Paulina e Carlos Daniel - Perdoa-me escrita por Dai


Capítulo 5
Segredo descoberto - Custe o que Custar


Notas iniciais do capítulo

Oiii
Quero deixar esse cap de hoje, pra minha escritora amada, aquela moça que me aperria no imbox pra saber o futuro das fics, aquela que me viciou completamente em sua história.
Karina Célia, esse cap é pra vc! Te amo perra.
Vamos ler???



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O Celular despertou. Ela tinha que levantar. Mas seu corpo não queria. Ela abriu os olhos, percebeu que estava um dia chuvoso. Quando pensou em dormir mais um pouquinho, Paulinha e Gabriel adentraram o quarto correndo, pulando sobre a cama, enchendo-a de beijos.

–Bom dia mãezinha! Bom Dia! –Gritavam felizes as crianças.

–Bom dia meus amores! –Disse Paulina despertando rapidamente.

–Vamos mamãe, vamos! –Disse Paulinha pegando-a pela mão, tentando levantá-la da cama.

–Aonde filha?

–Ai Mamãe! Você esta muito esquecidinha!

Paulina caiu na gargalhada.

–O Carlinhos e a Lizete devem estar chegando! –Disse a menina empolgada.

–Vamos logo mamãe! –Disse Gabriel apreensivo.

–Ai Meu Deus! Eu tinha esquecido que era hoje... deixem a mamãe se arrumar, e nós já vamos! Liga para o Carlinhos filha, e diz que já estamos indo, ok? –Disse Paulina levantando rapidamente, pegando uma roupa no closet.

Paulina se arrumou rapidamente, colocou um vestido floral e uma sapatilha, prendeu os cabelos em um “rabo de cavalo” e passou apenas um leve lápis nos olhos. Ela desceu as escadas do apartamento voando, pegou as chaves do carro, a bolsa, e assim seguiram para o aeroporto.

O Encontro com os filhos foi como sempre emocionante. Paulina não pode conter as lágrimas e como sempre ficou impressionada com o tamanho dos adolescentes. Lizete usava os cabelos longos. Continuavam loiros, iguais de quando ela era criança. Já Carlinhos, estava idêntico ao pai. Quanto mais crescia, mais parecido com ele ficava. Paulinha e Gabriel estavam realizados! Ficar com os irmãos mais velhos era maravilhoso. Eles adoravam.

Assim, eles voltaram para casa. Eles tomaram um belo café juntos, rindo e brincando. Logo após, Lizete foi conversar com Paulina e Carlinhos levou as crianças para darem um passeio.

–Mãezinha, tenho tantas coisas pra te contar...

–Então conte filha!

–Pois é, conheci um menino, e ele me pediu em namoro!

–Serio filha?! Nossa que bom! E Você esta feliz? –Perguntou Paulina enquanto uma lágrima escorria dos olhos dela.

–Estou sim, mas... por que você está chorando?

–Nada filha.. esquece. Bobagens minhas.

–Não, Não! Pode ir me contando...

–é que esqueço que você e Carlinhos não são mais crianças. Lembro de quando entrei naquela casa, de você e Carlinhos brigando.. das suas fantasias... do seu... esquece. –Disse ela limpando uma lagrima teimosa.

–Fala mãe... do meu pai?

–É.

–Eu sei que você nega isso até a si mesma, mas você ama ele, não é mesmo?

–Não diz besteira Filha! –Disse ela desviando o olhar da menina, engolindo o choro.

–Diz olhando pra mim que não ama o papai? Diz então... –Insistiu Lizete.

–Você sabe que não posso dizer isso. Não quero sofrer mais. –ela deixou a teimosa lágrima cair.

–Eu sei mãe, desculpa. –A menina a abraçou.

–Bom, -Ela enxuga o rosto. –Vamos mudar de assunto. Como estão as coisas por lá, a escola, seus tios...

–Não sei se devo te contar... –Disse a menina confusa.

–Por que não?

–Bom, -Ela começou a tremer e despejou as palavras. –Vovó voltou a beber, papai também, eu e Carlinhos tivemos que mudar de escola porque o papai parou de pagar. A fabrica está decaindo de novo... ai, tudo esta horrível.

–Meu Deus! –Disse Paulina apavorada. –Desde quando isso começou?

–A uns 8 meses.

–Meu Deus.

