Sra. Hammer insistia em mandar suas criadas espremerem a cintura, já fina, de sua filha em um espartilho todos os dias, porém hoje a peça estava deixando a cintura da menina com dois centímetros de largura.

As criadas trouxeram um vestido azul claro de babados e detalhes pretos e ajudaram Alice a vesti-lo.

Alice detestava vestidos, detestava espartilhos, detestava que prendessem seu cabelo, detestava aqueles sapatos e detestava a rigidez de sua mãe!

Foram as duas até o jardim imenso da casa de Alice, que dava para a floresta, a qual a menina adorava explorar com seu cavalo preto, Philip.

Algumas criadas abriram a grande porta de madeira para as mesmas, então Alice pôde ver a inúmera quantidade de pessoas, e se pôs assustada por ser o centro das atenções de toda essa gente, na qual apenas um quarto eram da família.

Sua mãe lhe fez dançar com inúmeros rapazes, cada qual mais chato do que o outro, quando, finalmente a deixou descansar foi quando ela entrou em sua casa, e, desafiando as ordens da mãemontaria, sua roupa de montaria, um sobretudo azul com detalhes pretos, uma calça justa preta, e botas de couro pretas.

Foi quando, pela janela, ela viu um coelho branco de olhos vermelhos, usando um paletó, ele fitava Alice e apontava para um relógio, como se ela estivesse muito atrasada para alguma coisa, dominada por um impulso quase incontrolável, ela abriu a janela, pulou em uma árvore, desceu até que seus pés tocarem o chão, então o seguiu.

O coelho atravessava até as menores fendas com habilidade, como se conhecer toda a floresta não fosse nada de mais.

Quando algo distraiu Alice, um pequeno anel, de ouro com um pequeno rubi, e alguns adornos verdes, ele parecia muito antigo, Alice o colocou um seu dedo anelar direito.

Foi quando, sem querer, tropeçou e ia de encontro a um espelho gigante quando foi engolida por ele.