Paulina e Carlos Daniel - Perdoa-me escrita por Dai


Capítulo 15
Não...não... foi um sonho... não!


Notas iniciais do capítulo

Oi Povo! Bem, depois de terem comentado, eu disse q postaria cap inédito! e aqui estou!
Desfruteeem!



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Paulina permaneceu por alguns instantes na mesma posição: Agarrada as costas do amado, com os olhos firmemente cerrados, sentindo os últimos espasmos de seu corpo. Carlos Daniel lentamente foi soltando os dentes do pescoço de Paulina. No mesmo lugar onde mordeu, raspou os lábios e depositou um beijo quente. Recostou sua cabeça no ombro dela sem soltar seu quadril, apenas diminuindo a intensidade que a pressionava.

Paulina suspirou, tentando colocar sua respiração em ordem, coloca-la ao normal. Levantou a cabeça e a recostou sobre o ombro de Carlos Daniel, ficando um abraçado ao outro completamente. Paulina sentia a respiração quente dele tocando sua pele suada. As mãos dele calmamente foram soltando seu quadril e começaram a passear pelas suas costas nuas, deslizando na pele molhada pelo suor.

–Eu te amo, você é linda. –Disse ele afastando a cabeça de seu ombro, passando a ponta dos dedos em seu ombro e pescoço, descolando os fios de cabelo colados a pele.

–Eu também... também te amo. –Permaneceu com os olhos fechados.

–Senti sua falta cada segundo. –sussurrou respirando profundamente no pescoço dela, inalando seu cheiro.

Paulina permaneceu em silêncio, apenas tocando-o, acariciando o corpo do amado.

–O que será que as Crianças deixaram pra nós naquele baú?

–Como assim? –Perguntou ela saindo de seu misto de sensações, olhando para ele.

–Eles me ajudaram... –Falou baixinho em tom de desculpas.

–Ajudaram? Como assim?

“...Desculpe. Juro que é pelo seu bem. Me perdoa mãe...”

–Lizete! –Disse ela saindo de seus pensamentos.

–Lizete, Carlinhos, Paulinha, Gabriel... os quatro. Nossos filhos me ajudaram.

–Te ajudaram? Então isso tudo... –Ela fica com os olhos marejados.

–Shh... –Ele toca os lábios aos dela, silenciando-a. –Eles sabiam, assim como eu que você não aceitaria conversar numa boa. E depois do meu pedido... –Ele olha para ela por entre os cílios. –eles resolveram ajudar-nos. Um leve empurrãozinho.

–Vocês me enganaram... mentiram. –Ela olha para ele com aquela lagrima que marejava seu olhar, agora escorrendo por sua face.

As mãos de Paulina soltam o corpo de Carlos Daniel. Ela fecha os olhos e respira profundamente. Fazendo o intuito de levantar, Paulina move seu corpo sobre Carlos Daniel, que percebendo que ela levantaria, Segurou seu quadril forte.

–Não, por favor... fica comigo. –Pediu ele olhando para o rosto dela. –Perdoe-me, perdoe-os. Eu só queria a chance de mostrar que te amo verdadeiramente, e eles querem apenas nossa felicidade, eu e você juntos. Eles querem os pais juntos de volta. E eu também... Paulina...

Carlos Daniel move lentamente o quadril de Paulina. Ela fecha os olhos e contrai o corpo, segurando um gemido. Ela pode senti-lo firme e palpitante no interior dela. Mesmo depois daquele orgasmo fascinante, a vontade de amar ainda encontrava forças para um novo ato, uma continuação.

–Por favor.. fica. –Pediu ele em uma voz quase inaudível, com a cabeça colada ao pescoço dela.

–Carlos Daniel, isso... isso... –Ela não conseguia falar.

As Mãos de Paulina, pousadas ao peito de Carlos Daniel tremiam. Seus olhos lentamente fecharam-se enquanto ela começava a respirar pela boca, tentando manter o controle.

–Eu te amo tanto... fica comigo, fica nos meus braços... –Ele a abraça, mergulhando o rosto nos cabelos dela. –Fica.

–Carlos Da.... –Ele a interrompe, apertando-a contra ele.

Paulina acaba cedendo outra vez. Suas mãos encontram os cabelos dele, entrelaçando os Dedos nas madeixas negras. Ela o puxa para si, invadindo a boca dele com a lingua em um beijo carregado de saudade, dizendo que ficaria com ele pra sempre.

