A Exterminadora De Youkais, parte II. escrita por Flávia Letícia


Capítulo 8
Capítulo 8 - Aflição.


Notas iniciais do capítulo

Oooi, gente! Como estão? Peço desculpas pela demora, mas ando muito atarefada. Bom, espero que gostem desse capítulo.



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Rin dobrou os joelhos e apoiou suas mãos no chão. As costas ardiam como fogo e a visão da jovem começou a escurecer. “Não, não, não, não... não posso morrer aqui! Eu preciso sobreviver. Preciso sobreviver pelo meu filho!” Rin se encheu de coragem e forçou suas pernas para se levantar. A dor era insuportável, ela tinha plena consciência de que a flecha continha veneno. Mas, a moça se perguntava por que alguém iria querer matá-la?

Ela caminhava tonta em direção a casa de Kaede-sama. Suas costas não paravam de sangrar. Com força, ela puxou a flecha que ainda estava cravada em suas costas. Foi nesse momento que ela tossiu e expeliu uma grande quantidade de sangue. Ela se desesperou ainda mais. Estava em uma situação de pânico e não havia ninguém que pudesse ajudá-la. Ela estava sozinha. Para deixar Rin ainda mais aflita, o veneno acelerou o trabalho de parto fazendo com que a bolsa se rompesse. De acordo com a quantidade de luas que haviam passado, Rin teria seu filho daqui a uma semana, mas a flecha e o veneno aceleraram a hora do parto.

Aflita, sangrando e quase morrendo de hemorragia, Rin caminhava desesperadoramente. Sua motivação era a vida de seu filho. Quando sentiu a visão escurecer de novo, a jovem se apoiou numa árvore. Respirou fundou e continuou sua longa jornada, a árvore havia ficado marcada com o sangue da exterminadora.

Quando estava ficando sem esperanças e sem forças, viu alguém que estava longe. Ela forçou a vista e viu os cabelos brancos e as vestes vermelhas de InuYasha. Teve vontade de gritar, mas não conseguiu, uma vez que estava fraca demais.

– InuYasha... – murmurou. – InuYasha, por favor! – conseguiu falar um pouco mais alto.

InuYasha escutou a voz de longe e quando prestou atenção viu que se tratava de Rin. Ele correu o mais rápido possível. Quando chegou perto dela, assustou-se com o que viu.

– Rin, o que aconteceu? – perguntou, enquanto carregava a moça no colo.

Ela, pálida e fraca, levantou vagarosamente a mão que segurava a flecha com o veneno. InuYasha apressou-se e chegou rapidamente ao centro da vila.

– Kaede-sama! – gritou desesperado. – Kagome! Sango! Ajudem-me, rápido! – InuYasha berrava o mais alto possível.

Quando Kaede ouviu os gritos de InuYasha saiu logo de casa. Quando viu Rin naquele estado, seu coração apertou. A garota estava coberta de sangue. Tinha sangue em quase todo o seu kimono e também vestígios de sangue em sua boca. O que assustou mais ainda a velha sacerdotisa foi a flecha que Rin segurava. Kaede pode deduzir que ela tinha sido atingida por aquilo.

– Rápido, InuYasha! Traga Rin para dentro. – falou a sacerdotisa aflita.

Kagome chegou logo em seguida, aterrorizada com a situação. Rin ainda estava acordada, mas estava alheia ao mundo em sua volta.

– Rin, você consegue me ouvir? – Kagome perguntou sem resposta. – Rin! – ela falou mais alto, a garota olhou levemente pra exterminadora. – Kaede-sama, ela ainda está conseguindo entender a gente.

– Não sei com Rin ainda está viva. Ela é muito forte. O veneno nesta flecha é de efeito imediato.

– InuYasha, seu irmão deve estar lutando com o clã dele. Por favor, corra atrás dele. – InuYasha sequer protestou e foi rapidamente atrás do irmão. – Kaede-sama, vamos nós duas purificar o veneno do corpo de Rin.

– Espere! – a velha sacerdotisa se aproximou de Rin e viu que o líquido amniótico* ainda escorria pelas pernas da jovem. – Como eu imaginava... bom, o veneno acelerou o trabalho de parto de Rin. Se a gente não fazer o parto agora, vai acontecer uma séries de complicações. Inclusive... depois eu lhe explico, não temos tempo. Kagome, tente purificar sozinha o veneno de Rin. Tenho medo do que possa acontecer com o bebê se não o tirarmos agora.

– Sim, senhora. – Kagome estremeceu. O que poderia acontecer com o bebê?

– Rin, está me escutando? – Kaede perguntou e Rin balançou levemente a cabeça. – Chegou a grande hora. Eu sei que não fui do jeito que você imaginou, mas seu filho vai nascer hoje. Por favor, tente fazer a maior força possível.

Longe dali...

InuYasha procurava o cheiro de Sesshoumaru que estava cada vez mais perto. “Aquele imbecil! Como pôde deixar Rin sozinha naquele estado?! Agora a garota está morrendo e a culpa é dele.” Foi aí que, finalmente, o hanyou encontrou o irmão num campo de batalha.

– Sesshoumaru! – gritou. Todos por um momento viraram sua atenção para a voz.

– InuYahsa, seu bastardo in... – Sesshoumaru começou seu xingamento, mas parou assim que sentiu o cheiro do sangue de Rin no kimono do meio-irmão. – Rin... – ele murmurou deixando o campo de batalha.

– Como você deixa Rin sozinha naquele estado, seu idiota! Agora ela está morrendo! – InuYasha berrou e uma batida do coração de Sesshoumaru falhou ao ouvir isso. Ele voou o mais rápido possível ao encontro dela.

“Será que nunca serei capaz de protegê-la por completo? Por que a vida dela corre tanto perigo quando está comigo? Do que adianta ser temido por muitos, mas não poder salvar aquela que é a mais preciosa para mim? Do que adianta ser temido por muitos, mas não poder proteger a vida de meu filho que nem nasceu ainda?”

Eram esses os pensamentos do lorde Sesshoumaru. Sua consciência pesava. Ele sabia que o que InuYasha tinha dito era verdade. Ele não deveria ter se afastado de Rin. A culpa era totalmente dele.

Enquanto isso, na casa de Kaede-sama...

Kagome se esforçava o máximo para purificar o veneno do corpo de Rin. Ela, também, estava, nos últimos dias de gestação, por isso ficou preocupadíssima com o grande esforço que estava fazendo. Mas ela faria de tudo para salvar a vida de sua amiga. Como a quantidade de veneno no corpo da jovem Rin havia diminuído significativamente, a garota já estava menos debilitada.

– Vamos, Rin! Quase lá! – motivou Kaede-sama. A sacerdotisa estava preocupada com a quantidade de sangue que Rin havia perdido e ainda estava perdendo.

Mesmo com todas as adversidades e sofrimentos, o filho de Rin e Sesshoumaru nascera. E não se travava de um menino, mas de uma linda menina. Tinha as feições do pai e o brilho dos olhos da mãe. Mas algo espantou Kagome e Rin:

– Mas, essa criança é humana! – exclamou a mulher de InuYasha. Rin também estava incrédula, como isso seria possível? A única pessoa que não parecia surpresa era Kaede-sama.


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Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam? Espero que tenham gostado. Um beijo e até o próximo capítulo!
Ps: * Líquido amniótico (ou fluido amniótico) é o fluido que envolve o embrião, preenchendo a bolsa amniótica, que desta forma o protege de choques mecánicos e térmicos. (via Wikipédia).