A Garota Gelo escrita por Lis Bloom
Notas iniciais do capítulo
A pessoa aqui está começando a entrar no ritmo das férias! u.u
Leiam com carinho *-*
o/
Sabe aquele momento em qualquer coisa que estava de baixo de seus pés tenha desaparecido e a única sensação era um abismo sobre eles? Bem, era assim que eu estava me sentindo.
O vento estava bem forte naquele momento, fazendo assim com que as fotos sobrevoassem sobre a minha cabeça.
Tinha vários grupinhos em algum canto da escola segurando aquela foto. Diga-me, o que uma pessoa ganhava prejudicando a vida da outra?
Depois daquela conversa que eu tive com o Daniel na sorveteria eu suspeitava de quem poderia ser esse monstro, é claro que eu não tinha total certeza, mas uma boa parte do meu cérebro apontava para ele, afinal, quem mais seria?
Não faço questão de catar as fotos espalhadas, afinal, a merda já estava feita mesmo. Tiro alguns com o pé do meu caminho e sigo em frente, com a cabeça erguida, ninguém não tinha nada haver com a minha vida.
Sofia vem correndo em minha direção e para na minha frente sem fôlego:
_ Eu estava te procurando à horas, eu sabia que tinha rolado alguma coisa entre você e Daniel naquele dia. – Fala ela segurando a foto na minha cara.
_ Me dê a chance de explicar, houve um mal entendido aí, eu iria lhe agradecer por algo que ele tinha dito e que abriu os meus olhos sobre tudo o que está acontecendo na minha vida nesse momento, e como agradecimento eu iria lhe dar um beijo na bochecha, mas bem na hora ele vira o rosto, dando esse resultado. – Aponto para a imagem.
_ Entendi, mas você sabe que ninguém irá acreditar em você né? – Pergunta ela jogando a foto no lixo mais próximo e pegando um lápis da bolsa de trás de sua calça para amarrar o cabelo, supernormal ter um lápis ali.
_ Eu não ligo mais, eu tenho você. – Respondo abraçando-lhe pelo ombro e seguindo em frente.
Por um momento pensei ter visto Vinícius abraçando Milena em um canto, ela estava tremendo, como se tivesse chorado rios d’água.
Talvez fosse só impressão minha mesmo.
!@#$%¨&*()_+=§""""""""""""""
O diretor da escola tinha ido a nossa sala falar a respeito do “vandalismo no pátio”, e como eu estava presente naquela foto, ele me puniu dizendo para limpar tudo aquilo.
É claro que eu tentei contestar, afinal eu não chegaria a tal ponto, mas é claro que foi em vão.
Liguei para a minha mãe avisando sobre o ocorrido, que é claro que ficou super nervosa, querendo vim na escola para “dar bafão”, como ela sempre diz, mas consegui impedi-la de fazer tal catástrofe.
Já era 12h30min e a escola estava completamente vazia, a faxineira tinha me dado um saco de lixo preto e uma vassoura de palha, quando terminasse era para colocar o lixo no latão e guardar a vassoura na dispensa.
Ela acabou indo embora também, eu não precisava dela mesmo, posso muito bem me cuidar sozinha.
Ainda bem que a minha perna estava começando a melhorar, poderia ser bem pior.
Ligo o meu celular no auto-falante, vou na pasta de músicas e coloco “Tous Les Mêmes” para tocar (não me julguem, tenho um gosto meio eclético para músicas), coloco o celular sobre uma cadeira próxima e começo a varrer acompanhando o ritmo da música, aquela cena poderia ser bizarra para uma pessoa de fora, mas para mim estava super divertida.
É claro que eu não sabia francês, mas até que estava me saindo bem com a música.
Quando vi, já tinha terminado de limpar todo o pátio da escola, agora só faltava colocar o lixo no latão e prontinho, meta cumprida.
Guardo as minhas coisas na mochila, amarro a sacola, não devia me esquecer de guardar a vassoura e trancar a escola, pois não tinha mais ninguém.
Terminado de fazer isso, jogo o lixo no latão e me dirijo para casa, mas acabo sendo abordada por duas garotas de uns 13 anos, mais ou menos.
_ Você pode me dar um autógrafo? – Pergunta a loira.
_ Eu sou sua maior fã. – Diz a outra morena.
_ Como é? – Pergunto espantada, eu tinha ouvido aquilo mesmo.
_ O povo vai pirar quando souber que fomos a primeira a receber um autógrafo dela. – Grita a loira pulando de alegria, pegando de sua bolsinha uma caderneta e uma caneta, e apontando para eu pegar.
Tudo bem que aquilo tudo estava tremendamente estranho, mas acabo fazendo o que elas tinham pedido, que saem gritando de felicidade.
Ok, eu precisava ver o que estava acontecendo agora.
Chego em casa, vou para o meu quarto e ligo o meu computador, uma janela não parava de piscar, abro para ver o que era e quase caio da cadeira do susto que levo.
É aquilo mesmo que eu estava vendo?
Aquilo era 500.000?
Ou o meu cérebro estava me enganando?
“E Deus sabe
Que é difícil encontrar aquela pessoa
Mas na hora certa
Todas as flores se viram para encarar o sol”
.
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Face The Sun – James Blunt
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As músicas realmente me inspiram!!!