Virou Simplesmente Amor escrita por Mary e Mimym


Capítulo 21
Cartas na Mesa


Notas iniciais do capítulo

Oi? Capítulo? Oi? Alguém falou em atualização? Kkkkkk
Oi genteee! Antes que venha alguém nos julgar pq voltamos e estávamos postando um capítulo por semana, primeiro: avisamos "sem padrão".
Segundo: Nunca paramos de trabalhar na fic, okay?
Nas notas finais vocês vão entender o porquê.
Boa Leitura õ/



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Chegando na mansão dos Crimson, Dio verificou o convidado adormecido, carregado como uma bagagem e assim continuaria. O jogou pelos ombros e invocou seu mordomo.

—Todos estão presentes no escritório do Sr. Crimson.

—Ótimo. Leve este lixo para mim.

Então ouviu a arma ser destravada enquanto encontrava-a apontada para a sua cabeça.

—Eu sei andar, me ponha no chão. -Exigiu Lupus, sério e que controlava o ódio naquele momento.

—Com prazer. - Dio sorria debochado quando arremessou Lupus em direção à porta da mansão.

Seus pés arrastaram quando encontraram o chão e conseguiu se equilibrar em pouco tempo. Encarou Dio e guardou suas Scarlets.

—Então a Rey recrutou mais um empregado, né?

Dio ignorou deboche e, enquanto entrava na mansão, deixou claro que ele foi convocado por Peter. Lupus não entendeu, mas não queria saber. Já estava se encaminhando para os portões da mansão quando foi barrado por Alfred.

—O caminho é por ali, senhor.

Ele queria sacar a arma mais uma vez, mas não adiantaria em nada. Seria forçado a entrar. Não restou muita escolha a não ser ceder, mais uma vez.

Parou na porta do escritório e encarou cada um dos presentes, que encaravam o chão ou os outros. Dio, Crimson, Rey e o garoto de cabelos claros.

Ao perceber a presença silenciosa de Lupus, Peter, antes debruçado sobre sua mesa, encostou na cadeira para que pudesse ver todos.

—E pensei que esta reunião fosse apenas para tratar de um certo contrato. – Disse Rey com seu tom superior após observar a presença de Lupus e Azin.

Peter encarou a filha e deixou o ar escapar pesadamente. Abriu uma gaveta e tirou uma papelada.

—O senhor parece gostar de contratos. – Comentou Azin curioso, que observou, após, Dio que achara graça no comentário. Esperou que ele dissesse algo, mas nada.

Crimson pigarreou atraindo a atenção do garoto de cabelos claros, apenas pois já tinha a atenção do resto.

—Não são contratos, é o trabalho da minha vida. - Revelou. - Preciso de vocês para colocar em prática, já que perdi aliados há alguns anos.

—Quem? - Dio já sabia a resposta, mas os outros precisavam saber, e, de qualquer forma, ele não sabia de toda a história. Peter entendeu.

Quando este iria começar a história, Rey se precipitou:

—Sei que estou viva por causa da tal Edna. O que eu não sei?

—O que aconteceu com Edna foi um acidente. Não estávamos prontos. Ela era... uma amiga – Crimson parou um pouco, parecia refletir, então retomou. – Duel nunca entendeu que fora um acidente. Nos ajudou, você está viva graças a isso, mas... Ele nunca entendeu. E desapareceu. Junto com um velho amigo, dei continuidade à pesquisa, a fim de lhe dar uma vida normal, e conseguimos até então. Mas, paralelamente, encontramos Duel e o monitoramos há um tempo. Afastando-o quando podemos, ou nos afastando dele. Acompanhamos cada passo.

—Você teme a ele? – Lupus ainda não entendera ao certo o motivo de estar ali, mas tentou fingir demonstrar interesse naquela história comovente, como definiu mentalmente.

—Ele quer vingá-la.

—E deduz-se que está mais poderoso, só para variar.

A postura de Azin interessava a Peter. O garoto era calculista, seus olhos curiosos. O tempo todo estudava tudo e todos. Observou sua filha. Estava séria e limpava, com raiva de não saber o porquê, uma lágrima que teimava em escorrer.

