O instituto escrita por Bianca Ramos


Capítulo 16
Enfermaria


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas lindas,
estou aqui UHUUUUL.
Boa leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/447740/chapter/16

XV – Enfermaria

Acordei toda suada e olhei para o relógio, 03h50min da manhã.

Eu havia sonhado que Jace tinha morrido. Tentei controlar minha respiração e me levantei da cama.

Eu preciso ver ele. Eu preciso. Agora.

Meu cérebro clamava por isso e então eu saí o mais silenciosamente possível do dormitório. O segurança dormia a sono solto no seu posto e eu passei facilmente por ele.

A enfermaria ficava perto do dormitório, então eu não demorei a chegar lá. A porta estava destrancada e por sorte somente Jace se encontrava lá. Dormindo.

Ele parecia estar num sonho turbulento. Seus músculos estavam todos tensos. Sua boca estava com um corte, e seu supercílio também. Havia hematomas por todo o seu rosto e ombros, que era onde os cobertores começavam. Mas mesmo com aqueles tons escuros em sua pele, ele ainda estava lindo.

Minha mão agiu sozinha e foi para o seu rosto, fazendo um carinho. Os olhos dele tremeram e eu a retirei rapidamente do seu rosto. Ele abriu os olhos e me olhou, espantado.

_Clary? O que faz aqui? – ele perguntou, tentando se sentar e gemendo de dor no processo.

_Quis vim te ver. Tive um sonho ruim. Quis conferir se estava tudo bem. – eu sussurrei. Claro que não ia admitir que eu estava com saudades e que eu queria saber se ele estava bem, mesmo com o que Jonathan fez.

_Estou bem. Meio pintado de roxo, mas bem. – ele brincou, tentando sorrir e eu rolei os olhos.

_Jonathan não deveria ter feito isso. Não foi uma atitude boa da parte dele. – eu comentei e ele olhou para baixo.

_Eu mereci. Eu te magoei e me bater foi pouco. Muito pouco. Clary eu... – ele falou levantando os olhos e eu suspirei.

_Não estou pronta para ouvir nada Jace. Não quero ouvir nada. – eu comentei me sentando na lateral da cama dele.

_Eu preciso me explicar. Você precisa me dar à chance de me explicar. Eu vou explodir se não falar. – ele desabafou e eu suspirei.

_Quando sair daqui a gente conversa. Prometo. Eu só quero engolir essa história antes. – eu falei e ele colocou uma mão nos meus ombros.

_Vou sair daqui uma semana. – ele comentou e eu o olhei abismada.

_Uma semana? – eu perguntei incrédula. Ele tinha rachado o crânio ou o quê?

_Infelizmente, não temos uma Madame Pomfrey como em Hogwarts Clary. Seu irmão trincou duas costelas minhas. Uma semana ou mais de cama. Fora que eu estou de suspensão, junto com seu irmão. Brigar nos dormitórios é motivo de expulsão na verdade, mas como Imogen é minha avó... – ele falou e eu suspirei.

_Desculpe por isso. Vou matar o Jonathan assim que eu ver ele. – eu comentei e ele tentou sorrir novamente.

_Não se dê ao trabalho. Eu mereci como eu mesmo disse. – eu o olhei bem e passei o dedo por onde havia o corte em seu supercílio.

_Pare de ficar sendo masoquista. Ninguém merece apanhar do Jonathan. E olha que brigar era nossa especialidade até os dez anos de idade. – eu comentei distraída e ele suspirou, fechando os olhos.

_Desculpe. Eu te magoei. Eu sou o pior ser do mundo. Eu... Eu só queria poder reparar e voltar ao Central Park. Parece que faz anos que isso aconteceu.

_Jace... – eu comecei, mas fui interrompida.

_Eu sei. Desculpe. Eu só queria dizer o que estava sentindo. – ele falou e eu dei de ombros. Ficamos em silêncio. Ele com os olhos fechados e eu o observando. Ele parecia tão cansado...

_Acho que está tarde. – eu comentei e ele deu um mini sorriso.

_Está de madrugada Clary, logo está cedo. – ele falou e eu dei de ombros me levantando.

_Cedo demais para eu ficar aqui. Se me pegarem estou em maus lençóis. – eu falei indo em direção a porta.

_Clary... – ele me chamou e eu o olhei. – Só queria dizer que foi de verdade. Tudo. – ele falou e eu suspirei.

_Até mais Jace. – eu comentei saindo.

Não demorei muito a chegar ao dormitório feminino e quando eu entrei, vi Izzy sentada no tapete, olhando para o nada. A expressão dela parecia preocupada e isso meio que me preocupou também.

_Isabelle? – eu chamei e ela me olhou, dando um meio sorriso.

