Radioactive escrita por Maria Júlia


Capítulo 1
Capítulo 1 - Não encosta na minha irmã.


Notas iniciais do capítulo

Olá eu sou a Maria Júlia (antiga Marina do outro perfil que foi deletado pelo nyah) podem me chamar de Maju, Mari ou Jú fiquem a vontade para isso. Eu não tinha os capítulos salvos no computador (nem sou burra) então irei rescrever todos eles aqui a medida que eu for lembrando. Eu acabei de chegar de uma festa de aniversário e to quase morrendo aqui por que caí dentro da piscina de bolinhas com um colega meu e eu acho que quebrei o dedão, em fim.. boa leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/448687/chapter/1

POV Valéria

-It's dark inside it's where my demons hide.. - a música tocava no despertador, murmurei alguns palavrões e cobri novamente o meu rosto com o cobertor na tentativa de dormir. -When the curtain's call is the last of all..

Eu simplesmente desisto de ficar deitada. Calcei minha pantufa e fui em direção ao banheiro, fiz minhas higienes e em seguida vesti uma calça jeans junto com uma blusa branca de caveiras pretas, calcei um tênis branco e fiz um coque meio solto nos cabelos.

- Valéria e Daniel o café tá na mesa. - Rosa gritou, eu não a considero como minha mãe desde que meu pai morreu por culpa dela. Eu não vou falar disso agora, não me sinto feliz com isso, desci as escadas com meu irmão e me sentei no sofá, não iria tomar café por estar sem fome.. eu não sinto fome a mais ou menos três dias e eu estou vivendo de água. - Filha, você tem que comer.

- Eu não quero. - respondi me deitando no sofá. - Daniel será que dá pra você andar logo com esse suco? Eu não quero ficar em casa enquanto a nossa prima não chega da Califórnia.

Em cinco minutos nós saímos de casa, no caminho encontramos Julie a namorada de Daniel. Eu gostava dela, era uma boa pessoa e as vezes me entendia como ninguém, assim que chegamos na escola eles se afastaram enquanto eu ia em direção as meninas.

- Valéria você passou muito pó no rosto ou é por que está muito pálida mesmo? - Marcelina perguntou, dei um sorriso forçado e me sentei ao seu lado. Ficamos conversando até o sinal tocar, a primeira aula era de música e o professor já estava na porta nos esperando. - O que foi professor?

- A porta não quer abrir, parece que está emperrada. Fiquem aí que eu vou pedir outra chave para a diretora Olivia. - respondeu, sim aquela bruxa continuará sendo a nossa diretora até a morte, o que não vai demorar pois ela está doente mais mesmo assim não larga o trabalho de jeito nenhum.

Olivia voltou com uma pilha de chaves escrito sala de música e ela foi tentando abrir a porta com cada uma delas, assim que a porta abriu e ela entrou um balde de tinta rosa, vermelho e azul caiu em cima dela. Paulo olhou para ela com um sorriso sapeca no rosto, a única coisa que a gente sabia fazer era rir por ela estar toda colorida, parecendo um arco iris.

- Valéria Ferreira, me acompanhe até a diretoria. - disse, ergui a sobrancelha e bufei, eu não iria para a diretoria por não ter feito exatamente nada. - Ande logo Valéria, você vai me explicar o por quê de ter feito isso.

- Eu não fiz nada, que merda. - disse. - Eu não acredito que você tá me acusando sem ter provas, só por quê eu sou a sapeca da sala não significa que tenha sido eu. O Paulo pode ter feito isso aqui, ele também não é santo não!

- Vocês dois, pra minha sala agora! - disse, seu tom de voz tinha sido mais severo do que o normal e eu odiava quando ela fazia isso. Paulo desmanchou aquele sorriso que ele tinha nos lábios e suspirou, Daniel cochichou em meu ouvido um "eu acredito que não foi você", logo que entramos na sala da Olivia ela começou a se secar com toalhas e era impossível não rir dela por estar toda.. colorida. - Até que alguém prove que foi um de vocês dois, ambos não participaram do campeonato de jogos da Escola Mundial.

- É O QUE? - gritamos juntos.

- É isso mesmo, estão proibidos de participar dos campeonatos de jogos da escola. Eu não vou chamar os pais de vocês aqui pois eu ainda acho isso pouco, mais proibirem de participar dos jogos já está de bom tamanho. - um sorriso cínico sorriu em seus lábios. - Podem irem embora, avisem a Graça e o Firmino para limparem a sala de música.

- Eu sei que foi você que colocou aquelas tintas na porta e a emperrou pra diretora se ferrar. - disse a Paulo assim que saímos da sala da diretora.

- Foi eu mesmo, mais pelo menos eu não me ferrei sozinho, você foi junto e eu adorei isso. - Paulo disse se encostando em uma parede ali, a esse ponto meu sangue ferveu então lhe dei um chute na parte intima. - Caralho por que você fez isso?

- Foi merecido. - respondi e fui em direção a Firmino, avisei o que a diretora tinha pedido e fui até meu irmão que conversava com Julie em seu colo. - Desculpa interromper vocês, é que eu preciso conversar.