—Por que não conta tudo o que aconteceu? Começando por antes do acidente. – Sugeriu Azin.

Peter concordou com um aceno de cabeça. Dio jogou um pufe para longe dele, para que Lupus sentasse. Havia muita história e a noite seria longa.

***

Amy sentara no sofá, com as mãos no rosto.

— Acho melhor eu ir, Jin.

— Você sairá sem me responder?

— Jin...

— Chega, Amy, eu já te vejo estranha há algum tempo, mas sempre visei ser algo de mulher, mas hoje! Hoje você extrapolou.

— Você não entenderá! – Retrucou Amy, levantando-se e indo para a porta – Ligarei para o meu pai.

Jin se aproximou, suspirando. Girou a maçaneta e abriu a porta.

— Por que você não tenta me explicar?

A menina abaixou o rosto.

— É complicado... – Sussurrou.

— Descomplica. – Jin levou a mão até o queixo de Amy e levantou o rosto da menina – Quero ter um futuro compromissado com você, mas sem segredos.

— Okay. – Amy ainda não estava convencida, mas sabia que Jin tinha razão – Eu te direi se me disser o porquê de você e Elesis morarem sozinhos. – Cruzou os braços.

Jin coçou a nuca.

— Então? – Desafiou a menina.

— Está tarde, né? Acho que te levarei em casa.

Com a porta aberta, Jin só teve o trabalho de apagar a luz da sala, sair e esperar por Amy.

Nos passos silenciosos, Jin aproximou Amy de seu corpo.

— Um dia, meu pai me contou que seu período mais turbulento foi a sua juventude e que isso o fez tomar drásticas medidas, principalmente depois que minha mãe teve a Elesis. Eu não sei... – Parou de andar. Já estavam próximos à casa de Amy – De verdade, eu não sei o que meu pai esconde, mas quando eu era pequeno, ele olhava para a Elesis no berço, como eu dormia no mesmo quarto, ouvi tudo e ele dizia baixinho: “Eu ainda sonho com o dia em que te verei andando, correndo, se formando, namorando... Não, namorando não...” e ele sorria e veio até mim, eu fingi que estava dormindo, então me cobri todo e ele me chamou, eu fingi que despertei e ele concluiu: “Filho, o papai ama muito vocês e eu te deixarei com uma pessoa, porque eu e a mamãe temos que ir embora”. Eu indaguei, quase chorando, o motivo e meu pai disse que ele tinha um grande segredo que se soubessem que ele sabia, iriam prendê-lo e por isso ele teve que viajar, não tenho mais lembranças. Das últimas vezes que meu pai esteve aqui, tentei puxar assunto, mas ele vinha com “nem tudo o que fica no passado, dissipa-se no passado, mas isso que eu sei morre comigo” e...

Amy estava entendendo parcialmente das coisas e interrompeu o rapaz.

— Jin, eu preciso te contar um segredo.

O ruivo esbugalhou os olhos.

— SÉRIO?! -  Ergueu os braços e Amy riu.

O pai de Amy apareceu na calçada em frente a sua casa, destravando o alarme do seu carro.

— Filha! – Ele acenou – Eu estava ficando preocupado.

Jin e Amy se aproximaram dele.

— Que cordial trazendo minha filha até aqui. – Sorriu.

— O quarto de hóspede está bem vago, o Jin poderia passar a noite aqui, não acha, pai? Afinal, está tarde... – Amy piscou os olhos.

O pai dela encarou Jin.

— Eu não tenho nada a ver com isso. – O ruivo ficou assustado e se afastou de Amy.

— Bobinho. – Amy caiu na gargalha – Meu pai sabe que você me respeita.

— Sei tanto, que permitirei e também faço o convite para passar a noite aqui, se você não se importar.

— É que... Eu... – Jin passou a mão no cabelo, constrangido – Eu não avisei nada para a minha irmã, então...

Amy bufou.

— Então deixaremos nossa conversa para outro dia. – Amy enfatizou o “outro dia” e cruzou os braços.

