O restaurante estava cheio, e a cozinha era uma bagunça, Megumi chegou na cozinha e viu um dos empregados colocando o ingrediente errado no prato especial.

“A primeira Alice era uma das Damas de Espadas, com espada afiada na mão, chegou ao País das Maravilhas.”

–O que é isto? Você sabe que não é assim que se faz! Jogue tudo fora e faça de nosso sua besta. –Gritou a moça e o rapaz rapidamente fez o que a chefe mandou.

...

–Foi uma ótima festa. –Disse Megumi com a voz embriagada acenando ao amigo enquanto pegava o caminho para casa.

Era um pouco mais que uma da manhã e o caminho para casa de Megumi não era muito longe, traçando as pernas a moça caminhava em silencio enquanto o vento frio e cortante passara por ela.

Sons de passos atrás dela podem ser ouvidos, a mulher curiosa se virou não vendo nada, ela arqueou uma sobrancelha e encarou a calçada vazia por alguns segundos, balançou lentamente a cabeça em um sinal negativo e soltando uma risada abafada, logo se virou para frente voltando a andar.

Os passos novamente a Megumi pode ouvir, ela se virou vendo uma figura escura como a noite de olhos vermelhos como sangue, a moça gelou, não se mexia, não piscava, sua respiração era lenta e falha como se a qualquer momento fosse parar de respirar, a figura negra se aproximou da mulher lentamente o mover de seu corpo era como uma fumaça subindo ao céu, mas em vez de subir como fumaça ele ia em direção a ela. Uma mão pos sobre seu rosto, uma mão fria como gelo, mas macia como a neve, calafrios percorreu sobre seu corpo e um grito aterrorizado acuou em toda rua solitária, mas a única que pode ouvir o grito fora Megumi, e esse era seu próprio grito, sendo seguido de uma densa escuridão.

Com a boca amordaçada e um corte sobre a barriga Megumi acordou sentindo uma dor nas costas, logo percebeu estar sendo arrastada pela figura negra, que de perto pode ver que a mesma não era feita de fumaça, a dor nas costas sendo arrastadas contra o chão era insuportável o que fazia Megumi gemer de dor, logo eles estavam adentrando o bosque e o pânico de Megumi só aumentou, ela tentava se soltar, mas era impossível, o que lhe arrastava era incrivelmente forte.

Ela foi jogada contra uma arvora e uma faca grande afiada e brilhante foi apontada em seu pescoço.

–Bem vinda a Wonderland, primeira Alice.

Após a voz sombria que fazia calafrios percorrer o corpo da mulher a faca passou por seu pescoço e em um único golpe cortou a cabeça da mulher fora.

“Aquela Alice foi muito fundo no bosque, e foi aprisionada como um criminoso, se não fosse o caminho que ela fez até o bosque, ninguém jamais pensaria que ela existiu.”

...

A quinta Alice se surpreendeu ao terminar de passar pela longa caverna, se viu em um lugar aberto, parecia outro lado da floresta, a garota caminhava olhando pra os lados e não percebeu o buraco a frente caindo no mesmo.

A queda parecia ser infinita, a deixava tonta e varias cores passavam por ela, logo cartas de baralho eram jogadas sobre o rosto da quinta Alice, a queda que antes era rápida começou a ficar lenta e sentia como se seu corpo fosse seguro por algo que não era possível ver, até alcançar algo sólido.

A garota ainda um pouco tonta se levantou tirando os cabelos negros do rosto, passou a mão na roupa na intenção de limpa-la, mas logo se assustou ao ver que não estava mais com suas roupas anteriores e sim com um longo vestido preto e branco, a garota se assustou e passou levemente as mãos sobre as vestes, logo passou as mãos pelos cabelos arrumando-o mas quando passou pela segunda vez as mãos sobre os cabelos percebeu que uma das cartas havia ficado presa em seus cabelos, ela a pegou vendo a mesma ser de copas, a garota analisou a carta em suas mão a virando e vendo que no verso possuía uma frase quase ilegível, se esforçando para decifrar aquela péssima caligrafia a garota leu a frase “Nos ajude.”