Três Vassouras escrita por Amanda


Capítulo 51
Precisamos conversar!


Notas iniciais do capítulo

Olá, agradeço as felicitações que recebi. Aproveitem.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/447471/chapter/51

Alvo e Luke andavam ao lado de Scorpius cabisbaixo e distraído. Esbarrou em diversas pessoas e apenas murmurou um “me desculpe”.

—Qual seu problema? —Alvo perguntou chacoalhando o loiro.

—Sua prima, não fala comigo. —Respondeu.

—Você que não tem coragem de ir lá e se declarar! —Rebateu Luke, recebendo um olhar inconformado de Alvo.

—Eu conversei com ela! —Disse, atraindo a atenção dos dois garotos. —Ela é minha prima! —Revirou os olhos. —Ela só não sabe como agir na sua frente, converse com ela. Já que vocês ficarão sozinhos com o salão dos monitores só para vocês.

—Tem razão. —Scorpius sorriu levantando a cabeça.

—Mas olhe o que vai fazer com a minha prima. Eu te azaro se... —Alvo foi interrompido.

—Calma, só vou conversar com ela. —Luke riu do desespero de Scorpius ao explicar que não faria nada de errado.

Durante o jantar Scorpius ficou tentado a sentar-se ao lado de Rose, mas algo lhe prendia ali, entre as cobras. Somente quando Alvo levantou-se e fez um sinal nada discreto com a cabeça, foi que conseguiu levantar-se e seguir ao lado do amigo até os Grifinórios.

—Como foi a tarde? —Alvo sentou do lado esquerdo de Rose e Scorpius no direito. A ruiva tentou levantar-se, mas o primo enlaçou sua cintura com um braço, prendendo-a ali.

—Tive uma péssima aula de poções. —Reclamou Hugo, mexendo no prato quase vazio.

—A minha foi boa. —Luke se aproximara com um sorriso malicioso nos lábios, que não passara despercebido por Rose. —Sabe como é...

Não completou a frase, pois empurrou Alvo que consequentemente empurraria a ruiva em cima de Scorpius, mas o plano não saiu como planejado. Rose percebeu e deitou-se sobre a mesa, fazendo com que Alvo caísse para fora do banco. O salão se encheu de risadas enquanto o Sonserino levantava-se. Rose com um sorriso triunfante no rosto levantou abraçando um livro e passou pelo primo ainda no chão.

—Plano B. — Piscou e saiu rebolando para fora do salão. Scorpius olhava atordoado para os amigos.

—Está esperando o quê? —Luke quase gritou. —Vá logo.

Scorpius assentiu, e saiu correndo pelos corredores. Parou em frente ao quadro do Dragão, que parecia ainda maior. As chamas mais vivas do que nunca, reluziram o vermelho em seu rosto. Entrou no salão apressado, porém não encontrou Rose, apenas um pergaminho em cima da mesa, nele, tudo o que Minerva havia falado na reunião.

—Droga. —Resmungou entrando em seu quarto.

O dia seguinte amanheceu com um grande sol e uma brisa refrescante. Rose acordou antes do horário normal, desceu em passos leves e silenciosos, se espreitava pelos degraus da escada, tentando não fazer barulho. Conseguiu. Chegou ao banheiro e tomou um banho rápido, secou os cabelos ruivos e respirou o mais fundo que pode, sentia-se um leão. No natal daria um jeito naqueles cachos. Vestiu o uniforme e sentou-se na mesa de reuniões, fez algumas anotações, deixando-as para o loiro as ler.

Quando ouviu um som alto e logo um xingamento no andar de cima, colocou a mochila no ombro e saiu do salão.

Scorpius havia acordado, e sem querer esbarrou na lateral da cama, batendo o joelho, xingou a cama. A porta do quarto de Rose estava aberta, ou seja, havia perdido-a novamente. Mas seria naquele dia, naquela tarde falaria tudo.

Sobre a mesa de reuniões os horários, e para a sua surpresa, todas as suas rondas seriam com a ruiva. Por ora ignorou, apenas escreveu um “OK” com a caligrafia desajeitada e foi se arrumar.

Rose estava no Salão Principal, ao lado de Luke que dormia em seu ombro, tendo o cabelo afagado pela ruiva. Scorpius revirou os olhos e Alvo riu da cena.

—Ele está dormindo! —Falou enquanto caminhava lentamente para a mesa dos leões.

—Mas é no ombro dela. —Reclamou suspirando, tentando tirar a expressão enciumada do rosto.

—Bom dia! —Alvo sentou-se perto da irmã sonolenta, e Scorpius cutucou Luke para que este acordasse.

—Desculpa. —Falou coçando os olhos e ajeitando-se.

Até aquele momento Tiago estava aceitando a presença dos Sonserinos, havia ensina Scorpius a jogar videogame na semana em que o loiro fora visitar o irmão mais novo. E havia percebido que o garoto não era tão ruim como imaginava.

—Bem, eu preciso ir. Vejo vocês no almoço. —Rose levantou-se e saiu pelo corredor criado entre as mesas. Scorpius olhou para Alvo que tinha uma mão na testa como se não acreditasse. Bruscamente se levantou e correu atrás da garota. Saiu enlouquecido pelos corredores, que para sua sorte não estavam cheios, então, não demorou a encontrar a ruiva.

Antes que a garota entrasse na sala de poções, puxou-a pelo pulso, com tal força que deixou-a perto do seu corpo. Percebeu a surpresa da ruiva e foi a empurrando quase imperceptivelmente para a parede. Rose sentiu seu corpo encostar-se na parede fria, seus corpos, perto de mais, concluiu.

—O que quer? —Perguntou antes de arfar fortemente, corando em seguida.

—Falar com você. —Respondeu ainda segurando o pulso da garota, sentindo a pulsação acelerada da garota.

—Fale. —Arfou novamente, já começara a se odiar por aquilo.

—Depois do almoço, — Rose abriu a boca para falar, porém, Scorpius não permitiu que emitisse som. —sei que tem aula vaga. O assunto é longo, então, salão comunal?

Rose engoliu em seco, virou o rosto para um lado e mordeu o lábio inferior. Assentiu.

—Em baixo do carvalho perto do lago, acho que se lembra onde é! —Falou e Scorpius não pode conter o sorriso lateral que tanto deixava garotas sem ar.

—Estarei lá, ruiva. —Acariciou o rosto da garota e permitiu-se aproximar-se o bastante para suas respirações se mesclarem. Apenas beijou a bochecha da ruiva extremamente corada.

Scorpius se afastou, deixando Rose ruborizada e perplexa. Jogou o corpo para dentro da aula e tirou os livros, pergaminhos e penas da mochila.

Rose olhava atentamente para o relógio preso a parede perto do professor, não conseguia conter-se, estava nervosa e admitiria aquilo. A perna direita movimentava-se, batendo com o calcanhar no chão a cada segundo. Ficou tão distraída em olhar para o quadro sem copiar, que foi tirada de seus pensamentos por Tiago, que tocara em seu ombro.

—Vamos almoçar! —Sorriu esperando a ruiva guardar os materiais.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Esse capítulo eu achei meio chatinho, mas enfim, o próximo promete revelações!