— Bem... Se resolvam aí, que eu estarei lá dentro.

Jin reprovava a atitude de Amy.

— Você me esconde as coisas, me constrange na frente do seu pai e ainda me chantageia. Eu deveria ir embora.

Amy segurou no pulso de Jin, como se fosse um impedimento de ele sair.

— Agora quem precisa falar com você, sou eu.

Jin suspirou pesadamente. Atendendo ao pedido do pai de Amy, dirigiu-se para a casa da menina. Antes de passarem pelo portão, Jin viu Dio passar de moto com uma pessoa, mas não identificou quem era.

— Aquele não é o irmão da Rey? – Estranhou.

Amy estalou a língua, não se importando nem se atentando àquilo. Jin ficou olhando a moto se distanciar, até a menina o puxar para dentro. Teriam uma longa conversa...

***

Ainda de madrugada, Sieghart abriu a porta de seu apartamento e saiu. Sentou ao lado da Mari, encostando-se a parede.

— Lembra quando o professor falava que a Terra nos recebeu, em seu infinito Universo, e nos abraçou para nos proteger?

Mari nada respondeu.

— Serei assim com você.

Mais silêncio por parte da mulher.

Sieghart suspirou, deixando que o ar saísse pesadamente.

— Agora eu lembro... Lembro o que você se referiu lá dentro. Lembro-me das suas discussões sobre Elyos. Que odiava estudar sobre isso. Lembro-me das suas brigas com Duel e o que isso levou. Lembro-me de ele me salvando em um dos seus ataques de fúria. – Mari se levantou, sem olhar para Sieg – Lembro... Lembro que Zero e Elscud tentavam te controlar como se você fosse um animal feroz.

O moreno permaneceu sentado e sorria.

— Eu não pedi para ser assim, Mari, eu simplesmente sou. Talvez o que você não se lembre, é que... Dentre essa confusão toda, havia a namoradinha do Duel. Incontrolável. Quase tão poderosa como eu, você e Zero juntos. Além disso, naquela época, muitas coisas estavam em jogo.

— O quê?

— A sua vida. A vida de Edna. Ou esse planeta que nos abraçou. O que você não sabe, é que eu insisti para que Duel e Edna voltassem para nosso lugar de origem origem, bem longe daqui. – Sieg esticou o braço direito gesticulando – Muitas das vezes fui afrontado por ele, por isso perdia a cabeça.

— Isso não explica o que você fez!

Agora Sieg se levantou.

— Eu não tive escolha!

— Você é um monstro, Sieghart, um monstro! Não conheci um ser humano que se preze, emanando poder ou não, que, racionalmente, fizesse o que você fez!

Mari estava se preparando para sair dali, quando o moreno segurou em seu pulso.

— Solte-me! – Seus olhos se encontraram com os dele.

— Você só sabe falar e nunca me dá a oportunidade! Foi assim quando se despediu de mim para vir trabalhar aqui, quebrando tudo o que tínhamos construído juntos. Você me magoa, Mari.

— Não se faça de tolo romântico, uma hora dessas! Largue-me! – Mari fez força para se soltar, mas Sieg era mais forte.

O moreno, não querendo machucar o pulso de Mari, segurou-a pelos ombros.

— Quando começamos a namorar, eu sabia que era você quem endireitaria esse cara aqui. Eu sabia que minha vida só fazia sentido perto de você. Depois do dia em que nos conhecemos... Você mudou tudo! Mari, eu errei muito e ainda erro. Mas se tem uma coisa que eu não me arrependo foi de ter cometido o maior erro da minha vida para te salvar.

Mari balançava a cabeça negativamente.

— Você a matou, Sieg, tirou a vida de uma colega de faculdade e isso é “me salvar”? – Mari estava cética diante do moreno. Parecia que as palavras de Sieg não a atingiam.

— A história não é essa. Duel sabia que Edna era perigosa, Duel sabia que no meio de tanta gente com estrutura poderosa poderia resultar numa bomba se ela continuasse conosco. Ele estava colocando em risco a Universidade. Eu descobri muita coisa quando tentei roubar o gabarito da prova de um professor lá.

