-James? – Kelly o trouxe de volta.

-Desculpe, estou... um pouco fora de mim.

-Quer conversar? – perguntou fingindo amizade.

-Não, acho que não.

-Se quiser é só falar.

-Acho que não vou precisar. Não quero mais, você me entende?

-Você não a quer por perto. Isso que quer disser?

-É. – pelo menos era o que queria, tentaria fazer. – Quer beber algo?

-Acho que sim. – falou pegando na mãe dele e o puxando para a mesa de bebidas.


*-*-*


De longe ela o olhava, por que sentia aquele aperto, quem esta apaixonado sofre tanto assim? Ela achava que não deveria. Todos diziam que o amor é um mar de roas, em que não importa se morra afogado você esta bem, afinal teria alguém do seu lado. Bom, talvez seja, mas ela não tinha ninguém ao seu lado.

Ela deu um passo que ir a direção a uma das várias mesas com o objetivo de se sentar, mas foi interrompida quando um belo garoto parou a sua frente.

-Aceita dançar? – o rapaz perguntou sem ao menos se apresentar esticando sua mão.

Lily olhou para a mão, para o rapaz, mão e rapaz. Até que aceitou. Se ia se divertir, por que não começar com uma dança. Foram para a pista, ainda com a musica lenta.

Depois de algumas musica percebeu que nunca pedira para tocar logo uma musica agita. Sabia que teria que sentar, afinal, a roupa não ajudaria nem um pouco. Seu pedido fora atendido. Como em agradecimento ela olhou para cima, fez uma reverencia ao garoto e saiu para sentar em uma das mesas.


*-*-*


-Vamos nos sentar? – pediu Chris.

-Claro.

-Que calor. – reclamou jogando-se na cadeira.

-Ta reclamando do que? Olha minha roupa. Eu que deveria esta amaldiçoando os quatro ventos.

-Mas você ficou sexy as... – logo tampou a boca corando furiosamente. – Desculpa, eu... – parou ao vê-lo gargalhar.

-Tudo bem, mas vai com calma, não estou acostumado com o assedio. – a loira estreitou os olhos.

-Vou te ignorar. – levantou-se se dirigindo para a porta.

-Eu estou brincando. – falou segurando o braço dela.

-Você é chato.

-Até agora era atirado. Vamos nos sentar?

-Vamos, mas deixa de ser chato.


*-*-*


-Por favor, silencio. – pediu uma menina morena vestida de fada. A banda parou de tocar e todos se viraram para ela. – Obrigada. Fiquei encarregada de falar quem são o rei e a rainha do baile. – explicou. – A seleção foi feita em consenso pelos professores. Ok, vamos ao que interessa. – ela abriu o envelope e franziu o cenho. – Foram escolhidos... Christine Daaé e o Fantasma da Ópera. É o que diz aqui. Por favor, o casal, venha ao centro da roda.

Passaram se alguns segundos e nada, até que a loira passou por entre as pessoas, a sua frente James passou por entre as pessoas deixando uma Kelly muito emburrada para trás.

Aproximaram-se sincronizadamente para o centro da pista quando uma musica começou a tocar. Eles não fizeram nada, apenas se olharam, até que James tomou coragem e lhe estendeu a mão, receosa, Lily aceitou. Ele a trouxe para mais perto, colando os corpos e começaram a se movimentar no ritmo da musica. Trêmulo, sem saber o porquê, James depositou a mão na cintura dela, Lily escorregou suas mão para os ombros do garoto, logo indo a direção a seu pescoço, fazendo-o se arrepiar levemente.

Encararam-se, sem piscar, talvez quisessem que a música nunca acabasse, que a pista fosse só deles. Talvez quisessem esquecer tudo em volta. Ele encarava aqueles olhos verdes, tão parecidos com os dela. Ele tentava esquecer, mas parecia que alguém queria ao contrario.

Desviaram os olhares. Lily encostou sua cabeça aos ombros de James e esse apenas deixou escapar um suspiro.

“O perfume!” pensou.

-Nos conhecemos? – sua voz saiu vacilante, trêmula. A menina a frente apenas o olhou.. – Você me conhece?

-Achei que sim. – sussurrou, mas ele não escutou muito bem.

-Você é de que casa? – a menina deu de ombros. – Não quer falar, a tudo bem. Mas eu acho que te conheço, não sei de onde. – escutou um riso dela, a aproximou mais.

Pode sentir o perfume que saia de seus cabelos. Conhecia aquele perfume, mas não sabia de onde, mas conhecia.

O perfume, o olhar, as mãos, a pele. Tudo era conhecido, mas ele não acreditava.

De repente a musica calma foi trocada por uma musica dançante. Eles se separaram e ficaram parados por algum tempo quando James tomou coragem.

-Quer... Quer dar um volta? – ele parecia sincero, Lily reparou, então aceitou com um aceno de cabeça.


*-*-*


Lene e Sirius estavam abraçados quando Belle se aproximou dele.

-Vocês viram Remus? – perguntou emburrada.

-Não. O que houve? – perguntou Lene.

-Ele me rejeitou e se rejeitou novamente. – bufou e cruzou os braços.

-Talvez ele esteja no jardim. – falou Sirius.

-E você acha que eu estava aonde até agora? Perambulando pelo salão olhando todo mundo se agarrar? – bufou. – Já fui lá, mas ele não estava.

-Então veja na Torre de Astronomia, deve estar lá.

-Boa idéia! Bom, vou deixá-los a sós. Juízo! – gritou ao se distanciar.

-Tadinha. – riu-se Lene.

-Tadinha? Tadinho do Remus, ele ta ferrado.