Carlos Daniel acaricia as costas dela, sem deixar de beija-la com pressa, desejo. Em um movimento rápido, cheio de precisão, ele move Paulina e deita seu corpo sobre o dela.

–Nunca vou me cansar de dizer que te amo Paulina,-Ele alisa o rosto dela com as costas dos dedos, sem tirar seus olhos daquela íris verde. - te amo tanto. –Sussurra roçando os lábios levemente no nariz dela.

–Eu nunca cansarei de escutar. –Ela move o rosto roçando seus lábios levemente ao dele. –Também te amo.

Seus lábios movem-se lentamente amando cada sensação. Calmamente os braços de Paulina o envolvem e o apertam para si. Seus corpos colam um ao outro com o suor que os encharcava. E assim, um nos braços do outro, amaram-se novamente, matando a saudade, os medos, e os erros.

Paulina e Carlos Daniel entregaram-se novamente aquele amor. Entregaram-se a uma Madrugada apaixonada, extremamente ardente.

–Te amo, te amo, te amo, Minha Paulina. –Sussurrou ele beijando o topo da cabeça dela.

Um nos braços do outro, colocaram suas respirações em um ritmo normal e acabaram adormecendo ali mesmo, como era previsto.

Os primeiros raios de sol daquela manhã de primavera, começavam a entrar pela janela da biblioteca. Paulina sentindo a claridade em seu rosto começou a despertar. Sem se mover, Ela piscou os olhos varias vezes tentando lembrar onde estava. Sua mente despertou e lançou os pensamentos de Paulina até a noite anterior.

–Meu Deus... não não... –Ela fecha os olhos. –Foi um sonho, foi um sonho. –Pensou ela.

Após ficar longos segundos com os olhos cerrados, lentamente começou a abri-los. Ao olhar ao redor, avistou a biblioteca por completa. As flores no chão, o urso e os chocolates sobre a mesa. Em seus ouvidos, o som das batidas do coração do amado ecoavam. Paulina levantou a cabeça lentamente e olhou o rosto de Carlos Daniel.

–Meu Deus. –Disse ela quase inaudível.

Com todo o cuidado para não acordá-lo, Paulina levantou do tapete. Seu corpo estava dolorido. Ela enrolou-se em um dos lençóis e foi até sua bolsa. Abriu-a e pegou seu celular. Nele, uma mensagem de Lizete e outra de Juan:

“Mãe, me perdoa. Desculpe novamente. Foi para o bem de vocês. Te amo. Sua princesinha.”

“Oi. Chegaram bem? Estou preocupado por você não ter ligado para dizer. Espero que estejam todos bem. Assim que puder me ligue. Já estou sentindo sua falta. Beijos, Juan.”

Paulina fechou as mensagens e olhou as horas. 05:12hrs.

Pegando suas roupas, Paulina vestiu-se e pegou sua bolsa. Ao chegar até a porta da Biblioteca, seu olhar voltou-se para o corpo do Amado. Lá estava Carlos Daniel, deitado sobre o tapete, coberto apenas por uma das cobertas vermelhas. Em seu rosto, o semblante de felicidade e calma eram completamente perceptíveis. Os olhos de Paulina não puderam deixar de ficar marejados. Sem pensar mais, ela saiu da sala e levemente encostou a porta. Com rapidez ela subiu as escadas e foi até o quarto de visitas. Largou sua bolsa sobre a cama perfeitamente estendida e foi para o banho. Abrindo a mala com presa, pegou a primeira peça de roupa que viu: Uma vestido coral e uma sapatilha.

05:27hrs, mostrava o relógio sobre o criado mudo.

Paulina sem pensar duas vezes, pegou as roupas sujas do chão para por em um canto da mala. Quando Ela largou as roupas na mala, o perfume intoxicante de Carlos Daniel exalou pelo quarto. Seu cheiro estava nas roupas dela, na mente, no coração.

Aquela lágrima teimosa escorreu pelo rosto de Paulina. Passando a mão na face, ela jogou a lagrima longe. Com uma fúria de outro mundo, atirou as roupas em um canto da mala e a fechou.

Levantando a mala, Paulina saiu do quarto sem olhar para trás. Desceu as escadas e pôs a mala ao lado da Porta. Caminhando a passos largos, subiu as escadas novamente e foi até o quarto de Paulinha e Gabriel para despertá-los. Foi difícil, mas depois de muita insistência, Ela conseguiu.

