Paulina e Carlos Daniel - Perdoa-me escrita por Dai


Capítulo 1
Prólogo - O Desastre


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem e acompanhem!



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10 anos após a lua de mel...

-Como você pôde?! –Chorava ela soluçando.

-Como que eu pude? A culpa de tudo isso é sua! Sempre mostrando ser uma boa esposa, honrada, mas no fundo não passa de uma vadia que dorme com o primeiro que lhe provocar tesão!

-Me respeite! Você não é ninguém pra me julgar! Você nem sabe o que diz!

-Cala sua boca Vagabunda! Encontrar você dormindo completamente nua na casa dele não foi o suficiente?!

-Cale você essa sua boca imunda! Você sabe muito bem a quantos homens me entreguei!

-Não minta! Quantas vezes tentei fazer amor contigo, ou melhor, tentei transar com você e você sempre negava? Hein? Quantas?

Ela chorava soluçando.

-Fala vagabunda!

Carlinhos e Lizete batiam na porta incessantemente. Apenas eles e o Casal estavam na casa.

-Você nunca vai entender! –Disse ela baixando a cabeça.

-Claro! –Ele deu um soco no espelho da penteadeira. –Como quer que eu entenda! Você transa por ai com qualquer um e quer que eu entenda?! Realmente a Paola perto de você era um anjo!

-Cala essa sua boca! Você não é nenhum santo! Nem sabe o que esta dizendo! Se você soubesse não me maltrataria assim!

-Saber o que!? Que você é uma... uma... PUTA QUE TRANSA COM QUALQUER UM!?

Paulina em um ato descontrolado, ergue a mão para dar um tapa na cara de Carlos Daniel, mas ele mesmo estando bêbado, segurou o pulso dela rapidamente e a jogou no chão.

Nesse momento Carlinhos e lizete encontraram uma cópia das chaves do quarto e logo adentraram o ambiente.

-Pai! O que você fez?! -Disse Carlinhos olhando a mãe jogada ao chão. Lizete estava ajoelhada ao seu lado, tentando fazer algo.

-O que você fez Pai! Esse não é você! –Gritou Lizete olhando para Carlos Daniel com lágrimas nos olhos.

-Deixe seu pai minha princesa, ele esta fora de si. –Falou Paulina tentando sentar no chão.

-CALA ESSA BOCA! –gritou Carlos Daniel enfurecido.

-Você não tem direito algum de falar assim com a MINHA mãe! –Exclamou Carlinhos encarando Carlos Daniel.

-EU NÂO ACREDITO QUE VOCÊS ESTÃO DO LADO DESSA DAÌ!

-Sai daqui Pai! –Disse Lizete chorando. –Sai!

Carlos Daniel saiu do quarto como um furacão, onde ele passava quebrava tudo o que via. Até chegar na biblioteca, vários vasos foram quebrados.

-Mãe você esta bem? –Perguntou Carlinhos ajoelhando-se ao lado da mãe e da irmã.

-Ai! –Disse Paulina em meio ao choro, colocando a mão no ventre -Pelo amor de Deus meus filhos me ajudem!

-O que foi mãe!? –Perguntou Lizete pegando na mão de Paulina.

-Vem mãe. –Disse Carlinhos levantando Paulina do chão com a ajuda de Lizete.

Nesse instante Paulina gritou alto e seu corpo curvou-se a frente em um movimento rápido, com a ideia de cessar a dor.

-Mãe o que foi!? –Gritou Carlinhos.

-Ai virgenzinha, não me desampare! –Pediu Paulina em meio ao choro desenfreado segurando a barriga.

Nesse momento, lizete olhou para o chão e uma poça de sangue se formava.

-Mãe!

-Me ajude minha filha, eu não quero perder essa criança! –Ela chorava incessantemente.

-Mãe a senhora... –Carlinhos não concluiu e Paulina o interrompeu.

-Eu estou grávida, filho. Ia contar hoje para o seu pai, mas ai.. AI! –Ela se contorceu com dor.

