Eterno

Era manhã, mais uma simples manhã de inverno, Konoha acordava junto com os pássaros, e uma respeitada kunoichi apenas observava todo esse ritual ao longe.

Ela apenas não conseguia dormir desde que um certo moreno havia a deixado desacordada em um banco na saída da vila, aquele banco, banco de recordações que visitava tosas as tardes na esperança de ver seu Sasuke-kun adentrar os portões de Konoha.

Lembra-se muito bem daquela noite, mas o que mais doía era saber que não havia conseguido impedi-lo de ir, e que com ela havia ficado apenas um simples obrigado. Lembra-se melhor ainda da manhã seguinte, realmente aquela manhã ela nunca esqueceria.

“Hoje acordei chorando, sonhei que não viria,

que foi embora para sempre, sem uma despedida,

as lágrimas corriam, molhando o meu rosto,

levando embora um sonho lindo, levando o meu sorriso.”

Naquele momento, observando a vila, ela podia sentir, sentir que um dia ele voltaria, seu coração dizia que por mais longe que ele estivesse, ele voltaria, ela sentia.

“Te sinto nesse beijo que não vem,

Te sinto em sua ausência,

Te sinto no que resta desse amor,

Te sinto em minha dor.”

Ela o amava, mesmo após tantos anos ela o amava, e isso doía, ela vivia na incerteza, mas sentia que ele voltaria.

“Te sinto nos seus beijos,

Te sinto nas lembranças,

Te sinto em cada parte do seu corpo,

Te sinto por inteiro.

Mais uma tarde chegava, novamente ela termina mais um dia de trabalho no hospital, pegou seu casaco de veludo rosado, saiu do hospital enfrentando o frio do rigoroso inverno de Konoha e seus pés a levam a um só lugar, um lugar onde sua esperança se renova a cada dia, o banco da despedida. Ali era onde ela sentia, ela sabia e ela queria com todas as forças que ele voltasse para os seus braços.

“E não importa a forma,

E nem tua aparência,

Nem onde, quando, e nem o nome,

O nome que te chamem.”

Ela queria que ele voltasse, ela deseja isso mais que a própria vida.

“Eu sei que está tão perto,

Te sinto a cada dia,

Eu acordei chorando sabendo,

Que hoje voltaria.”

E ali ela ficou como sempre fazia, anoiteceu, mesmo com o frio intenso ela se recusava a sair dali, naquele banco ela sentou, lá se deitou, lá ficou.

Ela esperou, ele veio, ela o sentiu, ele a pegou pela mão, ela o olhou com um olhar sereno, ele apenas sorriu, ela entendeu.

Naquele banco ele a deixou, naquele banco ele a buscou. A espera terminou e agora viveriam juntos Eternamente.