O Senhor de Gondor escrita por Will Snork


Capítulo 17
Capítulo 4 - O Novo Rei




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Após os portões serem abertos, o exército de Orcs massacrou os homens da frontaria, onde encontraram primeiramente sete dos Tenentes, entre eles estava Bolach, o maior de todos os Tenentes, medindo cerca três metros de altura, cheio de músculos e gordura. Ele era um alvo fácil para flechas, porém sua armadura era quase impenetrável, e sua couraça era rígida e forte como a de um Troll. Ele simplesmente jogava para longe seus inimigos, e não demorou muito para conseguirmos invadir as ruas das cidades e colocar pânico total em seus moradores. Os orcs colocavam fogo nas casas e matavam qualquer um que encontrassem pela frente.

Os homens resistiam fortemente, mas muitos começaram a abandonar seus postos e fugir de Minas Tirith, pois perdiam a esperança de vitória. Demorou cerca de cinco dias para conseguirmos avançar até o palácio central ao topo de Minas Tirith, onde se encontrava o rei Guildor e seus melhores e mais fiéis homens.

Junto a Kazurk e Dwrak, me dirigi até a porta do salão onde se encontrava o rei. Muitos homens estavam lá para proteger a porta de entrada do salão, mas Kazurk era rápido demais para seus olhos, e com sua lança matou centenas de homens que encontrava por seu caminho, e muitos correram dele, e Kazurk a meu pedido deixou que partissem, para depois contarem histórias sobre o que viram.

Os Orcs se jogavam contra a porta principal, ela era grande e forte, feita de um metal branco muito resistente, pois nem mesmo Bolach conseguiria destruí-la tão facilmente. Então depois de várias tentativas, conseguimos abri-la, e lá estava o rei, dizendo palavras que não sei o que seriam aos seus homens, mas eu pude ver fogo e seus olhos, um fogo que até mesmo Kazurk temeu naquele momento.

Pude notar um pequeno alçapão se fechando contra o chão, de onde corria uma mulher com o herdeiro em seus braços, porém isso não foi de meu interesse, pois alguma vontade que me dominava, focava extremamente em Guildor, pois algo que queria muito realizar, mas ainda não descobria o que era, dizia que precisava dele para realizar tal feito. Mesmo sendo desconhecido ainda por mim.

Era uma noite chuvosa, e os homens resistiram até a luz do sol nascer e brilhar entre as janelas naquele salão, e o sol intimidava os orcs, menos os Uruk-Hai. Assim muitos dos orcs foram mortos após a luz do sol entrar sobre aquele salão, porém Kazurk e Dwrak não eram intimidados por tal. Assim depois de muita luta, me aproximei do rei, e ergui minha espada contra ele, então um homem entrou a frente dele e minha espada, então com um golpe o lancei para longe, demonstrando uma força que era desconhecida até mesmo por mim mesmo. E no momento do golpe, um raio de luz negra se desferiu de minha mão, fazendo um enorme corte no rosto deste homem.

— Aratus! – Gritou o Rei lamentando por seu amigo.

Enquanto ele observava o homem jogado contra a parede com o rosto ensanguentado, atravessei a minha espada em seu peito. E assim caiu Guildor, rei de Gondor.

Após poucas horas, a guerra foi terminada, e os homens que ainda estavam vivos se renderam depois que descobriram sobre a morte de seu rei, e muitos poucos conseguiram fugir da cidade. Então aquele dia, me nomeei Rei de Gondor, e assim vários mensageiros foram mandados para todas as direções da Terra-Média para dar tal notícia.

Mesmo após a guerra, houve muitos sobreviventes em Gondor, dentre eles a maioria mulheres e crianças, pois todos os homens participaram da guerra, e os que ainda estavam vivos foram os que se renderam após a morte do rei.

Ora, algumas coisas começaram a surgir em minha mente, algumas dessas ideias escrevi em um pedaço de pergaminho. Então ordenei aos orcs que construíssem duas armaduras negras quase semelhantes. Uma delas era a de Sauron.

Após isso, parti até Isengard sozinho, sem o conhecimento de ninguém, apenas de Kazurk, que deixei sob o comando durante a minha ausência.