Paulina estava apavorada com o rumo que tudo tinha tomado. Querendo ou não, ela amava aquela família mais que tudo, e não tinha como não se preocupar. Ela e Lizete conversaram sobre muitos assuntos e logo o dia passou voando. Paulina arrumou as crianças em seus quartos, e fez questão de ir dar um beijo de boa noite em Carlinhos e Lizete. Eles seriam para ela, seus eternos pequenos.

Paulina foi para seu quarto, tomou um banho e jogou-se na cama. Ali, jogada entre as cobertas, lembrava da pergunta de Lizete.

“mas você ama ele, não é mesmo?”

–Quando irei superar isso meu Deus? Quando?! Não posso continuar vivendo assim! –Pensou ela enquanto uma lágrima rolou por sua face.

O fim de semana foi maravilhoso, as crianças se divertiram muito com a mãe, mas tiveram de voltar para casa.

Carlinhos e Lizete haviam chegado, tomaram um banho, comeram algo e foram conversar na sala.

–O Fim de semana estava ótimo! –Disse Carlinhos contente. –Paulinha e Gabriel estão enormes!

–Verdade! Parece que foi ontem que o Papai e a mamãe casaram e a Paulinha nasceu, e depois o Gabo.. e ... –Lizete deixou cair uma lágrima.

–É, parece que foi ontem. E não adianta Lizete, você sabe melhor que eu que tudo aquilo foi uma armação de Diego, neh?

Nesse momento Carlos Daniel descia as escadas. Mais uma noite de bebedeiras e loucuras estava por começar. Ele percebe a movimentação na sala, e caminhando lentamente para ao lado da porta, colocou-se a escutar. Carlinhos e Lizete não perceberam e continuaram o assunto.

–Claro que sei seu bobalhão! Todos os exames que a mamãe fez naquela noite mostraram a armação daquele desgraçado. Mas ele fez tudo tão bem que conseguiu o que queria, separar nossos pais.

–Eu não sei como o Papai teve coragem de bater na mamãe. Nunca vou perdoar ele por isso. Se ele soubesse que por culpa dele uma vida inocente foi tirada...

–QUE HISTÓRIA É ESSA?! –Perguntou Carlos Daniel, não querendo acreditar nas palavras que ouviu.

Carlinhos e Lizete ficaram paralisados. Não podiam acreditar que Carlos Daniel havia escutado aquele segredo que parecia estar tão bem guardado.

–QUE VIDA INOCENTE?! FALEM!

Carlinhos e Lizete se olharam apavorados.

–E agora? –Perguntaram um ao outro num olhar de cumplicidade.

–FALEM LOGO! O QUE VOCÊS TANTO ME ESCONDEM!?

–Ah o Senhor quer mesmo saber? –Perguntou Carlinhos ironizando.

–CLARO!

–Pois bem “Paizinho” –debochou.

–Não Carlinhos! –Pediu Lizete. –A mamãe pediu segredo!

–PEDIU SEGREDO DE QUE LIZETE!?

–Ela, mesmo depois de tudo, não queria magoar mais ainda o senhor. Ela sofre com isso até hoje! –Disse lizete já soluçando.

–COMO ASSIM? –Pergunta Carlos Daniel sem entender nada.

–NAQUELA NOITE A MAMÃE ESTAVA GRÁVIDA DE UMA MENINA, QUE MORREU POR CULPA SUA! –Gritou Carlinhos.

As Palavras do garoto ecoaram na mente de Carlos Daniel. Ele sentou-se no sofá, e uma lágrima grossa desceu de seus olhos.

–Uma Filha...

–SIM PAI! UMA FILHA! A MINHA IRMÃ! QUE FOI MORTA POR VOCÊ! VOCÊ MATOU ELA! –Gritava Carlinhos pondo o dedo na cara do pai.

–Será que ela era mesmo minha filha? –Pergunta Carlos Daniel sentindo uma faca atravessar seu peito. Ele tentava de todas as formas não acreditar nisso, mas as lembranças daquela noite deixavam a duvidar.

–CALA ESSA BOCA PAI! –Gritou Lizete perdendo o Controle. –A MAMÂE FOI DOPADA POR AQUELE DESGRAÇADO!

–Como assim? –Perguntou Carlos Daniel levantando-se.

–Mamãe foi dopada com um sonífero! Não sabia de nada naquela noite! Os exames de sangue dela comprovaram tudo! Você foi um idiota em acreditar! E ainda por cima de tudo, bebeu feito louco e fez o que fez!

