A Exterminadora De Youkais, parte II. escrita por Flávia Letícia
Notas iniciais do capítulo
Oooi, gente! Como estão? Peço desculpas pela demora, mas ando muito atarefada. Bom, espero que gostem desse capítulo.
Rin dobrou os joelhos e apoiou suas mãos no chão. As costas ardiam como fogo e a visão da jovem começou a escurecer. “Não, não, não, não... não posso morrer aqui! Eu preciso sobreviver. Preciso sobreviver pelo meu filho!” Rin se encheu de coragem e forçou suas pernas para se levantar. A dor era insuportável, ela tinha plena consciência de que a flecha continha veneno. Mas, a moça se perguntava por que alguém iria querer matá-la?
Ela caminhava tonta em direção a casa de Kaede-sama. Suas costas não paravam de sangrar. Com força, ela puxou a flecha que ainda estava cravada em suas costas. Foi nesse momento que ela tossiu e expeliu uma grande quantidade de sangue. Ela se desesperou ainda mais. Estava em uma situação de pânico e não havia ninguém que pudesse ajudá-la. Ela estava sozinha. Para deixar Rin ainda mais aflita, o veneno acelerou o trabalho de parto fazendo com que a bolsa se rompesse. De acordo com a quantidade de luas que haviam passado, Rin teria seu filho daqui a uma semana, mas a flecha e o veneno aceleraram a hora do parto.
Aflita, sangrando e quase morrendo de hemorragia, Rin caminhava desesperadoramente. Sua motivação era a vida de seu filho. Quando sentiu a visão escurecer de novo, a jovem se apoiou numa árvore. Respirou fundou e continuou sua longa jornada, a árvore havia ficado marcada com o sangue da exterminadora.
Quando estava ficando sem esperanças e sem forças, viu alguém que estava longe. Ela forçou a vista e viu os cabelos brancos e as vestes vermelhas de InuYasha. Teve vontade de gritar, mas não conseguiu, uma vez que estava fraca demais.
– InuYasha... – murmurou. – InuYasha, por favor! – conseguiu falar um pouco mais alto.
InuYasha escutou a voz de longe e quando prestou atenção viu que se tratava de Rin. Ele correu o mais rápido possível. Quando chegou perto dela, assustou-se com o que viu.
– Rin, o que aconteceu? – perguntou, enquanto carregava a moça no colo.
Ela, pálida e fraca, levantou vagarosamente a mão que segurava a flecha com o veneno. InuYasha apressou-se e chegou rapidamente ao centro da vila.
– Kaede-sama! – gritou desesperado. – Kagome! Sango! Ajudem-me, rápido! – InuYasha berrava o mais alto possível.
Quando Kaede ouviu os gritos de InuYasha saiu logo de casa. Quando viu Rin naquele estado, seu coração apertou. A garota estava coberta de sangue. Tinha sangue em quase todo o seu kimono e também vestígios de sangue em sua boca. O que assustou mais ainda a velha sacerdotisa foi a flecha que Rin segurava. Kaede pode deduzir que ela tinha sido atingida por aquilo.
– Rápido, InuYasha! Traga Rin para dentro. – falou a sacerdotisa aflita.
Kagome chegou logo em seguida, aterrorizada com a situação. Rin ainda estava acordada, mas estava alheia ao mundo em sua volta.
– Rin, você consegue me ouvir? – Kagome perguntou sem resposta. – Rin! – ela falou mais alto, a garota olhou levemente pra exterminadora. – Kaede-sama, ela ainda está conseguindo entender a gente.
– Não sei com Rin ainda está viva. Ela é muito forte. O veneno nesta flecha é de efeito imediato.
– InuYasha, seu irmão deve estar lutando com o clã dele. Por favor, corra atrás dele. – InuYasha sequer protestou e foi rapidamente atrás do irmão. – Kaede-sama, vamos nós duas purificar o veneno do corpo de Rin.
– Espere! – a velha sacerdotisa se aproximou de Rin e viu que o líquido amniótico* ainda escorria pelas pernas da jovem. – Como eu imaginava... bom, o veneno acelerou o trabalho de parto de Rin. Se a gente não fazer o parto agora, vai acontecer uma séries de complicações. Inclusive... depois eu lhe explico, não temos tempo. Kagome, tente purificar sozinha o veneno de Rin. Tenho medo do que possa acontecer com o bebê se não o tirarmos agora.
– Sim, senhora. – Kagome estremeceu. O que poderia acontecer com o bebê?
– Rin, está me escutando? – Kaede perguntou e Rin balançou levemente a cabeça. – Chegou a grande hora. Eu sei que não fui do jeito que você imaginou, mas seu filho vai nascer hoje. Por favor, tente fazer a maior força possível.
Longe dali...
InuYasha procurava o cheiro de Sesshoumaru que estava cada vez mais perto. “Aquele imbecil! Como pôde deixar Rin sozinha naquele estado?! Agora a garota está morrendo e a culpa é dele.” Foi aí que, finalmente, o hanyou encontrou o irmão num campo de batalha.
– Sesshoumaru! – gritou. Todos por um momento viraram sua atenção para a voz.
– InuYahsa, seu bastardo in... – Sesshoumaru começou seu xingamento, mas parou assim que sentiu o cheiro do sangue de Rin no kimono do meio-irmão. – Rin... – ele murmurou deixando o campo de batalha.
– Como você deixa Rin sozinha naquele estado, seu idiota! Agora ela está morrendo! – InuYasha berrou e uma batida do coração de Sesshoumaru falhou ao ouvir isso. Ele voou o mais rápido possível ao encontro dela.
“Será que nunca serei capaz de protegê-la por completo? Por que a vida dela corre tanto perigo quando está comigo? Do que adianta ser temido por muitos, mas não poder salvar aquela que é a mais preciosa para mim? Do que adianta ser temido por muitos, mas não poder proteger a vida de meu filho que nem nasceu ainda?”
Eram esses os pensamentos do lorde Sesshoumaru. Sua consciência pesava. Ele sabia que o que InuYasha tinha dito era verdade. Ele não deveria ter se afastado de Rin. A culpa era totalmente dele.
Enquanto isso, na casa de Kaede-sama...
Kagome se esforçava o máximo para purificar o veneno do corpo de Rin. Ela, também, estava, nos últimos dias de gestação, por isso ficou preocupadíssima com o grande esforço que estava fazendo. Mas ela faria de tudo para salvar a vida de sua amiga. Como a quantidade de veneno no corpo da jovem Rin havia diminuído significativamente, a garota já estava menos debilitada.
– Vamos, Rin! Quase lá! – motivou Kaede-sama. A sacerdotisa estava preocupada com a quantidade de sangue que Rin havia perdido e ainda estava perdendo.
Mesmo com todas as adversidades e sofrimentos, o filho de Rin e Sesshoumaru nascera. E não se travava de um menino, mas de uma linda menina. Tinha as feições do pai e o brilho dos olhos da mãe. Mas algo espantou Kagome e Rin:
– Mas, essa criança é humana! – exclamou a mulher de InuYasha. Rin também estava incrédula, como isso seria possível? A única pessoa que não parecia surpresa era Kaede-sama.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
E aí, o que acharam? Espero que tenham gostado. Um beijo e até o próximo capítulo!
Ps: * Líquido amniótico (ou fluido amniótico) é o fluido que envolve o embrião, preenchendo a bolsa amniótica, que desta forma o protege de choques mecánicos e térmicos. (via Wikipédia).