Um Sonho Real escrita por Anjinha Lima


Capítulo 16
Capítulo 16 - Mais uma promessa




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Quando chegamos, depois de estacionar, Stein, Mary e eu fomos para um lado e Junior para o outro, ele disse que iria olhar algumas coisas do interesse dele. Nós fomos direto para o centro de compras dar uma olhada nas coisas. Cerca de vinte minutos se passaram. “Alô? Alguém ai?” eu escutei uma voz, “Natasha?”, esse era meu nome, a voz só poderia vir do walk talk. Afastei-me da Mary e do Stein um pouco para poder responder.

– Oi, estou escutando.

“Inventa uma desculpa qualquer para sair daí de perto e vem para o carro. Você sabe como voltar até o carro, certo?” disse Junior

– Bom... Mais ou menos.

“Só inventa a desculpa, sai de perto e o resto eu te ajudo.”

– Certo. – guardei o radinho e voltei para onde Mary estava – Eh... Eu... Eu to com um pouquinho de sede, então vou comprar uma água e volto já, ok?

– Ok. Pode ir. – ela disse

– Ah! Se eu por acaso demorar, é porque parei para ver alguma coisa, tudo bem?

– Tudo bem desde que você não se perca. – ela riu

– Eu espero que não. – eu acompanhei o riso

Como combinado, voltei para onde o carro estava estacionado.

– Você demorou. – Junior disse, ele estava encostado no carro, provavelmente me esperando

– É que eu me enrolei um pouco no caminho... – eu disse meio sem jeito

– Vamos – ele andou alguns passos em minha direção –, eu tenho uma coisa para te mostrar.

Ele foi andando na frente e eu o segui, não demorou muito até nos chegarmos à praia. Andamos mais um pouco e chegamos a uma barraca vazia.

– É uma barraca abandonada. – ele disse – Gosto de pensar que aqui já teve muitos clientes.

– Por que viemos aqui?

– Aqui é... O meu lugar preferido nesta cidade, depois da varanda lá de casa.

– Hum... E o que faz este lugar tão especial? – eu perguntei em tom de brincadeira

– Fecha os olhos. – ele disse e eu fechei. Ouvi alguns barulhos, mas não pude identificar o que os fazia – Pronto, pode abrir.

Quando abri os olhos tinha um banco de madeira ali, mas não era um banco de madeira comum, era como se só tivessem cortado uma parte de um troco de uma árvore. Junior estava sentado nele.

– O que é isso? – eu estava um pouco surpresa

– Uma pergunta de cada vez. Primeiro o porquê de eu gostar deste lugar e, para responder, você vai ter que sentar aqui, do meu lado.

– Ok. – eu sentei – E então? Por quê?

– Veja você mesma. – ele respondeu olhando atentamente para frente

Eu olhei também e me deparei com uma bela paisagem: o mar, o céu, a areia, os pássaros, o sol refletido no mar, tudo isso compunha uma linda, linda vista.

– Nossa! Adorei! – eu disse maravilhada com aquilo

– Eu encontrei esse lugar uma vez que vim aqui. – Junior começou a falar, ainda sem tirar os olhos do mar – Eu achei que, depois de tanto tempo, hoje eu encontraria outra barraca funcionando no lugar desta, mas não aconteceu. Não sei por que foi abandonada, mas ainda tinha algumas coisas lá dentro quando entrei para ver, da primeira vez que vim aqui. – eu escutava atentamente cada palavra – Aqui é um lugar calmo, mas seria bom se as outras pessoas também pudessem aproveitar essa vista.

– E nessa história toda, de onde veio esse banco?

– Ah, isso... – ele olhou para o banco e depois para mim – Foi umas das coisas que deixaram para trás.

Nós ficamos algum tempo em silêncio, mas não percebi quanto. Mas algo me incomodava naquele momento, talvez a pergunta da noite passada. Eu precisava dar uma resposta, certo? Ele disse que eu poderia levar o tempo que precisasse, mas...

– Junior, sobre ontem...

– Me desculpa. – ele disse antes que eu falasse o que pretendia falar – Você tem razão, ontem eu não estava sendo eu. Então aqui, agora, eu quero te pedir mais uma vez, mas sendo eu mesmo. Por isso te trouxe aqui.

– Junior, me escuta. – eu respirei fundo – Eu... Nós... Bem, isso foi rápido demais para mim. Eu não tinha esse tipo de sentimentos por você e nem fazia ideia que você tinha por mim. Eu não sei se posso aceitar namorar você.

Nessa hora pude ver uma expressão de profunda tristeza se formar no seu rosto. Eu não me sentia bem dizendo aquilo para ele, mas eu sabia que era o melhor, pois eu não poderia namorar alguém que eu não gostasse.

– Você não gosta de mim? – ele perguntou

– Eu gosto de você, mas como amigo. Eu não consigo ver você como namorado assim tão de repente. Mas... – me veio um pensamento

– “Mas”?

– Talvez... Se você me der tempo, como eu pedi ontem, talvez eu possa decidir com mais clareza. Pode ser?

– Eu não sei... Shinigami-sama! – ele ficou um pouco inquieto – Agora é aquela situação que faz com que as coisas fiquem estranhas entre a gente.

– Ah... Sei. – ficamos calados por alguns segundos – Eu também não quero que as coisas fiquem estranhas. Então é só fazer que nem hoje, quer dizer, desde que eu acordei até agora pouco, você estava normal.

– Bom, isso... – ele corou um pouco – N-não é de todo verdade. – eu ri um pouco ao ouvir isso e ele ficou confuso – Por que você riu?

– Desculpa, é que você gaguejou um pouco e eu não ouvia isso desde ontem. – enquanto eu falava, ele corou mais ainda, mas com o tempo ele foi voltando ao normal – Certo... Então a gente faz assim: a gente pode deixar rolar e quando chegar a hora, quando eu tiver certeza, eu te digo a resposta, ok?

Ele ficou um tempinho pensado, meio inquieto.

– Certo. Parece ser uma boa ideia. – ele se levantou – Eu vou esperar, não importa quanto tempo passe, mas eu quero uma resposta.

Eu me levantei também.

– Você vai ter uma resposta, eu prometo.


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Notas finais do capítulo

Como eu já havia avisado, este é o último capítulo da primeira temporada. Mas prometo que não demorará para abrir a segunda, cerca de dois ou três dias, que é mais ou menos o tempo que eu posto os capítulos.
Obrigada a todos que leram até aqui, espero que continuem lendo e acompanhem a segunda temporada. =D
Um agradecimento especial à todos que me deram apoio e me ajudaram nesse projeto, por favor continuem a me ajudar no futuro também. xD