_Estava pensando onde você estava. Acordei e não te vi, fiquei preocupada. – ela comentou e eu dei de ombros me sentando ao lado dela.

­_Se eu te disser onde fui você vai me julgar? – eu perguntei e ela negou com um gesto. – Estava na enfermaria. Tive um pesadelo com Jace e senti que tinha que ir vê-lo. – eu comentei e ela deu um meio sorriso.

_Você ainda gosta dele, depois de tudo que ele fez, não é? – ela perguntou e eu suspirei.

_Muito. Seu irmão é um idiota. Um tremendo idiota. Mas eu não consigo não gostar dele. Ver ele naquela cama, todo roxo foi... Terrível para mim. E eu estou me sentindo mais idiota ainda, por ter me sentindo assim – desabafei sentindo as lágrimas voltarem. Eu vou desidratar de tanto chorar, com certeza.

_Calma Clary... Isso é normal. Se sentir assim é normal, eu acho. Vocês conversaram? – ela perguntou e eu tentei parar de chorar.

_Sim. Conversamos um pouco. Ele me pediu desculpas... E ele quer conversar, mas eu não sei se estou pronta para ouvir o que ele tem a dizer. – eu comentei e ela me abraçou de lado.

_Sabe quando a Aline me interrompeu hoje mais cedo... Ou ontem, não sei dizer que horas são. – ela comentou e eu sorri.

_Ontem. Estamos na madrugada. E sim eu sei... O que tem? – eu perguntei e ela deu um meio sorriso.

_Então... Eu fui ver Jace. Tive que brigar um pouco com a enfermeira para conseguir ver ele, mas no fim... Izzy ganhou. E ele estava acordado, por algum milagre divino e nós conversamos. – ela falou e eu arqueei uma sobrancelha.

_Ele estava conseguindo falar? – eu perguntei abismada e ele riu.

_Jace é forte. E sim ele conseguiu falar, com muito custo, mas a gente conseguiu manter uma conversa. E ele me disse coisas sobre você. – ela comentou e eu senti meu coração se apertar.

_Não sei se quero ouvir. – eu comentei e ela sorriu.

_Ele disse coisas lindas de você. Disse que não sabe por que fez aquilo direito, mesmo eu achando que ele sabe sim. Jace gosta de você Clary. O jeito como ele te olha... Não é o jeito como ele olhava para a Aline, ou para qualquer garota que eu já tinha visto. Achávamos que ele era meio que... Traumatizado, por causa do que aconteceu com ele quando era mais novo, mas ele... Simplesmente estava esperando alguém e esse alguém era você Clary. – ela falou e eu suspirei.

_Se ele sentia isso mesmo por mim, por que fez isso?

_Eu tenho uma teoria sobre isso. Ele estava com medo. Clary meninos sentem medo de relacionamentos. E Jace não escapa disso. – ela comentou e eu neguei com a cabeça.

_Não... Não foi por medo Izzy. Você não entende. Estávamos bem no Central Park. Eu me sentia completa e ele também, até que... – eu falei, mas parei abruptamente. VALENTIM. Depois que Jace viu Valentim ele mudou completamente.

_Até que...? – Izzy perguntou curiosa e eu suspirei.

_Meu pai. Até ele conhecer meu pai. Ele simplesmente ficou estranho e quando voltei aqui ele nem ligou para mim e então... Eu o acho se agarrando com a Aline. – eu comentei.

_Seu pai? Mas ele é tipo um mafioso? Um bandido? Aqueles caras meio “mano”?

_Não. Meu pai é um advogado amargurado que foi abandonado pela mulher porque trabalhava demais. – eu resumi e ela sorriu.

_Talvez Jace tenha ficado com medo que isso fosse de família. – ela brincou e eu dei um meio sorriso.

_Não sei. Daqui uma semana descobriremos a verdade. – eu falei me levantando e indo em direção a cama.

_Clary... – ela me chamou e eu olhei para ela. Ela veio até mim e me abraçou.

_O que foi Izzy? – eu perguntei quando nos separamos e ela sorriu.

_Jace me disse que nunca se arrependeu tanto em toda a vida dele. – ela comentou e eu a olhei interessada.

_E...? – eu perguntei e ela riu.

_E ele não se arrepende de nada Clary. Jace não sabe o que significa arrependimento no sentido literal de se sentir. – ela comentou se deitando e eu suspirei me deitando ao seu lado. Assim que me deitei Magnus me atacou, me abraçando e murmurando o nome do Alec. Que nojento.

Esses dois, juntamente com Izzy e Simon precisavam de um empurrãozinho. E nada como ajudar os outros parar curar as magoas.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Então, o que acharam?
Minha primeira semana de cursinho foi exaustiva... Mas foi boa.
Só tive tempo de escrever esse fim de semana e espero que tenham gostado.
Beeeijos e até mais.