A lenda de Spyro: A nova era (Livro 1) escrita por SpyroForever


Capítulo 3
Resgate.


Notas iniciais do capítulo

Sim! Terceiro capítulo! Este é grande mesmo, e o que eu mais gostei de escrever até agora!



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Spyro acorda meio zonzo devido a fome. Já era de manhã e não chovia mais. O sol aquecia suas escamas e o fazia sentir bem. Se põe de pé, saindo de cima de Cynder, e a lambe carinhosamente no pescoço. Ela sorri e se mexe um pouco em seu sono.

O estômago de Spyro ruge.

—É... Faz algum tempo que eu não como nada. -Olha ao redor em busca dos cervos que vira no dia anterior e os encontra vários metros adiante. -Hmm... Parecem apetitosos!

Antes de ir caçá-los, ele testa suas pernas, ficando em pé sobre as patas traseiras e depois sobre as dianteiras. Ao perceber que tinha melhorado, começa a andar, se acostumando ao impacto de seus maciços músculos no chão, depois começa a trotar, e então a correr gloriosamente, até em fim chegar perto o bastante dos cervos e agachar, se escondendo entre o mato para poder emboscar alguns.

Spyro anda calmamente com as pernas dobradas, agachado, em direção dos cervos. Sua calda balançava de pura animação. Ele realmente gostava de caçar.

Finalmente ele estava perto o bastante de três cervos que se separaram do bando por descuido. Spyro sorri e se lança no pescoço do maior e o morde, matando-o quase que instantaneamente. Os outros dois começam a correr, mas são derrubados pela cauda de Spyro, que estava estrategicamente posicionada para os capturar caso fugissem, que foi o que aconteceu. Dessa maneira Spyro apenas segura um no chão enrolando sua cauda nele e começa a aperta-lo como uma píton, enquanto mordia e rasgava a pele, carne, nervos e músculos do pescoço do outro. Spyro aperta ainda mais forte quando ouve os ossos do tórax do cervo se partirem, embora ele não estivesse fazendo nem perto de toda sua força real.

Spyro então morde a pata de um e segura a pata do outro com sua pata, com o terceiro, ainda vivo, enrolado e sendo esmagado por sua cauda. Ele começa a arrastá-los em direção a Cynder.

Quando finalmente chega à Cynder, o cervo que esmagava continuava vivo, então ele simplesmente aperta bem mais forte e um grande barulho de ossos quebrando e órgãos sendo perfurados pôde ser ouvido. Ele os deixa alguns metros ao lado de Cynder, lambe os lábios para limpar o sangue e vai acordá-la.

—Ela vai adorar isso! -Pensa ele indo até Cynder. -Cynder. Acorde. -Ele a cutuca no flanco esquerdo com o focinho, gostando de tocá-la.

Cynder começa a se mexer, revirar, acordando. -Uh? S... Spyro? Ah! hu... Bom dia! -Ela logo sente o cheiro do sangue dos cervos e sorri. -Que cheirinho bom é esse?

—Aqui! -Ele pega um cervo e o arrasta para frente dela. -Este aqui é todo seu! Bom apetite! hehe.

—Uau! Obrigada Spyro! Eu sempre caçava minhas refeições quando eu...

—Isso é passado Cyn! Agora você é minha companheira, e irei fazer tudo para lhe fazer feliz! -Ele arrasta o outro cervo para perto de Cynder, se deita encostando seu flanco direito no esquerdo de Cynder e começa a comer.

Cynder fica corada e olha para Spyro nos olhos. -O mesmo digo eu!

Os dois comem os dois cervos até sobrar apenas os ossos. Ao acabarem e se limparem com a água da chuva do dia anterior os dois olham um para o outro com um olhar apaixonado. Cynder se inclina e passa o topo da cabeça no papo, abaixo da boca, de Spyro. Ele sorri e a lambe no início do pescoço dela.

Nesse momento o mato na frente deles se meche e um galho se quebra.

Mais rápido que os olhos da Cynder podiam captar, Spyro se põe de pé na frente dela rosnando com o focinho franzido, mostrando os afiados e mortais dentes, com as asas abertas para tampar Cynder, tentando protegê-la de um possível agressor.

Cynder se assustou com o movimento repentino de Spyro, mas se sente protegida ao ver ele na sua frente, com a cabeça a frente do corpo, deixando-o reto e com as asas completamente abertas com mais de dois metros de envergadura. Ela se levanta para ajudar Spyro caso precisasse.

—Saia daí quem quer que seja lá quem estiver aí!. -Ruge Spyro.

Para a surpresa dos dois um tigre sai do mato andando meio agachado olhando, desconfiado, para Spyro.