- O que a bruxa fez? - Julie perguntou.

- Ela acha que foi eu e o Guerra que fizemos isso, e enquanto a verdade não vem a ela nós estamos proibidos de participar do campeonato de jogos da escola. - suspirei. - Eu disse para o Paulo que sabia que ele que tinha feito isso, e ele acabou concordando.

- Esse moleque não presta. - Daniel disse. Nós não tivemos aula de música no primeiro horário, o segundo horário era de educação física e por tanto pedir os meninos deixaram eu jogar futebol. Jaime me colocou pra cobrar o penalty pois Jorge tinha colocado o pé na minha frente sem querer e eu cai com tudo no chão, só ralei o cotovelo. Me preparei para chutar a bola, porém eu me senti tonta, minhas vistas foram ficando escuras e antes de desmaiar eu escutei Daniel gritar. - Bruno segura a cabeça dela!

Acordei com a cabeça doendo, abri um poucos os olhos e percebi que estava em uma sala branca.. pera isso é a enfermaria do colégio ou eu estou delirando? Fiquei piscando os olhos até me acostumar com a claridade, cocei os olhos e vi que Daniel estava ali.

- Que bom que acordou, a mamãe não vai gostar nada de quando souber que você desmaiou. - disse.

- E quem disse que ela precisa saber? - perguntei me levantando, porém ele me empurrou para trás me fazendo deitar novamente na cama. - Daniel não conta pra ela se não ela vai me encher de comida, pois eu não estou comendo esses dias e ela sabe disso. Eu não quero comer, não sinto fome.

- Isso tudo é por causa do nosso pai não é? De novo isso Valéria, eu já disse que ela não teve culpa dele ter morrido naquele acidente de carro. - falou.

- Daniel obvio que teve, aquela festa era da empresa dela e o papai não queria ir por estar cansado demais, mais mesmo assim ele foi porque a nossa mãe - fiz aspas - o obrigou a ir, e do nada aparece na televisão que o carro tinha capotado e a única sobrevivente era a Rosa.

- Não chora vai. - alisou meus cabelos. - Fica feliz por que a Ariana me mandou uma mensagem a uns quarenta minutos e disse que já está lá em casa. Eu não vou contar pra nossa mãe que você desmaiou mais me promete que vai tentar comer esses dias? Não quero te ver magrela e muito menos fraca desmaiando pelos cantos.

Concordei e senti seus lábios serem tocados em minha testa, eu havia apagado a quarenta minutos, uou. O sinal para o recreio acabará de tocar, minha cabeça ainda doía um pouco mais logo isso iria passar.

POV Daniel:

Eu sabia que o que a Valéria disse sobre minha mãe ter sido a culpada da morte dos nosso pai era verdade, mais eu não conseguia ter ódio dela ou algo do tipo. Logo que chegamos em casa Ariana estava assistindo televisão no sofá, joguei a mochila no canto da parede e pulei em seu colo a esmagando, Valéria acabou pulando em cima de mim me esmagando também.

- Eu sei que vocês me ama demais e que estavam com saudades, mais será que dá pra desgrudarem de mim um segundo? Eu to morrendo aqui em baixo. - disse, saímos de cima dela e nos sentamos ao seu lado no sofá. - Rosa saiu pra resolver algumas coisas que ela não quis falar e deixou o almoço na cozinha, eu fiquei esperando vocês pois não queria comer sozinha.

- Eu não vou comer. - Valéria disse, antes que a mesma desse um passo a frente eu a puxei pela cintura e fui com ela na cozinha. - Daniel Ferreira Zapata, eu não vou comer a comida dessa mulher, eu estou sem fome também.

- Você anda falando isso a muito tempo. E se você não comer isso por bem.. vai comer por mal. - respondi, ela sem ter escolha acabou aceitando, Ariana me olhou sem entender e eu disse baixo que depois explicava a história para ela.

De tarde ficamos jogando vídeo game, enquanto Valéria tomava banho eu contava a história pra ruivinha - Ariana era ruiva de natureza e tinha os olhos azuis, legal a menina ter nascido perfeita e enquanto eu nasci um tribufu - por volta das nove horas e alguma coisa minha mãe chegou.

- Já chegou tão cedo? Deveria demorar mais. - dizeres da minha irmã que acabará de chegar na sala, mamãe olhou com uma cara de repreensão para ela e suspirou. - Então Rosa, aonde que você foi?

- Eu já disse pra você me chamar de mãe. - respondeu.

- Você não é mais considerada minha mãe desde que a culpa do meu ai estar morto é sua. - Ariana se escondeu atrás de um sofá e ficou escutando as duas discutirem, ela tinha pavor de discussões desde pequena e também tem que lidar com as discussões dos pais na Califórnia, por isso que ela resolveu passar um tempo aqui no Brasil. Rosa pegou um cinto antigo que era do meu pai, ergui a sobrancelha e antes que ela batesse em Valéria com aquilo entrei em sua frente.

- Não encosta na minha irmã. - disse.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Radioactive" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.