Ao chegar a Isengard, entrei no salão de Orthanc, onde pude sentir a presença de algo. Ao me aproximar dessa presença, encontrei um alçapão, e dentro dele havia um fragmento com um brilho azul. Então o peguei e coloquei ao meu bolso, e nesse momento escutei um grande estalo ao lado de fora, e percebi um grande olho amarelado me observando pela janela de Orthanc, então em pânico, corri daquele local, deixando cair ao chão um de meus pergaminhos.

Ao sair de lá, uma grande árvore tentou me atacar, mas um manto negro se envolveu em volta de mim antes que ela me encostasse. E assim montei em meu cavalo e consegui fugir entre as árvores de Isengard.

Ao retornar, ordenei aos Orcs que me construíssem um cajado, feito do material negro, e em sua ponta, coloquei parte do fragmento de brilho azul, e outra parte coloquei no peito de minha armadura. E assim me aproximei ao corpo de Guildor, e colocamos a armadura de Sauron ao seu lado. E após algumas palavras, um grande clarão negro como vazio se envolveu naquele salão, apagando todas as tochas que iluminavam o local, apavorando até mesmo os orcs que estavam parados ao local. Mas no final nada aconteceu. Então nesse momento pude perceber a verdadeira intenção de Sauron, que era retornar do mundo dos mortos. Mas para isso precisaríamos de um sangue específico, que era o sangue de um descendente vivo de Númenor, que tivesse algum parentesco direto de Aragorn. Então após soltar um grande grito de fúria naquele salão, começou a minha busca pelo herdeiro, que desapareceu durante a guerra.

Duraram doze anos a minha busca, sem nenhum retorno apropriado. Até que um dia, quando estava sentado ao meu trono, um dos meus espiões entrou correndo em meu Palácio.

— Meu senhor, meu senhor! – dizia ele respirando profundamente de cansaço após uma corrida até me encontrar.

— Alguma notícia que me seja útil? – eu disse a ele enquanto segurava um diamante entre as mãos.

— O herdeiro foi visto, em Bree. – disse ele.

Então derrubei o diamante ao chão, e levantei-me e andei até a saída, dando ordens que orcs fossem imediatamente para Bree o mais rápido possível. Eu queria que chegassem lá em apenas um dia! E nisso o mensageiro pegou o diamante que deixei cair e colocou em seu bolso sorrateiramente.

Caminhei até a parte exterior do palácio, e observei de relance a Árvore Branca de Gondor, cujo impedi que qualquer Orc tocasse nela, e então tive lembranças de meu passado e de Karick, mas ignorei meus pensamentos.

Meses depois, Wallor, filho de Guildor poupou meu trabalho de buscá-lo, e veio diretamente a mim, juntamente a Aratus, o homem que estava junto a Guildor no dia em que Gondor caiu. Então facilmente o capturei e seu sangue obtive, e assim consegui realizar meu dever, e Sauron logo retornaria.

Estava realizando o feitiço dentro do salão, os orcs gritavam e batiam suas lanças ao chão em comemoração, então eu disse as palavras corretas e um sinistro brilho negro se envolveu no local. A armadura de Sauron começou a se erguer, mas quando se levantava um brilho branco se fez de dentro dela, quase nos cegando, como se uma estrela estivesse brilhando dentro de sua armadura, então como uma explosão essas luz criou uma forma e sobrevoou pela porta, sendo lançada para o norte. E assim a armadura de Sauron caiu ao chão, mas logo se levantou com um brilho negro a envolvendo, e assim me curvei perante ao meu senhor.

— Seja bem vindo Sauron, o Senhor do Escuro. – eu disse a ele enquanto estava ajoelhado vestido de minha armadura semelhante à dele.

— Fez um bom trabalho. – disse ele – Mas você carrega algo que me pertence.

Então Sauron retirou de mim sua sombra. E assim meus olhos voltaram ao tom normal, e eu me toquei de meus atos, e uma grande culpa caiu sobre mim, juntamente a uma lágrima de rancor e arrependimento.

— O que eu fiz? – eu perguntei para mim mesmo em pensamentos.

— Não. – disse Sauron – Você ainda me será útil.

Então ele retornou a Sombra para meu corpo, e o sentimento de arrependimento e culpa deixou de existir.

E assim todos contemplaram o retorno de Sauron, O Senhor do Escuro.


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