Spyro rosna ainda mais alto, alertando-o e o tigre parece captar a mensagem, pois dá um passo para trás e fica rente ao chão, em submissão.

Cynder percebe algo no tigre. -Spyro. Ele está muito magro! Olhe! Quer comer! Deve ter sentido o cheiro do cervo!

—Mas ele é seu!

—Não se preocupe, fofo! Eu estou muito satisfeita com o cervo que já comi!

—Tem certeza?

—Sim!

Spyro continua olhando para o tigre. Então faz um movimento com a cabeça em direção do cervo, consentindo o tigre a comer.

O tigre entende e anda lentamente, ainda em submissão, em direção do cervo. Ao chegar no cervo ele olha novamente para Spyro que estava se deitando ao lado de Cynder de novo e começa a comer.

Ao acabar, o tigre percebe que a cauda de Spyro, que estava ao lado do cervo, estava com um ferimento, assim como todo o corpo. Então ele vai até a cauda de Spyro. Spyro não estava prestando atenção, pois estava acariciando Cynder. O tigre lambe a ferida da cauda de Spyro com sua áspera língua de felino.

Spyro leva um susto e olha para o tigre. Ele parecia estar agradecendo a refeição, então, depois, ele se vira e some no mato alto.

—O que foi isso?! -Spyro estava indignado com o ato do tigre.

—Acho que ele estava agradecendo. Ou viu que você está ferido e quis retribuir. -Cynder dá uma pequena risada. -Ou ele era ela! HAHAHAHA!

—Hahahaha! Nossa... Fazia tempo que eu não ria!

Cynder olha para ele com cara de levada. -Sério? -Ela se levanta e começa a andar para Spyro.

—O... Oque você vai...

Ela salta em cima dele, derrubando-o e fica em cima dele, imobilizando-o.

Spyro estava realmente paralisado embaixo de Cynder. Ela então começa a fazer cócegas no baço dele com a pata traseira.

—Ha! HAHAHAHHA! P... Para Cynder!

—Uh? O que? Quer mais? Está bem! HAHA! -Ela começa a fazer cócegas também no flanco dele com uma pata dianteira.

—AHAHAHAHAHAHAHAA! CYNDER! AHAHAHA! -Ele se sacudia freneticamente, tentando se libertar.

Cynder estava rindo, se divertindo ao ver lágrimas saírem dos olhos fechados de Spyro. Sem querer ela fala algo que ela queria deixar em sua mente. Um pequeno ato falho. -Você é tão lindo...

Os dois param no mesmo momento e fitam um ao outro.

Um, dois, três minutos se passam e Spyro quebra o silêncio.

—Você é a dragonesa mais linda que existe no mundo! -Ele a beija mais profundamente que a última vez, abraçando-a com as asas.

Os dois ficam se beijando como se não houvesse mais preocupações no mundo. Estavam realmente muito contentes de estarem, finalmente, juntos, sozinhos e apaixonados um ao outro, sem nenhuma outra preocupação de guerra.

Não muito longe de lá, Terrador e Volteer pousam e farejam o ar.

—Achei! -Avisa Terrador, abrindo um sorriso, ao sentir o cheiro dos dois. -Por aqui!

Volteer o segue de perto até trombar com ele quando ele para repentinamente.

—Ai! Mas o que é que...

—Shhh! Olhe! -Terrador olhava para Spyro e Cynder, ainda se beijando profundamente. Cynder em cima de Spyro e ele com as costas no chão lamacento devido a chuva do dia passado.

—Pelos ancestrais! Não acredito no que estou vendo! Eles estão se beijando! Eles viraram companheiros um do outro! Incrível! Fantástico! Fascinante! -Sussurra Volteer.

—Eles merecem isso! Heh... Esqueça a ideia de um quarto para cada! - Terrador brinca olhando para os dois. Ele olha o terreno em volta e vê o resto da caça. -Eles comeram... Excelente.

Volteer toma dianteira. -Vamos fazer uma surpresa! Imagine a cara deles!

Terrador hesita, mas acaba se rendendo à tentação.

Os dois se aproximas dos dois apaixonados, Volteer à frente de Terrador.

—Olá pombinhos! -Diz ele.

Spyro e Cynder se engasgam com a saliva um do outro ao serem surpreendidos daquele modo. Os dois interrompem o beijo e viram suas cabeças para os dois guardiões.

—Errr... Volteer! Terrador! Errrrrr... Estou tão... FELIZ! É, isso... feliz em vê-los! -Spyro estava com muita vergonha, mas não tanto quanto Cynder. -Não é nada do que estão pensando! -As asas de Spyro, que estavam abraçadas em Cynder, tampavam a visão das coxas dos dois, mas ele logo as abre, mostrando todo o corpo como se não quisesse deixar dúvidas.