— O quê? – Mari o encarou, boquiaberta.

— É... Isso é outra história. O fato, é que tinha um relatório sobre Duel e Edna. Alguns nomes estavam em uma lista, o meu era o único que não estava riscado. O meu e o do Zero, quase me esqueci dele... – Sieg bufou – Eu não pude me aprofundar, porque tinha professor chegando à sala. Porém chamei Zero e Elscud, mas o Els estava com um problema com tal Erudon. Então eu e Zero fomos ver mais isso a fundo, ele quase me matou por eu ter pegado o gabarito, mas isso também é outra história... – Sieghart fazia caretas e isso irritava Mari.

 Sieg soltou a mulher, ficando de frente para ela.

— Mari, Edna era uma bomba relógio para todos nós, ela estava passando por uma crise muito grande, sendo perseguida por uma família aí, porque ela poderia ser a cura de alguém, sei lá, só sei que o estudo de TCC que você estava fazendo, poderia ajudar Duel  e Edna a neutralizar esse caos e, quando ele se aproximou de você, lembra? Eu desconfiei muito.

— Sim, o diretor da Universidade também ficou em cima de mim por causa do trabalho. Também desconfiava.

— É, mas desconfiança de mulher, ainda mais sendo uma intelectual como você, só faz buscar respostas através de atitudes; eu não, eu vou atrás de provas concretas.

— E o que mais você roubou, Sieg?

O moreno riu.

— Eu entrei na sala do diretor e descobri... – Sieg sussurrava – Que ele era marido da Lothos. Aquele que morreu ninguém sabe o porquê.

— O quê? E você guardou isso tudo?! Até hoje?!

— Eu e o Zero, pode falar, somos demais. Eu mais que ele, é claro.

— Vocês são uns doentes! Vocês... Eu... – Mari levou as mãos à cabeça.

— Não exploda!

Mari encarou Sieghart.

— Eu vou embora, isso é demais para mim, não quero saber mais o que você descobriu. Maldita hora que dei ouvidos ao Zero.

— Ah, mas você precisa.

Sieg novamente a segurou, sem chances de escapatória.

— O tal diretor tinha o plano A, usar suas pesquisas sobre neutralizar elétrons, nêutrons, mana, força magnética e sei lá mais o quê, para injetar em Edna. Mas também tinham o plano B: Zero e O Poderoso Chefão, no caso, euzinho.

— Sieg... Você é grotesco.

— E você é um doce. – Sieg a beijou, para a revolta de Mari.

— Eu gritarei! Largue-me! Chega de contar ladainhas, Sieg!

— Não é ladainha e, se você não me deixar terminar, agarrarei você.

Mari se aquietou e fechou mais ainda seu semblante.

— Muito bem. Antes da nossa formatura, Edna estava piorando. Lembra que Duel te chamou, quando estávamos fazendo uns testes na Universidade, e falou que queria te mostrar algo?

— Lembro, você ficou com ciúmes e me deixou ir jurando matar Duel.

— Queria ter cumprido esse juramento. Mas... Quando você chegou lá, o que aconteceu?

— Houve uma explosão numa sala.

— E é só disso que você lembra, não é?

— Sim. Com o Duel me salvando.

— Essa parte você poderia esquecer também... O fato é que ouvimos, mas coordenadores e o próprio diretor pediram calma. Ele veio falar comigo, contar que precisava de minha ajuda. O safado não me revelou toda a verdade, mas me resumiu que eu tinha força suficiente para neutralizar um grande poder, mas que isso poderia gerar fatalidades. Eu recusei! Claro. Mas, lembra-se daquele Erudon? Na turma dele tinha um tal de Crimson, que se infiltrou nesse assunto todo. Foi lá desesperado. O diretor me puxou e entramos na sala. Tentei chamar Zero, mas não o encontrei. Resumindo: Quando eu te vi caída e sangrando e a Edna chorando, com a mão na sua cabeça, já começou a me subir uma raiva... E pior! Ela estava tentando consumir sua mana, achando que poderia neutralizar seu poder descontrolado! Aquilo me enfureceu de uma maneira... Que eu não falava por mim, o carinha Crimson ficou parado na porta da sala, a tal sala era uma vazia, com alguns arquivos. Foi uma confusão. Duel começou a discutir com o Crimson, Edna com você e eu fora de mim. Foi quando você virou o rosto e me pediu ajuda, que eu explodi...

