A lenda de Spyro: A nova era (Livro 1) escrita por SpyroForever


Capítulo 6
Luto.


Notas iniciais do capítulo

Ahhh... Funeral. Ignitus. Que trizte! :'(
Eu chorei fazendo essa capítulo. Espero que tenham a mesma reação.



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Indo para o templo, eles dois encontram vários dragões arrumados apropriadamente para honrar o nome de Ignitus. Suas armaduras reluziam como o sol. Era magnífico e inspirador o amor que todos tinham pelo falecido guardião de fogo. Isso emocionava Spyro. Cynder também ficava muito tocada, mas sua forma de ver o mundo não a deixava chorar facilmente. Na verdade, Spyro nunca viu Cynder chorar antes.

Ao saírem da ala dos quartos, ainda mais dragões estavam todos indo para o templo. Spyro para por um instante, mas continua quando Cynder o chama.

—Spyro? Tá tudo bem? -Se preocupa Cynder.

—Sim, sim... -Uma lágrima cai de seu olho, que ele logo limpa com uma pata. -Apenas lembranças...

—Calma Spyro... -Ela o abraça, consolando-o. Ele desaba em choro em seu ombro.

—Por que, Cynder? Por que ele tinha que partir assim?! Eu não consigo acreditar que depois que tudo acabado ele está morto! Ignitus...

—Spyro... Se não fosse por ele NÓS estaríamos mortos! Ele nos amava muito. Há maior honra que morrer salvando quem você ama? Ele... Ahh... Spyro. Se acalme, vamos!

As lágrimas de Spyro desciam pelos flancos de Cynder. Até que cynder o empurra suavemente e o olha nos olhos.

—Ele está em um lugar melhor agora, Spyro! Não se entristeça por isso! Ele vai ficar bem!

—Sim... Você tem razão. Mas eu não consigo sentir mais o espirito dele. Por que?

Cynder fica em silêncio, pois não sabia o que falar. -Ele nunca te deixará só, Spyro! -Então ela logo o abraça novamente. -E nem eu!

Spyro enxuga suas lágrimas e continua andando ao lado de Cynder, desta vez olhando para baixo e lágrimas caindo no chão a cada passo que dava. Cynder continuava forte, por fora, mas por dentro estava ainda mais triste que Spyro.

Ignitus. Me desculpe! É tudo minha culpa! Eu libertei Malefor! Eu causei tudo isso! E mesmo depois de fazer tudo isso, você e Spyro foram os únicos que ainda confiaram em mim. Me perdoe! -Pensava ela conforme andavam calmamente pelas ruas.

A cidade estava até mesmo mais... quieta. Calma. Estava realmente de luto pela morte de um grande herói. Muitos vestindo armaduras cerimoniais e indo em direção ao templo. Até mesmo as crianças estavam sem estarem correndo por aí ou brincando.

Ao chegarem no templo, um túmulo representativo estava no meio da arena, já que nunca achariam o corpo de Ignitus. Muitos dragões estavam em volta do túmulo, alguns chorando, outros consolando e outros com as cabeças baixas em silêncio.

Os três guardiões eram os que estavam mais próximos do túmulo, cada um com uma pata em cima. Terrador era o que aparentava mais abalo. Suas feições fortes e rígidas foram substituídas por olheiras de tristeza e abaixo de seus olhos haviam faixas de comprido com uma coloração mais clara que a de seu corpo naturalmente tinha, o que indicava que ele havia chorado muito. Os guardiões formavam um semi-círculo, com espaço para Spyro e Cynder o completarem. Velas estavam acesas ao redor do túmulo, simbolizando seu elemento.

Os dois se juntam a eles e o círculo é formado. Tendo o círculo formado eles iniciam o funeral. Spyro, Cynder, Volteer, Cyril e Terrador esticam suas asas em cima do túmulo, uma sobre a outra. A imagem feita era uma estrela. Então Terrador começa a falar.

—Que Ignitus, filho de Infernus, descanse em paz. Ele deixou muitos bens nesta terra. -Ele dá uma breve olhada para Spyro e Cynder mas logo volta os olhos para o túmulo novamente. -Deu sua vida para um bem maior. Ancestrais, acolham sua alma e o mantenham em segurança com vocês. O maior dos guardiões da sétima era.... Meu irmão, não de sangue, mas de convívio. Desejo todo o bem para você agora!

Então os cinco retirando suas asas e patas. Spyro olha para todos e toma a liberdade de tocar com as duas patas o túmulo de Ignitus.

—O que você vai fazer? -Sussurra Cynder.

—Imortalizá-lo. -Spyro fecha os olhos e então aplica um pouco de força com suas patas, como se estivesse se empurrando e fica sobre as duas patas traseiras. Nesse momento ele cai novamente sobre o túmulo com um baque grande. A terra começa a tremer um pouco. Então uma estátua amarela de Ignitus se forma acima do túmulo. Spyro a observa e desce do túmulo.

—Perfeito Spyro! -Elogia Terrador. -Não poderia ter feito melhor!

—Nada mais do que ele merece! -Diz Spyro voltando para seu lugar com lágrimas nos olhos e um nó na garganta ao ver a figura de Ignitus ali na sua frente, imponente e com o doce sorriso que ele tinha.

Terrador sorri. -Com toda certeza, pequenino!

Após várias horas, a noite chega, Spyro não havia se juntado aos demais para comer desde que havia feito a estátua. Ele havia apenas ficado lá, com o túmulo. Na sala iluminada apenas por velas. Então Cynder entra novamente após ter ido respirar um pouco, pois segurar suas emoções estava ficando difícil.

—Spyro? -Sua voz estava calma e carinhosa. -Você precisa comer algo...

