As lembranças daquela noite passavam na cabeça de Paulina e ela não conseguiu controlar uma lagrima insistente. Sua mente não voltava ao tempo real, e insistia em relembrar...

...Paulina acordou com a correria de Carlinhos e Lizete pela casa.

–Carlos Daniel!? Amor?! –Disse ela tocando-o, tentando acorda-lo.

–Hum?

–O Jantar!

–Tinha me esquecido!

–Vamos logo! Não quero me atrasar!

Paulina e Carlos Daniel se arrumaram. Paulina pôs o vestido e os sapatos e prendeu apenas metade de seu cabelo com um pregador em ouro que havia ganhado de presente de casamento do marido. Seu cabelo estava mais comprido, batia no meio das costas, mas a cor ainda era a mesma. Nos olhos, uma sombra em um tom claro foi aplicada, e um traço firme de delineador destacou o olhar. Nos lábios, um batom vermelho chamava atenção.

–Uau! Você esta linda!

–Obrigado meu amor, você também esta lindo!

–Podemos ir?

–Claro!

Paulina e Carlos Daniel foram para o jantar. Por onde passavam, todos os olhavam com admiração.

Assim que o casal encontrou o dono da festa, o multimilionário Diego Roldan, dirigiram-se a ele. Ele estava só. Diego era divorciado, tinha fama de conquistador, e por onde passava deixava as mulheres babando, e seus maridos respectivamente, furiosos. Era um grande amigo de Carlos Daniel, mas mal sabia ele que este amigo destruiria sua vida naquela noite.

Diego convidou o casal a sentar com ele, e Carlos Daniel no mesmo instante aceitou. Tudo transcorria perfeitamente, até o “amigo” de Carlos Daniel oferecer uma bebida a eles.

–Gostariam de beber algo? Um drink, whisky? –ofereceu gentilmente (desgraçado!)

–Um Whisky duplo para mim. –Pediu Carlos Daniel logo.

–Pra mim um suco. Obrigada. –Pediu Paulina já cuidando da sua menininha.

–Vou buscar, volto logo. Com licença. –Diego foi até o bar.

–Whisky já Carlos Daniel? –Perguntou Paulina fitando-o, sabia que ele não era fraco para bebidas alcóolicas.

–Vou me controlar amor, você verá.

–Assim espero.

Rapidamente voltou Diego entregando as bebidas ao casal. Em questão de minutos Carlos Daniel já estava com outra dose de whisky nas mãos . E logo outro e outro ele ia tomando.

O Jantar correu tranquilo e harmonioso. Logo, começou o baile, e o casal foi Dançar. Carlos Daniel largou o copo, mas vez que outra voltava e tomava um gole, e o querido amigo fazia questão de continuar servindo álcool a ele. Seu Plano transcorria perfeitamente. Ele ofereceu bebida novamente a eles, e Paulina pediu outro suco. Pobre Paulina, ali foi seu maior erro.

Logo ele trouxe o suco e após o primeiro gole de Paulina ele sabia: “-Já era!”

O Casal voltou a dançar, Carlos Daniel já não estava tão “lucido.” Paulina começou a ficar tonta, pediu licença a ele e disse que iria ao banheiro. Inocente, perguntou a Diego onde ficava o toalhete, e ele “atencioso” disse que ficava no andar de cima, na segunda porta a esquerda.

Assim ela foi. Carlos Daniel sentou a espera da volta dela. Paulina fez exatamente como ele havia falado, mas ao abrir a porta, era um quarto. Quando Paulina pensou em sair e fechar a porta, ficou tonta. Seus olhos ficaram embaçados, e ela começava a perder a sustentação do corpo. Adivinhem quem apareceu para ajuda-la? Diego Roldan.

–Esta bem Senhora Bracho?

–Não. –Apenas isso saiu de sua boca, e ela perdeu a sustentação das pernas.

Diego, cavalheiro, a segurou e levou-a até a cama. Deitou-a e deitou seu corpo sobre o dela.

–O que esta fazendo? –Perguntou ela com a voz falha tentando levantar.

–Nada que você não queira... –Disse ele começando a soltar o vestido dela.

–Me solta Diego! –Ela tentava gritar, mas perdeu as forças, e assim, os sentidos.

–Que pena que tenha que fazer isso... se você tivesse sido boazinha e correspondido minhas indiretas... nada disso teria acontecido. –Disse ele acariciando os seios dela enquanto a despia.

Ele tinha planejado tudo, e mesmo louco de vontade de transar com ela, não faria isso em tal situação. Queria ela bem acordada, e não adormecida por culpa de um sonífero.

Ele a despiu por completo, levantou, e ficou olhando-a nua por um longo tempo. Ele não podia negar que ela era linda. E ele mesmo fazia questão de relembrar. Ele queria ela, e não desistiria. Assim também se despiu e deitou ao seu lado na cama.

Cada minuto que passava Carlos Daniel ficava mais angustiado naquele salão. Ele esperou exata meia hora, mas nada dela voltar. Carlos Daniel procurou por Diego, mas também não o encontrou. (por que será?) Assim, foi a procura de Paulina. Ele subiu as escadas, abriu uma porta e nada. Mas ao abrir a segunda teve a pior visão do mundo.

La estava Paulina recostada nos braços de seu melhor amigo. Suas roupas estavam no chão, a maquiagem estava borrada. Seus seios estavam a mostra e apenas um pedaço do lençol cobria suas intimidades.