Uma Estranha no mundo escrita por Mihhh


Capítulo 7
1x7 - Romantic Encounter?


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas, desculpem a demora, ainda não está 100% esse capítulo, talvez eu o edite novamente. Mas para não ficarem muito curiosos resolvi postar. Espero que gostem!



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Como previsto, não consegui dormir pela ansiedade com o suposto encontro de amigos, mas algo me dizia que Matt não queria apenas minha amizade, e eu teria que desapontá-lo de certa forma, afinal, como escrevi ontem para mamãe, eu não poderia namorar agora, acho que não tenho idade suficiente para isso. Fiz minhas rotinas matinais e passei maquiagem para disfarçar as olheiras, ainda bem que deu para esconder, porque ninguém merece ir a um encontro parecendo a bruxa de blair. Pedi a opinião da minha tia com a roupa e o cabelo, ela disse que me ajudaria em tudo, então desci para tomar o café.

– Bom dia pai - disse sorridente.

– Bom dia filha - disse com um sorriso - Posso saber o motivo de tanta felicidade?

– Nada demais papai - disse com um meio sorriso - apenas sairei para almoçar com um amigo.

– Espero que seja o Chris. - disse ele já um pouco nervoso.

– Não pai, é outro amigo, mas não se preocupe, ele é tão bom e cuidadoso quanto o Chris, e relaxa é meu a.m.i.g.o - disse pontuando para não deixar dúvidas.

– Não filha, você não vai - disse ele nervoso.

– Você não pode fazer isso, eu já disse que vou, isso é injusto pai, por favor me deixe ser uma pessoa normal - disse já com um pouco de lágrimas nos olhos - Por favor pai, eu nunca pude sair com outro além do Chris, eu sei me cuidar, já não sou aquela menininha que você podia trancar em casa.

– Tá bom - disse se rendendo - Mas por favor, não volte tarde, você é muito preciosa para mim filha, e eu só quero o seu bem - disse respirando fundo.

– Ok pai, prometo não voltar tarde - disse tentando acalmá-lo - ahhh e vou levar o guarda-chuva, não se preocupe, e também tenho na bolsa meu celular, qualquer problema te ligo, pode ser? - ele apenas assentiu como se quisesse se segurar para não mudar de ideia.

Depois de tomar um belo café, subi ao meu quarto junto com minha tia, ela me arrumou, me deixou super linda para o encontro, como eu estava? bom, eu estava com o cabelo cheio de cachos, uma parte presa e outra solta, coloquei um vestido azul bebê curto na frente e cumprido atrás (mullet), e um saltinho baixo azul escuro fosco, já que no meu vestido tinham alguns brilhinhos.

A campainha tocou, e minha tia foi atender enquanto dava os retoques finais.

– Olá - disse sorridente - deve ser o Matthew.

– Sim - disse sem jeito

– Pode entrar, a Meg já vai descer.

– Cheguei - disse descendo as escadas, parecia que Matt ficou hipnotizado, não tirava os olhos de mim.

– Ahh oi Meg - disse ele corando, PERAI, corando? acho que Chris estava certo, ele realmente gostava de mim - Você está linda.

– Obrigado - disse abaixando a cabeça - éhh vamos?

– Claro - disse sem jeito.

– Tia volto logo.

– Tudo bem, tome cuidado Meg, seu pai me mata se algo te acontecer.

– Claro - disse sem ânimo.

– É... Você está realmente muito bonita. - disse ele coçando a nuca -

– Obrigada. Mas só coloquei um vestido velho que estava guardado. - sorri - Então, onde vamos?

– Tem um lugar bem legal aqui perto. Fica uns cinco minutos daqui e a comida é deliciosa! - sorriu -

O lugar era realmente encantador. Eu nunca saberia que o tal lugar existiria até então, mas logo pude saber que ali seria um ponto de referência. E hmm, a comida parecia mesmo deliciosa!

– Garçom!

– Boa tarde. Em que posso ajudá-los?

– Do que você gosta? - disse Matt me fitando -

– Eu vou querer apenas um espaguete com camarão e molho branco.

– E o senhor? - disse anotando -

– Eu vou querer o mesmo. - sorriu - E hmm, qual a melhor bebida de vocês?

– Nós temos o melhor vinho tinto do país. Mas caso não queiram algo que contenha álcool, posso sugerir um refrigerante com licor de limão, é um dos mais pedidos aqui.

– Ok, então eu vou querer dois refrigerantes.

– Certo, daqui a alguns minutos eu trago o pedido de vocês. - disse se afastando.

– Esse lugar é realmente muito legal. - disse olhando em volta -

– Sim, eu costumo vir aqui sempre que posso.

– Com garotas?

