Sempre foi difícil me surpreenderem, mas quando Hans falou que a Rainha foi assassinada o mundo parou. Era algo impossível de acontecer, mas aconteceu. Definitivamente tem coisas que nem mesmo nós não conseguimos prever.

—Hathaway você esta ai?- Perguntou Hans me tirando dos meus pensamentos

— Estou! – Respondi rispidamente.

— Então, amanha seu voo sai à 7 horas, isso da um tempo para você ajeitar tudo e vir para cá. – Ele me informou.

— Para que vocês precisam de mim? – Perguntei mas já ate imaginava a resposta.

— Porque você é uma de nossas melhore guardiãs e precisamos de sua ajuda- Falou ele.

Isso me irritou, se ele estivesse em minha frente agora e teria lhe dado uma bela bofetada na cara, afinal foi ele que me mandou para bem longe da corte. Tudo bem não foi só ele, mas ele não fez nada para impedir.

— Eu não vou. – Respondi por fim

—Rose mas ... - Eu o interrompi

—Pense melhor quando for mandar uma das suas melhores guardiãs para outro continente - E desliguei o telefone sem ouvir sua resposta.

Eu posso ter deligado o telefone, mas eu sabia que não tinha acabado ali, cedo ou tarde eles ligariam novamente e eu teria que retornar a corte, afinal eu sou uma guardiã. ELES VEM EM PRIMEIRO vivos ou mortos.

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Logo que desci para tomar meu café da manhã, Suzan me cercou e começou me encher de perguntas sobre o telefonema que recebi na noite anterior.

—Quem era? O que eles queriam? Você vai me abandonar? Você vai voltar para aquela loira oxigenada que você tem um laço? - Suzan metralhava perguntas uma atrás da outra.

— Calma – Falei – Era o meu chefe Hans, ele queria me informar que a Rainha Tatiana foi assassinada – Vi espanto em seu olhar – E ele pediu para que eu fosse a corte ajudar na investigação. – Do espanto para o medo- Mas fique calma ok? Eu disse que não poderia e eles com certeza já encontram outro guardião para ajudar.

—Rose, eu nem sei o que dizer, a Rainha? Oh meu Deus! Você tem certeza disso? Eles mataram a Rainha então eles podem vim atrás de nós e se você nos deixar ... – Ela já estava ficando paranoica.

— Hey, calma eu estou aqui eu não vou deixar vocês, eu sempre estarei com você ok?! – Ela me deu um sorrisinho e me abraçou. Neste momento foi que eu percebi que amizade e compreensão são mais fortes que sangue.

A entrada de Charley na sala me tirou do meu momento filosofa.

— O que foi Charley? – Perguntou Suzan

— Telefonema para senhorita Hathaway – Ela respondeu, com uma cara de assustada – É da corte.

— Rose eles não... – Suzan começou a falar mas eu a interrompi

— Calma –Falei, depois peguei o telefone de Charley e fui para varanda .– Alô?

— Rose – Disse uma voz suave que eu conhecia bem.

— Lissa ?! – Falei mais em tom de afirmação do que pergunta afinal eu vivi anos com ela.

— Sim Rose, sou eu. – Ela respondeu.

— Desculpa mais eu estou muito ocupada não posso falar com você e na verdade a gente não tem nada para falar. – Cuspi as palavras rapidamente. Quando eu ia desligar o telefone ela falou:

— Rose, espera. Nós precisamos da sua ajuda, você é uma das melhores guardiãs que existem e este é o seu dever, você precisa vim para cá urgente, por favor? eu estou pedindo – Falou ela com uma voz de criança do tipo quando quer convencer a mãe de algo.

—O QUE ? – Eu gritei - Liss eu estive com você sempre, mas então aparece um russo forte e poderoso você me troca só porquê você o salvou, só para te lembrar que você também me salvou e criou um laço entre nós duas, mas parece que isso não é mais importante para você e como não bastasse depois de tudo isso você ainda acha que tem direito de me pedir alguma coisa?- Cuspi - Não, não Liss, você passou dos limites.

— Rose, eu me importo com você – Ela falou

— Eu não quero saber. Isso acaba aqui, não me liguem mais porque eu não vou atender. Eu sou Guardiã da Suzan agora, sendo assim não tenho nada haver com o que acontece na corte. – Desliguei o telefone e fui batendo os pés para o meu quarto.

POV LISS

Eu estava na sala de Hans com o telefone na mão, mesmo depois de Rose ter desligado na minha cara. Quatro pares de olhos estavam olhando diretamente para mim, quando coloquei o telefone no seu lugar.

— O que ela falou? – Perguntou Adrian.

— Ela não vem – respondi por fim.

— Ela ainda esta com raiva? – A voz de Dimitri soou incrivelmente baixa.

— Quando ela não está? – Chris falou dando uma risadinha.

Lhe lancei um olhar repreensivo.

— Eu não sei se Raiva é a palavra certa para explicar os sentimentos da Rose, eu diria que ela apenas nunca mais quer olhar na nossas caras em sua vida. – Respondi

— Bom vocês terão que dar um jeito – Falou Hans por fim – Precisamos dela aqui. E na verdade já sei o que vocês podem fazer.

— O que? – Perguntamos eu, Chris e Adrian ao mesmo tempo.

Hans apenas sorriu e jogou quatro passagens de avião em cima de sua mesa.

— Vocês vão atrás dela.