A Exterminadora De Youkais, parte II. escrita por Flávia Letícia


Capítulo 6
Capítulo 6 - A porção.


Notas iniciais do capítulo

Ooooooooi, pessoas! Peço desculpas pela demora absurda desse capítulo. A escola esse ano está mais difícil, estou tendo que estudar cada vez mais. Por isso, estou sem tempo. Mas, finalmente o capítulo saiu. Espero que gostem.



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Rin acordou na manhã se sentindo bem melhor. O cansaço ainda estava presente, mas não tão forte quanto antes. Ela havia passado a noite na casa de Kaede-sama, caso alguma emergência acontecesse, mas, por sorte, a jovem conseguiu dormir tranquilamente sem nenhum problema. Ouviu a voz de Kagome e de Sango se aproximando. Pouco tempo depois, as duas entraram na casinha de Kaede-sama.

– Como está se sentindo, Rin-chan? – perguntou Kagome.

– Bem melhor. Obrigada pelo apoio. – disse a jovem exterminadora. Sango sentou-se ao lado dela e passou a mão carinhosamente pela barriga da futura mamãe.

– Ah, como está se sentindo com a ideia de ser mãe? – perguntou.

– É surreal. Inacreditável. Fantástico. Agora não sou só eu. Sou eu e o bebê. – respondeu Rin sorridente.

– Rin-chan, leve um pouco daquele chá que você tomou ontem. Vai ajudar a amenizar as dores. – disse Kagome.

Rin fez uma careta ao lembrar do chá. O cheiro deixava a moça nauseada.

– Nem faça essa carinha, Rin-chan. Você sempre terá que tomar esse chá para não ter dores tão fortes.

– Sim, senhora. – respondeu Rin brincalhona. – Então, posso voltar para casa?

– Pode sim, mas qualquer coisa estaremos aqui. – falou Kaede entrando em sua casa. – E, por favor, evite ficar sozinha. Venha para cá assim que Sesshoumaru precisar sair.

– Sim. Obrigada por tudo, Kaede-sama.

A exterminadora saiu da casa da velha sacerdotisa pronta para voltar para o seu lar. Procurou Sesshoumaru, mas não o achou. Não sentiu seu youki em parte alguma. “Já deve estar em casa, talvez. Assim espero.” Pensou. Ela fechou os olhos e suspirou. Quando abriu os olhos novamente viu o dai-youkai parado bem a sua frente.

– Onde estava indo sozinha? – perguntou o dai-youkai.

– Estava indo para casa. Onde estava? Não consegui sentir seu youki...

– Eu fiquei um pouco mais afastado lhe esperando. Quando senti seu cheiro mais forte, voltei. – ele explicou.

– Ah, obrigada. – ela sorriu. Ele, carinhosamente, tocou no rosto de sua esposa. Depois, passou a mão na barriga dela, beijou seus lábios e disse:

– Vamos para casa. – ele carregou-a em seus braços.

– Não precisa disso... – disse Rin rindo.

– Não quero que se esforce. – ele falou sério.

Longe dali...

– Escute, Kazuo. Você colocará está porção dentro de algo que aquela humana irá comer ou beber. Certifique-se que ela irá ingerir isto. – ordenou Takara.

– Minha senhora, o que isso irá causar a humana Rin? – perguntou Kazuo um tanto preocupado.

– Kazuo, por acaso está preocupado com aquela reles humana? – perguntou Takara enfurecida.

– N-não, minha senhora. – respondeu Kazuo nervoso. – Só fiquei um pouco curioso.

– Contenha sua curiosidade, servo! Mas não irá fazer mal se eu te contar. Uma colega minha me forneceu isto. – falou lembrando de sua cúmplice que havia lhe dado a porção. – Ela confunde os sentidos e, se não for tratada, pode matar um humano em poucos minutos. – Ela entregou o pequeno frasco a Kazuo. – Agora vá, faça o que estou lhe ordenando.

Kazuo não gostou da ideia. Ele não podia ser tão impiedoso a ponto de matar uma humana por causa dos caprichos de sua senhora. “Fingirei que coloquei a porção na comida de Rin e direi a ela que a humana acabou derrubando o prato com toda a comida. Isso! Salvarei a vida da jovem Rin.”

Assim foi feito. Kazuo jogou fora o líquido que constava no frasco e retornou ao castelo de Takara-sama. Quando já estava lá, Takara olhou docilmente para ele:

– Então, Kazuo, fez o que eu lhe pedi? Rin tomou a porção? – ela perguntou. Kazuo engoliu em seco.

