Três Vassouras escrita por Amanda


Capítulo 36
Acordada!


Notas iniciais do capítulo

Olá, aí está e espero que gostem.



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Observava os cachos ruivos movimentarem-se com tal delicadeza que poderia ser invejada pelas garotas da Beauxbatons facilmente, as bochechas tomaram uma forte cor rosada quando passou seus dedos pela pele clara. Sorriu com aquilo.

—Hey ruiva, vamos lá, acorde. —Insistiu pela última vez. —Sabe, estou sentindo a sua falta, você deveria ver a bagunça que está o nosso banheiro, deveria me xingar por não guardar minhas roupas. —Sorriu fraco.

Rose se mexeu, o que foi de grande excitação para o Sonserino.

—Malfoy... —O nome saiu de seus lábios secos como um suspiro pesado, continuava adormecida. O rapaz sentou-se na beirada da cama.

—Rose, estou aqui, com você. —Apertou a sua mão novamente. —Estarei aqui para te segurar, sempre.

E como um súbito, Rose abriu os olhos e sentou-se com uma velocidade sobrenatural. Scorpius abriu um sorriso enorme, e rapidamente abraçou Rose com força, segurando suas costas e sua cabeça.

—Finalmente! —Falava repetidamente enquanto embalava a ruiva ainda atônita e estática em seus braços.

—O que aconteceu? —Perguntou em um tom baixo, enquanto o garoto soltava-a. - Por que tanta emoção em me ver?

Scorpius riu bagunçando os cabelos.

—Você meio que desmaiou e dormiu por um ou dois dias. —Disse rapidamente.

—Isso explica o motivo da minha cabeça doer tanto. —Tocou os fios ruivos e enrolou-os em um coque frouxo.

—Madame Pomfrey disse que isso aconteceria. —Movimentou a cabeça com concordância.

—Não deveria estar em aula? —Seu tom mandão e altruísta voltara.

—Vejo que a ruiva está de volta. —Ambos riram. —Não se preocupe, tenho autorização para estar aqui com você.

Rose assentiu.

—Eu... Bem, eu vou chamar a Madame Pomfrey, já volto. —A ruiva assentiu e mexeu-se.

—Hey, Malfoy. —O garoto virou-se, pronunciando um “sim?”. —Obrigada, de verdade.

O Sonserino assentiu e seguiu até a salinha da medi bruxa, arrastando-a até Rose em poucos minutos.

—Como se sente querida? —Perguntou analisando o rosto de Rose.

—Dolorida. —Disse com escárnio.

—Passe a noite aqui e amanhã está liberada para voltar às atividades normais, ou se preferir, ficar de repouso. —Sorriu forçado para Scorpius. —Quer passar outra noite com a Srta. Weasley?

Rose olhou-o, e Scorpius tentava disfarçar o máximo possível o constrangimento.

—Por que não? —Sorriu em resposta.

Passara a tarde conversando com Rose, contara que sua mãe passara por ali, e sorrira quando Rose corou ao saber que Hermione mencionou o assunto de várias de suas cartas. O sol já começava a se pôr, Rose junto de Scorpius saboreavam os sapos de chocolate, que seus primos, irmão e amigos haviam deixado durante o horário de visitas.

—Hey, a senhorita ainda me deve uma resposta! —Concluiu enquanto Rose lia atentamente uma figurinha da embalagem de seu chocolate.

—Devo? —Levantou a sobrancelha como sempre fazia em caso de descrença.

—Claro, não me disse como foi seu primeiro beijo.

Rose congelou e riu.

—Era isso? —Scorpius assentiu. —Se faz tanta questão de saber. —Deu de ombros e ajeitou-se no colchão. —Foi no terceiro ano, foi engraçado, porque nós não tínhamos ideia do que tinha acontecido. De alguma forma, eu tropecei na grama, perto do lago negro, e caí por cima do garoto, e acabou que aconteceu.

—Quem era o garoto? —Perguntou sério, com os olhos fixos em Rose.

—Não vou lhe responder essa pergunta. —Cruzou os braços emburrada.

Scorpius levantou as mãos em rendição.

—Tudo bem. Se não quiser não conte.

Rose praguejou.

—Se importa se eu dormir? Estou realmente cansada.

—Mesmo tendo dormido por dois dias seguidos? —A ruiva riu e movimentou a cabeça em sinal positivo. —Tudo bem ruiva, vou estar do seu lado.

Rose se aconchegou, ficando de lado para poder observar o loiro na poltrona.

—Vai ficar com dor nas costas se dormir nessa poltrona. —Disse autoritária.

—Se eu quiser posso passar para a cama ao lado. —Resmungou. —Agora durma.

Rose apertou o cobertor macio e continuou a observar as expressões que o garoto fazia enquanto lia um de seus exemplares trouxas. E com a profundidade dos olhos azuis acinzentados, dormiu.

Scorpius despertou com um puxão forte em sua mão, Rose a puxara bruscamente, o acordando. Levantou-se e percebeu a expressão de medo no rosto da garota.

—Rose acorde, foi só um pesadelo. —A ruiva acordou de supetão, respirava ofegante, como se tivesse corrido por horas. Scorpius sentou-se na beirada do colchão, um ato que já se tornara comum para o garoto, fizera-o tanto durante esses dois dias. E para sua surpresa, a ruiva o abraçou com força, envolvendo seus braços no pescoço do Sonserino, já abraçado em suas costas. —Calma, já passou. Estou aqui com você.

Rose riu sem humor, separando seus corpos.

—Você sempre está, não é!?

—E sempre estarei. —Acariciou a mão da ruiva. —Agora durma Rose, estou do seu lado, não vai acontecer nada com você.

Rose ainda com os dedos entrelaçados ao do Sonserino, foi se deitando calmamente. Scorpius ajeitou o cobertor sobre seu corpo, beijou-lhe a testa, mas ao sentir o aroma de seus cabelos revoltos, não limitou-se a segurar o impulso de colar seus lábios, não podia, havia uma força interior que o impedia, deixando seus movimentos incontroláveis. Foi um beijo rápido, mal podia ser chamado de beijo, já que foi apenas um simples encostar de lábios.

O garoto levantou-se e sentou na poltrona novamente.

—Obrigada. —Sorriu timidamente.

—Pelo o que?

—Por não desistir de mim. —Fechou os olhos, evitando olhar para o loiro enquanto sentia suas bochechas ferverem. E o rapaz não conseguiu controlar o sorriso abobalhado que surgiu em seu rosto, era como se uma pontada de esperança tivesse nascido no fundo do seu peito, um sentimento desconhecido até então pelo rapaz. E igualmente desconhecido pela maioria dos Sonserinos.

Acordou com um garoto do primeiro ano, cujo passara mal antes do café da manhã, derrubando uma xícara. Seu corpo realmente doía, mas não daria razão à garota. Ajeitou a camisa amassada com as mãos, soltou um longo bocejo e acariciou o rosto da ruiva com a mão.

—Vamos lá Rose, hora de acordar. —Falou baixinho, mas nada. Sorriu marotamente, aproximou seus lábios do ouvido da leoa e usou, de certa forma, sua voz mais imprudente. —Está atrasada para a aula!

A ruiva com a mão afastou o rosto do garoto e sentou-se apressada, olhou a sua volta e encarou-o furiosa.

—Eu só te mato, porque hoje vou sair daqui. —Andou indignada para trás de uma cortina verde, que impossibilitava a visão. Ouviu a garota bufando, se divertia com seu jeito nervosinho.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, minhas bruxas e bruxos! ;D