Paulina encostou a testa na janela e caiu em um choro descontrolado. Seu coração ferido, mas apaixonado, mostrava a ela o quanto amava aquele homem que havia acabado de mandar embora. Olhando pela vidraça, pôde ver o Carro de Carlos Daniel estacionado frente à calçada. Seu choro era descontrolado. Ela precisava dele. Sua visão, já borrada pelas lágrimas, viram quando ele saiu da pensão com Dona Matilde ao seu lado. Ele também chorava. Paulina o observou entre as lágrimas. Viu quando ele deu um forte abraço na senhora e abriu a porta do carro, jogando a mochila no seu interior. Dona Matilde e ele trocaram mais algumas palavras, e assim ele se virou para entrar no carro. Quando ela pensou que ele iria embora, Ele ergueu o olhar e a olhou. Ela chorou ainda mais com seus olhares colados a metros de distância. Seus olhares continuaram juntos enquanto seus corações sofriam pela distância. Carlos Daniel baixou o olhar e entrou no carro, e ali, Paulina percebeu que o grande amor da sua vida, o único homem que ela amou na vida, havia dito que a amava.

–Não! –gritou ela.

Com mãos trêmulas, ela afastou o restante da cortina e abriu a janela, com pressa. Quando consegui abri-la, apoiou-se na beira, e sua voz ainda embargada pelo choro, ecoou, sendo forçada ao máximo.

–Carlos Daniel! –Gritou mais alto que pode. Ela voltou a chorar enquanto os segundos se passavam e ele não saia do carro. Quando desacreditou, ele desceu do veículo e a olhou. –Volta, Por Favor! –Pediu entre as lágrimas. –Eu te amo! –Gritou para que o mundo ouvisse.

Carlos Daniel a olhou por alguns instantes, capturando as palavras dela. Sem mais pensar, a olhou e sorriu. Batendo a porta do carro, entrou na pensão lançando um sorriso para dona Matilde. Com Velocidade, ele subiu as escadas e adentrou o quarto de Paulina. Ela estava ainda parada em frente a janela, mas agora olhando-o. Seus olhares se encontraram. Carlos Daniel fechou a porta e caminhou até ela, sem deixar de olha-la nos olhos.

–Eu te amo. Te amo. –Disse para ela.

–Eu também te amo. Te amo a muito tempo. –Afirmou sem medo.

Carlos Daniel aproximou-se dela com um belo sorriso, e envolvendo sua cintura, ela apoiou as mãos aos ombros dele. Ela sorriu para ele enquanto as lágrimas não paravam de escorrer. Ele correu uma das mãos pelo rosto dela e limpou sua face molhada. Ela, vendo os resquícios das lágrimas no rosto dele, fez o mesmo. Ele sorriu olhando-a no fundo dos olhos, e assim, aproximou seus lábios roçando um ao outro.

Ambos necessitavam de mais. E passando o roçar a um verdadeiro beijo, Carlos Daniel a colou ainda mais ao seu corpo, deixando-a de pernas bambas. Ela gemeu quando ele deslizou a boca por seu pescoço e o mordiscou, até chegar ao lóbulo de sua orelha, sugando-o entre os dentes. Ele enlouqueceu com o som vindo da garganta dela, e fez o contorno do pescoço dela com sua boca, beijando a garganta e fazendo o mesmo em sua outra orelha. Ela envolveu as mãos ao pescoço dele e dedicou-se a acariciar aqueles cabelos que tanto amava. Puxando-os levemente, o fez erguer o rosto e o beijou, beijou com fome, desejo. Ele a agarrou ainda mais e forçou seu quadril contra ela, fazendo-a sentir tamanha a excitação dele. Ela se afastou como em um susto, e ele sorriu a puxando de volta.