– Infelizmente, não. Eu coloquei o líquido do frasco na comida de Rin, mas ela derrubou o prato no chão com toda comida. Desculpe-me.

– Não acredito! – disse Takara ironicamente fingindo surpresa. – Como ousa mentir tão descaradamente para sua senhora? Não tem amor à sua vida? Por que não fez o que eu mandei? – Kazuo ficou imensamente surpreso. “Como ela descobriu?” Pensou. – Ah, essa carinha assustada deve estar pensando: como ela descobriu tudo isso? Meu caro servo, acha que eu não tenho espiões? Que tipo de guerreira você acha que eu sou? – ela deu uma risadinha. – Agora, você irá lá e fará tudo o que lhe ordenei anteriormente. Caso contrário... – ela passou o dedo pela garganta – já sabe o que lhe espera.

Kazuo congelou. Era sua vida ou a vida da humana. O que ele faria?

Assustado, ele caminhou até a casa de Rin. Infelizmente, teria que fazer aquilo. De longe, tentou observar dentro da casa. Ele sabia que Sesshoumaru tinha um olfato muito aguçado e que sentiria facilmente o seu cheiro, caso chegasse perto demais. Chegou um pouco mais perto. Rin tomava um chá lentamente. Seria ali onde ele tentaria colocar a porção. Ele precisava distrair Sesshoumaru para que o mesmo saísse de casa. Assim, Kazuo, colocaria a porção no chá de Rin. Era provável que assim que Sesshoumaru saísse de casa, Rin também ficasse alarmada parando de tomar o chá. Isso deixaria o plano de Kazuo bem mais fácil de ser executado. Com tudo esquematizado, só lhe faltava a coragem para fazer tal ato. Como ele poderia ser tão cruel? Como ele poderia ser tão terrível a ponto de acabar com a felicidade de um casal e a vida de uma humana tão jovem? Sua consciência o acusava cada vez mais. Mas, era preciso fazer aquilo, pois sua vida estava em jogo. Respirou fundo e foi atrás de dois youkais de seu clã para ajudá-lo com o plano. Existia uma base de seu clã não muito longe dali. Depois de encontrar o youkais e dar as ordens, Kazuo partiu para mais perto da casa de Rin. Tudo estava acontecendo de acordo com o plano.

– Sentiu esse youki, Sesshoumaru? – pôde ouvir Rin proferir dentro de seu lar.

– Fique aqui, irei lá fora ver o que está acontecendo. – Rin colocou o chá na mesa. – Eu irei com você. – falou. Ele virou-se para ela.

– Fique aqui, não quero que se machuque. – Rin aceitou as preocupações de Sesshoumaru, mas ficou perto da porta olhando o que estava acontecendo.

Kazuo chegou perto da janela da casa. A mesa, por coincidência, ficava bem perto da janela. Ele, rapidamente, colocou a porção no chá e escondeu-se. Ele era o melhor de seu clã quando era preciso se esconder. Sesshoumaru matou os youkais que o incomodavam e voltou para casa. Kazuo sentiu medo pela exterminadora Rin. Ele realmente não queria fazer aquilo.

Sesshoumaru olhou para Rin que estava perto da porta. Afagou seus cabelos e disse-lhe:

– Tome seu chá para que não sofra tanto.

Rin pegou o chá, mas o cheiro dele fazia com que seu estômago ficasse nauseado. Antes que pudesse dar o primeiro gole, Rin não aguentou e saiu correndo com a mão na boca para fora de casa. No momento em que se sentiu muito enjoada, antes de correr, Rin largou o copo com chá no chão derrubando tudo. Sesshoumaru, preocupado, seguiu a jovem que estava do lado de fora ofegante.

– Tudo bem? – perguntou.

– Só fiquei muito enjoada.

– Você está pálida...

– Acho que vou ficar aqui fora um pouco. Preciso sentir um pouco do vento. Depois, limpo aquela bagunça de chá. – ele puxou a manga do kimono dela, fazendo-a sentar na grama. Ela encostou a cabeça no ombro dele e ele abraçou-a.

Kazuo que observava tudo de longe e escondido, respirou aliviado quando soube que Rin não havia ingerido nem um pouco daquela porção. “Bom, Takara-sama, não foi dessa vez. Ainda bem.” Pensou.


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Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam? Coitadinho do Kazuo, tendo que suportar os planos de Takara... Vejo vocês no próximo capítulo, beeeijos :)