Mari levou a mão solta à cabeça.

— Eu o quê? – Perguntou a mulher num tom fraco e quase inaudível.

— É... Você estava morrendo. Seu projeto não estava pronto, então fizeram aquilo tudo para usarem você. Foi o estopim para que eu fizesse... – Sieg abaixou o rosto – Meu poder nunca foi tão gasto quanto naquele dia. Eu desmaiei e só lembro que Zero apareceu do nada e me tirou rápido dali. Nunca mais vi Duel ou soube da Edna. Nem Zero, nem o Diretor estavam mais na Universidade. Quando voltei ao normal, não lembrava mais de nada, tanto que agia normal, só quando explicavam sobre Elyos que minhas veias pulsavam, e eu ia lembrando aos poucos do que havia acontecido. Tentei enterrar isso e, com a nossa separação, a dor foi tão grande, que achei que esse fato do Duel tinha sido enterrado.

A mente de Mari travou naquele momento e uma lembrança lhe correu.

“–O amor não é direcionado apenas a uma pessoa, existem vários amores.

—Uau! Você falou uma coisa bem sentimental.

—Falei? Não. Só afirmei o que é fato.

—Você não pode ser tão fria assim, até alguém como você já amou. Não me esconda nada! Me conte tudo sobre ele. – Amy pôs os cotovelos na mesa, apoiou o queixo nas mãos e piscou os olhinhos.”

Ela não entendeu o motivo da lembrança, até que, no silêncio, Mari abraçou Sieghart, pois bem sabia que o amava. E, depois do que ouviu, só queria ter uma maneira de agradecer. “Talvez Amy se orgulhasse de mim...”, pensou a professora.

— Eu não sabia disso...

— Você nunca me deixa falar... – Sieghart a abraçou, até que teve um estalo – O que você está fazendo?! – Afastou Mari de si. O moreno a olhou tipo “VOCÊ SABE ABRAÇAR?!”.

A mulher corou.

— Ah... Volta a aqui. – E a abraçou de novo – Irei protegê-la. E a nossa casa também. – Deu-lhe um beijo na cabeça, afagando o cabelo azul de Mari.

Com alguns minutos assim, Mari se afastou.

— É melhor eu ir embora, sinto-me ébria depois do que ouvi e fiz, foram coisas totalmente fora da minha personalidade intelectual.

— Passa esse restante de noite aqui, afinal, não sabemos quando o Duel vai chegar. – Brincou Sieg.

— Não mesmo. E se tentar me agarrar, não terei pena em mandar um Zero Absoluto para esfriar esse fogo.

— Mari, você andou lendo livros mundanos? – Sieg riu.

A professora preferiu não responder. “Perto de você”...

— A minha cama é macia, Mari! Eu durmo no chão! – Sieg gritava, pois Mari estava se distanciando muito rápido.

Ela não se virou, mas o moreno sabia que tinha feito Mari sorrir. Ela sorriu.

Após esse momento, a preocupação tomou o coração de ambos.

***

Antes mesmo de o sol nascer, o Sr. Erudon já levantava da cama.

— Está tudo bem? – Indagou sua esposa, sonolenta, ao sentir que seu marido levantava.

— Sim, não se preocupe, volte a dormir. – Ele lhe deu um beijo na cabeça, a mesma balbuciou algo, mas não foi entendido. Cobriu-se e voltou a dormir.

O Sr. Erudon deu um grande suspiro.

— Isso já está acabando...

Pegou um terno e foi se arrumar.

Seu celular vibrava na mesinha da cabeceira.

***

— O senhor estava ligando para quem? – Indagou o novo membro familiar.