–Calma. –riu. –Deixe-me sentir teus beijos... –disse com o olha faminto. Ela apoiou as mãos aos braços fortes dele e ergueu o queixo, facilitando a ele o toque de seus lábios. Ele a beijou, desta vez mais calmamente. Sua mão deslizou pelas costas dela, e logo pela lateral de seu corpo. Quando ele deslizou os dedos, e correu a mão pela borda da saia, ela tentou engolir um gemido, mas foi em vão. Paulina jogou a cabeça para trás e entregou-se ao toque dele. Desejava estar em seus braços. Carlos Daniel queimou completamente ao tê-la assim, desejando-o, correspondendo-o. Cuidadosamente, abriu o zíper da saia lápis. A Respiração de Paulina acelerou ao último nível, com o som do zíper se abrindo. Ele, sem deixar de beijá-la, segurou a barra da saia e a puxou para baixo, deslizando-a pelas pernas de Paulina. Carlos Daniel tocou suas pernas com suavidade, deixando-a louca por ele. Ela contorceu-se em seus braços quando com apenas uma das mãos, ele começou a desfazer os botões da camisa que ela usava. Ofegou, quando os dedos dele passaram por entre seus seios, e gemeu quando Carlos Daniel abriu o ultimo botão e colou seus corpos outra vez.

Paulina, percebeu onde tudo aquilo a levaria. Continuava a ser errado, mas ela queria, precisava senti-lo dentro dela outra vez. Ela correu a mão pelo peito dele e logo, segurou a barra de sua camisa polo. Ele gemeu entre os dentes cerrados quando os dedos dela, que já suavam, tocaram seu abdômen. Suas mãos ficaram trêmulas, e Carlos Daniel ajudando-a, deu um passo atrás e ele mesmo tirou a camisa. Quando o tecido passou pelos braços dele, e Paulina observou o maravilhoso peito que tinha, sentiu o corpo queimar de desejo. Era algo enlouquecedor. Sentiu seu ventre se contrair e suas pernas umedecerem. Ela o queria. Seus olhares se encontraram e ele retomou a posição de antes, dando um passo a frente. Ele segurou firme, mas suavemente o quadril dela, e sem esperas, a puxou para si, tocando um corpo ao outro. Paulina ofegou quando sua pele desnuda tocou o peito dele. Carlos Daniel enlouqueceu, e não suportando mais, deslizou as mãos para a lateral do corpo dela e logo para suas nádegas. Ela gemeu alto e agarrou com uma das mãos os cabelos dele. Carlos Daniel tinha sobre ela um poder que ela mesma jamais conheceria. Sob qualquer toque dele, ele podia pedir o que quisesse e ela faria. Estava completamente apaixonada, vivendo por ele. Carlos Daniel a apertou contra si, e ela outra vez pode sentir o quão desejando aqui tudo ele também estava. Dessa vez ela não recuou, jogou a cabeça para trás e cerrou os dentes. Ele deslizou com rapidez uma de suas mãos para o pescoço dela e firmou sua nuca, puxando-a para si. Paulina ofegou e seus olhares se encontraram. Ele estava sério, mas em seu olhar, o desejo queimava, mostrando o mais profundo de sua alma.

–Te quero. Muito. –sussurrou ele antes de depositar um beijo sobre o hematoma no rosto dela. Paulina ameaçou jogar a cabeça para trás, mas ele a firmou. Ameaçou fechar os olhos, mas ele puxou-a ainda mais para si, colando suas testas, fazendo olha-lo. –Nunca duvides de meu amor por ti. –disse antes de roçar seus lábios a ela e beijá-la com todas as suas forças.

Seus lábios se moviam um contra o outro quase em uma guerra. Paulina respirava ofegante, e logo a respiração dele ficou igualada. Suas línguas moviam-se procurando mais toque, procurando mais o sabor um do outro. Paulina que bagunçava os cabelos dele, correu uma de suas mãos para a lateral do rosto dele e segurando-o afastou seus lábios.

–Eu Te Amo Carlos Daniel. –Sussurrou com os olhos fechados. –Te quero como nunca imaginei ser capaz de querer alguém. É errado, mas...

–Sh! –Ele a calou pondo o dedo indicador sobre seus lábios, fazendo-a abrir os olhos e mira-lo, e logo em seguida fez o contorno dos lábios dela com o dedo. –Não é errado. –sussurrou, mirando no fundo daquela íris verde. –Eu acabei de dizer que te amo. E se não fosse verdade, jamais diria. –encostou sua testa a ela. –Eu amo você Paulina, e você também me ama. Não é errado nos amarmos. –Tocou seus narizes em uma carícia.