– Não, não. - sorriu envergonhado - Eu costumo trazer minha irmãzinha porque a comida da minha mãe é horrível!

– Ah entendi. - dei uma breve gargalhada - E seu pai, não cozinha?

– Não, meu pai deixou a gente quando eu tinha treze anos.

– Ai eu sinto muito. Eu não teria perguntado se soubesse... - disse sem jeito

– Tudo bem, eu posso te contar isso... - disse me olhando - Meu pai bebia muito, chegava bêbedo em casa quase todos os dias e quebrava tudo. Ele batia em minha mãe e às vezes eu apanhava também tentando defendê-la. Minha mãe nunca o denunciava porque ele a ameaçava e dizia que voltaria pra nos matar. Um dia ele chegou muito bêbado em casa e forçou a minha mãe a satisfazer as vontades dele. - respirou fundo - E aí nasceu a Angie. No mesmo dia eu peguei o telefone e liguei pra polícia. Ele me bateu tanto que eu desmaiei e então ameaçou voltar. Ele fugiu e nunca voltou desde então... Mas eu sei do que ele é capaz, então fiz a minha mãe se mudar para cá, eu não podia deixar ela lá sabendo que havia um velho louco e bêbado por aí.

– Eu sinto muito. - disse sem saber o que responder -

– Mas hoje a gente é feliz. Angie é a razão da minha mãe e mesmo ter nascido assim, ela nos faz muito bem, sabe? - sorriu - E eu faço tudo o que eu posso pra vê-las sorrindo.

– Eu nunca imaginaria isso de você. - disse o fitando - Eu achava que você era mais um idiota e metido que quer ficar com todas da escola.

– Todas acham isso. - disse abaixando a cabeça -

– Mas você é uma pessoa muito boa, Matt. Eu não sei nem o que te dizer.

– Obrigado. - disse levantando a cabeça e sorrindo -

(...)

– Aqui está o pedido de vocês. - disse o garçom -

– Obrigada.

– Hmmm, tá com uma cara muito boa. - disse ele - Mas então Meg, me conte um pouco sobre você. - disse comendo o espaguete -

– Bom, eu não costumo contar sobre mim para alguém. Mas bem... Minha vida é um pouco complicada. Minha mãe morreu faz quatro anos. Foi em um acidente de carro, ela dirigia o carro dela quando veio um caminhão e pegou bem onde ela estava... O que eu posso dizer? Meu pai ficou arrasado. Não sobrou nada do carro e no enterro eu acho que morri ali junto com ela. Desde então meu pai entrou em depressão e começou a trabalhar feito louco. Hoje em dia ele mais trabalha do que fica em casa. Minha tia mora longe de mim e sempre tem que sair a trabalho também, então normalmente ela costuma ficar uma semana ou menos. Então a maior parte do tempo eu tenho que ficar sozinha.

– É complicado mesmo. Eu sinto muito pela sua mãe.

– É, eu não gosto muito de falar disso... Mas estou me adaptando. Eu era muito apegada a ela, então ter que viver sozinha a maior parte do tempo tem sido muito difícil.

– Eu te entendo. - disse me olhando - Mas e o Chris, como conheceu?

– Ah, o Chris era meu vizinho desde os meus cinco anos, como já te contei. O pai dele mora praticamente em frente a minha casa, mas eu fiquei amiga dele mesmo quando a gente tinha sete. A história de como eu conheci ele é meia boba... Ele estava jogando bola com outro amigo meu, John. E nisso ele foi chutar a bola para o gol e acabou caindo na minha cabeça, que estava brincando no meu quintal. É claro que eu fui brigar com ele, mas aí veio o John e nos separou. Com o tempo nós três viramos melhores amigos... Mas quando eu fiz doze anos os pais dele se divorciaram e ele foi morar na França com a mãe. John foi mandado para morar com a vó, eu nunca soube o motivo.

– E então o Chris voltou, você deve ter ficado muito feliz né?

– Sim, eu fiquei muito feliz. Ele era meu melhor amigo.

– Era?

– Sim, é que agora eu não sei direito. Ele mentiu pra mim.

– Sei. Ele não gosta de mim né? Deve me odiar depois da briga.

– É, acho que não. Mas eu não me importo, eu gosto da sua amizade.

– Gosta? - disse me olhando -

– Muito. - sorri -

(...)

Terminamos de comer e ficamos conversando ali por um tempo que eu nem vi a hora passar. Já estava quase de noite, mas eu realmente não queria voltar para casa.

– Bom, quer que eu te leve?

– Na verdade, não... - disse sem jeito -

– Quer ir a um lugar bacana?

– Quero.

– Então vamos! - disse me puxando -

(...)

– Que lugar é esse? - disse olhando -

– Bom, você vai saber quando entrar. -


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