-Por quê?

-Ela não vai sair do pé dele, até estarem juntos.

-Ainda bem, não?

-Acho que sim, ele esta amolecendo, só não sabe.


*-*-*


A passos largos Belle foi rumo a Torre de Astronomia. Sim, por que não pensara antes, dava para ver a lua e as estrelas sem interferência de nenhuma arvore.

Com um pouco de esforço por causa do longo e pesado vestido, ela subiu as escadas em espiral, parando em frente a uma porta de madeira gasta. Colocou a mão sobre a maçaneta enferrujada e a girou. Em segundos se viu em frente a uma linda paisagem. O teto era forrado pelas estrelas, a frente do parapeito a floresta e o lago sendo banhados pela lua. Observando tudo estava Remus que estava sentado sobre o parapeito.

Foi andando até ele.

-Sabia que quando não queremos ser encontrados nosso esconderijo se torna obvio? – falou Belle se colocando ao lado dele. Viu que ele estava sem mascara então tirou também. – Por que eu sinto que você não me quer por perto? – perguntou-se olhando a paisagem.

-Não é isso. – falou imitando ela, então começou a obeservar a paisagem com mais atenção do que antes.

-Provavelmente já disse isso e provavelmente você me deu a mesma respostas, mas desde que eu te vi no salão e eu te apresentada eu percebi que você era diferente. – aproximou-se dele e pegou sua mãe fazendo-o encara-la. – Começamos a conversar e conclui que você era realmente diferente, não pelo fato de ser um lobisomem, mas porque você é educado, gentil, inteligente, bonito e isso não se encontra somente em um garoto. – acariciou o rosto dele delicadamente. – Eu não sei o que sinto por você, mas é algo muito forte. – soltou-se dele e afastou-se dois passa. – Se quiser que eu fique, diga algo.

Remus encarou os olhos esperançosos de Belle para logo desviar para o céu. Já podia escutar James e Sirius.

“Você é otário!”

“Ela gosta de você, idiota!”

Novamente encarou Belle. Ele ainda não sábio que ela vira nele.

“As garotas acham cicatriz sexy!”

Lembrou-se do que ela havia dito quando soube que era lobisomem.

Vendo nenhum movimento do rapaz, Belle deu um passo em direção a porta, mas foi impedida quando Remus segurou seu pulso.

-Por favor. – a encarou. – fica. – Belle deu um pequeno sorriso e ficou cara a cara com ele. – Tenho medo por você, tenho medo de te fazer sofre, de te machucar. Eu não... – a menina colocou o dedo indicador nos lábios dele, fazendo-o calar.

-Se for para se machucar ou sofrer, que façamos juntos. – ela o abraçou o que foi retribuído. – Me promete que mais nada vai nos impedir de ficar juntos. – o olhou, rostos muito próximos. – Me promete?

-Prometo.

-Nem um probleminha peludo?

-Nem isso.

Eles se olharam com um pouco d esforço por estarem muito perto.

-É agora que nos beijamos? – divertiu-se Belle com a timidez do rapaz.

-É, acho que sim. – gaguejou e ela riu disso, logo encostando seus lábios nos dele.

Ela sabia que ia focar só no selinho. Ele era tímido demais para tomar alguma atitude que pudesse assustá-la. Então a menina mordeu o lábio inferior do rapaz tomando frente perante o beijo. Logo estavam presos em um beijo profundo e sincero.


*-*-*


Andavam pela grama do jardim. A menina tinha um pouco de dificuldade por causa do longo vestido, mas James acompanhava o passo sem resmungar. Desde que haviam saído do Salão que não falaram nada. Provavelmente só a presença do outro bastava.

Aproximaram-se de um banco que estava ao lado se uma árvore, muitos próximos ao lago, e lá se sentaram.

-Parece que vai chover. – comentou o rapaz olhando para o céu. Lily riu. – Eu sei que esse é o tipo de comentário que alguém faz quando esta sem assunto, mas parece que realmente vai chover. – a ruiva olhou para cima e percebeu que apesar de ser de noite, a luz da lua parecia não conseguia iluminar o céu muito bem. Logo voltou a olhá-lo. – Será que eu poderia? – esticou a mão em direção a máscara dela, a menina pulou para trás. – Desculpe, eu não... – calou-se ao ver uma mão fina e branca ir em direção a seu rosto. Lily retirou a máscara de James. – Assim eu não vou ver nada. – era o objetivo, depois retirou a própria mascara. Estava tudo embaçado.

A mão de Lily pousou na bochecha numa caricia. Sem demora se viu perdida num beijo carinhoso. Para Lily aquilo não era mistério, mas para James sim. Não via a pessoa, mas sabia que era um beijo conhecido.

Doce, calmo... Mágico, mas... Salgado?

Lily havia deixado escapar uma lágrima. Como pudera deixar escapar aquele garoto que tantas vezes lhe jurara amor eterno, uma pessoa que daria a vida por ela sem pensar duas vezes.

“Burrice!” pensou nervosa consigo mesmo.

O beijo acabou rapidamente, assim como começou. James havia se separado dela.

-Desculpa, eu não posso. – falou com uma careta, ainda estava sem a mascara e conseqüentemente sem o feitiço de visão. – Eu amo outra pessoa, apenas dela não me querer. – abaixou a cabeça.

Lily colocou a mascara e entregou a dele.

-Tudo bem. – levantou-se beijou-lhe a bochecha indo em direção ao castelo logo em seguida.

-Hey! – ele chamou fazendo-a se virar. – Qual seu nome? – ela nada disse apenas deu de ombros e voltou para o castelo.


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