— Você é bem sutil e curioso.

Ele riu.

— Não sabia que escutava conversas alheias, Azin.

— Não costumo fazer isso, mas essa história toda deixou um grande ponto de interrogação na minha mente e estou tentando juntar todas as pessoas desse quebra-cabeça.

Peter Von Crimson riu e, caminhando para algum canto da casa, concluiu:

— Cuidado para quando montar as peças, não estar montando sua própria forca.

— Ser cuidadoso é algo que eu sou por excelência, senhor. Agora... – Azin acompanhou os passos de Peter – O que me intriga é você também ser tão cauteloso, mas ao mesmo tempo gosta de expor os fatos.

— O que quer dizer? – Crimson parou.

— Você acabou de deixar sua filha em choque, essa menina terá um grande desequilíbrio emocional, se é que já não tem. O bastardo está começando a ditar algumas regras e ainda tem o elemento surpresa que está do outro lado do tabuleiro, rangendo de raiva, enquanto isso, a peça “Rei” está marcando encontros... Não tem medo de ser surpreendido por um “Xeque”?

— É por isso que eu conto com você, Azin. Porque... – Peter voltou a andar, distanciando-se de Azin – Se você não evitar o meu “Xeque-Mate”, eu te mato.

— Entra para a fila... – Azin gargalhou e também saiu do cômodo.

O pai de Rey estava dando passos largos para chegar à porta e outro alguém acompanhava seus passos.

— Parece que o tempo está acabando, Peter.

— Dio... Está acontecendo tudo o que você queria, não é?

— O quê? Não, não... O meu querer é outro: viver longe e livre de vocês. Mas pode ir se encontrar com seu amiguinho Erudon... Afinal, suas alternativas estão acabando... E o seu tempo também. E, se ainda aceitar um conselho meu, fica de olho nesse Azin. Não fui com a cara dele.

Peter Von Crimson bufou e saiu.

— O cerco está se fechando... – Disse olhando para o céu amanhecendo – O que eu fiz...?

***

Ao retornar para dentro da mansão, todos estavam na sala. Exaustos. Ninguém dormira. Rey ainda assimilava as informações. Dio, volta e meia, encarava Azin, só por precaução. Este parecia entretido com algum artigo disponibilizado por Peter. Lupus andava em círculos até perceber uma presença a mais no local. De repente, todos encaravam Von Crimson. Ou além dele. Quando virou-se para observar a entrada, a poucos metros, um ser que carregava um sorriso debochado.

Dio se levantou atento e observou Peter.

—Há quanto tempo, velho amigo... – Disse o ser, caminhando.

—Há quanto tempo... Duel...

***

Ronan acordou num estalo, abriu a porta do seu quarto, ainda sonolento, e viu seu pai saindo, não questionou. Olhou para a porta do quarto de Edel.

— Preciso falar com essa menina... – Disse, passando as costas da mão no olho – Mas... – Bocejou – Dormirei mais um cadinho...

Ao entrar em seu quarto, olhou para a janela, o sol estava tão preguiçoso quanto Ronan e ainda não aparecera no céu com mesclas escuras.

Jogou-se em sua cama e a última coisa que viu foram as suas espadas na parede.

— Elesis... – E adormeceu.


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Notas finais do capítulo

Então gente, estou eu, Iasmym, aqui, para avisar a vocês, leitores, que estão lendo esta nota final do capítulo de número 21, que: vocês possuem autorização para acessar os arquivos secretos oficiais disponibilizados como fanfic "Somente Pessoas Autorizadas" (https://fanfiction.com.br/historia/685643/Somente_Pessoas_Autorizadas/).
Vocês são esse pessoal! Confiamos em vocês! Kkkkkkk
A questão é que fizemos a fanfic como um modo de tentar explicar, pra ninguém ficar perdido, nos objetivos da fanfic. Pra ajudar a compreender como ela está agora após a última reformulação que fizemos.
Talvez não fosse necessário, mas nós aqui concordamos que poderia ser útil, então deem uma olhada para que não tenha duvidas, okay?
Então é isso, gente! Até =D



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