–O QUE? ISSO NÂO PODE SER VERDADE! –Disse exaltado chorando.

–Pois é, a mais pura verdade! Por que você acha que a mamãe ficou tanto tempo no hospital? Perguntou Lizete.

–Pensei... que .. que.. sei lá! Nunca parei direito pra pensar nisso. –Disse ele chorando sem controle.

–Devia ter parado e pensado. Aquela noite foi o pior dia da vida de todos nós, você destruiu nossa família, matou um ser inocente, deu inicio a esse inferno que vivemos hoje! Tudo estava tão bem! E o pior de tudo! A Mamãe... você destruiu a vida dela! –Carlinhos segurava as lágrimas.

–Eu... –Ele não tinha o que dizer.

–Todos esses anos a mamãe sofre por isso. Você não acreditou no que ela dizia, e mais, bateu nela, fez ela perder o filho que tanto ansiava em ver. Nunca vou te perdoar por isso.

–Meu Deus! –Disse ele chorando descontroladamente colocando as duas mãos no rosto. –A Minha Paulina, a única mulher que eu amei de verdade... Eu não acredito que fui tão cruel, que cheguei a esse ponto. Meu Deus! Ela perdeu uma filho meu, por minha culpa! Nunca vou me perdoar... –Ele soluçava sem controle.

Carlinhos e Lizete o olhavam distantes. Sabiam que mesmo com tudo o que ele fez, aquelas palavras atravessaram o peito dele como um arpão afiado.

–Tenho que ir atrás dela! –Ele levantou decidido a ir para Miami naquele exato momento.

–Ah, não vai mesmo! –Disse Carlinhos firme. –Você vai lá pra que? Ela esta tão bem agora, vai destruir a vida dela de novo?

–EU AMO A PAULINA! NÃO SEI AINDA ESTOU VIVO SEM ELA! DEPOIS DE TUDO QUE VOCÊS CONTARAM EU PRECISO PEDIR PERDÃO A ELA!

–Ela também te ama pai. –Disse Lizete baixinho.

–Cala essa boca pirralha! –Carlinhos a repreendeu.

–Tem certeza filha? -perguntou Carlos Daniel com um brilho no olhar.

–Mamãe vai me matar... mas... sim, ela ainda ama o senhor.

–Tenho que fazer alguma coisa, não posso ficar aqui parado. Preciso da minha Paulina, eu tenho que reconquistá-la! Preciso do perdão dela! Preciso!

–Calma pai! Você precisa pensar... –CD interrompe Carlinhos.

–Pensar o que? Faz dois anos que perdi o amor da minha vida e matei uma vida inocente! Não posso continuar vivendo assim! Ainda mais agora que sei de toda a verdade!

–Mas espere um pouco... pelo menos alguns dias. Deixe eu falar com a mamãe primeiro. Essas feridas nela ainda doem. –Disse Lizete.

–Esperarei o tempo que for para ter sua mãe de volta filha, o tempo que for necessário. Curarei cada ferida com todo o meu amor! Eu amo a mãe de vocês! Não posso viver assim, sem ela. Não consigo mais!

–Então esta bem, amanhã eu vou para Miami, sozinha. E ai, conversarei com a mamãe e contarei tudo a ela.

–Esta bem minha filha. Mas agora me diga, por que ela não quis que eu soubesse a verdade? Quem mais sabe de tudo isso?

–A mamãe pediu segredo, ela ficou muito machucada com tudo o que houve. Pense no lado dela. Olha a maneira como tudo foi, você disse coisas horríveis para ela. Doeu mais que o tapa.

–Nunca vou me perdoar.

–Só quem sabia disso era eu, Carlinhos e vovó Piedade.

–Só digo uma coisa, se você fizer minha mãe sofrer novamente, esqueça que um dia teve um filho! –Exclamou Carlinhos.

–Nunca mais irei fazer sua mãe sofrer! Te juro meu filho!

Carlinhos se retirou da sala. Lizete e Carlos Daniel ficaram conversando madrugada a dentro. Faziam exatos dois anos que ele não sorria, e ao ouvir Lizete falar dos irmãos casulas, um brilho novo tomou seu rosto. Aquela foi a noite que ele tomou uma atitude:

–Vou Reconquistar a mulher que amo e reconstruir minha família, custe o que custar!


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Notas finais do capítulo

Gostaram??? espero que sim!
Comentem, favoritem, #RECOMENDEM.
beijooos!



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