–Sim, eu te amo. –Fechou os olhos. -Amo com todas as forças do meu ser. Mas Você é Casado, -fez o mesmo processo dele, roçando seus narizes. -e não devíamos.

–Amanhã mesmo entrarei com o processo de divórcio. –Afirmou. –Quero a ti em meus braços. –a olhou nos olhos. -Apenas a ti.

Carlos Daniel tomou os lábios dela com os seus, iniciando um beijo mais calmo, mas igualmente apaixonado. Suas mãos corriam pelo corpo dela, e ela não recuou em momento algum. Ela bagunçava os cabelos dele com uma das mãos, mas ela precisava senti-lo mais a si, e com a outra, deslizou por seu peito, e passou o braço por baixo do dele, abraçando suas costas e percorrendo toda aquela extensão. Carlos Daniel puxou os lábios dela com os seus e mordeu seu lábio inferior. Ela gemeu baixinho com os lábios colados ao dele. Sem mais pensar, ele passou os braços por debaixo das costelas dela e a colocou no colo. Paulina assustou-se de inicio, mas enlaçou as pernas na cintura dele. Carlos Daniel sem soltar os lábios dela, caminhou até a cama, reclinou-se e a largou. Paulina gemeu e soltou um pequeno “Ai” com dor.

–Está bem? –perguntou ele antes de largar seu corpo sobre ela.

–Minhas costelas, doem um pouco. –foi sincera.

–Eu posso? – olhando para ela, no fundo dos olhos, perguntou se podia recostar-se com ela. Paulina suspirou e moveu a cabeça em concordância, fechando os olhos. –Eu quero tanto te ter em meus braços... –sussurrou ele apenas aproximando-se dela.

–Eu também quero. –murmurou baixinho, escutando em sua mente as batidas aceleradas de seu coração.

Ele, sentou-se a cama aos pés dela, e deslizando os dedos pela pele clara e sedosa da perna dela, correu os dedos e tirou as sapatilhas dela. Paulina mantinha a respiração acelerada, sabendo que ele a mirava.

–Tenho que trancar a porta... –murmurou aproximando-se dela e logo beijando-a abaixo da orelha.

–Não, fique aqui... –pediu. Ela sabia que morreria de vergonha quando ele voltasse.

–Apenas 10 segundos. –sussurrou colado a pele dela, com um sorrisinho travesso. Carlos Daniel levantou-se da cama e a deixou ali, com os olhos fechados e apenas de Lingerie com a camisa aberta. Ele correu até a porta e a trancou, e tirando os calçados pelo caminho, juntou-se a ela.

–Já estou aqui. –disse baixinho deitando seu corpo sobre o dela. Ele repousou seu corpo ali e a abraçou, beijando-a o pescoço. Ela engoliu em seco enquanto sua respiração tomava outra vez um rumo acelerado. Carlos Daniel correu uma das mãos pela lateral do corpo dela e puxou uma de suas coxas, fazendo-a afastar as pernas e dar acesso a ele. Paulina ofegou quando ainda por sobre o jeans que ele usava, sentiu seu sexo a tocando. Ele engoliu um gemido e desceu os lábios pelo pescoço dela. Ela dedicou-se a bagunçar os cabelos e acariciar as costas largas e musculosas. Carlos Daniel ofegou quando ela correu as unhas pelas costas dele. Ela contraiu o corpo e deslizou os lábios pelo pescoço dele. Paulina o beijava carinhosamente, mas cheia de desejo. Carlos Daniel segurou-a suavemente pela garganta e levou seus lábios para ela. Paulina os tomou e os beijou com necessidade. Ele retribuiu da mesma forma, precisava dela assim também.

–Paulina. –Disse afastando seus lábios dos dela bruscamente. Ela abriu os olhos um pouco assustada, encarando-o. Carlos Daniel tomou ar, e olhando-a nos olhos, com suas bocas a centímetros de distância, deixou que o seu maior desejo viesse à tona. –Te amo, Quero que faças amor comigo. –mergulhou ainda mais naquele olhar verde cristalino. –Quero te amar Paulina. Deixe-me amar você...