Carlos Daniel continuava trancado na biblioteca. Ele estava irado. Depois de destruir completamente o ambiente, jogando-se no sofá ele adormeceu rapidamente.

-Ai meu Deus do céu! Mãezinha... –Disse Lizete angustiada, sabendo agora os riscos que a sua mãe e o bebê corriam.

-Nada vai acontecer mamãe, eu prometo. -Disse Carlinhos firme.

Paulina se contorcia com dor, seus lábios já estavam perdendo a cor. A hemorragia aumentava a cada segundo, deixando Carlinhos e Lizete apavorados.

-Lizete, chame um táxi com urgência, eu vou levar a mamãe lá pra baixo. –Pediu Carlinhos.

Lizete saiu correndo pela casa, desceu as escadas e fez a ligação. No caminho ela apavorou-se ainda mais com o estado que a casa estava, realmente um furacão havia passado por lá.

Carlinhos Descias as escadas ajudando a mãe. Paulina estava apoiada no pescoço do adolescente. A cada passo que eles davam, um imenso rastro de sangue ficava para trás.

Paulina chorava, a dor era insuportável, mas além da dor física, a que mais a machucava era a dor que sentia em seu peito. As palavras de Carlos Daniel ecoavam na cabeça de Paulina: “vagabunda, vagabunda, vagabunda!.” Uma mistura de dores a invadiam. E pensar que o que deveria ser um dos dias mais felizes da vida do casal , poderia ser o fim de um amor que foi destruído.

Ao chegar a sala, Lizete tentava controlar o choro, não queria que a mãe a visse naquele estado. Mas foi impossível. Lizete ajudou Carlinhos e levar paulina para fora, e lá o taxi já os esperava. O motorista do táxi vendo a gravidade da situação, desceu correndo do veiculo e ajudou-os a colocar Paulina no carro, que chorava muito segurando o ventre, pedindo a Deus que não tirasse aquele pequeno ser de lá.

Carlinhos entrou em lado do carro e Lizete. Paulina apertava com força a mão do garoto. Pedindo a eles que não os deixassem sozinha.

-Estamos aqui mãezinha, jamais vamos te deixar!

Lizete abraçava Paulina que tentava se acalmar, mas a dor não deixava.

Chegaram ao hospital e logo uma equipe médica veio atender Paulina, colocaram-na em uma maca, o vestido de festa que ela usava estava coberto de sangue. Lizete não soltava a mão da mãe em nenhum minuto se quer. A maca com Paulina voava pelos corredores do hospital e ao redor dela, médico faziam perguntas a ela, sobre o que houve e sobre a gestação.

Carlinhos ficou na sala de espera. Mesmo Lizete sendo menor de idade, deixaram-na acompanhar a mãe. O adolescente estava inconformado, sabia que a mãe jamais trairia seu pai, e mesmo que tivesse, nada era motivo pra ele agir daquela forma. Ele estava completamente louco de raiva do pai. Ele estava ficando exatamente com as manias de Carlos Daniel, assim que o nervosismo batia, ele não conseguia parar de andar de um lado para o outro bagunçando os cabelos.

Passaram-se algumas horas, e nada era informado a Carlinhos. De repente Lizete saiu correndo pela porta de emergência, e assim que avistou o irmão, voou em seus braços chorando com desespero. Carlinhos a abraçou tentando confortá-la por algo que nem mesmo ele sabia o que era, e nesse instante o pior passou por sua cabeça.

-O que houve com a mamãe Lizete! Fala!

Ela não conseguia parar de chorar e soluçar, as palavras não saiam.

-Fala Lizete!

Carlinhos afastou Lizete de seu abraço sacudindo-a , pedindo explicações.

-Fala!

-Ela não aguentou!


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado e estejam me odiando! kkkkk
Mas vcs vão gostar! Prometo!
Acompanhem!
#Comentem, Favoritem, Recomendem!
Beijos da Dai (Escritora Saliente)