Volteer ri um pouco e vira para Terrador. -Eu não disse? As caras deles são as melhores! HAH!

Cynder sai de cima de Spyro. Sua postura mudando significamente ao estar diante dos guardiões que lutaram antigamente contra ela. Ela não se orgulhava de nada, ela se condenava por aquilo. Não parava de pensar em como era conhecida por muitos. "O terror dos céus".

Terrador percebe. -Cynder!

Cynder se aproxima dele. -Terrador.

Terrador a olha e afaga sua cabeça. -Está assim por que, Rainha dos céus?

—Rainha... Dos céus?

—Isso mesmo!

Os olhos de Cynder se enchem de lágrimas. -Me perdoe por tudo que fiz e...

—Aquilo não foi você! Não se condene, Cynder! -Diz Terrador.

Ela suspira, alegre. -Obrigada!

Terrador então vai até Spyro e o abraça com uma pata. -Estava preocupado com vocês!

—Eu estava com saudades! -Spyro o abraça, colocando as duas patas dianteiras no gigante peito de Terrador.

Terrador o solta. -Precisamos voltar para Warfangpois hoje, já que os encontramos, será o... -Ele se cala então, ficando um tanto quanto cabisbaixo.

—Será o que Terrador? -Pergunta o dragão roxo.

—O funeral de Ignitus.

Spyro fica em silêncio, olhando para baixo. Ele sente novamente aquela sensação que sentiu quando isso aconteceu. A sensação de impotência. De tristeza avassaladora de ver a pessoa que ele mais amava sendo tirada dele. A pessoa que ele mais confiava. Seu pai de consideração.

Terrador percebe as feridas, realmente profundas, do corpo dos dois depois de um minuto de silêncio com os ânimos um pouco mais cinzentos. -Vocês precisam de assistência médica...

—E água! Estou morrendo de sede! -Lembra Cynder.

—Você está com sede? Por que não me falou? -Questionou Spyro.

—Não quis te preocupar. E não há...

Cynder é interrompida ao ver Spyro soltando gelo na própria pata, fazendo um bloco de gelo e estendendo para ela.

—Spyro! Não precisav...

—Abra a boca. -A voz de Spyro estava realmente mais fraca.

Cynder hesita um pouco e depois abre a boca, olhando na diagonal. Spyro coloca a pata congelada em cima da boca de Cynder e derrete o gelo com seu calor interno, fazendo pingar na boca dela.

Ela sente as gotas descerem por sua garganta. Mas aquela água era diferente. Quanto mais ela tomava, mais forte ficava. Deduziu então que era devido ser gelo, ou água, feita pelo poder vital de Spyro, ou seja, Spyro estava dando poder para ela através da água.

Após o gelo acabar, Spyro se sente bem fraco.

—Obrigada amor! Muito obrigada mesmo!

—Não... Não precisa agradecer, Cyn!

—Bem... Vamos! Vocês precisam de curativos! -Diz Terrador. -Conseguem voar ou...

—Não... Estamos muito feridos. Nossas asas doem! -Responde Spyro.

—Não se preocupem então. Os levaremos para lá.

—Obrigado!

Terrador e Volteer, para a surpresa dos dois, os envolvem em suas maciças bocas com extrema delicadeza e decolam em direção à Warfang após os colocarem em suas costas.

No meio do caminho, Terrador fala com Spyro.

—Ei! -Bom trabalho em!

—Uh?

—Cynder!

—Oh! Hehe! Na verdade foi ela que se declarou para mim!

—Como?

—No covil, quando estava tudo se partindo, ela fico comigo quando eu canalizei convexidade. No fim eu ouvi ela falar "Eu te amo".

—Sim. Eu sinto isso no ar! Ele realmente te ama muito!

—E eu também a amo! Mais que tudo!

—Isso é bom! Vocês são unidos!

—Eu só... estou seguindo o que Ignitus pediu para a gente. Seguir nosso coração.

—É... Ele adorava essa frase. E... Tem outra coisa!

—Uh? Oque?

—Quando você sair da enfermaria vá ao meu quarto... -Olha para Cynder. -Sozinho!

—Por que?

—Quero... Não. Preciso lhe contar uma coisa...

—Contar o que?

—Bem... Agora que você e Cynder são companheiros, preciso lhe contar quem é o seu...... -Terrador hesita.

—Meu o que?! -Spyro se anima.

—Seu pai!

—OQUE!?


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Notas finais do capítulo

Parece que nosso querido dragão roxo é sádico uh? haha! Ele amou matar aqueles cervos!
Vamos ver se alguém adivinha quem é o pai de Spyro antes de ler o próximo capítulo! HAHA! :)



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