–Mamãe porque temos que acordar tão cedo? –Perguntou Gabriel passando as mãos no rosto.

–Você e o Papai brigaram? –Complementou Paulinha.

–Chega de Perguntas! Levantem agora, coloquem a roupa e escovem os dentes! Rápido!

–Mas mãe o que foi, por favor, confie na gente... –Pediu Paulinha.

Paulina estremeceu.

–Eu confiei e vocês trouxeram o pai de vocês. Mas se querem saber, Manuela me ligou e precisa de mim em Miami com urgência. –Disse ela firme, tentando mostrar verdade. –Vamos, temos que pegar o voo.

Paulinha e Gabriel, mesmo vendo o rosto da mãe em completo transtorno, obedeceram. Enquanto as crianças se vestiam, Paulina foi até o quarto onde ela e Carlos Daniel tantas vezes se amaram e trocaram juras eternas. Lagrimas desceram de seus olhos ao abrir a porta e perceber que tudo estava da mesma maneira, no exato lugar. Suas fotos com Carlos Daniel, o quadro dela Gravida com Carlos Daniel abraçado a sua barriga, tudo no mesmo lugar. Depois de sair de seus devaneios, caminhou até a penteadeira e abriu uma das gavetas. Tirou um bloco de anotações e uma caneta. Apoiou-se sobre a pequena bancada e se pôs a escrever:

“Estou voltando pra Miami.

A Noite anterior foi um erro.
Não deve repetir-se Jamais.

Paulina Martins.”

Dobrando o Papel ao meio, Ela escreveu o nome de Carlos Daniel no lado externo.

Paulina guardou o bloco e a caneta e voltou para o quarto das crianças. Vendo que estavam prontas, indo para o banheiro para escovar os dentes, desceu a mala das crianças e entrando na biblioteca silenciosamente, juntou as rosas do chão, colocando-as ao lado do urso. Sobre elas largou o bilhete.

Os olhos de Paulina tocaram o corpo de Carlos Daniel ainda adormecido. Sua mente relembrou cada segundo deles um nos braços do outro na noite anterior. Seus olhos mais uma vez marejaram e ela obrigou-se a engolir o choro.

–Me perdoa, não posso... não posso. –Sussurrou enquanto uma lágrima desceu de seus olhos.

Saindo com o mesmo cuidado que entrou na biblioteca, encostou a porta novamente. Impaciente, Paulina ligou para um táxi. As crianças desceram prontas, e assim, saíram da casa. Paulina ao descer as escadas obrigou-se mais uma vez a engolir o choro. Tudo aquilo parecia facas cravando em seu peito. Em um ultimo olhar, ela se despediu em silêncio de todas aquelas lembranças. Caminhando, saíram da casa e um táxi os esperava do lado de fora do portão da mansão.

Em Silêncio, Paulina e as crianças seguiram para o hotel. Na mente de Paulina, as palavras de Carlos Daniel não paravam de persegui-la.

“Minha Paulina, minha amada, mulher da minha vida.”

“Deixe Paulina, Deixe seu coração falar. Falar daquele jeito que sempre nos comunicamos tão bem, do nosso jeito...Paulina, eu te amo tanto, tanto, tanto.”

Rapidamente o carro estaciona em frente ao hotel. Paulina faz a diária e eles sobem. As crianças rapidamente vão para um dos quartos e atiram-se sobre a cama. Ainda não eram nem 6:45 da manhã e elas estavam cansadas da noite anterior. Paulina largou a bolsa sobre o sofá da pequena sala e foi para o banho. Ligando o chuveiro, ela nem deu tempo a ele de esquentar a agua e assim que o vestido toucou o chão ela entro debaixo da agua fria. Suas lágrimas começaram a escorrer sem controle, colocando pra fora toda a angústia de Paulina. Ela, perdida em lágrimas, sentou-se ao chão frio do banheiro e deixou que todas essas lagrimas colocassem toda aquela dor para fora de seu peito.

Depois de longos minutos sobe a água fria, Paulina levantou, colocou o chuveiro em uma temperatura melhor e começou a lavar os cabelos. Assim que saiu do banho, Paulina enrolou o corpo em um roupão macio e começou a secar os cabelos.


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Notas finais do capítulo

E ai? E Agora Gente!? O.o
Comentem, me façam Feliz, que eu posto logo!
(e quem tiver bom coração recomenda tah? =D )
bjooooos!