—Não Cynder. Eu não quero. Obrigado.

Cynder hesita um pouco, mas depois se senta ao lado dele. -Spyro. Olhe para mim. O que ele gostaria que você fizesse? -Ele fica em silencio. -Ele iria querer que você não ficasse tão triste! Agora que Malefor se foi, podemos ter uma vida comum. Era isso que ele queria para nós! Eu sei que você está com fome, Spyro! Vamos! Vamos comer! Eu também estou...

Spyro fica calado por alguns segundos. -Tudo bem. -Se levanta e segue Cynder até o lado de fora do templo, em uma porta lateral, onde todos estavam comendo. Spyro e Cynder vão para uma mesa em que os outros guardiões estavam.

O lugar era um refeitório público onde a comida era gratuita para quem quisesse comer, almoço e janta. E tinha além disso uma porta direto para os alojamentos também. A comida não era das melhores, mas definitivamente não era ruim.

Spyro se senta ao lado de Cynder e olha para os guardiões.

—Veio comer um pouco? -Pergunta Terrador. -Não se preocupe com nada, Spyro! Coma tranquilo. Você já mostrou seu amor por ele. Não precisa ficar lá o tempo todo. Ele ficará mais feliz se você rir. Se divertir. Viver sua vida. -Lágrimas caem dos olhos de Terrador. -É isso que ele sempre desejou para você! Para vocês dois! Sempre quis que vocês vivessem uma infância normal. E agora finalmente podem desfrutar a idade de vocês.

Spyro olha para Terrador e depois para toda a comida na mesa. -Certo. Eu sei que ele ficará! -Então, receoso, Spyro morde um pedaço de carne relativamente pequeno.

—Não se acanhe, jovem! -Cyril empurra um pedaço de carne. -Sei que está com fome. Coma! Não precisa ficar assim!

Spyro olha para Cyril mastigando a carne, então a engole e começa a comer normalmente. Todos os guardiões sorriem ao ver ele comendo. Cynder se junta a ele, comendo um peixe que ela já estava olhando a algum tempo.

As luas iluminavam o céu sem nuvem, sem sinal de chuva. O dia mais belo que Spyro já vira dês da guerra. Sentia bem a brisa doce acariciando suas escamas suavemente como se fosse o próprio Ignitus o abraçando carinhosamente.

Vários minutos se passam e Spyro decide ir, com Cynder, dormir, pois sabia que no dia seguinte conheceriam os candidatos para os novos guardiões.

Ele já não estava tão desolado, pois Cynder havia o animado acariciando-o, dando beijinhos ao longo do pescoço e lambendo-o durante a janta, realmente mostrando estar ali para ele. Isso além das risadas que Volteer fazia ele dar de vez em quando. Ela ficou muito contente quando ele retribuiu e a lambeu também, o que significava que ela estava conseguindo o que queria: animá-lo.

Ao chegar no quarto, Cynder começa a retirar sua armadura e guardá-la no baú, assim como Spyro. Assim que ela acaba, vai tomar um pouco de água, voltando seu olhar para Spyro ao retornar, ele estava na cama, sem a armadura, esperando-a.

—Como foi que você tirou a armadura tão rápido?

Spyro dá um pequeno sorriso. -Venha, linda! Quero te aquecer nessa noite fria!

Cynder sorri e se anima com o que ele fala, pois sabia que ele estava se animando novamente. Então se apressa em subir na cama e se deitar, de jeito que Spyro pudesse se enrolar em torno dela, como ela amava. Spyro logo entendeu seu pedido silencioso e se enrola, desta vez encostando toda sua barriga nela.

—Obrigado por você ser você, Cyn!

A dragonesa negra olha para ele com seus olhos verde esmeralda brilhando, o olhando com todo o carinho existente. -Você é o melhor dragão que existe nesse mundo! Eu te amo mais que tudo, Spyro. -Ela se atreve a dar uma pequena mordiscada no pescoço dele, o que desencadeou uma risada leve dele. Ela amou ouvir aquilo, então lambeu o local da mordida e pôs sua cabeça sob as patas dianteiras de Spyro.

Spyro sabia que ela queria que ele colocasse sua cabeça no pescoço dela, mas antes decide massagear o pescoço dela, lambendo-a bastante, o que ela amou e começou a lamber de volta a pata de Spyro. Os dois ficam se lambendo por minutos, até que finalmente Spyro coloca sua cabeça sob o pescoço dela para ambos dormirem.

Cynder sorri quando vê que ele captou seu pedido de colocar a cabeça sobre seu pescoço. Isso era normal entre as fêmeas, pois fazia elas se sentirem protegidas e mais amadas. Mas com ela era diferente. Ela gostava de sentir o corpo de Spyro encostando no dela, e quanto mais estiver a encostando, mais feliz ela ficava.

Finalmente ela fecha seus olhos e pega no sono, logo sonhando com ela e Spyro tendo um filho. Assim como Cynder, Spyro fecha seus olhos e dorme, sonhando com a mesma coisa que ela, como se suas mentes estivessem unidas.

Num ato de extremo amor, os dois entrelaçam suas caudas sem saber que estavam fazendo isso, o que significava que os dois tinham plena confiança e lealdade um ao outro, pois eram capazes de se amarem ainda inconscientes.

Terrador passa na frente da porta que Spyro costumava deixar aberta e os vê daquela forma. Ele sorri muito e continua andando após fechar a porta lentamente. -O amor desses dois, nada pode deter. É mais forte que tudo nessa vida...

 


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Notas finais do capítulo

Completamente encantador, foi o que eu achei.
Chorei muito ao escrever esse.



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